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Gil garante que está bem na China, mas não descarta volta ao Brasil
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Alexandre Praetzel

O Corinthians tem interesse na repatriação de Gil. Hoje no Shandong Luneng da China, o zagueiro tem mais um ano e meio de contrato e mostra-se ambientado e satisfeito no futebol asiático. Em entrevista exclusiva ao blog, Gil falou sobre a possibilidade de retornar ao Brasil, adaptação na China, Fábio Carille e o seu momento atual. Confira.

Valeu a pena ter trocado o Brasil pela China?

Na época, foi algo bom para mim e para o Corinthians. Decidimos juntos, era uma boa proposta e decidimos aceitar. Creio que valeu a pena sim. Já estou indo para a minha terceira temporada no clube, tenho carinho de todos aqui e tenho mantido um bom nível de apresentações. A gente acaba ficando um pouco mais distante do cenário, mas hoje sabemos que os jogos podem ser vistos de qualquer lugar e cada vez mais o futebol chinês tem contado com jogadores renomados e de grande história. Existe um grande investimento e uma evolução contínua no futebol do país.

Por que não foste mais convocado para a Seleção Brasileira, na tua opinião?

É algo que prefiro não opinar, posi não cabe a mim. Trabalho no dia a dia para o meu clube, como sempre disse desde a época do Corinthians. Tenho que fazer o meu melhor sempre no dia a dia para estar bem. Tenho que me dedicar e fazer o melhor sempre e é algo que sempre fiz durante toda a minha carreira e continuo fazendo aqui na China.

Pensas em retornar ao Brasil, a curto prazo?

Ainda tenho contrato até o fim do ano que vem com o Shandong, pois assinamos quatro anos. Claro que tenho vontade de voltar ao Brasil, mas é algo que não tem como saber ainda se a curto, médio ou longo prazo. Comecei a terceira temporada aqui, começamos bem a competição e estou muito motivado. Ano passado, conseguimos terminar como a melhor defesa, só fiquei fora de um jogo. Este ano, somos também a defesa menos vazada(quatro gols em seis jogos), brigamos na parte de cima da tabela e creio que teremos coisas boas. Mas se surgir algo bom para mim e para o Shandong, sempre estaremos abertos a conversar e decidir o melhor para todas as partes.

Palmeiras tentou te contratar?

Eu acompanhei mais pela imprensa e vi declarações de dirigentes do clube falando sobre mim, assim como vi falando de outros clubes também. Fico feliz por tudo isso, pois é reconhecimento do que tenho feito, mas tenho que manter os pés no chão. É algo que deixo para meus empresários e tenho contrato ainda, como disse, até o final de 2019. Sei que tiveram algumas consultas, mas não é uma liberação fácil, pois investiram na minha contratação. Eu tenho jogado sempre aqui e não é tão comum eles investirem em zagueiros estrangeiros.

Achavas que Carille teria sucesso rápido como treinador?

Sempre acreditei que ele seria um grande treinador e que sua hora iria chegar. É um cara batalhador e merecedor do que está colhendo no momento. Sempre acompanho e torço por ele e por todos ali, pois tenho grandes amigos e pessoas queridas. É gratificante você poder ver quem gosta, vencer na vida, ainda mais sendo alguém que se dedicou e se preparou para aquilo.

O que faz um bom zagueiro para você?

Acima de tudo, acredito muito na dedicação. No futebol, nada acontece por acaso e é sempre fruto de muito trabalho. Eu sempre priorizei isso e aqui na China não é diferente. Procuro fazer um algo a mais no dia a dia, pois sabemos que sempre temos algo a melhorar. Um bom zagueiro hoje precisa ter a parte física em dia, mas também saber que muito do que acontece na frente começa por ele lá atrás, com técnica. Um bom passe e uma saída de bola qualificada ajudam muito. Mas sabemos que é uma posição que temos que atuar sempre com seriedade e firmeza, pois estamos perto do nosso gol. Pelo alto, é preciso ter segurança e, quando temos alguma brecha, aproveitar para tentar alguns gols na frente. Acho que é mais ou menos isso, com liderança, organização tática e entrosamento com os demais companheiros, pois sozinho ninguém consegue se destacar.

Gil está com 30 anos. No Shandong Luneng, fez 73 jogos e marcou quatro gols, desde 2016.


Presidente do Corinthians desvia o foco da crise financeira do clube
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Alexandre Praetzel

Andrés Sanchez desviou o foco dos problemas financeiros do Corinthians. Chamou uma entrevista coletiva para comentar o banimento de Marco Polo Del Nero, as manobras políticas na CBF, ironizou o Palmeiras, falou sobre possibilidade de contratação, mas não explicou o fundamental, nem foi questionado. De onde o Corinthians irá tirar dinheiro para contratar reforços?

A pergunta cabe, depois da entrevista exclusiva do diretor financeiro, Wesley Melo, ao repórter Dassler Marques, no UOL Esporte. Wesley foi direto ao dizer que não dá para adquirir jogadores com o momento delicado das finanças. Ainda revelou um déficit mensal de R$ 8 milhões, uma dívida de R$ 26 milhões com o Fundo da Arena Corinthians e um endividamento bancário na faixa dos R$ 420 milhões, além de ter buscado ajuda com os empresários Carlos Leite e Giuliano Bertolucci, com empréstimos a juros entre 1,5% e 1,9%. Por acordo, todo o dinheiro de bilheteria dos jogos vai para o pagamento do Fundo da Arena. No elenco, o Corinthians ainda gasta cerca de R$ 13 milhões com a folha salarial.

O Corinthians era para ser uma potência financeira. Tem a maior cota de TV, um plano de sócio-torcedor consolidado e uma torcida apaixonada e consumidora. A Arena está quase sempre lotada. O time tem dado resposta dentro de campo, depois de uma gestão de futebol bem elaborada e produzida por Alessandro e Flávio Adauto, com o ótimo trabalho de Fábio Carille e comissão técnica. O Corinthians segue forte e tem chances de ganhar a Copa do Brasil ou a Série A do Brasileiro, até porquê a Libertadores foi colocada em segundo plano pelo presidente.

Andrés pegou tudo pronto de Roberto de Andrade. Até agora, não apresentou nada novo. Um clube do tamanho do Corinthians não tem patrocinador master. Em 2009, Ronaldo Nazário foi um grande lance, num momento de reconstrução. Hoje, passados nove anos, é inimaginável repetir algo parecido pela falta de recursos e nomes capazes de mudar o caos financeiro. Parece que o presidente não viu as palavras do seu diretor financeiro, um profissional do mercado. Gestões empresariais não suportam mais tanto amadorismo. Enquanto os resultados de campo forem bons e os títulos conquistados, tudo passa batido. Mas uma hora a conta chega.

Para quem disse que deixaria o mandato de deputado federal para se dedicar apenas ao Corinthians, Andrés não cumpriu a palavra. Em 2007, ele foi transparente, ao publicar no site do clube, os percentuais de cada “dono” dos atletas. Depois, voltou atrás. Será que agora fará o mesmo? Quem o reelegeu, que aguarde para conferir.


Cássio evita derrota do Corinthians em Salvador. Empate foi bom resultado
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Alexandre Praetzel

O Corinthians volta de Salvador com um bom resultado na abertura das oitavas-de-final da Copa do Brasil. O time de Fábio Carille não teve boa atuação e ficou no 0 a 0 com o Vitória, no Barradão. Desde o início da partida, o Corinthians teve mais posse de bola, mas parecia desgastado e sem muita força para superar a marcação do Vitória. A equipe de Vágner Mancini começou mais recuada e dando campo ao Corinthians, esperando algum erro. Em duas oportunidades, quase fez o gol, mas parou em Cássio. O goleiro corintiano foi o melhor em campo. O Corinthians só chutou uma bola a gol, com Rodriguinho. Jadson não foi bem e Clayson perdeu o duelo com Juninho e Zé Welison. No final da primeira etapa, Ralf saiu machucado e Gabriel entrou.

Depois do intervalo, os dois times voltaram mais intensos e atacando mais. Os espaços foram aparecendo, muito mais pelo lado do Corinthians. Yago, Neílton e Denílson incomodaram a defesa corintiana, com bons contra-ataques. Eles exigiram três defesas de Cássio e poderiam ter marcado, se tivessem mais qualidade nas finalizações. Do outro lado, Caíque só fez uma defesa, em chute de Romero.

Em linhas gerais, o Corinthians pode comemorar a igualdade, decidindo a classificação diante de sua torcida, sem gol qualificado. O Vitória perdeu a grande chance de pressionar o Corinthians, no jogo de volta. O confronto está aberto, mas o Corinthians é favorito pela força do elenco e por atuar em casa.


Corinthians melhorou o elenco. Carille varia bem a forma de jogar
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Alexandre Praetzel

O Corinthians foi o único time que conseguiu duas vitórias seguidas no início do Brasileiro. Bateu Fluminense, em casa, e Paraná Clube, em Curitiba. Nos dois jogos, alternou a escalação. Em relação a 2017, quando sobrou no campeonato, fazendo 47 pontos em 57, no primeiro turno, o Corinthians tinha um elenco inferior, acredito. Fábio Carille tem rodado mais seus atletas, por ter Libertadores ao mesmo tempo e por entrar na Copa do Brasil, nas oitavas-de-final. Hoje, o treinador tem mais opções para variar o esquema tático.

Saíram Guilherme Arana, Pablo e Jô. Chegaram Henrique, Sidcley, Juninho Capixaba e Marllon, para o setor defensivo . O zagueiro se firmou rapidamente ao lado de Balbuena e tem jogado bem. Sidcley foi uma grata surpresa, com desempenho muito bom. Juninho Capixaba começou mal e perdeu espaço, mas tem potencial para se recuperar. Ralf e Emerson Sheik(eu não contrataria) ainda acrescentam e Matheus Vital foi a melhor contratação. Roger nem estreou e o garoto Matheus Matias é visto como boa aposta.

Se Carille quisesse escalar uma formação só com reservas, teria Valter; Mantuan, Pedro Henrique, Marllon e Juninho Capixaba; Ralf, Maycon, Jadson e Marquinhos Gabriel; Pedrinho e Roger. Sobrariam ainda Danilo, Emerson Sheik, Júnior Dutra e Matias. Parece que a política de reforços passou por Carille, que sabe muito mais do que os dirigentes, a respeito das necessidades do grupo.

O treinador mostra que sabe extrair o máximo de cada atleta. Do meio para a frente, é possível adaptar alguns esquemas às características dos jogadores. Se em 2017, havia uma dependência fortíssima de Jô, parece que isso já ficou para trás. É difícil o Corinthians repetir a campanha do primeiro turno do ano passado. Mas se fizer 40 pontos, com a forma de jogar eficiente e as alternativas que acrescentou ao vestiário, poderá se tornar favorito de novo a levar o Brasileiro.

 

 


Corinthians sobra. Palmeiras para o gasto. São Paulo confuso
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Alexandre Praetzel

Segunda rodada do Brasileiro e jogos fracos, tecnicamente, com exceção de Paraná e Corinthians.

Trabalhei na partida e vi Fábio Carille poupar Ralf, Maycon e Clayson, escalando Gabriel, Jadson e Matheus Vital. O Corinthians foi pressionado no início, por um Paraná ávido em voltar à Série A e comemorando o fato de receber um grande adversário no seu estádio, novamente. No entanto, quando o Corinthians conseguiu colocar a bola no chão, fez o primeiro gol com Rodriguinho e ampliou em seguida em bonita jogada de Sidcley, talvez o melhor em campo. Dois a zero em dois minutos. Isso minou a confiança do Paraná e deixou o Corinthians à vontade. Na segunda etapa, o Paraná não mudou sua postura e deu espaços para o contra-ataque. O Corinthians chegou aos 4 a 0, em dois lances de Clayson, fazendo um gol e dando o passe para Gabriel. Carille pode mudar algumas peças e o modo de atuar não se modifica. O Corinthians é o time mais tático do Brasil e larga com duas vitórias, algo que não fez em 2017, quando sobrou no primeiro turno. Alerta ligado para os adversários.

No Pacaembu, o Palmeiras não fez um bom jogo, mas conseguiu a vitória de 1 a 0 sobre o Inter. Foi um confronto parelho até nas chances desperdiçadas. O Inter teve um impedimento mal marcado, num gol anulado de Leandro Damião. Roger Machado manteve Lucas Lima, com desempenho razoável mais uma vez. Edu Dracena voltou e deu mais segurança para Antonio Carlos, seu companheiro de zaga. Em alguns momentos, o Palmeiras parece abatido e lento, dentro de campo. A perda do Paulista não pode mais servir como justificativa. O Brasileiro é longo e o time pode jogar mais. Isso tem sido unanimidade entre os palmeirenses. O resultado foi melhor que a atuação e quatro pontos em seis disputados, são interessantes sobre Botafogo e Inter. Quarta-feira, será uma pedreira diante do Boca Juniors, pela Libertadores.

Em Fortaleza, o São Paulo foi confuso contra o Ceará. Diego Aguirre gosta do rodízio e testou outra formação. O São Paulo criou pouco e não teve nem força, nem velocidade, para conseguir alguma chance de gol. Everton foi discreto na sua estreia. Na volta do intervalo, Aguirre passou para o esquema com três zagueiros, com Valdívia e Nene, sem centroavante. O São Paulo até chutou duas bolas a gol, mas se mostrou descompactado e devagar na recomposição. O limitado Ceará teve a melhor oportunidade, com Felipe Azevedo batendo para defesa de Sidão. Aguirre precisa de tempo para ajustar a equipe e definir seu esquema de jogo. O São Paulo sofre com a lentidão e não aproveita contra-ataques. Em pontos, são quatro conquistados, mas as atuações não empolgaram. Agora, terá tempo para treinar, fora da Copa do Brasil.

 


Rodriguinho iluminado. Fator local também pesa para o Corinthians
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Alexandre Praetzel

Trabalhei em Corinthians e Fluminense, na primeira rodada do Brasileiro. Um jogo com dois tempos distintos. Na primeira etapa, confronto de muita marcação, com o Fluminense recuado e tirando espaços do Corinthians. Os donos da casa não conseguiam criar chances de gols. Houve duas finalizações com Renê Jr. para o Corinthians e Richard para o Flu.

Aí, surgiu o gol de Rodriguinho. Cruzamento de Romero e Rodriguinho concluiu de cabeça, mais uma vez, com ótimo posicionamento, repetindo o gol que marcou diante do São Paulo, nas semifinais do Paulista. Os times foram para os vestiários e a impressão que o gol corintiano iria deixar o Corinthians ainda mais favorito para vencer.

No início do segundo tempo, o Flu empatou com Richard, após arremesso lateral e passe dentro da área. O Fluminense se animou e foi para cima do Corinthians. Chegou outras vezes ao ataque, e obrigou Cássio a uma ou duas defesas. O Corinthians parecia acuado, mas a equipe atua com muita confiança, em Itaquera. As entradas de Maycon e Emerson Sheik deram dinâmica maior e troca de passes e foi num ataque assim, que saiu o gol da vitória.

Maycon esticou uma bola na ponta esquerda e Sheik dava a impressão de não chegar, mas conseguiu alcançá-la e cruzou para trás, onde Rodriguinho bateu de primeira no contrapé de Júlio César. Rodriguinho está iluminado. Ele praticamente não tocou na bola em outros momentos da partida, mas decidiu com dois gols.

O Corinthians somou seus primeiros três pontos e apenas confirma que é difícil perder em casa. São apenas 11 derrotas em mais de 100 partidas. Isso pode pesar nos pontos corridos, como funcionou em 2017. Ainda mais com a fase de Rodriguinho. Não é um craque e não será. Mas seu poder de decisão e finalização está deixando os adversários preocupados. Isso é fato.


Ralf e Danilo destacam currículos vencedores no Corinthians
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Alexandre Praetzel

O bicampeonato paulista do Corinthians colocou mais uma faixa no peito de Ralf e Danilo, dois jogadores muito vitoriosos pelo Clube e com grande número de partidas. Ralf foi titular na decisão e Danilo abriu as cobranças de pênaltis que deram o título ao time. O blog conversou com os atletas, sobre mais uma conquista e o que vem pela frente. Primeiro, Ralf.

O título fortalece o grupo ainda mais para o restante da temporada?

Sim. Fizemos por merecer. Mesmo eu chegando no decorrer da competição, esse grupo é maravilhoso, abençoado e fizemos por merecer. Fizemos um grande jogo, abrimos o placar como eles fizeram na nossa casa e isso aí dificultou o máximo para eles. A gente sabe que o jogo foi muito difícil e disputado e tivemos uma tarde feliz e abençoada com o Cássio também.

Ter jogado a final provou que você é um vencedor no Corinthians?

Me sinto vencedor, realizado, abençoado pelo Carille contar comigo. O Gabriel respeitou minha entrada e a decisão do Carille. O grupo só tem a ganhar. Ele jogou o primeiro clássico, eu respeitei. Independentemente de quem joga, quem ganha é o Corinthians. A gente teve um título merecido.

É difícil projetar um bicampeonato brasileiro?

Todo jogo a gente entra para vencer, mas nem sempre se desenha da maneira que a gente espera. A gente já começa com um primeiro semestre muito bom, abençoado, com esse título na casa do Palmeiras.

Ralf tem 344 jogos e marcou oito gols. Foi campeão paulista duas vezes, Brasileiro duas vezes, Libertadores da América, Mundial e Recopa Sul-Americana. Após dois anos no futebol chinês, retornou com mais dois anos de contrato.

O blog também entrevistou o meia Danilo. Confiram.

Foi um título justo na tua opinião?

Eu acho que sim. As duas equipes são iguais. No jogo de lá, a gente tomou o gol muito cedo e isso aí faz diferença. A equipe deles foi para trás e não conseguimos fazer o gol. E na casa deles, aconteceu a mesma coisa. Equipes iguais e foi decidido nos pênaltis. Nossa equipe bateu muito bem e mereceu o título.

Mais uma faixa no peito. Você um dos mais vitoriosos no futebol?

Graças a Deus. Nove anos aqui no Corinthians e ganhando tudo. Já tinha ganhado antes e eu acho que tem que agradecer todo mundo, mesmo jogando pouco, estou aqui sempre para ajudar, como foi domingo.

Aos 38 anos, Danilo fez 329 jogos e marcou 31 gols. Só não ganhou a Copa do Brasil pelo Corinthians. Teve se contrato renovado até dezembro.


Carille se firma como ótimo técnico. Cássio está na história corintiana
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Alexandre Praetzel

O bicampeonato paulista do Corinthians valoriza ainda mais Fábio Carille e coloca Cássio como um grande nome da história do Clube. Carille chega a três títulos importantes em apenas um ano e quatro meses como técnico principal. Conseguiu manter o foco vencedor no grupo e foi eliminando os adversários, sem estar apegado a uma única ideia de futebol. Tentou formações diferentes e adequou o esquema tático, depois de perder Jô. O Corinthians teve três pilares fundamentais para ser  campeão: Cássio, seu forte esquema defensivo e Rodriguinho decidindo no mata-mata.

Carille terá emprego por muito tempo no futebol brasileiro. E tem apenas 45 anos. Todos nós sabemos que não é fácil você ganhar por dois anos consecutivos, ainda mais no Brasil. Os Clubes se renovam demais, negociam atletas e os adversários se motivam. Carille é essencialmente tático, mas também controla bem o ambiente. Quem estiver melhor, vai jogar. E vestiário sob controle também é mérito do treinador. Duas vitórias nos pênaltis contra São Paulo e Palmeiras e uma virada em cima do Bragantino. O futebol foi longe de ser brilhante, mas no final, a taça foi para o Corinthians e currículo de Carille.

O Corinthians já levou Mano Menezes e Tite para a Seleção Brasileira. Fábio Carille pode ser o próximo, sim.

No gol, está Cássio. Outra vez decisivo nos pênaltis. Faz uma temporada razoável. Já teve algumas saídas equivocadas, mas sempre mostrou capacidade de reação. Desde que assumiu a titularidade, em 2012, Cássio foi campeão da Libertadores, Mundial, Recopa Sul-Americana, Brasileiro duas vezes e Paulista três vezes. O currículo fala por si só e o coloca no museu do Clube como um dos grandes vencedores da instituição.

O blog conversou com Cássio, bicampeão paulista. “Fico muito feliz. Muito trabalho, dedicação. A gente conseguiu mais um título. Perdemos o jogo em casa, mas a gente veio com muita confiança para esse jogo. Tivemos uma semana de trabalho muito focado. Agradecemos a torcida que lotou o nosso estádio para apoiar o time e foi o que a gente conseguiu. Merecedor por esse título”, afirmou.

Cássio também ressaltou que a conquista na casa do rival e nos pênaltis, aumenta a confiança. “Isso nós dá muita força para o decorrer dos outros campeonatos. Título fora de casa a gente sabe como é difícil, e sabe da força da equipe do Palmeiras. Mas estivemos muito focados, concentrados e sabíamos que poderíamos ser campeões. Então, só agradecer e comemorar”, finalizou.

Cássio tem 321 partidas e contrato até dezembro de 2019.


Árbitro manchou a decisão do Paulista. Urge transparência na arbitragem
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Alexandre Praetzel

Marcelo Aparecido de Souza manchou a final do Campeonato Paulista. Ele marcou um pênalti que não existiu, de Ralf em cima de Dudu. Ok. Errou. Como muitos árbitros erraram e conviveram com isso, inclusive em Copa do Mundo. Mas não poderia ter voltado atrás, porque não existe VAR no Estadual. Simples.

Ele foi avisado pelo quarto árbitro Adriano Miranda, que foi avisado pelo representante da Federação. Isso tudo foi relatado ao presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte.

Marcelo Aparecido deveria ter deixado Dudu bater o pênalti e fim de papo. Isso era o correto. Ele e sua arbitragem terminaram ali. Uma pena. Ele não vinha mal, mas sua atitude foi decisiva.

No pós-jogo, após a cerimônia de premiação ao Corinthians, tentei entrevistar o presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, e o vice-presidente, Mauro Silva, ex-atleta reconhecido. Não foi possível. Ninguém queria se manifestar. O constrangimento e os sorrisos amarelos eram visíveis.

Urge totalmente a divulgação dos áudios dos árbitros para aumentar a transparência. Sempre.

O Corinthians não tem nada com isso e foi bicampeão, fazendo sua parte, marcando o gol que precisava e jogando a pressão para o rival. Depois, Cássio pegou dois pênaltis e deu o título ao clube. Cumprimentos a Carille e elenco.

Mas é impossível escrever qualquer texto e não citar o que aconteceu. Marcelo Aparecido de Souza se perdeu.

 

 


Treinos abertos devem se repetir. Torcedores merecem ter um “dia”
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Alexandre Praetzel

As festas dos torcedores de Corinthians e Palmeiras nos treinos abertos, podem determinar uma ideia de marketing e promoção dos clubes. A presença maciça de muitos que não podem ou não conseguem comprar ingressos, traz uma mensagem interessante. Por que não marcar o “Dia do torcedor”, uma confraternização com comissões técnicas e jogadores? Quem sabe, um sábado por mês, na véspera de uma partida importante ou de um clássico. Podem movimentar as lojas oficiais e angariar novos sócios, além da possibilidade de outras promoções. Óbvio que pensando sempre pelo lado positivo. Se o time estiver numa sequência de derrotas ou em crise técnica, isso dificulta um pouco, claro.

Vimos momentos emocionantes nos dois estádios, com torcedores tremulando bandeiras e iluminando os ambientes com sinalizadores. Tudo na paz e convivência. E sobre isso, uma questão curiosa. Por que nos treinos, bandeiras e sinalizadores são permitidos e nos jogos, não? Ainda mais com torcida única, nos confrontos de maior rivalidade? A incoerência das autoridades preocupa porque parece um jogo de empurra e uma proibição para não aumentar a fiscalização e o trabalho. Só pode ser isso.

Lembrando que o São Paulo também havia feito a mesma coisa no Morumbi, dia 26 de agosto de 2017, antes de enfrentar o Palmeiras, no Allianz Parque. Na ocasião, o evento também foi emocionante, apesar da má fase do tricolor.

É algo que pode virar rotina. E aproxima mais os atletas da galera. Hoje, eles comandam o futebol, mas vivem enclausurados, cheios de assessores e parecem “robôs” na maioria das entrevistas. É uma oportunidade também para eles verem o que representam para os apaixonados por seus times. Quem não se comprometer, depois de atitudes tão fortes de apoios, é porque não merece vestir a mesma camisa.