Blog do Praetzel

Neymar deve ser avaliado pela bola. O resto tem muito de inveja
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Alexandre Praetzel

Neymar, como sempre, é o centro das atenções na Seleção Brasileira. Foi assim, em 2014, e agora, em 2018. Obviamente, porque é o melhor jogador do elenco e capaz de levar o Brasil à conquista da Copa do Mundo. Foi regular contra a Suiça, bem diante da Costa Rica e muito bem na vitória sobre a Sérvia. Cresceu na terceira rodada, como previam alguns treinadores e preparadores físicos.

No confronto perante o México, foi um dos destaques, sem dúvida. Dei nota 8 para ele. Chamou o jogo, se movimentou, abriu espaços e marcou um gol. Foi alvo dos mexicanos, mas não foi caçado, como alguns interpretaram e até xingaram Layún, que pisou em Neymar. Neste lance, Neymar exagerou no rolamento e reação no gramado, mas ele foi pisado. O tamanho da dor, só Neymar sentiu. A espetacularização do lance foi consequência de uma provocação e também do jogo, em si. Não foi simulação. Já vimos inúmeros jogadores fazerem o mesmo. Está no DNA do sul-americano. Na Europa, parece ofensa, pela cultura de anos. O correto ali era o cartão vermelho para Layún e a sequência da partida.

Neymar jogou bola. Não fez gestos provocativos, nem firulas ou dribles ''desnecessários''. Foi para cima dos marcadores e serviu os companheiros.

Eu acho irritante, quando ele esquece a bola para diminuir e irritar os adversários, com lances abusados, quando está ganhando de goleada. Isso realmente pode ser encarado como desrespeito. No mais, não vi nada de errado dentro de campo, até aqui.

O que deixa torcedores e adeptos das redes sociais irritados, são as constantes reclamações que ele posta, com um exército de ''amigos'' e alguns baba-ovos, como se o mundo estivesse contra ele. Caras como ele, com a repercussão que causam, são amados ou odiados, e precisam saber conviver com a pressão, como profissionais que são. Acho que ele seria idolatrado no Brasil, se fosse mais transparente nas suas atitudes. O resto, ele resolve na bola, porque o talento é inesgotável.

Eu o avalio pelo desempenho. E, no momento, ele está jogando bem e pode ser destaque da Copa, faltando três partidas. A fixação em ser melhor do mundo pode atrapalhá-lo, mas que ele tem condições para isso, não há dúvidas.

Fora de campo, nada me interessa. Sobre cabelos, roupas, carros e dinheiro, isso é problema dele. E isso causa inveja de muito ser humano. Vamos separar as coisas.


Willian “estreou”, Neymar comandou e Thiago Silva liderou a defesa
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Alexandre Praetzel

O quarto jogo do Brasil na Copa do Mundo foi o mais o consistente, contra um adversário chato como o México. Confirmando a promessa, o professor Osório colocou o time em cima do Brasil, nos primeiros 20 minutos. Forçou a marcação na saída de bola e abriu Vela sobre Fagner, centralizando as jogadas pela ponta. Teve alguns cruzamentos e chegadas mais complicadas para o Brasil. Depois, o Brasil se acertou um pouco, ganhou o meio-campo e atormentou o México com duas oportunidades claras de gols. O empate foi correto na primeira etapa.

No segundo tempo, Osório sacou Rafa Márquez e colocou Layún. O México deu espaços e foi para o jogo de risco, sabendo da qualidade do Brasil. Neymar manteve a qualidade com a bola, o Brasil comandou o meio-campo e o setor defensivo foi muito seguro. Não demorou para o gol brasileiro sair, com Neymar atraindo a marcação para a entrada da área, pelo meio, e abrindo uma avenida no lado esquerdo. Willian(o melhor emcampo) foi assistido e cruzou para o próprio Neymar concluir. Com a vantagem, a partida ficou do jeito que o Brasil gosta. O México tentou algumas vezes, mas Alison fez apenas uma defesa fácil, num chute de Vela. A ofensividade mexicana não surtiu efeito e deixou o Brasil tranquilo para contra-atacar. Firmino entrou e fechou a conta, depois de outra boa jogada de Neymar. Vitória merecida pelo desempenho superior, na maior parte do confronto. O favoritismo foi confirmado.

O blog avaliou as atuações brasileiras. Confira.

Alison – uma defesa fácil e uma saída ruim. Nota 6. 

Fagner – teve dificuldades com Vela e Lozano no primeiro tempo. Melhorou no segundo. Nota 5,5.

Thiago Silva – outra ótima atuação. Ganhou todas as disputas. Nota 8.

Miranda – um pouco abaixo que o companheiro, mas também foi bem. Nota 7. 

Filipe Luís – pelo seu lado, o México não conseguiu muita coisa. Levou um amarelo. Nota 6. 

Casemiro – a eficiência de sempre, mas menos ajudado por Paulinho e Coutinho. Por isso, levou o segundo amarelo. Nota 6. 

Paulinho – discreto. Poderia ter aparecido mais, defensiva e ofensivamente. Nota 5,5.

Coutinho – abaixo dos bons jogos da primeira fase, mas sempre uma preocupação mexicana. Nota 6. 

Willian – ''estreou'' no Mundial. Assistente e finalizador. O melhor. Nota 8,5.

Gabriel Jesus – joga mais para o time. Brigou pela bola e ajudou na recomposição. Nota 5,5.

Neymar – muito bem. Sua melhor atuação em Copas. Um gol e grande movimentação. Nota 8.

Fernandinho – entrou para fechar o meio-campo e deu início à jogada do segundo gol. Nota 6.

Firmino – poucos minutos em campo e um gol. Nota 7. 

Tite – time está longe de ser brilhante, mas também não leva sustos. Consistência e eficiência. Nota 7. 

O Brasil está nas quartas-de-final e parece que tudo conspira para o hexa. No entanto, ainda falta um grande teste. Se der a lógica, teremos a França, nas semifinais, como uma final antecipada. É o que eu acho. Vamos aguardar.

 


Brasil passa bem pelo México. 90% a 10%
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Alexandre Praetzel

O Brasil vai passar bem pelo México. Acredito que o time brasileiro é mais consistente no aspecto coletivo e tem melhores jogadores. Apesar de não ter feito uma primeira fase brilhante, o Brasil não sofreu em nenhuma partida. Foi médio contra a Suiça, bem sobre a Costa Rica(segundo tempo) e eficiente diante da Sérvia. Sete pontos em nove disputados. Tite conseguiu montar um padrão tático, sem a dependência de Neymar. Thiago Silva, Casemiro e Coutinho estão jogando muito bem. O conjunto é bom e Neymar vai subir de produção, com a ajuda dos companheiros. Já houve melhora, claramente.

O México caiu num grupo complicado e foi muito bem na vitória sobre a Alemanha, médio contra a Coréia do Sul e muito mal na derrota para a Suécia. Parece que a equipe de Juan Carlos Osório não consegue manter o mesmo ritmo, durante os 90 minutos.

Osório disse que o mundo poderá ver o México jogar de igual para igual com o Brasil. Se essa postura for adotada, o trabalho do Brasil será facilitado. Ochoa é bom goleiro e Vela e Lozano são diferentes da maioria, mas ainda assim, são inferiores aos brasileiros. Se o México eliminar o Brasil, será uma grande surpresa da Copa. Pesa também o fato do México não conseguir passar das oitavas-de-final. Isso virou um tabu para os próprios mexicanos. Eles sabem que o Brasil é favorito.

O blog avaliou nome por nome, contando o desempenho na Copa, até o momento.

Alison  X  Ochoa

Fagner  X  Álvarez

Thiago Silva  X  Salcedo

Miranda  X  Ayala

Filipe Luís  X  Galhardo

Casemiro  X  Guardado

Paulinho  X  Herrera

Coutinho  X  Vela

Willian  X  Layún

Neymar  X  Lozano

Gabriel Jesus  X  Chicharito Hernandez

Tite  X  Osório

7×5 Brasil, na avaliação do blog. Palpite de Brasil 3×0 México.

 


Akinfeev, quatro anos depois. Na Espanha, Lopetegui será o tema principal
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Alexandre Praetzel

Na Copa do Mundo de 2014, a Rússia ficou no grupo com Bélgica, Argélia e Coréia do Sul. Fez uma primeira fase horrorosa, com dois empates e uma derrota, sendo eliminada. O goleiro Akinfeev foi considerado um dos responsáveis pela má campanha, com falhas em momentos decisivos.

Quatro anos depois, Akinfeev vira herói, defendendo dois pênaltis da Espanha e colocando a Rússia nas quartas-de-final da Copa. Ainda foi seguro no tempo normal e prorrogação, ajudado pelo forte esquema defensivo, parando a favorita Espanha. O futebol é espetacular e muita coisa muda em quatro anos. Das críticas à redenção.

Akinfeev merece registro como o técnico Stanislav Cherchesov. O treinador parece não se emocionar com nada, mantendo a frieza russa. No entanto, a cada jogo, vemos uma equipe muito disciplinada, atuando dentro das suas limitações. Está entre os oito melhores e pode até ser semifinalista, contra Croácia ou Dinamarca. Um feito inimaginável, antes do Mundial.

Diante da Espanha, foi o ápice da humildade. Todos marcando e fechando espaços, assistindo o toque de bola espanhol. Só havia uma chance, levando a decisão para os pênaltis. Tecnicamente, a diferença entre as duas seleções é do tamanho da Rússia. Não dá para tirar os méritos dos donos da casa.

Do outro lado, vimos uma Espanha bastante previsível. Ótimos e bons jogadores reunidos, mas faltando alguma coisa. O poderio técnico não superou a tática adversária. Ainda foram poucas tentativas individuais, facilitando a estratégia russa. Parece que a demissão de Julen Lopetegui, dois dias antes da estreia, será muito discutida. Ele tinha renovado um pouco a forma de jogar. A Espanha vinha passando pelos adversários com certa tranquilidade e bom futebol, transformando-se na principal favorita. Com sua saída, o grupo parece que sentiu. Nenhuma atuação brilhante e dificuldades numa chave com Portugal, Marrocos e Irã. Claro que agora é fácil falar, mas não tem como dissociar uma coisa da outra.

A Espanha não mostrou o futebol das eliminatórias e amistosos. E fracassou. É o fim de um trio brilhante com Iniesta, Sérgio Ramos e Piqué, campeões mundiais e europeus.

 


Com Ronaldo e Messi fora, Neymar será o melhor do Mundo, se ganhar a Copa?
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Alexandre Praetzel

Com as eliminações de Portugal e Argentina da Copa do Mundo, Cristiano Ronaldo e Messi deram adeus ao Mundial. Os dois melhores do Mundo, desde 2008, ainda não ganharam a Copa. Será que sem os dois concorrentes, Neymar poderá ser o escolhido, caso conquiste o Mundial?

Isso não é nenhuma garantia. Nas duas últimas Copas, Alemanha e Espanha foram campeãs e os troféus ficaram com Messi e Cristiano Ronaldo. Neuer, Kroos e Iniesta foram destaques das suas equipes, mas não derrotaram os dois craques.

Lembrando que o melhor do Mundo é escolhido com base nos títulos e atuações. Messi ganhou a Liga espanhola, mas Cristiano Ronaldo levou a Champions League como um dos destaques, pela quarta vez, vestindo a camisa do Real Madrid. Então, o favoritismo continua com Cristiano Ronaldo.

Logicamente, se Neymar começar a arrebentar nas partidas, tornando-se decisivo e fundamental, pode quebrar a hegemonia dos outros dois. Até o momento, Neymar jogou bem, mas foi inferior a Phillippe Coutinho, por exemplo.

Num retrospecto recente, em 1994, Romário levou o Mundial e o troféu. Em 1998, foi a vez de Zidane. Em 2002, Ronaldo Nazário. Em 2006, o zagueiro italiano Cannavaro derrotou o brasileiro Ronaldinho Gaúcho, campeão da Champions League e vencedor em 2004 e 2005.

Vamos aguardar, mas a porta abriu para Neymar, aos 26 anos.


Mbappé se apresenta e Messi se despede dos Mundiais. França foi letal
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Alexandre Praetzel

O melhor jogo das últimas três Copas do Mundo. Defino França 4×3 Argentina, desta maneira. A abertura das oitavas-de-final superou as expectativas. O favoritismo francês era claro, pelo melhor jogo coletivo e organização tática. A França não foi brilhante na primeira fase e passou com sete pontos em nove disputados. A Argentina chegou ao trancos e barrancos, mas sempre é a Argentina, e ainda mais, com Messi.

Só que Mbappé superou Messi. O prodígio francês atropelou a defesa adversária, quando sofreu pênalti de Rojo. A abertura do placar indicava uma vitória tranquila para a França, mas não foi isso que aconteceu. A equipe de Deschamps se fechou e deixou a Argentina controlar a bola, chegando ao empate, num chutaço de Di Maria, no único lance que a Argentina teve espaço, próxima à área francesa. Uma paulada, superando Lloris. Tudo igual no primeiro tempo.

Na segunda etapa, a Argentina virou e transformou o jogo. Não havia mais administração de resultado. Só que a França reagiu mais rápido do que todo mundo imaginava. Acelerou a troca de passes e empatou numa pintura do lateral Pavard, num ''chicote'' na bola, acertando o ângulo direito. Talvez o gol mais bonito da Copa. Se pudéssemos prever, diríamos que a França igualou o placar na hora certa.

Em seguida, bola respingada na área, e Mbappé, rápido no raciocínio e conclusão, recolocou a França em vantagem. Logo depois, uma saída de bola francesa, com seis toques, a partir de Lloris, até chegar a Mbappé. Em velocidade, o atacante bateu com categoria na saída de Armani, subindo a França para 4 a 2. Já era um jogaço.

Ficou ainda mais emocionante até os acréscimos, quando Agüero fez o terceiro da Argentina, já sem Mbappé em campo, substituído por Deschamps. A Argentina ainda teve uma última bola ofensiva, mas perdeu.

A vitória francesa apresentou Mbappé aos Mundiais. Aos 19 anos, foi decisivo e mostrou o que se esperava dele. Forte, veloz e letal. O nome do confronto. Já coloca medo em Uruguai e Portugal, para as quartas-de-final.

Do outro lado, a despedida de Messi. O fim de um gênio na Seleção. Não conseguiu vencer uma Copa e isso será lembrado, apesar da sua genialidade. Em 2022, terá 35 anos. Dificilmente, vai aguentar mais um ciclo, com tanta pressão e desorganização do futebol argentino. Uma pena. Seria lindo ver um monstro como ele, se igualando a Maradona. Não veremos.


Minha Seleção da primeira fase da Copa. Um brasileiro entre os onze
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Alexandre Praetzel

A primeira fase da Copa do Mundo terminou, após 48 jogos. Tivemos boas partidas e alguns destaques coletivos e individuais. Como adoro palpites, projeções, seleções de torneios e votos, o blog relaciona seus escolhidos como os melhores da fase de grupos, antes dos desafios das oitavas-de-final.

Goleiro – Schmeichel(Dinamarca). Muita segurança e tranquilidade. Gostei também do sul-coreano Jon, do uruguaio Muslera e do mexicano Ochoa, apesar dos três gols sofridos para a Suécia.

Lateral-direito – Meunier(Bélgica). Bom no apoio e consistente na marcação. Numa posição carente pelo mundo, foi o melhor da primeira fase.

Zagueiros – Mina(Colômbia) e Godín(Uruguai). O colombiano disputou dois jogos e foi destaque com gols e boas atuações defensivas. O uruguaio é muito forte na bola aérea e no posicionamento defensivo. Menções honrosas para Thiago Silva, Varane e Stones.

Lateral-esquerdo – Rodriguez(Suiça). Bom na bola parada, cruzamentos e marcação. Marcelo e Alba são melhores, mas ficaram para trás.

Volante – Kanté(França). Está em todos os lugares do campo. Marca e joga com qualidade. Menções justas para Casemiro e William Carvalho(Portugal).

Meias – Modric(Croácia) e Coutinho(Brasil). O croata é o motor do time. Arma, concluiu e chega na frente. Foi muito bem. Coutinho foi o melhor brasileiro. Qualidade com a bola para passes e eficiência nos chutes. Menção honrosa a Quintero(Colômbia), muito bom jogador.

Atacantes – Hazard(Bélgica), Kane(Inglaterra) e Cristiano Ronaldo. O belga é candidato à craque da Copa, dependendo da classificação do seu país. Kane é matador e vive grande fase. Cristiano Ronaldo tem seu poderio finalizador e é decisivo a qualquer instante. Um trio de respeito.

Técnico – Oscar Tabárez(Uruguai).

Micos – Muller(Alemanha) e Lewandowski(Polônia).

 


Treinador de goleiros do Corinthians vê legado positivo e confiança em Loss
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Alexandre Praetzel

Mauri Lima está deixando o Corinthians. O treinador de goleiros vai integrar a comissão técnica de Fábio Carille, no Al Wedha, da Arábia Saudita . Aos 53 anos, com dez anos de Corinthians, Mauri resolveu aceitar o desafio de trabalhar numa escola diferente e implantar uma nova filosofia de trabalho. Em entrevista exclusiva ao blog, Mauri falou sobre seu legado, o desafio de Osmar Loss no clube e a vida que o espera no mundo árabe, além de escolher seus dois goleiros preferidos na Copa do Mundo. Confira a seguir.

Qual é o legado que deixas no Corinthians?

Acho que é um legado de um trabalho bem feito, vitorioso, um trabalho que não foi feito só dentro de campo. Toda uma equipe com funcionários, torcida, a interação, o conhecimento, o carinho de todos. Tudo aquilo que eu vivi aqui dentro desse CT. As pessoas me ajudando a construir as formas de trabalho, meio malucas, mas sempre comprando a ideia. De ter feito um trabalho bom com aqueles goleiros que passaram por aqui. A gente tem vários goleiros que estão jogando, que saíram e passaram por aqui. De ter deixado esses que aqui estão. Cássio numa seleção brasileira, Walter já mostrou a qualidade que tem, Caíque foi campeão brasileiro jogando, tem o Felipe e os demais que estão subindo da base, que a gente sempre traz para cá para poder fazer um trabalho no revezamento. Um legado de um trabalho grande, vitorioso, honesto e que procurou o máximo possível, colocar e fazer com que todos tivessem a condição de melhorar e crescer como profissional e homem, também.

O que mais pesou para seguir com Carille?

Na verdade, o Carille, no dia que ele saiu, ele disse que se tivesse possibilidade, queria que eu fosse com ele e perguntou o que eu achava. Falei para ele que a gente ia esperar. Aconteceu, ele fez o convite, houve a proposta. O lado financeiro é um lado que pesa, por caausa do tempo que nós temos também. Do profissional, da vida útil. Então, eu tenho 53 anos, posso trabalhar mais uns dez anos em alto nível e a vida que a gente leva, é essa. Um pouco desgastante. O treinador de goleiros, todos sabem. Também tenho minha família, minhas filhas. Então, uma filha já se formou em Arquitetura esse ano. A outra já entrou para a faculdade. É o começo para a minha filha mais nova. Então, nesse momento, a gente tem que pensar na família, naquilo que a gente pode fazer, porque as vezes a gente não faz as coisas pela gente, faz pelos nossos filhos e quem é pai, mãe, sabe disso. Foi uma coisa que optei, também para poder buscar uma escola diferente, aprender lá fora e tentar implantar o que nós fizemos aqui, na expectativa de que eles possam gostar. Nós sabemos que é uma vida diferente, mundo diferente, um trabalho que vai ser implantado. E por aquilo que o Carille disse pelo projeto, o que o mundo árabe está pensando, de quando começaram as contratações, abrindo a janela para várias contratações e, inclusive, para goleiros.

O que dizer de Osmar Loss no desafio de substituir Carille?

Osmar já é um profissional de qualidade, experiência, é um cara muito bom mesmo no trato com as pessoas e dentro de campo. Trabalho perfeito de fazer as partes que necessita para você colocar em prática, dentro do campo de jogo. É um desafio grande para ele, mas tenho certeza que ele vai conseguir alcançar esse objetivo dele, que é merecedor. As pessoas que estão com ele, sempre procurando ajudar, os atletas também. As vezes, as coisas não acontecem do jeito que a gente quer. A gente torce para que ele possa ter a felicidade de conseguir os objetivos dele. Pelo trabalho que ele está fazendo, os frutos serão colhidos. Pode ter certeza disso. As vezes, fica um peso pelo Carille ter saído, ter sido campeão paulista, brasileiro, e fica um pouco pesada essa parte. Eu acho que tem tudo para dar certo sim. Pela qualidade que ele é, como pessoa, profissional, e acredito que aos poucos ele vai implantar a filosofia dele e os atletas também vão entendendo aquilo que ele quer. A partir daí, as vitórias virão e os títulos também continuarão surgindo. Ele tem capacidade sim para seguir como comandante do clube.

Vais trabalhar com goleiros árabes. Como é a escola deles?

A escola deles é de dificuldades, por aquilo que a gente vê em alguns jogos, até na própria Copa também. Mas como abriu brecha lá, até para poder contratar um goleiro estrangeiro, foi contratado um egípcio para o nosso time. Um goleiro de 25 anos. Então, a gente tem uma possibilidade de trabalhar com ele de uma forma, com uma idade boa, onde dá para corrigir e poder aprender. Primeiro ver como será a maneira de como cada um vai se encontrar, a qualidade técnica de cada um depois do começo do trabalho. Procurei ver vídeos de alguns que estão no clube para que a gente possa ter uma noção. Para falar a verdade, só chegando lá para a gente saber e ver o que nos espera. mas é uma parte que a gente vai ter que começar, praticamente do zero, mas de uma forma geral é bom, porque você vai implantando, o crescimento de cada um a cada dia e isso te dá uma tranquilidade grande do trabalho que você está fazendo. É procurar fazer, implementar trabalhos diferentes para que eles possam se sentir bem, dentro das condições de cada um. Sabemos também que existe todo um processo por causa da religião, dos horários das suas rezas. Então, a gente tem que adaptar tudo, para que nada saia do normal daquilo que é a vida deles lá, tanto na parte particular como na ligada ao futebol.

Quem é o melhor goleiro da Copa?

Está recheada de grandes goleiros, desta vez. Eu vi vários jogos. Gostei muito do Muslera, do Uruguai. Está sobressaindo e fazendo uma grande Copa. Gosto muito do Courtois, da Bélgica. Baita de um goleiro. Frio, qualidade técnica dele muito boa. Então, eu colocaria os dois, que estão se destacando de uma forma melhor. Têm outros com boas participações, mas esses dois eu tenho visto, acompanhado, com grandes atuações. O próprio Ochoa, do México, também. Acho que o nível está muito alto, em relação aos goleiros. A gente sabe que tem aqueles com qualidade inferior, mas no geral, o nível está altíssimo.

Mauri Lima participou de todos os títulos importantes do Corinthians, de 2009 a 2018. Chegou ao clube, em 2008, numa indicação de Antonio Carlos Zago, que havia trabalhado com ele, no Juventude.


Brasil é muito favorito contra o México
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Alexandre Praetzel

O Brasil confirmou sua passagem para as oitavas-de-final, com a vitória de 2 a 0 sobre a Sérvia. Terminou em primeiro lugar no seu grupo e vai enfrentar o México. O resultado sobre os sérvios foi alcançado sem grandes sustos, com atuação consistente. O blog avaliou o desempenho dos jogadores.

Alison – Não demonstrou tanta segurança e falhou num lance, salvo por Thiago Silva. Nota 5. 

Fagner – Atuação sem sustos. Eficiente e obediente na parte tática. Nota 6.

Miranda – Boa atuação. Cumpriu bem o papel na bola aérea. Nota 7. 

Thiago Silva – Melhor que Miranda. Salvou um gol e marcou de cabeça. Nota 8.

Marcelo – Saiu machucado, no início do jogo. Sem nota.

Filipe Luís – Entrou bem. Não sentiu o jogo e cumpriu seu papel. Nota 7.

Casemiro – Muito bem no primeiro tempo e sobrecarregado no segundo. Segurou as pontas. Nota 7. 

Paulinho – O gol foi o melhor da sua atuação. Nota 7.

Philippe Coutinho – Ótimo passe no primeiro gol e boa movimentação no jogo. Nota 7. 

Willian – Longe dos seus melhores momentos. Errou bastante. Nota 4. 

Gabriel Jesus – Perdeu uma chance de gol e o duelo para os adversários. Nota 5. 

Neymar – Boa participação e preocupação constantes dos sérvios. Melhor que nos dois primeiros jogos. Nota 7. 

Tite – Time bem postado e concentrado. Pode dar mais espaço para Firmino. Nota 6.

Agora, tem o México. Não acredito em grandes dificuldades para a Seleção Brasileira. O Brasil é superior em todos os setores. Elogiei o México nos dois primeiros jogos, mas o time foi muito mal diante da Suécia. Levou um gol e se desorganizou bastante. Acabou perdendo por 3 a 0. Tem o bom goleiro Ochoa e o meia Carlos Vela, como seus principais destaques. No entanto, é uma equipe que dá espaços e o Brasil vai se aproveitar disso. A tendência é o Brasil passar bem pelos mexicanos, sem repetir o 0 a 0 da fase de grupos, em 2014.

Osório faz o México jogar futebol, mas só isso não bastará diante do Brasil. Se conseguir eliminar o Brasil, será uma grande surpresa da história dos Mundiais.