Blog do Praetzel

Santos negocia meia com clube colombiano
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Alexandre Praetzel

O Santos negociou o meia-atacante Vladimir Hernández com o Nacional de Medellín da Colômbia. O blog apurou que a transação foi fechada em 1, 25 milhão de dólares(R$ 4 milhões), mais 250 mil dólares, se Hernández completar 25 partidas, durante a temporada.

Hernández foi contratado do Júnior de Barranquilha por R$ 3,2 milhões. Chegou como reforço de qualidade, mas não conseguiu mostrar bom desempenho pelo Santos. Em 2017, o colombiano disputou 27 partidas e marcou apenas um gol.

A venda de Hernández dá um pouco de fôlego ao Santos, na questão financeira, e abre espaço para a vinda de outro reforço. O meia argentino Zelarayán do Tigres-MÉX, foi oferecido e interessa.

O Santos tem três estrangeiros no elenco: o zagueiro Noguera, o meia Vecchio e o atacante Copete.


Santos sem stress na abertura do Paulista
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Alexandre Praetzel

Acompanhei atentamente a estreia do Santos no Campeonato Paulista. Queria ver como Jair Ventura posicionaria o time em campo. E gostei do que vi. Óbvio que é apenas a primeira partida do ano e o Santos também venceu o mesmo Linense, em 2017. Mas, com uma nova diretoria e um novo trabalho, cercado por uma certa desconfiança pela falta de contratações, o Santos passou tranquilo com uma vitória por 3 a 0.

Jair não inventou nada e escalou os melhores jogadores à disposição. Simples. O Santos tem uma defesa titular qualificada com Vanderlei, Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz e Romário(atuou com naturalidade). As opções para o setor também são interessantes.

Agora, do meio para a frente, o treinador sabe que precisa reforçar. Um meia é fundamental. Hoje, apenas Vecchio cumpre essa função. No ataque, Bruno Henrique e Copete são titulares, e Gabriel Barbosa é uma obsessão para completar a formação. O garoto Arthur Gomes fez dois gols com oportunismo e posicionamento e pode se firmar durante o Estadual. Rodrigão é reserva, mas ajudou muito com um bonito gol, num chute de fora da área. Ainda tem Eduardo Sasha para estrear.

Particularmente, esperava mais dificuldades para o Santos. No aspecto físico, combateu bem e não passou dificuldades. Tática e tecnicamente, foi superior o jogo todo, sem stress. Haverá mais 11 partidas na primeira fase e o Santos espera sofrer menos que em 2017, quando passou em primeiro lugar no grupo, com desempenho regular, e caiu para a Ponte Preta, nas quartas-de-final. Para Jair, a vitória foi muito importante. Para o Santos, uma tranquilidade maior, mas sem acomodação e uma certeza: o elenco ainda precisa de reforços. E eles virão.


Palmeiras não é apenas o time, mas o Clube a ser batido
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Alexandre Praetzel

Em dez anos e meio de trabalho no jornalismo esportivo de São Paulo, sempre acompanhei com muita atenção a trajetória dos três grandes times da capital. Vi o São Paulo ser tricampeão brasileiro consecutivo e ser exemplo de competência dentro e fora de campo. Vi o Corinthians ressurgir, após a queda para a Série B, com novo estádio e todos os títulos possíveis. De 2007 a 2015, os dois perderam ótimas oportunidades de assumirem o primeiro posto no futebol brasileiro. Ou por soberba, ou por aventuras impagáveis. Agora, vão assistir o Palmeiras como Clube dominante.

Em 2008, o Palmeiras foi campeão paulista com um time muito bom, mas não levantou troféus nacionais. Depois, ganhou a Copa do Brasil, em 2012, mas foi rebaixado no final do ano. Renasceu com Paulo Nobre e precisa agradecer eternamente ao ex-presidente pela recuperação financeira, com a volta à Série A e o começo de um modelo de gestão, a partir de 2015. Reconquistou a Copa do Brasil e o Brasileiro. Em termos de títulos, está atrás de Santos e Corinthians, na década, mas muito à frente como instituição. E isso vai pesar no futuro.

O Palmeiras tem um estádio lucrativo, na melhor parceria da história com uma empresa, iniciada em 2014. Lucra em todas as áreas, eventos e tem todas as rendas dos jogos. Daqui 27 anos, recebe o estádio zerado pela WTorre.

Tem o sócio Avanti crescendo e gerando ótimas receitas. Existe um estudo de que com 250 mil sócios, o Palmeiras custearia todo o futebol, só com o Avanti, durante a temporada. Óbvio que o número é muito difícil de alcançar, mas os dirigentes sabem que para manter o torcedor assíduo e pagante, é preciso ter time e elenco qualificados.

Tem um patrocinador forte, que gosta do Palmeiras e investe valores acima do mercado, aumentando a sua participação no mercado. Conseguiu fazer as últimas contratações, sem precisar do dinheiro da empresa.

Não está gastando mais do que arrecada e apresenta superávit. Investiu em estrutura física e tem um dos melhores Centros de Treinamento da América do Sul.

Claro que tudo isso não ganha jogo, mas ajuda. A realidade é que o Palmeiras se preparou e se planejou. Errou em 2017, com algumas escolhas equivocadas, um ambiente conturbado e uma certa arrogância. Parece que aprendeu a lição. Agora, é favorito sim, de novo. Se a bola não entrar, não pode destruir todo o trabalho.

O Palmeiras tem tudo para ser protagonista por muitos anos. Tem Corinthians e São Paulo como exemplos que deixaram passar o cavalo encilhado. Chegou a vez do Verdão. Se houver trabalho, dedicação e organização contra vaidade, politicagem e conflitos internos, vai amedrontar os adversários, certamente.

Afinal, já se fala até em ''Fair-Play'' financeiro no Brasil, para tentar frear o crescimento palmeirense. É o Clube a ser batido.


Paulistão é mais necessidade para Palmeiras e São Paulo
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Alexandre Praetzel

Sou do tempo que um Estadual valia bastante. Os campeonatos eram cheios de fases classificatórias e uma etapa final para decidir quem seria campeão. Os clássicos mobilizavam torcedores e jogadores. Como gaúcho, uma frase do zagueiro Mauro Galvão, atuando pelo Inter, em 1983, representava o tamanho da rivalidade Grenal. O Grêmio foi campeão do Mundo e Mauro Galvão disparou essa: ''Eles podem ter ganho o Mundial, mas aqui no RS quem manda somos nós'', resumindo a importância da competição local.

Os tempos mudaram e os títulos nacionais e internacionais ficaram a léguas de distância em relação aos Estaduais. Os grandes clubes aumentaram demais a diferença financeira e um time menor precisa de uma epopéia para bater campeão. Hoje, viraram uma pré-temporada para as equipes de elite e um moedor de técnicos, para quem perde. O Palmeiras teve consequências depois de ser eliminado para a Ponte Preta, na semifinal, em 2017.

Por isso, no caso do Paulistão, vejo Palmeiras e São Paulo com mais necessidade para priorizar a competição, em relação a Corinthians e Santos.

O Palmeiras não ganha desde 2008 e hoje é muito superior nos investimentos e na formação do elenco. Não disputar a final novamente, pelo terceiro ano consecutivo, certamente será um fracasso. Por isso, é evidente que o Palmeiras vai tratar o campeonato com muito mais atenção, mesmo tendo a Libertadores da América, a partir de março. Roger Machado sabe disso.

O São Paulo não conquista o título, desde 2005. São 12 anos de jejum. Não conseguiu nem chegar à decisão. Parou nas semifinais. Em alguns anos, o Paulistão foi menosprezado pelos dirigentes tricolores porque o São Paulo ganhava o Brasileiro e participava da Libertadores, seguidamente. O quadro mudou e não deixa de ser um vexame, nos dias atuais. O São Paulo só terá o Paulista e as duas primeiras fases da Copa do Brasil, até o início do Brasileiro. Dorival Jr. dará mais importância ao torneio, mesmo que escale reservas na abertura, nesta quarta-feira.

O Corinthians é o atual campeão e criou gordura gigantesca com o Brasileiro. Se não levar o bicampeonato, não terá grandes cobranças.

O Santos venceu sete edições de 2006 a 2017, com nove finais disputadas(em 2006, havia pontos corridos). Tem  lastro e a torcida clama por conquistas maiores. Jair Ventura começará o trabalho com um time inferior tecnicamente.

Óbvio que é bom ganhar tudo. O Paulistão pode ser a salvação, caso fique como único troféu na prateleira, ao final do ano. Partindo do zero, Palmeiras e São Paulo enxergam a disputa com mais carinho e dedicação, sem dúvida.


Clubes não deveriam contratar Scarpa e Zeca via liberação judicial
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Alexandre Praetzel

Numa relação profissional, o mínimo que se espera é que as duas partes cumpram exatamente o combinado. Quando isso não acontece, o diálogo me parece ser a melhor opção, antes de medidas mais radicais. Transfiro isso para o futebol brasileiro. O ano começou com os casos de Gustavo Scarpa e Zeca, ambos com contratos em vigor e buscando liberações pela Justiça.

O primeiro tinha salários e direitos de imagem atrasados e entrou na Justiça contra o Flu. O Fluminense correu para acertar os débitos e esperava a reapresentação do jogador, algo que não aconteceu. Óbvio que a diretoria do Flu errou. Não só com Scarpa, mas com todos que não recebem. Agora, Scarpa poderia tentar o diálogo. Paulo Autuori lembrou que o meia foi revelado pelo próprio Flu. Abel Braga aguardava um contato, pelo menos. Bastava uma conversa franca e transparente e Scarpa poderia sair pela porta da frente, com o Flu recebendo um valor justo. Mesmo que Scarpa tenha conseguido uma liminar na Justiça, muitos advogados não aconselham a sua aquisição.

Zeca tomou a mesma atitude, alegando agressões da torcida e falta do depósito do FGTS, em outubro de 2017. O Santos garante que está tudo em dia, desde a gestão passada, comprovado pela nova direção. Passados quase três meses, o lateral segue vinculado ao Santos. O Flamengo queria contratá-lo, mas desistiu por ordem do departamento jurídico. Situações muito parecidas e com os mesmos representantes, curiosamente.

Penso que não deva existir um boicote aos atletas, mas os clubes que investiram muito dinheiro na formação dos dois, merecem um ressarcimento justo. Se eles estão insatisfeitos, busquem uma saída ''legal''(no sentido da amizade). Sou da tese de que nenhum clube deveria contratá-los via liberação judicial. Quem fizer isso, pode provar do próprio veneno, em seguida. Os clubes precisam se unir, mantendo suas contas em dia, evidentemente.

No final da década de 90 e início de 2000, a advogada Gislaine Nunes se tornou o terror dos tribunais, conseguindo rescisões via Justiça do Trabalho. Tudo porque os clubes tinham gestões temerárias. O zagueiro Márcio Santos, campeão do Mundo em 1994, processou o Santos e não conseguiu mais atuar em grandes clubes, até o fim da carreira. Foi um exemplo de boicote.

O quadro mudou para melhor. Há gestões responsáveis e mais fiscalizadas hoje. Existem as exceções, mas esses estão ficando para trás. O que não dá é só um lado pensar em lucrar. Isso eu acho errado. O Praetzel FC jamais negociaria, passando por cima das instituições. Afinal, elas que sustentam o futebol brasileiro e precisam ser fortes sempre. Mesmo que errem bastante.


Reage Vasco! A ditadura está acabando
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Alexandre Praetzel

Sou gaúcho, mas desde criança ouvi muitas histórias do Vasco, através do meu pai, fanático por futebol. Ele me falava dos grandes times da história vascaína, como o Expresso da Vitória, marcante na década de 40, e o campeão brasileiro de 74, superando o grande Cruzeiro da época. Cresci e herdei a paixão pelo esporte e fui trabalhar com jornalismo esportivo.

Vi o Vasco ganhar o Brasileiro mais três vezes(89, 97 e 2000) e a Libertadores em 98. Sempre com ótimos times e jogadores. Respeitado e temido. Com uma grande torcida espalhada pelo Brasil. Mas a conta chegou, com o clube sendo vitimado pelas péssimas administrações de Eurico, Roberto Dinamite e Eurico. Três rebaixamentos e títulos para pagar, não ganhar. Teve uma Copa do Brasil e um vice brasileiro em 2011, mas com gastos fora da realidade. Todo mundo sabia que aquilo era irreal.

Agora, chegou a hora de reerguer o clube. Não conheço Júlio Brant, o próximo presidente. Me parece bem intencionado e pronto para a bomba que vai encontrar. No discurso, sabe da grandeza do Vasco e de como sócios, torcedores e simpatizantes devem ser tratados. A favor da instituição, sem se aproveitar dela. O palavreado euriquista de ''Eu sou Vasco antes de tudo'' foi para o espaço, depois dos últimos acontecimentos. A equipe voltará a disputar a Libertadores e o presidente está mais preocupado em atrapalhar a vida do próximo mandatário, vitorioso contra ele, nas urnas legítimas. Triste. Vergonhoso. Mas com data para terminar, finalmente.

O Vasco precisa ser arejado. Hoje, torcedores de vários estados torcem contra pela antipatia a Eurico. O cara que proibiu o repórter Lucas Pedrosa do Esporte Interativo de participar da entrevista coletiva porque ele revelou os desmandos da diretoria. O mesmo que proíbe o portal UOL de fazer a cobertura diária no CT de Vargem Grande. Caras que se acham donos do Vasco e têm alergia à verdade. Mas eles estão passando. O Vasco fica. A agenda positiva voltará.

Que Zé Ricardo consiga ter paz para levar o Vasco à fase de grupos da Libertadores e que o clube volte a ser admirado, e não ridicularizado, como nos últimos anos. Nem é preciso mais dizer ''Fora Eurico''. Ele já é passado.


Lucca joga mais que Henrique Dourado e Gilberto
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Alexandre Praetzel

O Corinthians está atrás de um substituto para Jô, negociado com o Nagoya Grampus do Japão. Júnior Dutra foi contratado do Avaí, mas faz uma função diferente. Ontem, Henrique Dourado e Gilberto foram colocados como possíveis reforços.

Henrique deixou claro que pretende sair do Fluminense e o Corinthians surge como candidato, ainda que o presidente Roberto de Andrade tenha afirmado que o clube desistiu do jogador. Em 2017, Henrique foi o goleador do Brasileiro ao lado de Jô, com 18 gols marcados. Na temporada, fez 32 gols em 59 partidas pelo tricolor carioca, numa formação ofensiva. Só que R$ 8 milhões por 50% dos direitos econômicos, me parece demais.

Gilberto está livre no mercado e sofre forte rejeição da torcida corintiana por um episódio de quase sete anos atrás. Em 2011, Gilberto surgiu bem no Santa Cruz-PE e apalavrou um acordo com o Corinthians. Próximo da assinatura do contrato, Gilberto recebeu uma oferta financeira superior do Inter e desembarcou em Porto Alegre. A atitude revoltou Andrés Sanchez, presidente do Corinthians naquele ano, gerando uma antipatia geral. É difícil que ele seja contratado.

Agora, acho que nenhum dos dois joga mais que Lucca. Mesmo que tenham características diferentes, Lucca poderia ser um falso 9. Tem boa técnica, posicionamento e capacidade de conclusão. Lucca chegou no segundo semestre de 2015 e ajudou o Corinthians a ser campeão brasileiro. Tanto que Tite pediu sua aquisição em definitivo. Depois, assinou por quatro anos e não repetiu as boas atuações.

Emprestado à Ponte Preta, disputou 61 partidas e anotou 24 gols. Foi vice-campeão paulista jogando bem. Caiu com a Ponte para a Série B, mas foi o melhor do time, sem dúvidas. Receberá oportunidades de Fábio Carille e pode voltar a ser muito útil para o Corinthians. Pertence ao clube e custará bem menos que outros atletas. Acho que falta um pouco de boa vontade com Lucca. Não que ele seja um monstro, mas na bola, supera muitos concorrentes.

Hoje, vejo Lucca maior que Henrique Dourado e Gilberto, antes da vinda de uma reposição ideal para Jô.


SPaulo larga bem para apenas não comemorar vendas e permanência na Série A
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Alexandre Praetzel

O São Paulo fez algo espetacular na década passada: ganhou TRÊS campeonatos brasileiros consecutivos, de 2006 a 2008, algo muito difícil num país com tanto dinamismo e mudanças semestrais no futebol. Foi o time e clube a ser batido e odiado pelos adversários por sua competência dentro e fora de campo. A soberba superou a realidade e o resto da história, todos nós sabemos. O tricolor não ganha nada desde a Copa Sul-Americana, em 2012. Não carimba o Paulista há 12 anos e nunca conquistou a Copa do Brasil. Será que 2018 será diferente?

Talvez não, mas a largada já foi bem melhor em relação a anos anteriores. O começo de trabalho de Raí mostra-se eficiente na vinda de reforços. Óbvio que as saídas de Hernanes e Pratto são prejuízos para qualquer time, mas Diego Souza foi contratado e novos reforços virão do meio para a frente.

No gol, Jean não merece reparos pelo que mostrou no Bahia. Claro que vestir a camisa do São Paulo será um desafio maior e ele será cobrado para manter o nível de atuações.

Na zaga, Anderson Martins veio para ser o companheiro de Rodrigo Caio. É bom reforço para o setor e a diretoria foi rápida na aquisição, assim que ele se desvinculou do Vasco.

Ainda faltam um lateral-direito, dois meias e um ou dois atacantes, imagino. Nomes que devem chegar e jogar, atendendo pedidos de Dorival Jr.

A fotografia da equipe já ficou mais encorpada com Jean; Militão(reforço), Rodrigo Caio, Anderson Martins e Edimar(Reinaldo); Jucilei, Petros, Hudson(reforço) e Cueva; Marcos Guilherme(reforço) e Diego Souza.

Se o São Paulo será campeão de alguma coisa, não dá para cravar. Nem eu ou qualquer são-paulino. Agora, a projeção é de um elenco mais comprometido e com melhor desempenho, sem eliminações precoces nos torneios.

Assim, poderá comemorar resultados maiores do que apenas vendas de atletas e permanências na Série A do Brasileiro.

 

 


São Paulo acrescenta Geuvânio à lista de opções para reforçar o ataque
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Alexandre Praetzel

O São Paulo pensa em mais um jogador para reforçar o ataque. Depois de cogitar Gabriel Barbosa e admitir o interesse em Marinho, o blog apurou que a diretoria acrescentou o nome de Geuvânio à lista de desejos para o time. O atleta foi comandado por Dorival Jr. no Santos, em 2015, e tem a aprovação do treinador. Naquele ano, Geuvânio disputou 55 partidas com dez gols marcados. Geuvânio pertence ao Tianjin Quanjian da China e está emprestado ao Flamengo, até dezembro de 2018. Uma negociação envolveria as três partes e Geuvânio poderia ser repassado ao tricolor paulista, cumprindo o mesmo prazo. Geuvânio chegou ao Flamengo em julho de 2017. Foi pouco aproveitado pelo ex-técnico Reinaldo Rueda, disputando 18 jogos com um gol marcado.

Sobre Marinho, os contatos com os chineses do Changchun Yatai continuam. Apesar de ter completado apenas um ano no país, Marinho pode retornar ao Brasil, para atuar no Morumbi. Representantes de Marinho admitem a possibilidade de um empréstimo, no mínimo. Em 2017, Marinho fez 17 partidas com três gols marcados.

Gabriel Barbosa foi cobiçado, mas existe a concorrência com o Santos, tornando as coisas mais difíceis. O presidente José Carlos Peres já declarou que aguarda a liberação da Inter de Milão, para repatriar o ex-santista.

 


Eu acreditei no Rueda, mas prefiro Carpegiani
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Alexandre Praetzel

Reinaldo Rueda sempre me passou honestidade e transparência nas suas palavras. Fui um árduo defensor do seu trabalho, desde que ele chegou ao Flamengo. Entendia que ele merecia seis meses de crédito, começando uma pré-temporada e escolhendo alguns atletas. Depois do vice-campeonato na Copa Sul-Americana, Rueda foi procurado pela Federação Chilena e preferiu se esconder. Nunca admitiu uma negociação, mesmo com muitos jornalistas chilenos cravando as conversas, e confirmando o acerto, posteriormente.

Aí, veio a decepção. Rueda desembarcou no Brasil, dizendo que não tinha nada definido. Horas depois, sua saída foi anunciada pelo Flamengo. Não deu para entender por que um profissional bem conceituado preferiu a ''milongagem'' em detrimento à verdade? Aos 60 anos, poderia ter admitido a proposta chilena, sem enrolação. Evidentemente, a direção do Flamengo já esperava pelo desfecho negativo com o colombiano. Vida que segue, mas Rueda caiu no conceito de muita gente, pela maneira como conduziu o processo. Só que ele não pode servir de mau exemplo para bons profissionais estrangeiros. Certamente, treinadores brasileiros vão aproveitar essa situação para fomentar uma reserva de mercado, aumentando a rejeição com quem vem de fora.

Sai Rueda, entra Carpegiani. Gosto muito dele. Acredito que Carpegiani sofre de preconceito e já escrevi sobre isso. Não tem vocabulário rebuscado e é franco e direto nas suas declarações e observações. Prefere o jogo ofensivo e exige o máximo de cada jogador. Foi um craque como meio-campista e liderou o maior time da história do Fla, fora de campo, no início dos anos 80. Óbvio que o futebol mudou, mas Carpegiani não perdeu o conhecimento. Fez bons trabalhos nos últimos anos, mesmo com pouca duração. Sabe o tamanho do Flamengo e tem lastro para chefiar um vestiário experiente.

Se vai ganhar títulos ou não, ninguém pode prever ou afirmar. A realidade é que Carpegiani merece crédito, confiança e respeito pela sua trajetória, aos 68 anos . Deixem o cara trabalhar, com respaldo e paciência. Um bom nome para o momento do Fla.