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Prass vê Corinthians fora da realidade e admite frustração pelo título
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Alexandre Praetzel

A derrota do Palmeiras para o Santos deixou o Verdão quatro pontos atrás do adversário e ainda distante do líder Corinthians. O clássico foi muito disputado com o Palmeiras tendo mais posse de bola, mas o Santos sendo letal na principal chance do jogo, conseguindo a vitória. O goleiro Fernando Prass admitiu que a situação do Palmeiras ficou ainda mais complicada no Brasileiro, reconhecendo a frustração de todos no elenco. Confira a seguir no bate-papo com o blog.

Palmeiras dominou, mas não foi eficiente, ao contrário do Santos. É uma análise correta?

É, posso estar enganado, mas foram duas propostas bem distintas. Santos dando o campo para a gente, dando a bola e explorando o contra-ataque com dois caras rápidos dos lados, Copete e Bruno Henrique. Eles, claro, dentro da proposta deles, têm o mérito de conseguir sofrer porque é uma proposta que tu dás a bola para o adversário, adversário tem um volume grande de jogo, como a gente teve, mas acho que em termos de situações claras de gols, foi um jogo equilibrado. Então, as duas propostas, entre aspas, foram bem executadas. Só que o Santos conseguiu o diferencial que foi o gol. Então, isso compromete toda uma análise e, óbvio, que a gente tem que dar a mão à palmatória que a proposta do Santos deu mais certo porque eles venceram.

É muito delicado chegar no início de outubro fora da briga pelo título brasileiro?

É frustrante, mas não é exclusividade do Palmeiras. É exclusividade de outras 18 equipes, né. Mas vamos esperar o jogo do Corinthians. Dependendo do resultado, a gente ainda mantém acesa uma chama, óbvio que mais difícil, mas vamos esperar o jogo.

Por que o campeonato ficou tão fácil para o Corinthians?

Eu acho que pelo primeiro turno do Corinthians. No primeiro turno, o Corinthians foi fora da realidade de qualquer campeonato e isso deu uma condição dele ter uma gordura muito grande.

O Palmeiras agora observa muito mais quem vem se aproximando da quarta colocação. O time tem 43 pontos, mas está no alcance de Cruzeiro e Botafogo. A próxima partida será apenas no dia 12 de outubro contra o Bahia, no Pacaembu.


Palmeiras e Santos: vice-campeonato é pouca coisa
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Alexandre Praetzel

Palmeiras e Santos se enfrentam neste sábado, ainda sonhando com o título brasileiro. Um objetivo distante, pela desvantagem para o líder Corinthians. O Palmeiras está 11 pontos atrás e o Santos, dez pontos. Passadas 25 rodadas, a busca pela vice-liderança é algo pequeno, pela expectativa das duas equipes, antes do campeonato começar. O Palmeiras tem o melhor elenco do país e o Santos sempre teve um bom time titular, com um grupo melhorado, em 2017. Foram duas decepções, pelo futebol irregular na temporada, apesar do Santos ter ficado invicto por 17 partidas.

Ainda assim, a projeção é de um bom jogo, no Allianz Parque. O Palmeiras é favorito, após mostrar um pequeno crescimento técnico e coletivo. Vem de duas vitórias, com os jogadores fechados em torno de uma recuperação na competição. O Santos caiu na Libertadores por falta de ambição em campo e teve queda de produção, desde que Levir Culpi assumiu. A equipe ficou mais fechada e menos técnica e veloz, longe das suas caraterísticas normais.

Numa comparação jogador por jogador, analisando momento, o duelo é bem parelho. Analisem.

Fernando Prass    X    Vanderlei

Mayke    X    Daniel Guedes

Luan    X    Lucas Veríssimo

Juninho    X    David Braz

Zé Roberto    X    Zeca

Tchê Tchê    X    Alison

Jean    X    Matheus Jesus

Moisés    X    Jean Mota

Willian    X    Copete

Deyverson    X    Ricardo Oliveira

Dudu    X    Bruno Henrique

Cuca    X    Levir Culpi

Palpitando, aposto em vitória do Palmeiras por 1 a 0.


Palmeiras já pensa no time de 2018 sem saber qual é o de 2017
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras pretende mudar a fotografia do elenco para 2018. Alguns jogadores serão emprestados, negociados ou não terão seus contratos renovados. E isso implica também em contratações. O melhor grupo do país terá novos reforços e o retorno de emprestados. Um goleiro, dois laterais, dois meias e um centroavante devem vir. Eu me pergunto se o Palmeiras precisa mesmo de novo balaio de atletas, se ainda não apresentou seu time em 2017. Ou alguém sabe dizer qual a formação titular e a tática do Palmeiras atual, quase ao final de setembro?

É um planejamento que queima muita gente. Reparem em Raphael Veiga. Aos 22 anos, chegou como grande revelação do Coritiba, com um contrato de cinco anos. Não houve ninguém que criticasse sua vinda. Custou R$ 4,5 milhões por 50% dos direitos econômicos. Participou de 21 jogos, poucos como titular, e marcou dois gols. Já é cotado para sair por empréstimo. Surgem versões de que sentiu o peso da camisa, não treina bem e não apresenta o mesmo desempenho do Coxa. Ora, o garoto não tem sequência, mas o imediatismo determina que ele não serve.

Raphael Veiga é inferior a Zé Rafael, meia do Bahia, e cotado para atuar no Verdão, em 2018? Para mim, não. Tu tens o jogador em casa, mas pode emprestá-lo para trazer um outro com as mesmas características. Difícil entender. Zé Rafael tem 24 anos e foi revelado pelo Coritiba. Apareceu bem no Londrina com 58 jogos e dez gols. No Bahia, fez 47 partidas com quatro gols.

Palmeiras pode pagar uma quantia mais Allione. Vale? Pode até valer, mas o critério é bastante discutível, tendo opções iguais no grupo com acordos longos. Não é a toa que o Palmeiras costuma começar a temporada com mais de 50 jogadores. Inexplicável. Pelo menos para mim.


Deyverson elogia futebol brasileiro e diz que faltam 10% para se adaptar
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Alexandre Praetzel

Deyverson chegou ao Palmeiras, indicado pelo técnico Cuca. Desembarcou por cinco milhões de euros, após boa temporada pelo Alavés da Espanha. Jogador brigador, de força física, o atacante ainda não caiu nas graças da torcida, mas vem evoluindo nas suas atuações. Na vitória sobre o Coritiba, participou ativamente da partida e foi bastante aplaudido, quando foi substituído por Borja. Em entrevista exclusiva ao blog, Deyverson acredita na adaptação total nos próximos jogos e na possibilidade de sonhar com o título brasileiro. Confira a seguir.

Foi tua melhor partida, desde que você chegou ao Palmeiras?

Eu estou muito feliz, pela equipe ter ganho. Para eu ser o melhor do jogo, dependo dos meus companheiros, tanto os que estão jogando e os que estão de fora, que me dão muito apoio. Muito feliz pela partida e pela vitória.

Ainda falta um pouco para se adaptar ao futebol brasileiro ou você já está tranquilo?

Acho que estou 90% adaptado. Falta entender um pouquinho o que os meus companheiros querem para poder me adaptar 100%.

Dá para buscar o título brasileiro, 13 pontos atrás do Corinthians?

Estamos um pouco distantes. Ainda tem bastante partidas pela frente, onde podemos somar pontos, mas sabemos que vai ser bastante difícil, mas continuando com o trabalho que a gente vem fazendo, com os pés no chão, eu acho que a gente pode sonhar sim em ser campeão.

Você jogava no Alavés, um time pequeno. Aqui você joga no Palmeiras, onde precisa propor mais o jogo. Isso também é uma dificuldade ou não?

No Alavés, normalmente, a equipe jogava para não cair. Então, era bastante diferente do Palmeiras. O Palmeiras é uma equipe grande, não dizendo que o Alavés não seja, e briga por título. É totalmente diferente do futebol espanhol, num time como o Alavés, que não é muito conhecido, mas fizemos um bom campeonato lá também. Terminamos em nono, onde muita gente não acreditou no nosso potencial. São treinadores diferentes também. Pellegrino é um treinador argentino, que me ensinou muito, mas Cuca também é um grande treinador que também tem me ensinado muito aqui no Palmeiras.

O Alavés na Série A do Brasileiro ficaria em que posição?

Na minha opinião, quando eu estava lá, era um time que guerreava bastante e lutava muito. Acho que ficaria na mesma posição que ficou no Espanhol. Em nono, lutando para não cair.

O futebol brasileiro te surpreende ou você esperava um nível técnico maior?

Realmente, está me surpreendendo. Eu via pela TV. Nunca tive essa oportunidade de vir jogar no Brasil. Estou realizando um sonho. É um futebol bastante dinâmico, que eu gosto, de lutar, brigar. É um futebol que estou me adaptando um pouco, faltando uns 10% para estar totalmente.

Deyverson já disputou dez jogos e marcou três gols pelo Palmeiras. Tem contrato até julho de 2022.

 


Palmeiras encaminha permanência de Fernando Prass
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras encaminhou a renovação de contrato com Fernando Prass. O blog apurou que a diretoria pretende anunciar a permanência do goleiro até dezembro de 2018, na próxima semana. Nos últimos dias, o presidente Maurício Galiotte ressaltou mais uma vez a vontade do Palmeiras em continuar com o jogador.

Fernando Prass chegou ao clube em janeiro de 2013. Foi titular durante três anos, mas conviveu com algumas lesões. Disputou 242 jogos e conquistou a Copa do Brasil, em 2015, e o Brasileiro, em 2016. Em 2017, perdeu a posição para Jaílson, mas voltou a jogar, depois que o companheiro se machucou.

Recentemente, Cuca concedeu entrevistas, revelando que Prass iria ficar. Agora, tudo caminha para um final feliz. Prass está sendo representado pelo empresário Giusepe Dioguardi.

No dia 29 de agosto, o blog postou uma entrevista com Fernando Prass. O goleiro esperava uma evolução nos contatos com os dirigentes. Na ocasião, torcedores se dividiram entre elogios e críticas, nos comentários. Alguns acharam que Prass deveria ficar e outros acreditavam que o Palmeiras deveria agradecer todo o empenho e dedicação, buscando um novo reforço no mercado.

Particularmente, acho que Prass merece a renovação. Ainda tem lenha para queimar, é totalmente comprometido e tem liderança no elenco. Seria um dos meus três goleiros para a Copa do Mundo, ao lado de Fábio e Cássio.


Felipe Melo se acha maior que o Palmeiras. E a direção permitiu isso
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Alexandre Praetzel

Felipe Melo foi reintegrado ao Palmeiras e deu entrevista coletiva sozinho, sem a presença de ninguém da diretoria. Foi um ato estranho. Um jogador afastado, disparando algumas pérolas, com os símbolos dos patrocinadores ao fundo. Vai lá e responde, pareceu a combinação. E o conteúdo foi ruim. A declaração mais constrangedora foi: “Um cara que tumultuava o elenco, digamos, você tirou a laranja podre e a tendência é voar, ganhar os jogos que vêm pela frente, as competições. Infelizmente, não foi isso que aconteceu. Então, o problema não é o Felipe”, afirmou.

Felipe acha que não errou, mesmo depois do áudio onde desclassificou o técnico Cuca. Deveria mostrar humildade e um pingo de arrependimento para seguir seu trabalho, normalmente. Internamente, se esperava um discurso de pedido de desculpas, deixando a Instituição sempre em primeiro plano. Felipe se mostrou soberbo, tendo que se explicar depois, via redes sociais. Tudo mal planejado. Não acredito que alguém da direção tenha gostado do produto final.

Há uma semana, o presidente Maurício Galiotte homenageou os jogadores da Academia do Palmeiras de 1972, no aniversário do Clube. Uma foto dos craques campeões daquele ano, de 72 a 2017. Uma justa celebração, onde ali se viu um esquadrão espetacular, onde ninguém se achava maior que o Palmeiras.

Felipe Melo deveria conhecer essa história e conversar com aqueles ex-atletas, super vitoriosos e respeitosos com o Palmeiras. Talvez, ele aprendesse a não se achar maior que o Verdão. E Galiotte poderia ter evitado esse constrangimento. Estamos em setembro, e o Palmeiras não para de acumular polêmicas. 2018 já deve ser bem pensado para evitar inúmeros erros.


Luan: “Palmeiras é o maior time do Brasil. Ninguém quer derrubar o Cuca”
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Alexandre Praetzel

A semana começa com o Palmeiras acreditando numa arrancada para ainda sonhar com algo maior, no Campeonato Brasileiro. Os jogadores acreditam na qualidade do elenco e na recuperação técnica da equipe, para encostar definitivamente, nos primeiros colocados. O zagueiro Luan acha que os melhores estão na Academia de Futebol e que todo mundo quer atuar pelo Verdão. O blog entrevistou o jogador sobre a retomada do bom futebol, o ambiente no clube e a busca por resultados imediatos, esperados pela torcida. Confira a seguir.

Palmeiras tem time para ficar em segundo lugar no Brasileiro, pelo menos?

Claro. Na minha opinião, os melhores jogadores estão aqui. As vezes, as coisas não acontecem, não encaixam, mas não é porque aqui ninguém sabe jogar, é porque as coisas não acontecem mesmo. Mas tenho certeza que a partir de um clássico, que te dá confiança, que você ganha, jogando bem, as coisas podem começar a acontecer para nós. Aproveitar que a gente tem esse tempo para trabalhar, entrosar, não sofrer esses gols bobos que a gente vem sofrendo e conseguir mais vitórias no campeonato.

No clássico contra o São Paulo, você jogou por toda a defesa?

Não. Não vejo assim. Todo o time tem os seus méritos. Aqui no Palmeiras é assim, o mérito é de todos, inclusive da direção e do treinador. Aqui não tem ninguém, como algumas pessoas dizem, de corpo mole, querendo derrubar o Cuca, o Mattos ou o presidente. A gente é muito amigo aqui, só que as vezes, as coisas não acontecem e as pessoas procuram problemas. Eu creio que resultado alimenta ambiente e só ganhando que a gente afasta essas coisas daqui.

Vitória em clássico é bom também para retomar convicções que ficaram abaladas com as eliminações recentes?

É óbvio. Os jogadores que chegaram ou os que estão aqui, querem mostrar seu trabalho. Eu sou um deles e os que estão aqui também querem permanecer jogando bem, porque o Palmeiras é a maior equipe do Brasil e todo mundo quer estar aqui, jogadores que atuam em outros times, querem estar aqui. A gente sabe que precisa melhorar muito ainda para buscar nossos objetivos na competição.

Há um arrependimento por vocês terem largado um pouco o Brasileiro?

Ninguém largou. É um campeonato muito difícil. É verdade que com mais cinco ou seis pontos, estaríamos buscando o Corinthians e se estivéssemos com cinco ou seis pontos a menos, estaríamos perto da zona de rebaixamento. O campeonato é muito difícil. Nós perdemos um jogo para a Chapecoense, que estava na zona e ganhamos do Sport, fora de casa, que estava mais acima. A gente não pode oscilar. Tem que manter uma regularidade boa e fazer grandes jogos para a que a gente possa ganhar.

O Palmeiras está na quarta colocação com 36 pontos, 14 atrás do Corinthians, sete do Grêmio e dois do Santos. O time enfrenta o Atlético-MG, sábado, em Belo Horizonte.


Bruno Henrique vê mais confiança no Palmeiras para alcançar seu ex-time
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras segue 14 pontos atrás do Corinthians, mas há otimismo de que uma reação espetacular pode acontecer no Campeonato Brasileiro. Os jogadores adotaram um tom positivo nas entrevistas, entendendo que o elenco palmeirense pode fazer a diferença. O blog conversou com Bruno Henrique, ex-atleta do Corinthians e hoje volante do Verdão, a respeito do momento da equipe e da tentativa de buscar algo maior na competição. Confira a seguir.

Você já passou pelo Corinthians. Achas que dá para buscar o Corinthians, 14 pontos atrás no Brasileiro?

Difícil, mas tudo pode acontecer. A gente já teve históricos de times, que quando largaram muito na frente, acabaram bobeando, com uma sequência ruim, e outros times acabam encostando. No futebol, nada é impossível. A gente sabe disso, mas está pensando jogo a jogo. Depois de dois, três resultados ruins, esse jogo com o São Paulo era importantíssimo para a gente poder dar sequência para o campeonato, dar confiança para nós e para os torcedores e fortalecer ainda mais nosso grupo. Então, a gente está focado e todo mundo ficou feliz com a vitória. A gente vai ter um tempinho agora para poder trabalhar e tem bastante coisa para a gente acertar.

Uma vitória num clássico serve para recolocar o time numa briga maior no campeonato?

Sim. Sabemos que o clássico é um jogo diferente, que te dá uma confiança a mais. Se você perde, fica um pouco mais difícil para trabalhar. Se você ganha, dá uma confiança a mais para o grupo. Foi um jogo onde quem entrou, deu uma resposta muito boa. Isso fortalece o grupo para a gente ter uma boa sequência, nesses 15 dias de trabalho.

Houve discurso interno de que o Brasileiro deveria ficar em segundo plano, em algum momento?

Não, não. Em segundo plano, não. Nós priorizávamos todas as competições em que estávamos disputando, principalmente, porque nosso elenco tem bastante jogadores. Infelizmente, saímos de dois campeonatos, com dois empates, nas penalidades, atípicos, que podem acontecer. Vínhamos fazendo um bom campeonato brasileiro, não estamos tão mal assim. Tivemos alguns tropeços duas, três rodadas atrás, que deram uma instabilidade pelo fato da desclassificação. Então, isso cria bastante dúvida, é normal no futebol. Não teve priorização nenhuma. A gente tem que vencer, independentemente do campeonato.

Na próxima rodada, o Palmeiras enfrenta o Atlético, em Belo Horizonte, enquanto o Corinthians pega o Santos, na Vila Belmiro. O Palmeiras está quatro pontos atrás do Grêmio, segundo colocado, e dois do Santos, terceiro colocado.


Moisés: “Pressão é do Corinthians. Adversários enfrentam de outra forma”
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Alexandre Praetzel

O discurso no Palmeiras mudou bastante, depois da vitória de 4 a 2 sobre o São Paulo. Se antes, o time não tinha mais chances de lutar pelo título brasileiro, parece que agora, a confiança voltou para tentar tirar 14 pontos de desvantagem para o líder Corinthians. O blog entrevistou o meia Moisés sobre a realidade palmeirense e a tentativa de buscar a ponta da classificação. Confira a seguir.

Qual a realidade do Palmeiras: título ou disputa pelo vice-campeonato?

A realidade de lutar contra ele mesmo. A gente só tem um adversário neste momento: o próprio Palmeiras em evoluir a cada dia, se mostrar que tem um bom elenco, um bom time. Então, a gente tem que fazer o máximo de pontos possíveis. Se o campeonato te permitir sonhar com o título, a gente tem que fazer o nosso papel. Por isso que eu digo, quanto mais a gente brigar contra nós em querer melhorar, em fazer o máximo de pontos possíveis, aí o campeonato vai se desenhar lá na frente, faltando quatro, cinco rodadas e a gente vai ver se é possível alguma coisa.

Bate um arrependimento em não ter dado uma priorizada no Brasileiro, deixando pontos importantes para trás? Isso pesa na campanha?

Cara, a gente não pode mais ficar amargando isso, né. Claro que a gente gostaria de estar com 50 pontos hoje, seria nosso objetivo, mas passou. Perdemos, como os adversários vêm perdendo agora. O Corinthians perdeu dois jogos que ninguém imaginava. Então, o campeonato é difícil, a gente sabe da pressão que é jogar na liderança. No ano passado, a gente ficou praticamente o campeonato inteiro na liderança e a gente sabe como é difícil. Hoje, a pressão é toda deles. Se eles não forem campeões, todo mundo vai falar que ninguém presta no Corinthians. Deixou escapar um campeonato. Então, a pressão é muito grande e os adversários começam a jogar contra o líder de uma outra forma. As vezes, jogam melhor. Por isso, estou falando. A gente tem que fazer o nosso papel, o máximo de pontos possíveis, porque se eles derem a brecha, a gente tem que estar na cola. O problema é eles darem a brecha e a gente não fazer o nosso papel.

A vitória sobre o São Paulo serve para esconder os erros do Palmeiras?

Não, não esconde nossos erros. Mas a gente tem que comemorar a vitória, do jeito que foi. Você começar um jogo muito bem, com muita qualidade técnica e tomar um gol do jeito que nós tomamos, a reação foi de se enaltecer. Mas nós nos cobramos já no intervalo, que não poderíamos tomar gols da forma como tomamos. Não esconde, esse grupo é maduro, sabe o que fazer, trabalhar, mas temos que comemorar a vitória pela forma que foi, o adversário e a torcida merecia isso.

Moisés é considerado fundamental na tentativa de reação do Palmeiras. Recuperado de lesão no joelho direito, Moisés fez seis jogos e marcou um gol, em 2017. Em 2016, foi um dos principais nomes do título brasileiro pelo Verdão.


Prass, sobre renovação: “Nesses 15 dias sem jogos, vamos ver se evolui”
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Alexandre Praetzel

Fernando Prass vive a expectativa de renovar seu contrato com o Palmeiras. O goleiro encerra seu compromisso com o clube, em dezembro deste ano. Em entrevista exclusiva ao blog, Prass espera ter uma conversa com o presidente Maurício Galiotte, nesses 15 dias sem jogos, para definir seu futuro. Confira o bate-papo, a seguir.

O Palmeiras renasceu com a vitória sobre o São Paulo, no Brasileiro, ou isso é um exagero?

Acho que é um exagero porque daqui a 15 dias tem outro jogo e se perder ou tiver uma atuação ruim, volta tudo de novo. E o futebol, não só o brasileiro, o futebol em si trabalha muito em cima do resultado, da expectativa que se cria. E quando você não tem uma expectativa concreta como foi a nossa, de chegar mais longe na Libertadores, Copa do Brasil, as frustrações e as cobranças se potencializam. E óbvio que uma derrota ou até um empate domingo, iam trazer um peso muito grande para essas duas semanas. Agora, tem duas semanas, para aí sim, fazer um divisor de águas, ter uma sequência boa na competição e, quem sabe, aos poucos, buscar as posições a nossa frente.

Com oito pontos perdidos em jogos recentes, o Palmeiras poderia ter 44 pontos. Vocês relembram isso e fizeram essa matemática?

Tu sempre pensa isso, pensa sempre o lado positivo. Óbvio, se a gente tivesse ganho lá atrás de outras equipes, mas se a gente tivesse perdido para o Bahia, que ná época que nós fomos jogar lá, o Bahia tinha três jogos em casa, três vitórias e 12 gols marcados, tinha tomado um gol, a gente fez quatro. Fazia tempo que a gente não ganhava da Ponte, ganhamos da Ponte lá. Na realidade, é uma compensação. Eu acho que só o Corinthians está fugindo dessa média do Brasileiro. Tu ganhas alguns pontos, óbvio que tem que fazer um aproveitamento melhor em casa e a gente vinha de duas derrotas e buscar pontos fora. A gente está conseguindo buscar pontos fora. Então, fica mais ou menos na balança. Como eu falei, só o Corinthians que foge um pouco dessa compensação.

Qual a chance de renovar o contrato com o Palmeiras?

Difícil falar em chance, mas vamos ver. De repente, nessas duas semanas sem jogos, com essa vitória no clássico, a gente tem uma condição melhor de conversar porque era complicado, no momento que a gente estava, pensar individualmente, pensar no jogador. Como eu falei, tinha que abrir mão de qualquer vaidade e pensar no Palmeiras. Depois, quando as coisas se acalmassem, a gente pensava na gente. Vamos ver, nessas duas semanas, se evolui alguma coisa.

O Vasco te procurou para você voltar?

Não, não procurou.

Nenhum clube grande do tamanho do Palmeiras, te procurou?

Do tamanho do Palmeiras, é difícil(risos). Não. São coisas que, se eu te disser que não procurou, vai ficar aquela dúvida, e se eu disser que procurou…Não é uma coisa que se trata pela imprensa, né. Eu mesmo, se tivesse ou não uma proposta, não ia abrir para ninguém, a não ser para o Palmeiras. Falei isso para o presidente, que eu não assinaria um pré-contrato com clube algum, sem antes comunicá-lo. E aí, em cima disso a gente vai, nessa relação de confiança, a gente vai conversando.

A sinalização do Palmeiras é para renovar contigo?

O presidente deu uma entrevista esses tempos aí, falando que a ideia era que eu ficasse. Vamos ver, agora, com essas duas semanas sem jogos, com um pouco mais de tranquilidade, se a gente consegue conversar.

Fernando Prass chegou ao Palmeiras, em 2013. Foi campeão da Copa do Brasil, em 2015, cobrando o pênalti decisivo contra o Santos e foi campeão Brasileiro, em 2016. Aos 39 anos, já fez 241 jogos. Neste ano, perdeu a posição de titular para Jaílson.