Blog do Praetzel

Maicosuel diz que já está recuperado: “acho que mereço receber esse mês”
Comentários 7

Alexandre Praetzel

Maicosuel foi contratado como grande reforço do Atlético-MG, mas ainda não conseguiu jogar pelo São Paulo. No dia 7 de junho, estreou como titular contra o Vitória, na quinta rodada do Brasileiro, mas se machucou. Mais de dois meses depois, o meia voltou a ficar à disposição da comissão técnica, na partida diante do Cruzeiro. Durante a recuperação, Maicosuel propôs não receber salários, até retornar aos treinamentos.

Maicosuel falou ao blog sobre esta questão, dividida com a diretoria, e a realidade difícil do tricolor, na Série A:

Como foi o caso de ficar sem receber salário, enquanto ficaste machucado?

No primeiro mês, sim. Eu conversei com os dirigentes e falei que no mês que eu ficasse parado, só na fisioterapia, eu não precisaria receber. Foi o que aconteceu. Acho que, não só uma iniciativa minha, mas meu pai me ensinou assim, também. São coisas que são de cada um e eu optei em fazer isso. Acho que não muda nada, apenas uma situação que aconteceu e eu acho que é válida, cada um tem seu modo de pensar. Esse é o meu jeito de ser. Então, o primeiro mês eu não recebi. A gente vai conversar agora para ver o que pode ser feito, mas agora vai tranquilizar e normalizar tudo.

O que os dirigentes falaram sobre essa situação?

Eles não aceitaram meio de prontidão. Eles não gostaram muito, falaram que não iam fazer, mas é uma coisa que eu impus, que foi minha mesmo. Cheguei e falei que não ia receber, se eles dessem o salário para mim, talvez eu doasse para os funcionários do clube. Era uma coisa que eu não queria mesmo, mas, enfim, agora eu estou trabalhando forte, firme e acho que eu mereço receber esse mês.

Você foi contratado como grande reforço. As questões físicas e clínicas te prejudicaram?

Sim. Se não fossem as lesões, estaria jogando. Mas, futebol é assim, faz parte da carreira do atleta, ter lesões. A gente está tentando recuperar o mais rápido possível para ajudar o São Paulo.

É a hora dos jogadores mais experientes neste momento difícil?

Não, eu acho que é a hora de todos. Se a gente perder, não são só os experientes que sairão prejudicados. Então, acho também que a molecada tem uma boa parcela de responsabilidade. É o que está acontecendo aqui. Todo mundo dividindo.

O São Paulo tem tempo para treinar, mas a gente não vê evolução. A pressão atrapalha o desenvolvimento do time?

Ah, eu acho que é uma situação um pouco complicada. Acho que, quando a gente começa a errar… Neste jogo com o Cruzeiro, a gente teve três erros e acabamos sofrendo um pênalti e dois gols. Quando a gente erra, os outros times estão aproveitando bastante e a gente não está tendo tanta chance e oportunidade na frente. Acho que o time está de parabéns pela luta. Quando não dá para tocar a bola ou criar tantas oportunidades, tem que ser do jeito que foi, na garra, luta, todo mundo se doando, entregando. Acho que, quando estamos numa situação como essa, tem que ser assim mesmo.

Estar na parte debaixo da classificação atrapalha demais o dia a dia ou com o elenco que o São Paulo tem, é possível sair numa boa?

Os dois. Eu acho que atrapalha também. Ninguém quer ficar nessa situação, ainda mais pela grandeza do clube. Quando a gente de um clube como o São Paulo, que tem uma grandeza enorme no mundo, é meio complicado ver a gente nessa posição na tabela. Mas não só o São Paulo é grande, os jogadores também são. Vários jogadores que ganharam coisas, então a sabe que incomoda bastante. Jogadores vencedores. Então a gente tem que procurar sair dessa situação o mais rápido possível.

A tendência é você jogar contra o Avaí?

Não sei. Estou treinando bem, me dedicando para isso, voltar bem e ajudar. Agora, tem que ver com o Dorival.

O São Paulo enfrenta o Avaí, domingo, em Florianópolis. O tricolor é o 16º colocado com 22 pontos, com um jogo a mais que a Chapecoense, 17ª colocada, também com 22 pontos.


Hudson acha que SP não cai e não sabe se voltará para o tricolor
Comentários 18

Alexandre Praetzel

Hudson foi titular e até capitão do São Paulo, em 2016. Teve boas atuações na campanha da Libertadores da América e se firmou na equipe. No entanto, em 2017, foi trocado pelo atacante Neílton, com o Cruzeiro, até o final da temporada. Para muitos tricolores, Hudson ainda teria espaço no atual elenco são-paulino, mas seu retorno ao clube, não está confirmado pelo próprio jogador, mesmo que ainda tenha vínculo com o São Paulo. O blog conversou com Hudson sobre o momento difícil do São Paulo no Brasileiro e a causa da sua saída, no início do ano. Confira a seguir.

A situação atual do São Paulo te surpreende?

Surpreende, porque tem jogadores de qualidade. Mas, quando você entra numa fase no futebol, onde as coisas começam a não dar certo por ''n'' fatores, que ninguém é cego de saber que acontece, o time tem dificuldade. Mas claro que fica minha torcida para o São Paulo sair dessa situação.

Você foi trocado pelo Neílton, que já saiu do São Paulo. Foi um equívoco?

Ah, aí eu deixo para vocês esse julgamento, esse critério. Eu sou jogador, eu fiz parte da negociação. Conversei com o Rogério na época, ele conversou comigo que queria um cara rápido na beirada. Então, eu aceitei a transferência. Enfim, acho que são coisas do futebol. Se eu vou voltar ou não um dia, acho que a Deus pertence. Espero que todo mundo fique feliz.

São Paulo não cai, na tua opinião?

Acho que não. Tem time para não cair.

O Cruzeiro ganha a Copa do Brasil?

Com certeza. Espero que sim. Vamos fazer o possível para que sim.

Você volta para o São Paulo?

Não sei. Ainda, não sei.

No São Paulo, Hudson chegou em 2014, contratado do Botafogo-SP. Disputou 121 jogos e marcou três gols. Pelo Cruzeiro, são 27 partidas e dois gols marcados.


Diretor do Bahia nega busca por técnico e garante apoio a Preto Casagrande
Comentários 1

Alexandre Praetzel

O Bahia começou o Campeonato Brasileiro com Guto Ferreira como técnico, mas viu o treinador sair para o Inter, após três jogos no comando. Depois, chegou Jorginho, dispensado com os maus resultados. Agora, o interino Preto Casagrande vai ficando, enquanto o time soma importantes na luta contra o rebaixamento. O blog entrevistou o diretor-executivo, Diego Cerri, a respeito dos planos da diretoria para o segundo turno da competição. Confira.

Bahia vai contratar um técnico ou irão apostar no Preto Casagrande?

Hoje, Preto é o nosso técnico. Não estamos pensando em nenhum nome e não temos nenhum contato com outros profissionais. O momento é de apoiar o seu trabalho.

As duas mudanças de treinadores atrapalharam o planejamento?

O Bahia sempre prega a continuidade. Não gostamos de trocar treinadores e não achamos isso o melhor, mas algumas situações fogem do nosso controle e mudanças precisam ser feitas, quando não há mais nada para se esperar. A ideia sempre é de continuidade.

Bahia luta apenas para não cair?

O Bahia precisa sempre estar no bolo com outros times. Hoje, estamos com 23 pontos. Com mais quatro pontos, estaríamos lá em cima, e com menos quatro pontos, embaixo. Então, são situações que podem mudar. O Bahia tem condições de buscar resultados melhores.

Qual a projeção para o segundo turno?

É difícil fazer uma projeção. Precisamos trabalhar jogo a jogo. Começando neste domingo contra o Atlético-PR.

O Bahia é o 13º colocado com 23 pontos, dois a mais que o Avaí, 17º e primeiro na zona de rebaixamento. Preto Casagrande comandou a equipe no empate diante da Chapecoense e na vitória sobre o São Paulo. Um bom resultado em Curitiba, pode determinar sua efetivação para o restante do Brasileiro.


Carille sonha com dinastia no Corinthians. Forma de jogar é o segredo
Comentários 21

Alexandre Praetzel

Fábio Carille vai se consolidando como o melhor técnico do Campeonato Brasileiro. A campanha invicta do Corinthians impressiona críticos e adversários, com 47 pontos conquistados em 57 disputados. Para muitos, título encaminhado para o time, mas Carille pede calma. Nesta entrevista exclusiva ao blog, Carille mantém a humildade, fala sobre os critérios do seu trabalho e sonha com uma dinastia no Corinthians. Confira a seguir.

A pergunta que restou sobre o Corinthians. O time vai perder no Brasileiro?

Vamos fazer de tudo para que a gente continue desse jeito, com bastante trabalho, nos preparando a cada jogo, a cada decisão, para que a gente continue assim, sem perder, procurando jogar bem, vencer. Essa é a nossa busca do dia-a-dia.

Ser campeão invicto é uma realidade ou algo muito difícil de acontecer?

Muito difícil. Não é impossível, se ganhamos um turno. Mas a gente passa a ser o time a ser batido, olhado diferente pelos adversários. É muito difícil, mas não é impossível. Vamos trabalhando dia-a-dia, jogo a jogo, para ver até onde a gente vai.

Qual o segredo do trabalho em oito meses, depois de você ter sido tratado como aposta, em janeiro?

Eu acho que a grande sacada da comissão técnica, nós nos apresentamos dia 03 de janeiro e os atletas, dia 11 de janeiro. Então, ali com as contratações, o elenco que a gente tinha, a gente definiu o quanto antes a forma de jogar. Nosso primeiro treino com bola já foi com uma ideia de jogo. Então, hoje os atletas, sai um, sai outro, quem entra em campo, sabe realmente o que tem que fazer, com e sem bola. Por isso, é muito importante para todos os clubes, no início da temporada, já ter um grupo definido e colocar todo mundo para trabalhar com as mesmas ideias. Acho que isso é o grande motivo para a gente estar fazendo esse ano maravilhoso.

Muitos treinadores jovens acabam não tendo sequência nos trabalhos porque alteram demais suas ideias. Você corre o risco de entrar para esse grupo?

Não. Não quero. Dificilmente, vocês vão ver algo de diferente, algo que eu não treinei. Minhas coisas são muito definidas. Aprendi isso também, que vale ter as coisas bem definidas e quando você tem uma equipe muito organizada, com todos os jogadores muito atentos e determinados a fazer, você está mais perto da vitória. Então, espero que minha carreira seja assim, com ciência daquilo que o grupo pode me dar e daquilo que eu posso cobrar do grupo, para que eu consiga me manter entre os melhores do Brasil.

Você acredita no discurso de técnicos como Levir Culpi e Cuca, de que não dá mais para buscar o Corinthians ou não?

De alguns treinadores, se eu estiver falando que eu não estou acompanhando, eu acredito. Vindo de Levir e Renato Gaúcho, se eles estiverem falando isso, eu não acredito. Mas ficou difícil para Atlético-MG, Flamengo com 18 pontos atrás, também ficou difícil. A gente tem que ser realista. Não é fácil buscar num turno, essa diferença. Não é impossível, mas a gente sabe que é muito difícil. Mas essas equipes que estão oito, dez, 12 pontos atrás, têm muita coisa para acontecer.

Costumo dizer que com dez Romeros, é possível ser campeão. Você concorda com isso, que Romero conseguiu superar qualquer adversidade no Brasil?

Concordo. É um jogador que muito se fala sobre a entrega dele, porém, é um cara que tem um bom passe. Lembro de gols aqui, muito rapidamente, o primeiro gol contra a Ponte, na final do Paulista, que ele acha o Jô e o Jô coloca o Rodriguinho na cara do gol. Os dois gols contra o Palmeiras, agora, no estádio do Palmeiras. Participação dele no pênalti do Arana e no lançamento para o gol do Arana. Pensando rápido assim. É um cara com muita entrega, que o corintiano gosta, mas que também tem muita técnica, sabe finalizar, está jogando um pouquinho longe do gol, mas a gente vê no dia-a-dia, ele tem um poder de finalização. Concordo. Com dez Romeros, você fica com uma equipe muito forte, consistente, com qualidade técnica também.

Você tem conversado com Tite? Ele te elogiou pelo trabalho, deu alguma orientação, ou imagina que você tem luz própria, não entra em detalhes?

Eu conheço muito bem. Foram cinco anos e meio, trabalhando com ele. Nos falamos sempre, mas não se fala sobre futebol. Família, como você está. Eu também não gosto de perguntar porque sei qual vai ser a resposta dele. Fábio, vai ser difícil falar, porque quem tem está no dia-a-dia, é você. Mas ele me conhece bem. Considero um pai dentro do esporte, sou abençoado por ter trabalhado com ele e ter aprendido bastante. Conversamos bastante, mas sobre futebol, muito pouco.

Atlético-MG e Flamengo tentaram te contratar no ano passado?

Saíram matérias agora, que eu vi, mas não chegou nada a mim. Acho difícil que isso tenha acontecido. Na fase que o Corinthians está, nosso momento, mesmo que viessem atrás, dificilmente você vai sair. Você não pode quebrar(contrato). Eu sou um cara que dificilmente eu vou quebrar. Aconteceu sim antes do jogo contra o Grêmio, uma reunião com um pessoal da China, onde fiquei 15, 20 minutos. O cara queria me conhecer. Eu fui até ele, para ir agora, falei esquece, não saio desse sonho, porque é um sonho estar dirigindo o Corinthians. Tem muita coisa ainda para acontecer aqui no Corinthians e futebol brasileiro, do jeito que eu penso. A única coisa que eu participei foi essa questão da China e de imediato já cancelei a conversa.

Pode surgir uma ''Era'' Carille como houve uma Era Brandão e Era Tite no Corinthians?

É meu sonho hoje, cara. De ficar muito tempo. Com certeza, cada ano que passar, vou estar mais experiente. Estou num processo de aprendizado muito grande e quero aprender cada vez mais, ainda sendo técnico, tomando decisões, errando, acertando. É assim que a gente aprende. Sou uma pessoa muito tranquila e consciente de tudo que acontece. Meu sonho hoje é ficar por muito tempo no Corinthians, fazer um trabalho a longo prazo, participar de contratações futuras, estar envolvido mesmo para que a gente fique bem forte. Esse é meu grande sonho hoje.

Pode sair algum jogador na janela de agosto?

Acho difícil. Alguns dias atrás, eu tinha muito medo desta questão, mas hoje do jeito que a diretoria está trabalhando, vai ser muito difícil de acontecer. Não é impossível, mas estão trabalhando para que isso não aconteça.

Pablo continua?

Até dezembro, sim. Agora, não sei. Estou vendo aí que houve acertos, depois voltaram atrás, algumas coisas aí, mas até dezembro, com certeza, ele permanece.

Se o Corinthians não for campeão, o que você imagina que possa acontecer?

Nós somos sempre cobrados por resultados. Não imaginava terminar o turno com 47 pontos, não imaginava. Falo para todo mundo, um time totalmente desacreditado no início do ano. Mas tem um segundo turno que tudo pode acontecer. A gente está trabalhando muito para nos mantermos na frente, mas a gente sabe que as coisas não acontecem como a gente quer. Nos preparamos para coisas grandes, mas muitas vezes as coisas não acontecem. Decepção? Não vai acontecer porque a gente trabalha demais e sempre de cabeça erguida. Uma vaga na Libertadores, buscar isso o quanto antes, para depois a gente buscar e confirmar esse título, mas tem muita coisa para acontecer.

Teu trabalho pode virar parâmetro a clubes que estão gastando dinheiro, sem resultados?

Pode sim e espero que isso aconteça no futebol. Falando de nós, profissionais técnicos, talvez isso vá dar muita polêmica, mas eu não tenho problema nenhum em falar. É muito fácil você ficar pedindo contratações ao invés de olhar para o seu grupo e trabalhar com aquilo que você tem. A gente vê hoje. Chega jogador, pede jogador e muitas vezes você tira a moral de quem está ali com você, com quem você pode contar no dia-a-dia. Foi isso que eu fiz. Eu sabia das condições do Corinthians, que tinha que subir bastante garotos e me fechei dentro de campo e trabalhei dentro de uma ideia. Pode acreditar. Gostei muito da entrevista do zagueiro Felipe, esta semana, onde ele fala que o treinamento pode mudar um jogador, um jogador que trabalhou até os 20 anos e eu acredito demais nisso. Treinamento individual, coletivo, dá resultados. Falar que vai ser campeão, é muito difícil. São 20 equipes que se preparam, mas que vai ser um trabalho coeso, de muita organização, isso dá. É só ir para o campo, se fechar com aquilo que você tem e trabalhar bastante.

Chegará mais algum reforço? Zagueiro Emerson Santos do Botafogo?

A diretoria tem trabalhado. Não sei se chega agora. A gente tinha muita preocupação na questão do Balbuena, de sair, de pensar até no futuro, se o Pablo não continuar no ano que vem, a gente já ter alguém no grupo para trabalhar e já chegar o outro ano. Mas estou vendo que isso só deva acontecer no final do ano. Estamos trabalhando ainda, nem que venha da Série B. Você perde o Pablo, o Balbuena pode ir para a seleção, o Léo Santos tem idade de seleção Sub-20, a gente não pode ficar sem jogador no setor por ali. Bem provável que sim.

O Corinthians folga neste fim de semana e volta a jogar apenas dia 19 de agosto, recebendo o Vitória, na Arena Corinthians.


Cuca garante que permanece no Palmeiras
Comentários 6

Alexandre Praetzel

Cuca vai permanecer no Palmeiras. A entrevista após o jogo contra o Barcelona gerou várias dúvidas sobre a continuidade do trabalho. A declaração de que ''estou no meu limite'', deu a entender que o treinador poderia interromper a trajetória, após a eliminação na Libertadores da América.

Em conversa com o blog, no final desta manhã, Cuca garantiu que ficará.

''Vais continuar?'', perguntei.

''O que você acha?'', respondeu.

''Acho que sim. Vida que segue'', afirmei.

''Isso mesmo. Obrigado'', concluiu Cuca.

O técnico tem contrato até dezembro de 2018.


Palmeiras não merecia avançar. Há várias causas para o ano perdido
Comentários 11

Alexandre Praetzel

A eliminação do Palmeiras na Libertadores da América tem várias causas e isso certamente será discutido entre diretoria, comissão técnica e jogadores. O time fez uma primeira fase razoável e não conseguiu jogar mais que o Barcelona de Guayaquil, em 180 minutos. A queda acabou sendo justa pelo mau desempenho da equipe. Em janeiro, o Palmeiras era candidato a ganhar tudo, mas terminará o ano sem conquistas, pelo quadro atual do Brasileiro.

Acompanhando o dia-a-dia, penso que há causas visíveis para a frustração.

-Dia 09 de agosto e o Palmeiras ainda não tinha um time definido e organizado;

-Planejamento inicial quebrado com a troca do treinador. Se havia convicção em Eduardo Baptista, poderia ter tido mais tempo;

-Cuca chegou como ''Salvador da Pátria'' e mudou muita coisa. A curto prazo, isso dificilmente traz resultados imediatos;

-Contratações em meio à temporada, quando o elenco já está inchado. Ou você traz nomes indiscutíveis ou só aumenta a insatisfação interna;

-Borja veio por uma fortuna, após ótimo desempenho pelo Nacional-COL. Aqui, virou cabeça-de-bagre e foi desvalorizado publicamente. Faltou esforço para recuperá-lo;

-Felipe Melo foi trazido como líder e xerife da Libertadores. Acabou afastado porque não se enquadrava no esquema tático do time. O vazamento do áudio do jogador contribuiu, mas o caso foi muito mal administrado;

-Em 2016, o clube era blindado por Paulo Nobre. Em 2017, foi aberto a questões políticas e informações internas chegaram com mais velocidade e facilidade à imprensa;

-Maurício Galiotte é sério e bem intencionado, mas pareceu acuado com o tamanho do cargo. O discurso de que o time avançou um pouquinho na Libertadores, foi patético. Se mostrou ausente em momentos importantes;

-Alexandre Mattos tem crédito pelos títulos de 2015 e 2016, mas as vitórias duram 90 minutos. Este ano, está visivelmente pressionado pelos investimentos que foram feitos, com a falta de resultados.

Claro que o Palmeiras segue forte e poderá ser ainda mais, em 2018. Mas depois de uma grande conquista, é preciso ter humildade para seguir o trabalho e um mínimo de planejamento. Isso não feito, talvez por uma soberba da direção e pelos fartos recursos à disposição. O Palmeiras precisa rever alguns conceitos para a gestão Galiotte não ser esquecida rapidamente. Afinal, ano que vem, o mandato termina e o futebol é um moedor de carne para quem não tem um pingo de convicção.


Palmeiras decide tudo hoje para não passar o ano em branco. Quem diria?
Comentários 14

Alexandre Praetzel

O Palmeiras deve ter uma formação inédita para o jogo do ano contra o Barcelona de Guayaquil, nesta quarta-feira, no Allianz Parque, decidindo uma vaga nas quartas-de-final da Libertadores da América. Cuca pretende escalar Tchê Tchê como lateral-direito e Guerra ao meio-campo. Se o treinador entender que Guerra não tem condições para 90 minutos, o venezuelano ficará na reserva e Keno começará a partida, com Dudu sendo recuado para a armação. Moisés será relacionado e a tendência é que seja aproveitado, durante o confronto.

O time do Palmeiras, com a obrigação de vencer por dois gols de diferença, terá Jaílson; Tchê Tchê, Mina, Luan e Egídio; Thiago Santos, Bruno Henrique e Guerra(Keno); Róger Guedes, Deyverson e Dudu.

Uma equipe com força física dos volantes e a velocidade de Róger Guedes e Keno. Deyverson vai trombar com os zagueiros adversários e pode superar a provável retranca equatoriana.

Cuca sabe o que tem em mãos. Agora, se no início do ano fizéssemos essa projeção de time para um confronto decisivo pela Libertadores, certamente estaríamos criticando. Foi o que restou de todas as mudanças e chegadas de reforços. Fernando Prass, Felipe Melo, Edu Dracena, Jean e Borja começaram a temporada como titulares absolutos. Três perderam as posições, um foi afastado e outro não pode jogar. O dinamismo do futebol e as preferências de cada treinador podem alterar, ou não, os rumos dos planejamentos diretivos.

Vamos aguardar. Um mata-mata de oitavas-de-final virou a sobrevivência para o Palmeiras, na temporada. Que consiga ultrapassar este 09 de agosto, ou possivelmente, algumas mudanças acontecerão.

 


Alecsandro: “Saída do Palmeiras foi normal. Rotatividade do time é grande”
Comentários 2

Alexandre Praetzel

O Coritiba venceu duas partidas consecutivas e saiu do Z4 para a nona colocação do Brasileiro. Alecsandro ajudou o time, com boa participação e gol marcado diante da Chapecoense, no último domingo. O blog entrevistou o centroavante com exclusividade a respeito do momento do Coritiba, a amizade e o afastamento de Felipe Melo do Palmeiras e sua saída do Verdão, com a chegada de Cuca. Leia abaixo.

A mudança de técnico no Coritiba trouxe uma efetividade diferente para o time?

Não. Aí seria injusto com o profissional que estava. O Pachequinho vinha fazendo um bom trabalho. Tudo muito novo para ele, por ser um treinador jovem e novo. A gente seria injusto estar falando isso. Ele começou um trabalho bom e depois acabou dando uma queda, mas cada profissional tem sua competência, sua qualidade e o Marcelo é um treinador que é multicampeão. É um dos caras, ultimamente, um dos maiores campeões nos últimos cinco a dez anos. Então, acaba estando de parabéns. Eu acho que a gente tem um bom técnico num grande momento.

Coritiba lutará contra o rebaixamento ou pode brigar mais em cima, pelo elenco que tem?

O campeonato está muito embolado ainda. Quatro rodadas atrás, a gente estava entre os dez primeiros e depois de duas, três rodadas, entramos na zona de rebaixamento e já voltamos a ser nono colocado. Duas, três vitórias consecutivas te levam ao topo da tabela, brigar ali entre os seis, oito primeiros colocados. Agora, a gente vem fazendo um campeonato relativamente bom fora de casa, mas dentro de casa precisamos melhorar. É bom lembrar, que nós estamos com vários jogadores machucados e o Coritiba não é um clube que está com um elenco com tantos jogadores. Então, você perder um ou dois já é difícil. Você perder nove ou dez jogadores, tem que destacar a qualidade de bons jogadores, mesmo com elenco enxuto.

Você achou estranho o afastamento do Felipe Melo do Palmeiras?

Eu não posso dizer nada. Eu estive lá, agora eu não faço mais parte do grupo. Sou amigo particular do Felipe. Tenho uma boa relação com o Cuca. Então, é um assunto que já não me diz respeito.

Tua saída do Palmeiras foi normal?

O Palmeiras é o clube da moda. Opa, não posso falar que é da moda, porque eu falei de um jogador e fui mal interpretado. O Palmeiras é o clube do momento, que tem orçamento bom, uma baita estrutura e que está com uma rotatividade muito grande. Isso é um pensamento da diretoria, junto com a comissão técnica. Hoje, o Palmeiras é um clube que tem mais de 50 jogadores. Então, as vezes você não tem tempo de passar um ou dois jogos mal. Os caras já estão com outros jogadores e a vida continua. Mas, eu tenho contrato com o Palmeiras até o final do ano, tenho grandes amigos lá. Minha saída foi bem tranquila. Foi uma opção minha, deixar bem claro, foi uma opção minha. É lógico que com o consentimento do Cuca e da diretoria.

Alecsandro está com 36 anos. Em 2015, veio do Flamengo para o Palmeiras, onde disputou 59 jogos e marcou 14 gols. No Coritiba, disputou sete partidas, com um gol.


Márcio Araújo respeita bronca da torcida, mas vê Flamengo bem encaminhado
Comentários 20

Alexandre Praetzel

O Flamengo dispensou o técnico Zé Ricardo, após 88 jogos no comando da equipe, desde 2016. O treinador foi campeão carioca e levou o time as semifinais da Copa do Brasil. A eliminação na primeira fase da Libertadores da América e a campanha irregular no Brasileiro, pesaram para a saída do treinador. Zé Ricardo vinha sendo muito criticado pela torcida, assim como Márcio Araújo, titular em muitas partidas e com 202 jogos pelo rubro-negro. o blog conversou com o Márcio Araújo sobre as broncas da torcida, antes da queda de Zé Ricardo. Ontem, contra o Vitória, o volante ficou no banco de reservas. Confira a seguir.

Por que a torcida do Flamengo tem tanta bronca com você?

Você acompanha minha carreira. Nunca vou falar de relação com a torcida. Falo em relação ao meu trabalho, o carinho que a gente tem de todos dentro do grupo, podendo sempre ajudar na maior parte do tempo, e é isso que a gente busca. Essa parte de torcedor a gente deixa para o torcedor. Eles têm as suas razões, a gente entende e respeita, mas sempre dentro de campo, eu tenho dado o meu melhor e na maior parte do tempo, tenho me saído bem.

Os treinadores sempre te elogiam. O fato de ser bem profissional e simples nas atitudes, o torcedor não entende esse comprometimento?

Talvez, mas eu não vou falar nada aqui, talvez até me prejudicando, mas a gente respeita a opinião do torcedor, como eu falei. A gente acaba trabalhando, respeitando a todos, fazendo aquilo que o treinador sempre pediu e a comissão técnica também, ajudando na maior parte do tempo. Espero que a gente consiga sair dessa situação, dar uma engrenada no Brasileiro. A gente está bem encaminhado numa semifinal da Copa do Brasil, tem a Primeira Liga ainda, a Sul-Americana. Então, ainda tem muita coisa pela frente. Tem que pensar em coisas boas, realizar grandes partidas no Brasileiro, com um turno inteiro pela frente.

Como você define o trabalho do Zé Ricardo?

Depois que ele pegou, desde o ano passado, a evolução que o Flamengo teve foi muito grande. Foi campeão carioca de forma invicta, ninguém fala isso. Você via o Flamengo jogando, tinha a mão do treinador e, infelizmente, talvez, no Brasileiro, a cobrança é maior, todo mundo quer que o Flamengo seja campeão. Talvez a gente tenha iniciado mal o Brasileiro e tenha pecado por causa disso, mas mesmo assim, o time está bem encaminhado. Tem uma semifinal da Copa do Brasil, oitavas da Sul-Americana, tem muita coisa para acontecer e espero que a gente possa dar continuidade no Brasileiro e nas outras competições que temos pela frente.

 

 


Renan Ribeiro admite situação incômoda do SP e silencia sobre renovação
Comentários 21

Alexandre Praetzel

O São Paulo tem um confronto direto na luta contra o rebaixamento na Série A do Brasileiro, neste domingo. Enfrenta o Bahia, na Arena Fonte Nova, em Salvador. O tricolor tem 19 pontos na 17ª colocação contra 20 pontos do Bahia, uma posição acima na classificação. O blog entrevistou o goleiro Renan Ribeiro sobre o momento delicado do São Paulo e o apoio do torcedor, para ajudar o time sair da situação incômoda na tabela. Confira a seguir.

A luta contra o rebaixamento vai até o fim do Brasileiro? Dá para resumir desta maneira?

Claro. Desistir nunca. A gente sabe que não vem passando um bom momento. Viemos de um grande jogo no Rio de Janeiro e acabamos não fazendo um bom jogo contra o Coritiba. Mas, na situação que o São Paulo se encontra, o árbitro ainda marca um pênalti daqueles..No meu ponto de vista, nem dentro da área foi e se houve contato, não foi suficiente para marcar nenhuma falta, nenhuma penalidade. Uma vergonha, né. Mas, a gente tem que trabalhar, unir nossa equipe, unir as forças e o torcedor vir com a gente porque só desta maneira que a gente vai conseguir sair desta situação.

Você concorda que o segundo turno sempre é mais difícil que o primeiro, no Brasileiro?

No meu ponto de vista, eu não consigo pensar nessa situação. Eu consigo pensar jogo a jogo, independentemente se já vai virar o turno, a gente tem que saber que terá um grande jogo contra o Bahia, onde a gente pode fazer um bom resultado e pensar um jogo de cada vez, para a gente não ficar pensando lá na frente. Eu acho que a gente tem que fazer de cada jogo, uma decisão, porque só dessa forma que a gente vai conseguir sair dessa situação.

O torcedor compareceu em mais de 50 mil, nos últimos dois jogos, no Morumbi. Isso pode fazer a diferença?

O torcedor são-paulino está de parabéns por conseguir colocar esse número dentro do Morumbi. Sabemos que quando o Morumbi está lotado, eles fazem total diferença, como fizeram para a gente. Agora, cabe a nós como jogadores, procurar fazer o melhor de cada um para sair dessa.

Como está tua renovação de contrato com o São Paulo?

Cara, acho que isso aí, é melhor não falar.

A diretoria ofereceu um novo contrato de cinco anos para Renan Ribeiro e não pretende aumentar valores. O goleiro recusou, num primeiro contato, e não quis se pronunciar a respeito do assunto, apesar da insistência do blog.