Blog do Praetzel

Arquivo : Vitória

Bragantino respondeu no campo à inversão de mando
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

O Bragantino foi merecidamente criticado por ter mandado o primeiro jogo contra o Corinthians, no Pacaembu. Saiu de Bragança e preferiu a parte financeira. A renda foi de R$ 607.694,00 para 14.153 pagantes. O lucro será de R$ 280 mil. Um valor abaixo da expectativa, mas com resposta muito forte, dentro de campo.

O Bragantino jogou muito bem e poderia ter vencido o Corinthians por um placar  maior que 3 a 2, algo admitido até por Fábio Carille. O time de Marcelo Veiga marcou bastante e explorou as bolas aéreas. Destaque para jovem Ítalo, que entrou e superou a pegada corintiana. Grande vitória e projeção de outro ótimo confronto para quinta-feira, em Itaquera.

Do lado corintiano, faltou atenção nos principais lances e criatividade com a posse de bola. Maycon foi o único a se salvar, além de Pedrinho, que deu nova dinâmica à equipe.  O meio-campo, um setor muito presente do time, foi bem neutralizado.

A disputa está aberta, mas o Bragantino deixou de ser zebra.

 


Palmeiras, sem sustos e muito superior ao SP. Dorival pode cair nesta sexta
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

O Palmeiras venceu o São Paulo com extrema facilidade, como há muito tempo não se via, mantendo 100% de aproveitamento no Choque-Rei, em seis clássicos disputados no Allianz Parque. O Verdão fez um primeiro tempo de autoridade e superioridade incontestável, marcando dois gols e perdendo outros. O Palmeiras ganhava as primeiras e segundas bolas contra um São Paulo estático e desorganizado. O tricolor não encontrou espaços e viu o Palmeiras dominar o meio-campo e criar várias oportunidades. Dois a zero ficou barato para o São Paulo.

No intervalo, Dorival Jr. fez as três substituições ao mesmo tempo, demonstrando claramente sua insatisfação com a postura da primeira etapa. Shaylon, Nene e Trellez entraram nos lugares de Hudson, Marcos Guilherme e Brenner. O São Paulo se abriu e até acertou a trave, com uma formação bem mais ofensiva. O Palmeiras recuou e partiu para os contra-ataques, sempre com perigo. Jean evitou uma derrota maior.

O resultado final determinou uma equipe organizada e com padrão tático contra um time apático e sem pegada. Vitória incontestável.

A situação de Dorival Jr. se complica pela postura nos clássicos, onde o São Paulo acabou sofrendo três derrotas, mesmo atuando melhor que o Santos, no Morumbi. A pressão é muito grande.

O blog avaliou as atuações dos jogadores. Primeiro o Palmeiras.

Jaílson – Não fez uma defesa no jogo. Deu sorte com uma bola na trave. Nota 6,5. 

Marcos Rocha – Anulou Valdívia e ajudou no ataque. Nota 6,5. 

Antonio Carlos – Segurança na defesa e mais um gol de cabeça. Nota 7. 

Thiago Martins – Teve mais trabalho com Trellez. Nota 6.

Victor Luís – Anulou Marcos Guilherme e cumpriu sua função. Nota 6,5.

Felipe Melo – O guardião do meio-campo. Não perdeu nenhuma dividida. Nota 7.

Bruno Henrique – Marcou mais do que jogou. Nota 6. 

Lucas Lima – Finalmente, uma boa atuação num jogo grande. Nota 6,5.

Dudu – Boa movimentação no primeiro tempo. Sofreu pênalti não marcado no segundo. Nota 6. 

Borja – Mais um gol de oportunismo. Faz bom início de temporada. Nota 7.

Willian – Abaixo da média dos companheiros. Nota 5,5.

Scarpa – Entrou bem e segurou a bola na frente. Nota 6.

Thiago Santos – Fechou a marcação no meio-campo. Nota 6. 

Roger Machado – Escalou sua melhor formação e não deu chances para o adversário. Nota 7.

São Paulo

Jean – Errou no segundo gol. Ainda evitou uma goleada. Nota 5,5. 

Militão – Sobrecarregado na marcação. Não conseguiu apoiar. Nota 5. 

Rodrigo Caio – Batido pelo ataque palmeirense. Nota 4.

Arboleda – Perdeu o duelo para Borja e não subiu no gol de Antonio Carlos. Nota 3. 

Edimar – Preso na marcação. Sofreu com Dudu no primeiro tempo. Nota 4.

Hudson – Envolvido por Lucas Lima. Perdido em campo. Nota 3.

Petros – Só reclamou da arbitragem. Nota 4. 

Cueva – Um chute a gol. Só. Nota 4,5. 

Marcos Guilherme – Anulado por Victor Luís. Mal. Nota 4. 

Brenner – Sentiu o clássico. Quase não tocou na bola. Nota 3.

Valdívia – Nulo no primeiro tempo. Depois, melhorou um pouquinho. Nota 4,5.

Shaylon – Melhorou o toque de bola do meio. Pior, não poderia ficar. Nota 5,5.

Nene – Conseguiu algumas jogadas pelo lado esquerdo. Nota 5,5. 

Trellez – Acertou uma bola trave e preocupou mais a defesa palmeirense. Fez pênalti em Dudu. Nota 5,5. 

Dorival Jr. – Time entrou apático e foi engolido pelo Palmeiras. Três mudanças no intervalo foram um toque de desespero. Pode ser demitido pela irregularidade e jejum nos clássicos. Nota 3,5. 

 

 


Estreia do Palmeiras precisa ser rotina. Resultado ótimo com boa atuação
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

O Palmeiras deu a resposta esperada pela diretoria e torcida, na estreia da Libertadores da América. Fez 3 a 0 no Junior de Barranquilha, sem grandes sustos e fazendo um segundo tempo melhor que o primeiro. A atitude ausente no Dérbi, foi retomada desta vez.

Roger Machado fez as duas mudanças previstas com Victor Luiz na lateral-esquerda e Bruno Henrique no lugar de Tchê Tchê, no meio-campo, ao invés de Guerra no lugar de Willian, como o blog havia informado. O Palmeiras já ficou em vantagem numérica com a expulsão de Germán Gutiérrez por falta violenta em Bruno Henrique, aos nove minutos. Ainda assim, o Junior foi perigoso com um jogador a menos em boa parte da primeira etapa. O Junior deu espaços generosos para o Verdão, que demorou para aproveitá-los, até abrir o placar com o próprio Bruno Henrique, em passe de Dudu. Se fosse mais incisivo e tocasse mais a bola, o Palmeiras poderia ter ido para o intervalo com um escore maior. Passos por alguns sustos desnecessários.

No segundo tempo, o Palmeiras acelerou o jogo, aumentando a transição defesa-meio-ataque para confirmar a vitória. Borja fez um bonito gol com precisão e bom posicionamento. O Junior se atirou para a frente e deu campo ao Palmeiras, que aproveitou. Guerra entrou no lugar do ansioso Lucas Lima e deu o passe para Bruno Henrique fechar a conta. Thiago Santos ainda perdeu um gol incrível e o Junior teve um pênalti discutível, desperdiçado por Alves. Resultado maravilhoso com um bom desempenho. Está claro que se o Palmeiras tiver foco, a qualidade pode fazer a diferença. Não há desculpas para a equipe ter sido tão letárgica diante do Corinthians. O confronto de Barranquilha precisa ser a rotina.

O blog destacou as notas dos jogadores do Palmeiras.

Jaílson – Todas que foram no gol, ele pegou. Nota 7,5.

Marcos Rocha – Bem atrás e na frente. Não fez pênalti marcado pelo árbitro. Nota 6,5.

Antonio Carlos – Bastante exigido no início. Atuação normal. Nota 6. 

Thiago Martins – Do mesmo nível do companheiro. Nota 6.

Victor Luís – Muito melhor que Michel Bastos. Seguro atrás e ajudando no apoio. Nota 6,5.

Felipe Melo – Posicionado e carimbando a bola. Tranquilo. Nota 6. 

Bruno Henrique – A boa escolha de Roger. O melhor em campo. Dois gols e presença constante. Nota 8.

Lucas Lima – Ansioso e afobado. Pode jogar bem mais. Nota 5. 

Dudu – Reagiu bem, depois da apatia e destempero no clássico. Nota 6. 

Borja – Brigador e competitivo. Fez um bonito gol. Nota 7.

Willian – Correu muito, mas apareceu pouco com a bola. Nota 5,5. 

Guerra – Em poucos minutos, fez mais que Lucas Lima. Deu passe para um gol. Nota 6,5.

Thiago Santos – Entrou para segurar a vitória e perdeu um gol incrível. Nota 5,5.

Roger Machado – Teve estrela com Bruno Henrique e acertou com Victor Luís. Boas substituições. Nota 7.

O Palmeiras somou três pontos contra um de Boca Juniors e Alianza-PER, que empataram em 0 a 0. O próximo jogo do Palmeiras será contra o Alianza, dia 03 de abril, no Allianz Parque.


São Paulo vence com time de Dorival. Brenner tem que jogar
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

O São Paulo foi intenso e eficiente com o chamado time preferencial de Dorival Jr., fazendo 2 a 0 no CRB-AL e conseguindo vantagem muito boa para o segundo jogo da terceira fase da Copa do Brasil, em Maceió. O treinador deixou Nene e Diego Souza no banco de reservas e escalou Brenner como atacante de referência. Jean estreou como goleiro, após Sidão sentir lesão muscular no aquecimento, antes da partida.

Jean; Militão, Rodrigo Caio, Arboleda e Reinaldo; Hudson, Petros e Cueva; Marcos Guilherme, Brenner e Valdívia. Uma formação mais leve e veloz.

Brenner foi muito bem, participando ativamente das jogadas ofensivas e exigindo defesas do goleiro adversário. Mesmo jovem e inexperiente, merece retomar a condição de titular. O menino tem qualidades.

O tricolor começou forte e teve um pênalti a seu favor, sofrido por Hudson e desperdiçado por Cueva, aos cinco minutos. Esse início foi interessante, com o São Paulo pressionando e chegando à frente. O time mostrou boa movimentação e criou outras oportunidades com Brenner e Valdívia. Esse último acabou abrindo o placar e Militão fez o segundo gol, depois de jogada combinada pelo lado direito. O São Paulo foi para o intervalo ganhando por 2 a 0, com justiça.

Na segunda etapa, o São Paulo manteve o ritmo e poderia ter aumentado o escore. É verdade que deu espaços para o CRB, mas a ideia era encaminhar a classificação no Morumbi. Nene e Diego Souza entraram e o São Paulo seguiu aparecendo na cara do goleiro, perdendo gols com Valdívia e o próprio Diego.

No final, vitória importante para dar tranquilidade a Dorival e deixar a equipe mais relaxada para pegar o Linense, pelo Paulista. O confronto de domingo é importantíssimo para não complicar a equipe no Estadual.

Se eu fosse Dorival, manteria a mesma escalação para Lins. Coerência e confiança para quem produz mais.


O domingo é do Santos de Vanderlei e Gabriel. SP segue devendo eficiência
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

Acompanhei São Paulo e Santos, atrás da meta direita, no Morumbi. Um primeiro tempo bem melhor do São Paulo, com o meio-campo mais ativo e bons deslocamentos dos jogadores. Militão e Reinaldo apoiaram bastante e o tricolor não abriu o placar porque havia Vanderlei do outro lado. E Vanderlei tem sido o melhor nome santista, desde o ano passado. O Santos tem uma defesa firme, mas poderia ter saído atrás no placar, se não fosse Vanderlei.

É aí que entra Diego Souza. Escalado como centroavante, de maneira equivocada para mim, Diego está longe do 9 finalizador. Tem atuado estático, facilitando a marcação adversária. Não apareceu muito no primeiro tempo e foi quase nulo no segundo. Poderia ter saído antes. No Santos, foi o 9 que definiu a partida. Gabriel ficou muito isolado na primeira etapa, mas foi letal quando teve a chance, em quatro toques da equipe, começando por Lucas Veríssimo, passando por Daniel Guedes, Eduardo Sasha, até chegar a Gabriel, com um domínio rápido e um chute forte no canto direito de Sidão. Tudo o que o Santos tentou, uma escapada e uma bola. Conseguiu.

O São Paulo se enervou e partiu para o tudo ou nada. Valdívia, Trellez e Brenner em campo e Nene aberto na ponta esquerda. O Santos se trancou em frente à area e só sofreu numa tabela de Petros e Nene, para defesa de Vanderlei e intervenção salvadora de Lucas Veríssimo. Ah, teve um chute de Bruno Alves, exigindo boa defesa de Vanderlei, ainda quando o placar estava fechado. Um zagueiro arrematando, porque os meias demoram para chutar. Isso foi claro. O São Paulo demorou para concluir e o Santos agradeceu, rebatendo todas as bolas ofensivas. Ficou um ataque tricolor diante de uma muralha santista. Não basta encher o time de atacantes, se não aparece ninguém para articular. E isso foi visível no São Paulo.

No resumo dos 95 minutos, o São Paulo foi muito melhor nos 46 iniciais, mas se perdeu nos outros 49, pela eficiência do Santos. O resultado mais justo seria o empate, mas isso não serve para o torcedor, só para quem analisa e compete. Pressão em cima de Dorival e tranquilidade para Jair. As duas equipes sabem que precisam melhorar. Só que o Santos fecha o domingo com 14 pontos em 24 disputados, segunda melhor campanha do Paulista. O São Paulo com dez em 21. Isso ninguém discute. O domingo foi santista.


São Paulo ganhou, mas também escapou da derrota. Botafogo foi superior
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

Trabalhei em São Paulo e Botafogo-SP, no Morumbi. Com 13.624 pagantes silenciosos no primeiro tempo e vaiando o time, ao final da etapa. O São Paulo não foi bem, novamente. Atuou num esquema bem definido no 4-3-3, com Nenê como armador principal, Petros chegando bastante ao ataque e Marcos Guilherme e Brenner bem abertos nas pontas. Houve um latifúndio no meio-campo para o Botafogo mandar no setor e ameaçar o São Paulo em bolas paradas, chutes e contra-ataques. Sidão teve sorte, com duas bolas chutadas na trave. O São Paulo cobrou muitos escanteios, mas sem nenhuma finalização perigosa.

Depois do intervalo, Cueva voltou no lugar de Brenner e a equipe ficou mais equilibrada. Chegou ao gol, numa combinação pela esquerda, cruzamento de Reinaldo e conclusão de Diego Souza, dentro da área. Parecia que o São Paulo assumiria o controle do jogo, mas não foi isso que aconteceu. O Botafogo se manteve em cima e obrigou Sidão a duas defesas difíceis para evitar o empate. Claro que Cueva deu mais dinâmica e velocidade, só que isso foi pouco. O São Paulo não foi melhor em nenhum momento, mesmo conseguindo o segundo gol no pênalti cometido por Serginho em Bruno Alves, convertido pelo peruano.

Óbvio que os três pontos são muito importantes num início de temporada desgastante. Agora, se o Botafogo largasse na frente, o São Paulo sofreria muito pelo físico, uma formação inédita e ausência de um padrão de jogo. Desta vez, escapou contra um adversário pequeno. Diante de oponentes mais qualificados e poderosos, chances concedidas poderão resultar em resultados muito negativos.

Na justiça da bola, o Botafogo deveria ter vencido por 4 a 2. Como isso não ocorreu, o São Paulo deve comemorar, sem exaltação. Há um longo caminho pela frente.

 


Dracena comemora desarme salvador no clássico e mantém fé no Brasileiro
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

Edu Dracena foi aplaudido pela torcida e reverenciado por muitos palmeirenses, após a vitória de 4 a 2 sobre o São Paulo, no Allianz Parque. O zagueiro desarmou Marcos Guilherme num ataque de três contra dois do São Paulo. O lance salvou o Palmeiras e originou o ataque do terceiro gol do Verdão. Em entrevista ao blog, Dracena mostrou toda sua felicidade pela importância da defesa e pelo resultado que dá um novo ânimo ao time e elenco. Acompanhem.

Você tirou a bola do jogo do São Paulo, no lance com o Marcos Guilherme, salvando o Palmeiras, quando estava 2 a 2?

Eu fico muito feliz, principalmente, para nós, ali da defesa. Quando a gente tira uma bola, ou em cima da linha, ou da maneira como foi, para nós é como se fosse um gol. E mais feliz ainda, porque logo em seguida a gente faz o gol. Acho que isso tira um peso muito grande. Fiquei muito feliz. Sempre que eu entro em campo, procuro ajudar meus companheiros da melhor forma possível, ou tirando essas bolas, ou orientando, e fiquei muito feliz com esse desarme e mais feliz ainda com a vitória do Palmeiras.

Vocês pensam nos oito pontos perdidos recentemente no Brasileiro? Poderiam estar com 44 pontos.

Muito. Também teve um jogo contra o Atlético-MG no Allianz, quando perdemos um pênalti e poderíamos ter ganhado. Então são pontos, que como a gente fala sempre antes de começar o campeonato, que não podemos perder pontos dentro de casa e isso faz uma diferença muito grande lá na frente e está fazendo agora para o Palmeiras. Mas eu acho que às vezes as derrotas acontecem para você crescer e analisar o que você está fazendo de errado. Acho que nada acontece por acaso, nada por acontecer e sim, de uma forma que tem para acontecer e você aprender. Acho que o Palmeiras vem aprendendo. Tomara que a gente consiga dar alegrias para o torcedor da melhor maneira possível, como a gente deu contra o São Paulo. Aniversário do clube, 103 anos. Sair com uma derrota ia ser muito dolorido para nós. Agora, uma bela vitória como foi, o palmeirense deve estar muito feliz.

Houve o discurso interno de que não dava mais para lutar pelo Brasileiro, em algum momento?

Não. Em nenhum momento aconteceu. Até porque a meta que a gente traçou, quando a gente saiu da Libertadores, é tentar ser campeão do segundo turno do Brasileiro. Acho que tentar ser campeão do segundo turno para ver onde a gente pode chegar. Se você vai chegar para brigar pelo título no final, ok. Se não, você está ali entre os primeiros para tentar uma vaga na Libertadores. Então, acho que o Campeonato Brasileiro te mostra que, quanto mais você acreditar até o final, de repente, pode até alcançar. É isso que a gente está procurando fazer, com os pés no chão. Não é porque ganhou o clássico, que vai brigar pelo título. Não, calma. Foi uma bela vitória, temos que comemorar sim, mas pensar jogo a jogo, para no final, ver onde podemos chegar.

Em nove pontos no segundo turno, o Corinthians somou três. E aí?

Então, o futebol é isso aí. Não tem muita lógica. O primeiro pega o último e perde, só aqui no Brasil que isso acontece. Então não pode deixar de acreditar em nenhum momento. Procurar fazer sempre o seu melhor e com essa camisa, é uma responsabilidade muito grande, um clube centenário, fazer sempre o seu melhor.

O Palmeiras é o quarto colocado com 36 pontos, 14 atrás do Corinthians. O time volta a campo, dia 9 de setembro, contra o Atlético-MG, em Belo Horizonte.

 


Hernanes mostrou que é diferente da maioria
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

Me incluo entre os que não esperavam outra coisa, se não a derrota do São Paulo para o Botafogo, quando o time carioca fez 3 a 1, neste sábado, no Engenhão. Parecia que a partida estava liquidada. Mas o tricolor relembrou os bons momentos de glória e virou para 4 a 3, em menos de dez minutos, quase ao final da partida. Dorival Jr. teve muita estrela ao colocar Marcos Guilherme no lugar de Petros, com o estreante anotando dois gols e fechando a conta para a equipe.

Agora, gostaria de destacar Hernanes. Debati no “+90” do Esporte Interativo, que Hernanes seria o grande diferencial do São Paulo para o restante da temporada. Identificado com o clube e sempre com discurso positivo, o meia retornou da China em baixa, após um período ausente dos jogos e treinamentos com o time B, no país asiático. Mas nunca desaprendeu a lidar com a bola. Sete anos fora do Brasil, deixaram Hernanes mais tático e com passagens por Lazio, Inter de Milão e Juventus, grandes italianos com forte trabalho defensivo, mas sem abdicar de jogar.

Na sua reestréia pelo São Paulo, Hernanes não desistiu do jogo e inflamou os companheiros a buscar uma vitória improvável. Para quem não atuava desde abril, Hernanes apenas provou o que eu esperava. Um jogador diferente da maioria, com capacidade para defender e atacar. E ainda marcou um gol bem ao seu estilo, uma virada de perna esquerda, no canto oposto, surpreendendo o goleiro Gatito Fernandez.

A situação do São Paulo ainda inspira cuidados com a zona de rebaixamento, mas a presença de Hernanes, com a ajuda dos outros reforços, tem tudo para mudar o quadro negativo. Talvez, para apenas permanecer na Série A, mas já projetando algo melhor para 2018. Será Hernanes e mais dez.


Vitória investe em reforços para reduzir diferença de Sudeste/Sul
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

O Vitória foi um dos clubes que agitou o mercado da bola neste início de ano e contratou jogadores conhecidos e experientes no futebol brasileiro. Os destaques são o meia Cleiton Xavier e os argentinos Dátolo e Pisculichi. Ainda chegaram os laterais Leandro Salino e Geferson, o zagueiro Alan Costa, o meia Gabriel Xavier e o atacante Paulinho. O diretor de futebol, Sinval Vieira, conversou com o blog sobre os investimentos feitos, a projeção para 2017 e a tentativa de diminuir a diferença para os adversários das regiões Sudeste e Sul. Acompanhe abaixo.

Investimentos em jogadores mais experientes

“O clube precisava de jogadores com bom currículo, vencedores. Coincidentemente, alguns atletas escolhidos estão nessa faixa de idade de 30 anos. Porém, não são todos. O Vitória também fez contratações de jovens jogadores. São atletas, acima de tudo, vencedores. Esse é o perfil que desejávamos”.

Investidores participando das contratações

“Sem investidores. Financeiramente, somos um clube equilibrado atualmente. Toda a preparação do elenco foi feita com recursos do Vitória”.

Projeção para a temporada

“Evidentemente que começando a pré-temporada não só com um time, mas com um elenco qualificado, estamos desejando brigar por posições muito melhores, em todas as competições. Começamos o ano com o time que acreditamos ser muito forte”.

Renovação com Argel

“Ele tinha um elenco que não era dos melhores no ano passado e se manteve na primeira divisão, foi muito eficiente. A escolha da renovação de Argel também passou por ele conhecer parte do elenco atual”.

Volta do Bahia à Série A é importante para o Vitória?

“Não faz diferença para nós. Para o futebol da Bahia, sim. Os dois grandes clubes na primeira divisão evidentemente é muito bom para o estado”.

Futebol nordestino virou coadjuvante na Série A

“Os números mostram isso. Por mais duro que seja, os números mostram isso. A gente tem que trabalhar muito para que isso seja revertido o mais rápido possível”.

Caminho para diminuir a diferença para Sudeste/Sul

“Mais trabalho e competência. Temos que trabalhar até mais que o gestor do Sul, que tem maior poderio econômico para facilitar o trabalho. É trabalhar mais”.

Saída de Marinho

“O empresário queria dar um valor abaixo do previsto em contrato e não aceitamos. O valor da cláusula tinha que ser respeitado. Isso aconteceu posteriormente e estamos concluindo a transferência”.

Marinho foi para o Changchun Yatai da China por cinco milhões de euros(R$ 17 milhões). O ex-jogador do Vitória assinou contrato de três anos com o clube chinês.

Em 2017, o Vitória vai disputar o Campeonato Baiano, Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Série A do Brasileiro.


Zé Love vê Marinho no exterior, elogia Argel e não sabe se fica no Vitória
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

O Vitória garantiu presença na Série A do Brasileiro, após uma disputa intensa com Inter e Sport, até as últimas rodadas. Um dos personagens da campanha foi o atacante Zé Love. Mesmo chegando em agosto, o jogador ajudou o Vitória a ser o quinto ataque mais positivo da competição. Em conversa exclusiva com o blog, Zé Love analisa seu futuro e fala do companheiro Marinho, grande nome da campanha da equipe. Acompanhem abaixo.

Permanência no Vitória

“Ainda não sei porque meu contrato acabou no dia 15 de dezembro. Tem já uma conversa com o Vitória de renovação e eu fui muito feliz ali. Eu estava no mundo árabe e acabei chegando mais para o fim do campeonato e é difícil porque o futebol no mundo árabe não é dinâmico e você chega no Brasil, um futebol de força, tem que se recuperar totalmente. Graças a Deus, fui feliz, fiz gols e ajudei o Vitória a ficar na Série A. Estou esperando. Têm mais clubes interessados no meu trabalho e agora é esperar o final do ano”.

Clubes interessados

“Vou citar o Vitória no momento, até pelo fato do meu carinho e respeito pelo Vitória e também de tudo o que o Vitória fez por mim. Dos outros, ainda não é nada oficial, mais conversas. E estou muito feliz com meu desempenho nesse retorno e agora é esperar mesmo e deixar o meu futuro nas mãos de Deus”.

Vitória mereceu ficar na Série A

“Tenho certeza que sim. Pouca gente sabe, mas o Vitória foi o quinto ataque do Brasileiro. É difícil você pegar o quinto ataque do Brasileiro e lutar para não cair. Lógico que têm erros de planejamento, que às vezes acabam fazendo coisas erradas, mas isso faz parte do futebol. Creio que o Vitória lutou, brigou bastante e tenho certeza que a gente mereceu sim ficar na Série A”.

Argel renovou contrato

“Ótimo treinador. É um cara que levanta astral, motivador, que hoje no futebol isso é importante, dá muita confiança. Um cara que torcida e grupo abraçaram e tenho certeza que tem tudo para fazer um grande ano em 2017”.

Marinho

“Eu falo sempre com o Marinho. Nas redes sociais, fico brincando. É um personagem, um cara que tem um coração muito bom, moleque humilde, um grande jogador. Ele está tendo a oportunidade de ir para fora do país, ter um contrato melhor. Às vezes a gente não pode julgar o jogador por isso, a carreira é muito curta. Tenho certeza que ele pensa em fazer carreira fora, como todos pensam, mas ele tem contrato com o Vitória. Assumiu uma nova diretoria agora, eu não sei como vai ser. Converso sempre com ele, sempre de astral legal. Torço para ele seguir um caminho e ser muito feliz”.

Time de críquete

“Antes do jogo contra o Coritiba(penúltima rodada do Brasileiro), o Argel passou um vídeo para a gente de uns jornalistas gaúchos dizendo que o Barradão era um lixo e que o Vitória era um time de críquete, um time do Nordeste sem torcida, acabando com o clube e torcedor. Isso aí foi ótimo porque serviu de motivação para todo mundo e serviu também para eles respeitarem um clube como o Vitória, com história, estrutura. Um time que não deve nada a ninguém, paga rigorosamente em dia. Então, serviu um pouco de lição para não falar bobagem em hora errada”.

Santos de 2010 o colocou no mercado

“Sou um cara eternamente grato ao Santos. Quando eu era criança, era torcedor santista. Depois, fiquei mais ainda porque foi um time que me deu totalmente o meu nome no futebol. Devo tudo ao Santos e hoje sou o Zé Love por causa do Santos. Falo direto com o Neymar, a gente criou uma família ali dentro e graças a Deus, sempre estamos juntos”.

Zé Love está com 28 anos. Começou na base do Palmeiras, mas chamou atenção como um 12º jogador do time do Santos de 2010, com Neymar, Ganso e Robinho. Em 2011, foi campeão da Libertadores da América como titular, ao lado de Neymar.