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Felipe Melo se acha maior que o Palmeiras. E a direção permitiu isso
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Alexandre Praetzel

Felipe Melo foi reintegrado ao Palmeiras e deu entrevista coletiva sozinho, sem a presença de ninguém da diretoria. Foi um ato estranho. Um jogador afastado, disparando algumas pérolas, com os símbolos dos patrocinadores ao fundo. Vai lá e responde, pareceu a combinação. E o conteúdo foi ruim. A declaração mais constrangedora foi: ''Um cara que tumultuava o elenco, digamos, você tirou a laranja podre e a tendência é voar, ganhar os jogos que vêm pela frente, as competições. Infelizmente, não foi isso que aconteceu. Então, o problema não é o Felipe'', afirmou.

Felipe acha que não errou, mesmo depois do áudio onde desclassificou o técnico Cuca. Deveria mostrar humildade e um pingo de arrependimento para seguir seu trabalho, normalmente. Internamente, se esperava um discurso de pedido de desculpas, deixando a Instituição sempre em primeiro plano. Felipe se mostrou soberbo, tendo que se explicar depois, via redes sociais. Tudo mal planejado. Não acredito que alguém da direção tenha gostado do produto final.

Há uma semana, o presidente Maurício Galiotte homenageou os jogadores da Academia do Palmeiras de 1972, no aniversário do Clube. Uma foto dos craques campeões daquele ano, de 72 a 2017. Uma justa celebração, onde ali se viu um esquadrão espetacular, onde ninguém se achava maior que o Palmeiras.

Felipe Melo deveria conhecer essa história e conversar com aqueles ex-atletas, super vitoriosos e respeitosos com o Palmeiras. Talvez, ele aprendesse a não se achar maior que o Verdão. E Galiotte poderia ter evitado esse constrangimento. Estamos em setembro, e o Palmeiras não para de acumular polêmicas. 2018 já deve ser bem pensado para evitar inúmeros erros.


Luan: “Palmeiras é o maior time do Brasil. Ninguém quer derrubar o Cuca”
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Alexandre Praetzel

A semana começa com o Palmeiras acreditando numa arrancada para ainda sonhar com algo maior, no Campeonato Brasileiro. Os jogadores acreditam na qualidade do elenco e na recuperação técnica da equipe, para encostar definitivamente, nos primeiros colocados. O zagueiro Luan acha que os melhores estão na Academia de Futebol e que todo mundo quer atuar pelo Verdão. O blog entrevistou o jogador sobre a retomada do bom futebol, o ambiente no clube e a busca por resultados imediatos, esperados pela torcida. Confira a seguir.

Palmeiras tem time para ficar em segundo lugar no Brasileiro, pelo menos?

Claro. Na minha opinião, os melhores jogadores estão aqui. As vezes, as coisas não acontecem, não encaixam, mas não é porque aqui ninguém sabe jogar, é porque as coisas não acontecem mesmo. Mas tenho certeza que a partir de um clássico, que te dá confiança, que você ganha, jogando bem, as coisas podem começar a acontecer para nós. Aproveitar que a gente tem esse tempo para trabalhar, entrosar, não sofrer esses gols bobos que a gente vem sofrendo e conseguir mais vitórias no campeonato.

No clássico contra o São Paulo, você jogou por toda a defesa?

Não. Não vejo assim. Todo o time tem os seus méritos. Aqui no Palmeiras é assim, o mérito é de todos, inclusive da direção e do treinador. Aqui não tem ninguém, como algumas pessoas dizem, de corpo mole, querendo derrubar o Cuca, o Mattos ou o presidente. A gente é muito amigo aqui, só que as vezes, as coisas não acontecem e as pessoas procuram problemas. Eu creio que resultado alimenta ambiente e só ganhando que a gente afasta essas coisas daqui.

Vitória em clássico é bom também para retomar convicções que ficaram abaladas com as eliminações recentes?

É óbvio. Os jogadores que chegaram ou os que estão aqui, querem mostrar seu trabalho. Eu sou um deles e os que estão aqui também querem permanecer jogando bem, porque o Palmeiras é a maior equipe do Brasil e todo mundo quer estar aqui, jogadores que atuam em outros times, querem estar aqui. A gente sabe que precisa melhorar muito ainda para buscar nossos objetivos na competição.

Há um arrependimento por vocês terem largado um pouco o Brasileiro?

Ninguém largou. É um campeonato muito difícil. É verdade que com mais cinco ou seis pontos, estaríamos buscando o Corinthians e se estivéssemos com cinco ou seis pontos a menos, estaríamos perto da zona de rebaixamento. O campeonato é muito difícil. Nós perdemos um jogo para a Chapecoense, que estava na zona e ganhamos do Sport, fora de casa, que estava mais acima. A gente não pode oscilar. Tem que manter uma regularidade boa e fazer grandes jogos para a que a gente possa ganhar.

O Palmeiras está na quarta colocação com 36 pontos, 14 atrás do Corinthians, sete do Grêmio e dois do Santos. O time enfrenta o Atlético-MG, sábado, em Belo Horizonte.


Nilmar vê Santos com time para ganhar a Libertadores e buscar o Corinthians
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Alexandre Praetzel

Nilmar voltou ao futebol brasileiro, depois de duas temporadas no Qatar e Emirados Árabes. Aos 33 anos, aceitou o convite do Santos para mostrar que ainda tem bola para ser titular de um grande time do país. Nilmar começou no Inter e foi campeão brasileiro pelo Corinthians, em 2005. Após alguns problemas clínicos, já fez sua estréia e espera ajudar a equipe a conquistar a Libertadores da América. O blog entrevistou Nilmar com exclusividade sobre a realidade brasileira, a escolha pelo Santos e o futuro na carreira. Confira a seguir.

Como vês o nível técnico do Campeonato Brasileiro, após um tempo no exterior?

Acredito que vem evoluindo pela fase que os clubes vivem hoje, não vendem jogadores como vendiam antes, jogadores estão retornando ao futebol brasileiro, investimento está sendo grande em alguns clubes e vem crescendo. Acredito que, quando eu iniciei, muitos jogadores saíam muito cedo. Hoje está sendo diferente, estão repatriando muitos jogadores e a qualidade está boa, no meu ponto de vista. Claro que a gente ainda peca um pouco a nível europeu, mas o nível melhorou bastante.

Você acha que o Santos tem time e elenco para buscar o Corinthians e o título da Libertadores?

No futebol, a gente vê tantas coisas acontecerem…Claro que o Corinthians tem uma vantagem, até mesmo anormal no Brasileiro. Acho que nunca um clube terminou o primeiro turno com tanta diferença de pontos, mas enquanto há chances, a gente não pode desistir não. Se o Corinthians tiver uma sequência grande de derrotas, coisa que a gente acha difícil pelo que vem fazendo, pode deixar escapar ainda e o pessoal que está atrás, pode encostar para dar uma animada e uma valorizada no campeonato porque ficou um pouco chato, 12 pontos na frente, antes de terminar a competição. Como eu disse, no futebol a gente já viu de tudo e pode ter uma reviravolta aí. Todos acham difícil, mas a gente não pode desistir não. Na Libertadores, a campanha está sendo fantástica, até agora, Está invicto, claro que agora na fase de mata-mata, já conseguiu passar pelo Atlético-PR, e tem grupo, elenco, time, acredito que em jogos de mata-mata, têm que chegar bem preparado e cuidar todos os detalhes para não deixar escapar. É bem diferente do Brasileiro, se você perde, tem tempo de recuperar, mas nesse tipo de competição você tem que estar com o nível de atenção muito elevado e o emocional muito bom, também, para conquistar esse título que todo mundo quer.

Sempre tiveste muito talento. Até que ponto as lesões impediram uma carreira maior em grandes clubes?

Na verdade, as lesões que eu tive, fazem mais de dez anos. Me atrapalharam no início, quando retornei delas. Falta de confiança, aquela coisa de você voltar a jogar futebol, desde muito tempo parado. Você tem um jogador muito acostumado a jogar e ficar seis meses sem atuar, é muito complicado no início. Mas eu superei isso e fiz uma carreira muito boa, aqui mesmo no Brasil, no Inter. Depois, tive passagens pela Espanha, Qatar, Emirados. Felizmente, nunca tive um problema mais sério de lesões e consegui ter uma carreira boa, até hoje, no momento. Mas, claro, naquele momento, com 21 anos, as duas lesões que eu tive, foram bastante difíceis para mim.

Por que você escolheu o Santos, no retorno ao Brasil?

Na verdade, o Santos me escolheu e eu acabei escolhendo o Santos, pelo fato das pessoas se interessarem e ser o clube que é. Acredito que é um clube muito sério, que tem história, que não tem comentário para fazer. Respeitado no mundo todo e ter a oportunidade de voltar a jogar num clube como o Santos, está sendo sensacional. Estou bastante motivado e confiante que vai dar tudo certo.

O que precisa mudar no futebol brasileiro para voltar a termos mais qualidade?

Aquilo que todos sabem, né. O pessoal de fora(risos). Acredito que a gestão está um pouco atrás. Lá fora, eu sei como é, e essa parte tem que se profissionalizar um pouco mais para que o futebol possa crescer. Tem que começar lá de cima, esse é o ponto ideal aí para que o futebol volte a ser o que sempre foi e ser respeitado. Agora, com a volta do Tite à Seleção, a Seleção começou a mudar um pouco nossa imagem lá fora.

Você acha que o Lucas Lima deve permanecer no Brasil ou buscar uma carreira no exterior?

É difícil dizer. De fora, cada um tem uma opinião e só o atleta vai saber o que é melhor para ele e as pessoas que trabalham com ele. Pelo pouco tempo de convívio com o Lucas, é um cara que é bem consciente das decisões dele e tem potencial para jogar em qualquer clube. Acho que dispensa comentários sobre isso. Claro que eu, chegando agora, como atacante, gostaria de jogar com ele, mas aí a gente tem que respeitar. Já estive na situação dele também e a decisão a ser tomada, não é fácil. Acredito que ele é inteligente o suficiente para tomar a melhor decisão.

Quais as principais diferenças entre os trabalhos de clubes e treinadores estrangeiros com os profissionais daqui?

Na verdade, já se inicia com o planejamento. Lá fora, você joga menos jogos. Você tem um calendário que já sabe no início da temporada, onde você vai jogar, quando, horário. Não tem aquela coisa de mudar do nada, então você já faz um planejamento. Tem a questão do torcedor, o carnê, que o pessoal, antes de começar a temporada, já tem seus assentos, seus lugares. Então, essa parte aí, eles estão na frente da gente. Pela cultura do futebol, aqui a gente não valoriza muito o treinador. O treinador perde um, dois jogos…Essa cultura nossa já está chegando lá também porque quando joguei na Espanha, também, estava se iniciando isso, treinadores saindo no meio da temporada. Lá, infelizmente, chegou isso, mas bem diferente daqui. Acho que é uma falta de respeito com o profissional, porque o cara é contratado, faz um ano de contrato, perde dois, três jogos e infelizmente acaba saindo, jogando toda a responsabilidade em cima do treinador. A gente costuma dizer que é mais fácil mandar um embora, do que 30 jogadores. Isso tinha que ser revisto e treinador brasileiro ser mais valorizado, como a gente valoriza o pessoal de fora, quando vem para cá.

O que você pretende fazer, quando deixar o futebol? Tem algo em mente?

Infelizmente, não(risos). Na verdade, ainda não pensei nessa parte do que eu vou fazer. Treinador, essa parte, eu não tenho perfil, não penso não. Mas por ter vivido muitos anos no futebol, possa aparecer alguma oportunidade para continuar no meio, mas a princípio, não tenho nada planejado. Estou ainda com 33 anos, então tenho que pensar um pouco. Acredito que no momento que para, você vai curtir um pouco a família e você acaba vivendo o futebol muito intenso. Quando eu parar, vou curtir a família e depois ver o que vai acontecer.

Nilmar fez apenas duas partidas pelo Santos, mas deverá ser mais aproveitado pelo técnico Levir Culpi, até o restante da temporada.

 

 


Torcida quer, mas Muricy nega convite do São Paulo para retornar ao clube
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Alexandre Praetzel

Torcedores do São Paulo estão debatendo nas redes sociais, uma possível volta de Muricy Ramalho ao clube. O blog conversou com o ex-treinador, a respeito do assunto, e esclarece a situação do momento.

''Tenho contrato com o Sportv, até o final da Copa do Mundo. Não fui procurado por ninguém. Muita gente me pergunta, mas não existe nada, nada. Tenho muitos amigos no São Paulo, mas até estou evitando em visitá-los para não ficarem falando. Já me chamaram para um café, mas não vou agora. Você sabe como é o futebol. Parece que a gente está forçando alguma coisa. Um dia, talvez, possa acontecer, mas hoje tenho contrato e estou trabalhando'', afirmou.

Muricy também revelou que falou com Dorival Jr., seu amigo pessoal. ''Falo bastante com o Dorival. Marcamos de tomar um café, mas vamos esperar um pouco'', ressaltou.

Há quem diga nos bastidores são-paulinos, que Muricy seria muito importante, por ter muita história e experiência no clube. Em 2013, o presidente Juvenal Juvêncio dispensou Paulo Autuori e reconduziu Muricy ao cargo, na segunda rodada do segundo turno do Brasileiro. Na ocasião, o São Paulo estava na zona de rebaixamento.

Agora, o time é 19º colocado com 23 pontos. O próximo jogo será contra a Ponte Preta, dia 09, no Morumbi. O mesmo adversário que Muricy enfrentou, quatro anos atrás.


Brasil já tem time titular para a Copa. Não vejo ninguém diferente surgindo
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Alexandre Praetzel

A Seleção Brasileira fez 2 a 0 no Equador e manteve a ótima campanha nas Eliminatórias Sul-Americanas, confirmando o primeiro lugar, desde que Tite assumiu o comando do time, em setembro de 2016. Um ano depois, o Brasil mostra um esquema de jogo consolidado e eficiente, com intensa movimentação e boa qualidade técnica. Claramente, não é uma equipe dependente de Neymar.

Mesmo que estejamos a dez meses do início da Copa do Mundo, entendo que o Brasil já tem os seus onze titulares definidos pelo treinador: Alisson; Daniel Alves, Miranda, Marquinhos e Marcelo; Casemiro, Renato Augusto, Paulinho; Philipe Coutinho, Gabriel Jesus e Neymar. A formação que vinha atuando com Tite. Willian começou no lugar de Coutinho, porque o jogador do Liverpool não estava treinando, esperando sua transferência para o Barcelona e alegando dores nas costas. No segundo tempo, Coutinho entrou e melhorou a performance brasileira.

Não vejo nenhum grande nome surgindo para que Tite pense em alguma mudança na formação principal, como Neymar e Ganso apareceram, em 2010, e Dunga preferiu não convocá-los. Entre os 23 mundialistas, certamente há dúvidas, mas quem começa a Copa já está na cabeça de Tite.

Reconheço que temi pela ausência do Brasil da Copa, pela primeira vez, quando a Seleção era dirigida por Dunga. Tite pegou o trabalho na sexta posição e carimba o simbólico título das Eliminatórias, três rodadas antes do final. Tite e comissão técnica merecem os cumprimentos e recolocam o Brasil no patamar das grandes seleções candidatas a ganharem o Mundial da Rússia, em 2018. O Brasil voltou a ser respeitado, depois dos 7 a 1. Fato consumado.


Bruno Henrique vê mais confiança no Palmeiras para alcançar seu ex-time
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras segue 14 pontos atrás do Corinthians, mas há otimismo de que uma reação espetacular pode acontecer no Campeonato Brasileiro. Os jogadores adotaram um tom positivo nas entrevistas, entendendo que o elenco palmeirense pode fazer a diferença. O blog conversou com Bruno Henrique, ex-atleta do Corinthians e hoje volante do Verdão, a respeito do momento da equipe e da tentativa de buscar algo maior na competição. Confira a seguir.

Você já passou pelo Corinthians. Achas que dá para buscar o Corinthians, 14 pontos atrás no Brasileiro?

Difícil, mas tudo pode acontecer. A gente já teve históricos de times, que quando largaram muito na frente, acabaram bobeando, com uma sequência ruim, e outros times acabam encostando. No futebol, nada é impossível. A gente sabe disso, mas está pensando jogo a jogo. Depois de dois, três resultados ruins, esse jogo com o São Paulo era importantíssimo para a gente poder dar sequência para o campeonato, dar confiança para nós e para os torcedores e fortalecer ainda mais nosso grupo. Então, a gente está focado e todo mundo ficou feliz com a vitória. A gente vai ter um tempinho agora para poder trabalhar e tem bastante coisa para a gente acertar.

Uma vitória num clássico serve para recolocar o time numa briga maior no campeonato?

Sim. Sabemos que o clássico é um jogo diferente, que te dá uma confiança a mais. Se você perde, fica um pouco mais difícil para trabalhar. Se você ganha, dá uma confiança a mais para o grupo. Foi um jogo onde quem entrou, deu uma resposta muito boa. Isso fortalece o grupo para a gente ter uma boa sequência, nesses 15 dias de trabalho.

Houve discurso interno de que o Brasileiro deveria ficar em segundo plano, em algum momento?

Não, não. Em segundo plano, não. Nós priorizávamos todas as competições em que estávamos disputando, principalmente, porque nosso elenco tem bastante jogadores. Infelizmente, saímos de dois campeonatos, com dois empates, nas penalidades, atípicos, que podem acontecer. Vínhamos fazendo um bom campeonato brasileiro, não estamos tão mal assim. Tivemos alguns tropeços duas, três rodadas atrás, que deram uma instabilidade pelo fato da desclassificação. Então, isso cria bastante dúvida, é normal no futebol. Não teve priorização nenhuma. A gente tem que vencer, independentemente do campeonato.

Na próxima rodada, o Palmeiras enfrenta o Atlético, em Belo Horizonte, enquanto o Corinthians pega o Santos, na Vila Belmiro. O Palmeiras está quatro pontos atrás do Grêmio, segundo colocado, e dois do Santos, terceiro colocado.


Moisés: “Pressão é do Corinthians. Adversários enfrentam de outra forma”
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Alexandre Praetzel

O discurso no Palmeiras mudou bastante, depois da vitória de 4 a 2 sobre o São Paulo. Se antes, o time não tinha mais chances de lutar pelo título brasileiro, parece que agora, a confiança voltou para tentar tirar 14 pontos de desvantagem para o líder Corinthians. O blog entrevistou o meia Moisés sobre a realidade palmeirense e a tentativa de buscar a ponta da classificação. Confira a seguir.

Qual a realidade do Palmeiras: título ou disputa pelo vice-campeonato?

A realidade de lutar contra ele mesmo. A gente só tem um adversário neste momento: o próprio Palmeiras em evoluir a cada dia, se mostrar que tem um bom elenco, um bom time. Então, a gente tem que fazer o máximo de pontos possíveis. Se o campeonato te permitir sonhar com o título, a gente tem que fazer o nosso papel. Por isso que eu digo, quanto mais a gente brigar contra nós em querer melhorar, em fazer o máximo de pontos possíveis, aí o campeonato vai se desenhar lá na frente, faltando quatro, cinco rodadas e a gente vai ver se é possível alguma coisa.

Bate um arrependimento em não ter dado uma priorizada no Brasileiro, deixando pontos importantes para trás? Isso pesa na campanha?

Cara, a gente não pode mais ficar amargando isso, né. Claro que a gente gostaria de estar com 50 pontos hoje, seria nosso objetivo, mas passou. Perdemos, como os adversários vêm perdendo agora. O Corinthians perdeu dois jogos que ninguém imaginava. Então, o campeonato é difícil, a gente sabe da pressão que é jogar na liderança. No ano passado, a gente ficou praticamente o campeonato inteiro na liderança e a gente sabe como é difícil. Hoje, a pressão é toda deles. Se eles não forem campeões, todo mundo vai falar que ninguém presta no Corinthians. Deixou escapar um campeonato. Então, a pressão é muito grande e os adversários começam a jogar contra o líder de uma outra forma. As vezes, jogam melhor. Por isso, estou falando. A gente tem que fazer o nosso papel, o máximo de pontos possíveis, porque se eles derem a brecha, a gente tem que estar na cola. O problema é eles darem a brecha e a gente não fazer o nosso papel.

A vitória sobre o São Paulo serve para esconder os erros do Palmeiras?

Não, não esconde nossos erros. Mas a gente tem que comemorar a vitória, do jeito que foi. Você começar um jogo muito bem, com muita qualidade técnica e tomar um gol do jeito que nós tomamos, a reação foi de se enaltecer. Mas nós nos cobramos já no intervalo, que não poderíamos tomar gols da forma como tomamos. Não esconde, esse grupo é maduro, sabe o que fazer, trabalhar, mas temos que comemorar a vitória pela forma que foi, o adversário e a torcida merecia isso.

Moisés é considerado fundamental na tentativa de reação do Palmeiras. Recuperado de lesão no joelho direito, Moisés fez seis jogos e marcou um gol, em 2017. Em 2016, foi um dos principais nomes do título brasileiro pelo Verdão.


Prass, sobre renovação: “Nesses 15 dias sem jogos, vamos ver se evolui”
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Alexandre Praetzel

Fernando Prass vive a expectativa de renovar seu contrato com o Palmeiras. O goleiro encerra seu compromisso com o clube, em dezembro deste ano. Em entrevista exclusiva ao blog, Prass espera ter uma conversa com o presidente Maurício Galiotte, nesses 15 dias sem jogos, para definir seu futuro. Confira o bate-papo, a seguir.

O Palmeiras renasceu com a vitória sobre o São Paulo, no Brasileiro, ou isso é um exagero?

Acho que é um exagero porque daqui a 15 dias tem outro jogo e se perder ou tiver uma atuação ruim, volta tudo de novo. E o futebol, não só o brasileiro, o futebol em si trabalha muito em cima do resultado, da expectativa que se cria. E quando você não tem uma expectativa concreta como foi a nossa, de chegar mais longe na Libertadores, Copa do Brasil, as frustrações e as cobranças se potencializam. E óbvio que uma derrota ou até um empate domingo, iam trazer um peso muito grande para essas duas semanas. Agora, tem duas semanas, para aí sim, fazer um divisor de águas, ter uma sequência boa na competição e, quem sabe, aos poucos, buscar as posições a nossa frente.

Com oito pontos perdidos em jogos recentes, o Palmeiras poderia ter 44 pontos. Vocês relembram isso e fizeram essa matemática?

Tu sempre pensa isso, pensa sempre o lado positivo. Óbvio, se a gente tivesse ganho lá atrás de outras equipes, mas se a gente tivesse perdido para o Bahia, que ná época que nós fomos jogar lá, o Bahia tinha três jogos em casa, três vitórias e 12 gols marcados, tinha tomado um gol, a gente fez quatro. Fazia tempo que a gente não ganhava da Ponte, ganhamos da Ponte lá. Na realidade, é uma compensação. Eu acho que só o Corinthians está fugindo dessa média do Brasileiro. Tu ganhas alguns pontos, óbvio que tem que fazer um aproveitamento melhor em casa e a gente vinha de duas derrotas e buscar pontos fora. A gente está conseguindo buscar pontos fora. Então, fica mais ou menos na balança. Como eu falei, só o Corinthians que foge um pouco dessa compensação.

Qual a chance de renovar o contrato com o Palmeiras?

Difícil falar em chance, mas vamos ver. De repente, nessas duas semanas sem jogos, com essa vitória no clássico, a gente tem uma condição melhor de conversar porque era complicado, no momento que a gente estava, pensar individualmente, pensar no jogador. Como eu falei, tinha que abrir mão de qualquer vaidade e pensar no Palmeiras. Depois, quando as coisas se acalmassem, a gente pensava na gente. Vamos ver, nessas duas semanas, se evolui alguma coisa.

O Vasco te procurou para você voltar?

Não, não procurou.

Nenhum clube grande do tamanho do Palmeiras, te procurou?

Do tamanho do Palmeiras, é difícil(risos). Não. São coisas que, se eu te disser que não procurou, vai ficar aquela dúvida, e se eu disser que procurou…Não é uma coisa que se trata pela imprensa, né. Eu mesmo, se tivesse ou não uma proposta, não ia abrir para ninguém, a não ser para o Palmeiras. Falei isso para o presidente, que eu não assinaria um pré-contrato com clube algum, sem antes comunicá-lo. E aí, em cima disso a gente vai, nessa relação de confiança, a gente vai conversando.

A sinalização do Palmeiras é para renovar contigo?

O presidente deu uma entrevista esses tempos aí, falando que a ideia era que eu ficasse. Vamos ver, agora, com essas duas semanas sem jogos, com um pouco mais de tranquilidade, se a gente consegue conversar.

Fernando Prass chegou ao Palmeiras, em 2013. Foi campeão da Copa do Brasil, em 2015, cobrando o pênalti decisivo contra o Santos e foi campeão Brasileiro, em 2016. Aos 39 anos, já fez 241 jogos. Neste ano, perdeu a posição de titular para Jaílson.

 


Dracena comemora desarme salvador no clássico e mantém fé no Brasileiro
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Alexandre Praetzel

Edu Dracena foi aplaudido pela torcida e reverenciado por muitos palmeirenses, após a vitória de 4 a 2 sobre o São Paulo, no Allianz Parque. O zagueiro desarmou Marcos Guilherme num ataque de três contra dois do São Paulo. O lance salvou o Palmeiras e originou o ataque do terceiro gol do Verdão. Em entrevista ao blog, Dracena mostrou toda sua felicidade pela importância da defesa e pelo resultado que dá um novo ânimo ao time e elenco. Acompanhem.

Você tirou a bola do jogo do São Paulo, no lance com o Marcos Guilherme, salvando o Palmeiras, quando estava 2 a 2?

Eu fico muito feliz, principalmente, para nós, ali da defesa. Quando a gente tira uma bola, ou em cima da linha, ou da maneira como foi, para nós é como se fosse um gol. E mais feliz ainda, porque logo em seguida a gente faz o gol. Acho que isso tira um peso muito grande. Fiquei muito feliz. Sempre que eu entro em campo, procuro ajudar meus companheiros da melhor forma possível, ou tirando essas bolas, ou orientando, e fiquei muito feliz com esse desarme e mais feliz ainda com a vitória do Palmeiras.

Vocês pensam nos oito pontos perdidos recentemente no Brasileiro? Poderiam estar com 44 pontos.

Muito. Também teve um jogo contra o Atlético-MG no Allianz, quando perdemos um pênalti e poderíamos ter ganhado. Então são pontos, que como a gente fala sempre antes de começar o campeonato, que não podemos perder pontos dentro de casa e isso faz uma diferença muito grande lá na frente e está fazendo agora para o Palmeiras. Mas eu acho que às vezes as derrotas acontecem para você crescer e analisar o que você está fazendo de errado. Acho que nada acontece por acaso, nada por acontecer e sim, de uma forma que tem para acontecer e você aprender. Acho que o Palmeiras vem aprendendo. Tomara que a gente consiga dar alegrias para o torcedor da melhor maneira possível, como a gente deu contra o São Paulo. Aniversário do clube, 103 anos. Sair com uma derrota ia ser muito dolorido para nós. Agora, uma bela vitória como foi, o palmeirense deve estar muito feliz.

Houve o discurso interno de que não dava mais para lutar pelo Brasileiro, em algum momento?

Não. Em nenhum momento aconteceu. Até porque a meta que a gente traçou, quando a gente saiu da Libertadores, é tentar ser campeão do segundo turno do Brasileiro. Acho que tentar ser campeão do segundo turno para ver onde a gente pode chegar. Se você vai chegar para brigar pelo título no final, ok. Se não, você está ali entre os primeiros para tentar uma vaga na Libertadores. Então, acho que o Campeonato Brasileiro te mostra que, quanto mais você acreditar até o final, de repente, pode até alcançar. É isso que a gente está procurando fazer, com os pés no chão. Não é porque ganhou o clássico, que vai brigar pelo título. Não, calma. Foi uma bela vitória, temos que comemorar sim, mas pensar jogo a jogo, para no final, ver onde podemos chegar.

Em nove pontos no segundo turno, o Corinthians somou três. E aí?

Então, o futebol é isso aí. Não tem muita lógica. O primeiro pega o último e perde, só aqui no Brasil que isso acontece. Então não pode deixar de acreditar em nenhum momento. Procurar fazer sempre o seu melhor e com essa camisa, é uma responsabilidade muito grande, um clube centenário, fazer sempre o seu melhor.

O Palmeiras é o quarto colocado com 36 pontos, 14 atrás do Corinthians. O time volta a campo, dia 9 de setembro, contra o Atlético-MG, em Belo Horizonte.

 


Torcidas são melhores que os times de Palmeiras e São Paulo
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Alexandre Praetzel

Palmeiras e São Paulo fazem mais um Choque-Rei, neste domingo, no Allianz Parque. Um momento de dúvidas para os dois times. O Palmeiras foi eliminado de três torneios e tem mais baixos que altos, no Brasileiro, apesar da quarta colocação. O Verdão teve uma ou duas boas atuações na temporada, longe das expectativas iniciais.

O São Paulo namora a zona de rebaixamento, desde o começo da competição. Rogério Ceni surgiu como inovador, mas sofreu com a falta de resultados e desconfiança da diretoria, culminando com sua demissão. Dorival Jr. fez nove partidas com três vitórias, três empates e três derrotas. O tricolor está longe de empolgar e se livrar com facilidade da queda para a Série B. Sinal de alerta ligado, há muito tempo.

Os 22 jogadores que estarão em campo, devem um bom jogo para seus torcedores. Os palmeirenses compraram mais de 30 mil ingressos e estarão em massa, novamente. Apesar dos inúmeros erros de planejamento da diretoria, os ''avantis'' são responsáveis por boa parte da receita do clube, durante o ano.

Os são-paulinos têm lotado o Morumbi, mesmo que o São Paulo não inspire nenhuma confiança, atualmente. Os 18 mil que foram ao último treino, antes do clássico, demonstram a força das arquibancadas. Os atletas ficaram impressionados, mas precisam dar uma resposta, até o final da Série A.

Palmeiras e São Paulo sempre foi um confronto de muita rivalidade. O Palmeiras não vence o São Paulo há 15 anos, no Morumbi. O São Paulo ainda não somou pontos no Allianz, em quatro jogos. Os times estão distantes das grandes tradições, mas as torcidas estão compensando qualquer limitação técnica e de elenco.

Neste domingo, como espectador do clássico, cumprimento os torcedores. Eles são bem melhores que as duas equipes, a perder de vista. Tomara que os 22 tenham entendido o clamor das galeras. Que seja um grande jogo.