Blog do Praetzel

Corinthians e Inter negociam troca de jogadores
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Alexandre Praetzel

Corinthians e Inter estão próximos de fechar uma troca de jogadores por empréstimo, até o final do ano. O meia Giovanni Augusto deve ir para o Inter e Valdívia pode vir para o Corinthians. A negociação está sendo conduzida pelos dois presidentes, Roberto de Andrade e Marcelo Medeiros.

Giovanni Augusto chegou ao Corinthians, em fevereiro de 2016, após bons jogos pelo Atlético-MG. Foi indicado pelo técnico Tite e ganhou a titularidade no time. Depois, foi prejudicado por algumas pequenas lesões e acabou perdendo espaço. Disputou 61 jogos e marcou seis gols. Está com 27 anos.

Valdívia despontou mesmo em 2015, quando fez ótimo campeonato gaúcho ao lado de Nilmar e virou um dos destaques do Inter. Teve uma lesão ligamentar de joelho e ficou fora por seis meses, em 2016. Quando retornou, nunca mais repetiu as boas atuações anteriores e ficou marcado com o rebaixamento à Série B, assim como vários atletas. Há quem defenda no clube, que é hora de Valdívia sair um pouco e voltar com outra motivação. O meia-atacante está com 22 anos e renovou contrato até 2020. Estreou em 2013, entre os profissionais. Já atuou em 140 partidas e fez 27 gols.

Corinthians e Inter vão se enfrentar na quarta fase da Copa do Brasil, dias 12 e 19 de abril. O jogo de ida será em Porto Alegre e a volta, em São Paulo.


Pimenta critica gestão de Leco, defende Ceni e promete fundo para reforços
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Alexandre Praetzel

José Eduardo Mesquita Pimenta quer voltar a presidir o São Paulo, após comandar o clube de 1990 a 1994. Aos 78 anos, o candidato da oposição é crítico da atual gestão, defende Rogério Ceni e promete um fundo de investimento para contratações de reforços. Acompanhe a entrevista exclusiva ao blog.

Por que o Sr. quer ser presidente do São Paulo novamente?

''Nos últimos anos o São Paulo Futebol Clube entrou em uma espiral de decadência. De 2008 para cá, ganhamos apenas uma Copa Sul-Americana. O clube, que já foi sinônimo de gestão profissional e vitoriosa, perdeu prestígio e protagonismo. Fico triste de vê-lo em tal situação. O São Paulo é o clube brasileiro com maior número de títulos internacionais de expressão. Em 1993, ano do nosso bicampeonato mundial, fomos eleitos o melhor time do mundo por publicações espanholasPor isso não fomos acostumados a se contentar com poucoVoltei porque quero devolver o São Paulo ao seu lugar. Quero vê-lo novamente nas capas dos jornais, levantando taças, enchendo o Morumbi e ganhando campeonatos contra os grandes da Europa. Chegou a hora de reconstruirmos o São Paulo e torná-lo gigante novamente''. 

Quais são suas ideias para o departamento de futebol?

''Nosso principal projeto será a criação de um fundo de investimento exclusivo para o futebolEsse fundo terá um aporte inicial estimado entre R$100 e R$150 milhões. Com esses recursos vamos reforçar o time. Será um dinheiro carimbado, que não será utilizado em outras áreasComo o futebol terá um caixa próprio, poderemos destinar receitas para pagar dívidas e investir em outras demandas do clube. Outra proposta é dar mais autonomia financeira e administrativa para a área social, tornando-a mais forte e independente. Vamos também promover uma maior integração entre a base e o profissional, aproximando ainda mais os CTs de Cotia da Barra Funda. Com isso vamos otimizar custos e realizar um intercâmbio maior entre nossos garotos e os profissionais''.  

O que tem achado do trabalho de Rogério Ceni e da gestão de Leco?

''Como você deve saber, o Rogério Ceni chegou ao clube na minha primeira gestão. Anos depois estreou em um torneio da Espanha. Ele é meu amigo pessoal, tanto que inclusive me convidou para seu jogo de despedida. Na minha opinião, além de ídolo, ele é um treinador com muito potencial e que pode ajudar muito o São Paulo. Ele só precisa de tempo e elenco para trabalhar. Por falta de planejamento da atual diretoria, o grupo tem algumas carências, principalmente nas laterais e meio-campo. Isso atrapalha o desempenho do time e, consequentemente, o próprio trabalho do Rogério. Sobre a atual gestão, só posso classificá-la como preocupanteNo último ano, as dívidas aumentaram 16%, beirando a casa dos R$ 300 milhõesIsso faz com que o clube tenha que vender cedo garotos promissores como David Neres e Lyanco. O marketing é outro ponto de grande preocupação. A atual gestão estimou faturar R$ 44 milhões em patrocínios este ano. Mas fez menos de R$ 14 milhões e ainda perdeu a Prevent Senior como patrocinadora master. Nos últimos jogos nossa propriedade mais valiosa foi cedida de graça para uma empresa por conta de uma negociação mal conduzida pela atual diretoria com a Comissão Técnica.  É uma sequência de erros e amadorismo que não são condizentes com o nome e a grandeza do São Paulo Futebol Clube''.

O Sr. promete contratações de reforços?

''O fundo de investimentos nos possibilitará contratar jogadores de ponta para o time. Não falarei de nomesMas teremos receitas e com elas contrataremos novos jogadores com nível para construirmos um time campeão''.

Qual seu plano de gestão no marketing e nas finanças?

''Nós implementaremos uma gestão profissional no clube. O marketing e as finanças serão geridos por profissionais do mercado. Contaremos com o auxílio de headhunters para buscar profissionais capacitados para trabalhar a marca São Paulo, uma das mais valiosas e poderosas do futebol brasileiro, mas que está subvalorizada. Separaremos o marketing da área comercial. Isso dará autonomia e potencializará as possibilidades de cada área. Sobre as finançasdesde o primeiro dia nos concentraremos em equacionar as dívidas do São Paulo, que hoje beiram os R$ 300 milhões. O clube perdeu credibilidade no mercado. Até para pegar um empréstimo em um banco está difícil. Essa situação é inadmissível e precisa ser revertida o quanto antes possível''.

Consideras o Morumbi um estádio ultrapassado?

''O Morumbi não está ultrapassado. Precisamos fazer adequações para adaptá-lo às demandas e necessidades do século XXIO Morumbi é a nossa casa, o orgulho de todo são-paulino. Temos um projetpara melhorar a sua infraestrutura e garantir mais conforto para a nossa torcida. Esse plano prevê a construção de um novo estacionamento e a aproximação das cadeiras ao gramado. Vamos estudar também a questão da cobertura. O torcedor merece mais conforto em sua casa. Nos últimos tempos, vimos o Morumbi perder muitos shows para outras praças. Vamos torná-lo novamente a casa dos grandes eventos na cidade''. 

Há 24 anos o Sr. teve problemas como presidente no envolvimento com o empresário Todé. O Sr. acha que isso pode ser resgatado contra o Sr. na eleição?

''Esse é um assunto superado, que só voltou à tona por conta da minha candidatura. Não há mais o que falar sobre esse caso. A acusação surgiu de uma fita manipulada e adulterada, conforme laudo assinado pelo renomado perito Ricardo Molina. No laudo não há uma menção sequer sobre a comissão de 5% que o empresário afirma que pedi. Isso foi dito apenas no depoimento dele ao juiz. E muito me espanta e indigna ver o magistrado afirmando que houve esse pedido de comissão baseado numa fita que ele próprio considerou como clandestina e ilícita. Isso não faz sentido para mim. De toda forma, o próprio Conselho Deliberativo tornou minha punição sem efeito e me reconduziu ao clube. Hoje sou presidente do Conselho Consultivo, órgão de notáveis que reúne todos os ex-presidentes. Aquele foi um episódio que me causou grande tristeza e sofrimento. Mas a minha inocência está mais do que comprovada''.  

Abílio Diniz terá que peso na sua gestão, caso o Sr. seja eleito?

''O Abílio Diniz é um grande são-paulino e um dos muitos apoiadores da nossa campanha. Ele entende que nossas ideias e propostas são as melhores para o futuro do SPFC. É uma pessoa bem-sucedida em sua vida profissional e que quer ajudar o clube. Será importante para a modelagem e constituição do fundo de investimento. Mas não terá participação direta na gestão e nas tomadas de decisão. O Abílio quer o bem do São Paulo e, assim como muitos outros conselheiros, sócios e torcedores, está seguro que o nosso projeto seja o melhor para o SPFC''.

A eleição à presidência do São Paulo será dia 18 de abril. Pimenta irá concorrer contra Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, atual presidente são-paulino.


Venda de mando é absurda em qualquer torneio. Linense merece perder
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Alexandre Praetzel

O jogo de ida do Linense contra o São Paulo, no Morumbi, mais uma vez escancara uma péssima atitude de clubes pequenos perante os grandes. O Linense abriu a possibilidade de mandar a partida pelas quartas-de-final, longe da sua comunidade e torcida, em troca de 50% da renda dos dois confrontos diante do tricolor.

Preferiu a questão financeira ao invés da chance de eliminar o São Paulo. Vai jogar as duas partidas fora de casa. Uma venda de mando absurda e ainda permitida pela Federação Paulista de Futebol, que deveria impedir tal medida, algo que a CBF fez para o Campeonato Brasileiro 2017, finalmente.

Vários dirigentes de times menores já fizeram a mesma coisa que os diretores do Linense e isso nunca foi proibido. Está na hora de privilegiar o equilíbrio técnico em detrimento de alguns valores, apenas para quitar a folha de quatro meses e fechar o departamento de futebol no resto da temporada.

Sou contra qualquer venda de mando de campo em qualquer campeonato e em qualquer lugar. É muito ruim chegar na fase quente de um torneio, onde um clube é beneficiado em relação aos outros. Tomara que o Linense perca os dois jogos para aprender a não desrespeitar seus sócios, torcedores e moradores de Lins. O resto é oportunismo de quem faz e aceita tal atitude.


Grandes são favoritos nas quartas do Paulista. Não acredito em surpresas
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Alexandre Praetzel

Definidas as quartas-de-final do Paulista, não aposto em surpresas nos quatro confrontos. Apesar da irregularidade de Corinthians e São Paulo, os dois são mais times do que Botafogo e Linense e devem se classificar. A condição de dois jogos dificultou a situação dos chamados pequenos. Numa partida só, vimos Ituano e Audax chegarem às finais e supreendendo em 2014 e 2016.

O favoritismo ao título segue com Palmeiras e Santos. Melhores elencos e com times mais entrosados e melhores treinados. Palmeiras mandará o segundo jogo contra o Novorizontino, no Pacaembu, mas isso não altera nada para o Verdão. O Novorizontino cresceu com a chegada do técnico Silas e costuma ser bastante agressivo, atuando em casa. No entanto, os reservas do Palmeiras poderiam dar conta, mesmo respeitando o adversário.

Santos e Ponte Preta prometem os duelos mais equilibrados. Decisão na Vila Belmiro, onde o Santos é forte, mesmo com pouca capacidade de público. A equipe de Dorival Jr. subiu na reta final da primeira fase e parece que espantou a má fase do início do ano. Do outro lado, Gilson Kleina retornou à Macaca com duas vitórias e acha que o jogo de ida será fundamental para a Ponte Preta.

O Corinthians pegará o Botafogo, que deu trabalho para Palmeiras e São Paulo. Fábio Carille entende que precisa acrescentar mais ofensividade e deixar o time pronto para o mata-mata. Decisão em Itaquera deve confirmar a vaga corintiana.

São Paulo e Linense farão as partidas das duas piores defesas do Estadual. Como não há saldo qualificado, a curiosidade será ver o time que conseguirá passar sem levar gols. São times que atacam bastante, mas possuem fragilidades defensivas. Tricolor provavelmente não terá Cueva e necessita saber atuar sem o peruano. A conferir, apesar da vantagem são-paulina.

Tomara que seja uma fase empolgante, depois de jogos desinteressantes na primeira fase, com exceção dos clássicos.


Kleina não quer jogos no Pacaembu e crê em fator casa para eliminar Santos
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Alexandre Praetzel

A Ponte Preta será adversária do Santos, nos dois jogos das quartas-de-final do Paulista. Falta apenas definir quem terminará em primeiro lugar, na fase classificatória, para determinar os mandos de campo. A Ponte Preta recebe o Palmeiras e o Santos enfrenta o Novorizontino. Os dois times estão empatados com 19 pontos, mas o Santos leva vantagem nos critérios de desempates. O blog entrevistou o técnico Gilson Kleina a respeito dos confrontos e a possibilidade da Ponte Preta eliminar o Santos. Leia abaixo.

Por que voltaste para a Ponte Preta, estando bem no Goiás?

''Simples e objetivo. Nós chegamos o ano passado para tirar o Goiás da Série C, estava na zona de rebaixamento da Série B. Fizemos um trabalho de reação. Os números desse ano estavam muito bons, quarta fase da Copa do Brasil, líder do Campeonato Goiano, artilheiro, defesa menos vazada, quando houve um contato do presidente. Em alguns anos, quando saíam treinadores da Ponte Preta, sempre me convidaram e eu achei que nesse momento, estava na hora da gente voltar para um grande centro, para a Ponte Preta. Conversei com meu presidente no Goiás, como sempre a gente tem que ser transparente e a Ponte Preta exerceu o contrato, pagando a multa. O presidente do Goiás não queria que eu saísse, mas entendeu que eu fui conversar com ele e espero que a gente tenha êxito e sucesso aqui na Ponte Preta.

É possível eliminar o Santos em dois jogos pelas quartas-de-final do Paulista?

''Eu acho que a probabilidade e a condição aumentam. Se a gente mantiver esse nível de competitividade, são dois jogos extremamente equilibrados. Ainda não sei se a primeira partida ou segunda será em casa, mas de qualquer maneira a gente vai ter que saber jogar esse mata-mata. O Santos é uma equipe muito forte dentro da Vila e a Ponte é muito forte dentro do seu estádio. Então, vamos tentar unir nossas forças e fazer uma vantagem no primeiro jogo, se for em casa, para que a gente possa ter a condição de ter alguma estratégia para conseguir a classificação. Então, não tem jogo fácil, porém, se a gente tiver a mentalidade e o espírito vencedor, podemos passar para as semifinais''.

Aceitarias jogar as duas partidas no Pacaembu?

''Eu acho que a gente não pode abrir mão da nossa força no Moisés Lucarelli. Eu entendo que nós temos que exercer nosso direito de jogar em casa. Não aceitaria''.

Como vês o elenco hoje em relação aos grandes paulistas?

''A Ponte Preta vem num crescimento, nos últimos anos, haja vista que tem revelado jogadores no cenário nacional. Em 2011 e 2012, estive aqui e muitos jogadores estão em alto nível. Um elenco sempre precisa ser corrigido, qualificado e não é diferente neste momento. Estamos contentes com esse elenco, mas precisamos reforçar porque a gente sabe o que nos espera nos mata-matas do Paulista, Sul-Americana e, principalmente, Campeonato Brasileiro''.

O que destacas no Santos para neutralizar ou evitar?

''Tem um treinador há muito tempo com uma filosofia de trabalho, super agressivo, laterais e volantes jogam o tempo todo no campo adversário. É uma equipe que tem movimentação e jogadores técnicos, como Lucas Lima, Ricardo Oliveira, Thiago Maia, Vitor Bueno, que entraram nessa equipe, todos eles são fazedores de gols, mesclada com a experiência do Renato e o próprio Ricardo. A gente tem que saber neutralizar os pontos fortes deles, mas impondo os nossos''.

A passagem pelo Palmeiras te fortaleceu no mercado?

''Sem dúvida. O Palmeiras me fortaleceu muito no mercado e me amadureceu também. Lamento só que nos dois últimos trabalhos que a gente fez, que foi só uma manutenção de permanência e tivemos dificuldades como muitos treinadores estão tendo no futebol brasileiro. A Ponte Preta me alavancou e o Palmeiras também para grandes trabalhos e grandes desafios''.

Ponte Preta é um grande clube?

''Claro que sim. Vejo a Ponte Preta com uma camisa forte, uma equipe grande. Está faltando muito pouco consolidar títulos e conquistas. Quem está em Campinas vê o crescimento desta torcida. A gente vê um sentimento muito forte. Então, eu entendo que todos esses projetos que estou vendo aqui como Arena, investimento em estrutura de treinamento, contratações de jovens valores com grandes contratos, usando bem a base. Acredito que nos próximos anos, a Ponte Preta entrará em outro patamar''.

Gilson Kleina retornou à Ponte Preta, após bons trabalhos em 2011 e 2012, assumindo o Palmeiras, me setembro de 2012. Na sua primeira passagem, Kleina conseguiu levar a Ponte Preta à Série A do Brasileiro.


Palmeiras contrata zagueiro chileno para a base
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras contratou o zagueiro chileno Diego González Torres do O'Higgins. O garoto de 18 anos chega por empréstimo de um ano para compor as categorias de base do Verdão.

Diego González tem 1,84m e é considerado uma grande revelação do país e atuou por algumas partidas do time profissional, comandado pelo argentino Cristián Arán, em 2016.

O jovem atleta já foi convidado para treinar com a seleção principal do técnico Juan Pizzi e integrou todos os selecionados chilenos de base, desde os 13 anos de idade.

No último Sul-Americano Sub-20, fez parte da delegação chilena e compôs o banco de reservas.


Maicon não consegue liderar a defesa do SP, a segunda pior do Paulista
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Alexandre Praetzel

Maicon virou ídolo da torcida do São Paulo, após boas participações no primeiro semestre de 2016. Emprestado por seis meses, o zagueiro apareceu bem em jogos da Libertadores da América e marcou presença no gol contra o Atlético-MG, classificando o tricolor para as semifinais do torneio.

O São Paulo ficou entre a cruz e a espada e resolveu pagar a quantia pedida pelo Porto, para contratá-lo em definitivo. O clube investiu R$ 22 milhões, mais o lateral-esquerdo Inácio. Uma grana considerável para um zagueiro de 27 anos, na ocasião. A torcida comemorou sua permanência e o denominou como ''God''(Deus) da zaga. Um apelido com certo exagero, apesar da idolatria. O São Paulo foi eliminado pelo Nacional-COL e fez campanha ruim no Brasileiro, escancarando algumas carências no elenco, inclusive no setor defensivo.

O ano de 2017 chegou e o São Paulo começou um novo trabalho com Rogério Ceni. A equipe teve boas atuações e sempre criou bastante na questão ofensiva. No entanto, não consegue passar uma partida sem levar gols. É a segunda pior defesa do limitado Campeonato Paulista com 20 gols sofridos em 11 jogos. Muito para um setor que foi mais equilibrado, em 2016. É verdade que Maicon ficou fora por seis jogos, machucado, mas o jogador comete erros de posicionamento visíveis, como no gol do atacante Jô. Maicon estava fora do lugar, dando combate na lateral-direita.

Muito se debate sobre a capacidade dos goleiros são-paulinos, mas acho que os zagueiros não podem passar batidos. Maicon, por tudo que custou e pela exigência no setor, deveria apresentar melhor futebol, liderando seus companheiros. Para não virar perigo nas duas áreas.

 


São Paulo e Corinthians. Clássico nota 5. Pouco futebol e má arbitragem
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Alexandre Praetzel

São Paulo e Corinthians fizeram um jogo abaixo da média, neste domingo, no Morumbi. O empate acabou sendo um resultado justo, pela produção pífia de jogadas de ataque e pouquíssima técnica dos dois lados. O primeiro tempo teve o São Paulo com mais posse de bola e o Corinthians apenas se defendendo. Não houve nenhuma grande oportunidade de gol e vimos uma etapa do ''medo''. O São Paulo com medo de ganhar e o Corinthians com medo de perder.

Na segunda parte, o clássico melhorou. O São Paulo se abriu mais e deu espaços para os contra-ataques corintianos. Luiz Araújo perdeu gol diante de Cássio e Guilherme Arana respondeu do outro lado. O São Paulo abriu o placar e deu justiça a quem procurava mais o gol. O Corinthians empatou logo depois com cabeceio de Jô, sozinho, após ótimo cruzamento de Arana. Maicon estava fora de lugar e Rodrigo Caio não subiu.

Depois dos gols, quem apareceu mal foi o árbitro Vinícius Furlan. Errou ao não expulsar Wellington Nem por falta violenta em Léo Jabá. Nas reclamações, Pablo forçou o cartão amarelo. Em seguida, Pablo fez falta para um segundo amarelo e Furlan administrou, erradamente. Nos acréscimos, deu vermelho para Wellington Nem, num lance onde ele não fez nada. Expulsou Wellington Nem no lance errado e não expulsou Pablo pelo lance certo. Prejudicou sua atuação e atrapalhou a partida.

Tecnicamente, São Paulo e Corinthians mostraram que são equipes absolutamente comuns. Cueva e Pratto fazem muita falta ao São Paulo e Fagner ao Corinthians. Taticamente, são bem elaboradas, mas carecem de qualidade e terão dificuldades ao longo do ano, contra adversários mais qualificados. Nota 5 para o jogo.


São Paulo e Corinthians. Quem é o melhor ou o menos pior?
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Alexandre Praetzel

São Paulo e Corinthians se enfrentam neste domingo, no Morumbi, com alguns desfalques nas equipes. Cueva, Pratto e Buffarini estão fora pelo tricolor e Fágner e Romero do lado corintiano, servindo às seleções nacionais. Analisando nomes e comparando com Palmeiras e Santos, São Paulo e Corinthians merecem as denominações de terceira e quarta forças do futebol paulista. Ou quem é o menos pior, também.

As campanhas são melhores do que as atuações dos dois times. E a sequência negativa é igual: quatro jogos sem vitórias para cada um. O clássico pode não determinar muita coisa, mas pelas escalações podemos apontar quem leva uma certa vantagem na partida.

O São Paulo terá as voltas de Maicon, Rodrigo Caio e Cícero. Os três seriam titulares no rival, provavelmente. O Corinthians poderá contar com Jadson, mais readaptado e melhor fisicamente. Ele e Gabriel reforçariam bem o tricolor. Pelas opções, vejo o São Paulo um pouco à frente, na questão individual. No coletivo, o Corinthians parece mais arrumado, apesar das más atuações nos últimos três confrontos.

Renan Ribeiro; Araruna, Maicon, Rodrigo Caio e Júnior Tavares; Jucilei, João Schimit(Wellington Nem), Thiago Mendes e Cícero; Luiz Araújo e Gilberto é a provável formação tricolor.

Cássio; Léo Príncipe, Balbuena(Pedro Henrique), Pablo e Guilherme Arana; Gabriel, Maycon, Rodriguinho e Jadson; Pedrinho e Jô devem compor o Corinthians.

O Corinthians tem a segunda melhor campanha e o São Paulo é o quarto colocado no geral. De 2007 a 2016, os dois se enfrentaram seis vezes pelo Estadual, no Morumbi. O Corinthians não perdeu. Será que é a chance do São Paulo vencer? Nenhuma garantia. Apenas a expectativa de um bom jogo, mesmo com as duas equipes em queda técnica e longe das suas boas escalações. Tomara que seja um confronto interessante, pelo menos.


Dorival rebate críticas e nega que religião tem afetado elenco do Santos
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Alexandre Praetzel

Dorival Jr. é só elogios ao ambiente de trabalho do Santos. Próximo de completar dois anos à frente do time, o treinador garante que o clube é um dos melhores para se trabalhar, com o respaldo do presidente Modesto Roma Jr. Em entrevista exclusiva ao blog, Dorival nega interferência de grupos religiosos no dia-a-dia e prevê o Santos conquistando títulos importantes em 2017. Leia abaixo.

Apoio do filho na comissão técnica é fundamental no trabalho?

''É, eu acho que ele acrescentou muito em termos de desenvolvimento de trabalho, não só ele, Leonardo Porto também que está conosco. Eles acrescentaram muito nesta mudança conceitual do desenvolvimento de um trabalho. Foi fundamental sim. Eu espero que continuemos assim, interessados, buscando novidades, sempre apresentando aos atletas um novo desafio, uma nova lição, situação e que facilite ao atleta um entendimento de tudo isso. Eu acho que é um processo, que não faz apenas você mudar uma concepção, mas acima de tudo, fazer entender com simplicidade. Isso é o grande mistério e nesse sentido, eles têm feito um trabalho muito bom porque o desenvolvimento de tudo aquilo que nós queremos tem acontecido de uma maneira muito tranquila, natural, com uma aceitação muito grande por parte do grupo de jogadores''.

Santos se classificando, é favorito para levar o tri paulista?

''Eu acho que o Santos tem capacidade e qualidade para brigar novamente por uma vaga na decisão. Eu não descarto essa condição. Não sei porque, mas algumas coisas este ano não acontecem de uma maneira natural. Nós estamos sentindo algumas dificuldades. É interessante isso. A equipe continua criando, jogando bom futebol, mas você sempre encontra um probleminha aqui, outro ali, isso tem dificultado um pouco. Acho que a partir do instante que tudo esteja sanado, encontramos um caminho facilitado e de repente, com crescimento mais importante do campeonato''.

Cumprir um contrato mais longo no Brasil, é uma exceção?

''Eu espero que isso aconteça. Em todos os momentos, eu também fui muito correto com o Santos, inclusive com outras situações para fora do país, eu nem cheguei a discutir porque, a partir do momento que eu tenho um contrato assinado com um clube, eu vou cumprí-lo até o final, até o último momento. Eu acho que em instante nenhum, nós tivemos derrotas onde os adversários superaram o Santos, foram superiores, tenham merecido muito mais o resultado. Nós tivemos derrotas onde o Santos se fez prevalecer ao longo da partida. Então, os motivos talvez neste momento, fossem muito mais em relação a um resultado ou outro que não tenha acontecido do que propriamente aquilo que tenha sido produzido pelo grupo. Por isso, acho que as coisas ainda estão acontecendo dentro de uma normalidade e o presidente sempre foi muito tranquilo nas posições que teve, assim como eu sempre passei a ele, toda confiança possível na sequência de um trabalho, quando foi iniciado lá atrás, foi apalavrado entre eu e ele e são duas pessoas que mantém aquilo que foi formalizado, que os trabalhos seriam iniciados e mantidos até o último dia de contrato. Eu vou tentar fazer o meu melhor, como tenho feito pelo Santos e é natural que passemos por uma ou outra situação. Não tenho dúvidas e convicção plena de que nós estamos muito preparados para que alcancemos bons resultados ao longo deste ano e o torcedor santista não vai se arrepender porque poderá cobrar aquilo que eu estou colocando neste momento''.

É verdade que cultos religiosos invadiram o vestiário santista e isso te incomoda ou atrapalha no trabalho?

''Primeiro, que o ambiente no Santos é o melhor que eu já vi e trabalhei. Encontrei apenas um ambiente igual na Ferroviária, primeiro clube que eu trabalhei. Amigo, só companheiros, pessoas do bem, que querem o crescimento do clube e que têm um objetivo único. É interessante isso. Por isso, que essas colocações me surpreendem, às vezes. Se nós temos uma coisa boa no Santos, é o ambiente de trabalho. São pessoas que se respeitam e muito. Em todo o clube, tem um grupo que é voltado para a oração, mas ali ninguém é obrigado a nada, ninguém é forçado a fazer nada. Ao contrário, quem quer vai, assiste, faz ali suas orações. Nós temos espíritas, católicos, protestantes, batistas, dentro de um grupo, e cada um faz ali seu culto, desenvolve aquilo que acredite, sem que isso interfira diretamente no desenvolvimento de um trabalho. Eu vejo tudo acontecendo com muito respeito no Santos e muito surpreendido. Lamento de, às vezes, colocarem, de tentarem explorar uma situação como essa. Se tem um ambiente, onde um clube tenha equilíbrio e tranquilidade para que se trabalhe futebol, esse clube é o Santos. As pessoas se respeitam muito e acima de tudo, se gostam. É difícil um atleta, como eu já ouvi de muitos ali dentro, chegarem com dois, três dias de clube e já dizerem que se sentem totalmente ambientados. Isso aí não acontece por acaso, acontece porque você tem um ambiente muito favorável. Isso eu vejo no Santos e mais prezo e valorizo. Em todos os momentos, dentro da minha carreira, sempre procurei valorizar muito e manter um bom ambiente de trabalho. Do contrário, pode ter certeza, é o primeiro sinal de que você esteja perdendo a tua equipe e nesse quesito, dou muita atenção. Afirmo aqui, com toda a certeza. O Santos, se não é o melhor, é um dos melhores clubes para se trabalhar com comando, porque é um grupo muito compenetrado, concentrado e preparado para ganhar. O Santos vai conseguir seus objetivos esse ano, não tenho dúvida disso''.

O Santos lidera o grupo D do Paulista com 16 pontos e só depende de si para se classificar às quartas-de-final. Enfrenta Santo André e Novorizontino, nas duas últimas rodadas. Na Copa Libertadores da América, o Santos tem quatro pontos e é o primeiro colocado da sua chave.