Blog do Praetzel

Arquivo : gol

Alisson falhou no gol da Suiça? Ex-goleiros o defendem
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

O gol de Zuber, empatando o jogo para a Suiça contra o Brasil, ainda é motivo de debate. Primeiro, pelo toque em Miranda, tirando o zagueiro do lance. A Fifa considerou a decisão do árbitro, acertada. Depois, observando tudo com mais calma, vimos Zuber pular entre sete defensores brasileiros. Sete. Alisson também não saiu, em direção à bola.

Particularmente, acredito que bola aérea na pequena área, o goleiro tem que sair pelo alto. Vai de encontro à bola e tenta afastá-la. Alisson ficou parado e a bola veio em cima dele, sem nenhuma chance de defesa. Outros colegas acham que Alisson não falhou, porque a bola foi muito rápida e era dos zagueiros.

Os treinadores de goleiros atuais, na maioria, trabalham com o goleiro guardando posição, ao invés de partir para a bola. Por isso, a marcação por zona, dentro da área. Isso depende muito também da iniciativa do goleiro. Alguns confrontam bola, adversário e companheiro de time. O importante é tirá-la dali. Fábio Costa tinha essa característica. É um debate interessante.

O blog ouviu o ex-goleiro e comentarista esportivo da Band TV e Rádio Transamérica, Ronaldo Giovanelli. Ele defendeu Alisson. “Ele não falhou, não. A bola era do zagueiro, que foi deslocado. Alisson tinha que esperar na linha do gol”, afirmou.

Velloso, ex-goleiro e também comentarista, concordou com Ronaldo. “A bola veio muito baixa na primeira trave. Ali, a zaga tem que interceptar. O goleiro põe o zagueiro ali para isso. O suiço deslocou o Miranda e fez o gol. Foi falta no lance”, ressaltou.

Emerson Leão, com quatro Copas no currículo e comentarista do Esporte Interativo, viu erro de Alisson. “Ele teve participação de erro por dois motivos. Ou ele comandava sua defesa em voz alta para não perder a bola, subir, ou ele tomava a iniciativa porque a bola estava na metade da pequena área. Aí, ele errou. Se você olhar a posição dele, ele está embaixo da baliza, na risca, errou mais uma vez. Então, ele teve participação de erro, sim”, concluiu.

Alisson foi o preferido de Taffarel, e segue com a confiança de todos, na Seleção Brasileira. O goleiro da Roma pode ir para o Real Madrid por 75 milhões de euros.


Júnior Tavares reclama de falta de Rodriguinho e arbitragem no clássico
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

O empate entre São Paulo e Corinthians teve o segundo gol do São Paulo anulado por falta de Pratto em Cássio e um debate sobre o gol corintiano. Júnior Tavares protegeu a bola até a linha de fundo, mas Rodriguinho o desarmou, fez o cruzamento e no bate e rebate, Clayson chutou e marcou. Júnior Tavares reclamou muito de uma falta de Rodriguinho. O blog conversou com ele. Acompanhem.

Você acha que poderia ter jogado a bola para fora ou o Rodriguinho fez falta em você?

O lance quem decide sou eu. Eu estou ali dentro e estava com a bola controlada, ele acaba deslocando meu ombro e eu caio para fora do campo. Um árbitro que está ali na frente olhando o lance, não deu nada. Aí, fomos falar com ele e ele falou que não viu. Então, não sei porque esses árbitros de fora ficam ali para aconselhar, se eles estão no lance, falam que não vêem, mas como eu falei, é difícil ficar falando de árbitro, temos que fazer nosso trabalho.

Você é jovem. Esse momento serve para você simplicar em lances iguais, futuramente?

Não, cara. Como eu falei. Foi uma escolha minha. Eu poderia muito bem ter jogado a bola para fora, como o árbitro poderia ter olhado o lance também. A gente acabou falando com ele e ele disse que não olhou. Então, não sei o que ele está fazendo ali porque ele tem que cuidar do jogo. Posso até pegar um gancho se eu ficar falando de árbitro, é complicado.

Essa luta do São Paulo vai até o final?

A gente mostrou um time aguerrido, controlou a partida do início ao fim. A gente está botando uma nova cara de novo, as equipes estão respeitando o São Paulo de novo, a torcida vem nos ajudando. Então, é isso aí. Vamos melhorar bastante para sair dessa situação.

Júnior Tavares recebeu o terceiro cartão amarelo e cumprirá suspensão contra o Sport, no próximo domingo, no Morumbi.


Hernanes mostrou que é diferente da maioria
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

Me incluo entre os que não esperavam outra coisa, se não a derrota do São Paulo para o Botafogo, quando o time carioca fez 3 a 1, neste sábado, no Engenhão. Parecia que a partida estava liquidada. Mas o tricolor relembrou os bons momentos de glória e virou para 4 a 3, em menos de dez minutos, quase ao final da partida. Dorival Jr. teve muita estrela ao colocar Marcos Guilherme no lugar de Petros, com o estreante anotando dois gols e fechando a conta para a equipe.

Agora, gostaria de destacar Hernanes. Debati no “+90” do Esporte Interativo, que Hernanes seria o grande diferencial do São Paulo para o restante da temporada. Identificado com o clube e sempre com discurso positivo, o meia retornou da China em baixa, após um período ausente dos jogos e treinamentos com o time B, no país asiático. Mas nunca desaprendeu a lidar com a bola. Sete anos fora do Brasil, deixaram Hernanes mais tático e com passagens por Lazio, Inter de Milão e Juventus, grandes italianos com forte trabalho defensivo, mas sem abdicar de jogar.

Na sua reestréia pelo São Paulo, Hernanes não desistiu do jogo e inflamou os companheiros a buscar uma vitória improvável. Para quem não atuava desde abril, Hernanes apenas provou o que eu esperava. Um jogador diferente da maioria, com capacidade para defender e atacar. E ainda marcou um gol bem ao seu estilo, uma virada de perna esquerda, no canto oposto, surpreendendo o goleiro Gatito Fernandez.

A situação do São Paulo ainda inspira cuidados com a zona de rebaixamento, mas a presença de Hernanes, com a ajuda dos outros reforços, tem tudo para mudar o quadro negativo. Talvez, para apenas permanecer na Série A, mas já projetando algo melhor para 2018. Será Hernanes e mais dez.


< Anterior | Voltar à página inicial | Próximo>