Blog do Praetzel

Arquivo : técnico

Boa sorte, Carille. E era tudo verdade….
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Alexandre Praetzel

Fábio Carille vai para o Al Wehda da Arábia Saudita. Aceitou um contrato de dois anos e a possibilidade de levar seus companheiros de Corinthians, como o preparador físico Walmir Cruz, o auxiliar Cuca e o observador Mauro “Van Basten”. Tudo acertado, dois dias depois de Carille dizer que “grande parte da imprensa mente”, quando noticiou o interesse do Al Hilal, no seu trabalho.

Nesta terça-feira, pela manhã, Carille divulgou uma nota oficial, pedindo desculpas pela declaração equivocada. Ganhou meu respeito maior e agiu certo, na minha opinião. Inclusive, falei isso a ele.

O curioso é que, ontem à noite, no anúncio da saída do Corinthians, sua assessoria confirmou que houve negociações com o Al Hilal, que acabaram não se oficializando. Então, a imprensa nunca errou, neste caso. O que ficou claro é que Carille fez um desabafo, atirando para todos os lados. Talvez, frustrado porque o Al Hilal não fechou sua contratação. Agora, um dia depois, ele se despede, partindo para outro clube. Óbvio que já havia um contato do Al Wehda, também. As coisas não seriam tão rápidas, se os contatos já não tivessem sido feitos.

Vida que segue. Repito o que publiquei aqui no blog, na última quinta-feira. Carille sai por cima do Corinthians e vai escolher onde trabalhar no Brasil, quando voltar. Está com 44 anos e terá 46, se quiser retornar. Fará sua independência financeira, merecidamente. Mostrou em 17 meses de Corinthians, que tem condições de aumentar seu currículo e sua quantidade de títulos. É o melhor técnico do Brasil e reconhecido pela opinião pública e colegas de trabalho.

Boa sorte, Carille. Sejas feliz e tenhas mais sucesso.

Só faça um media training, de vez em quando, para não cometer algumas injustiças. Tite, teu eterno professor, fez, e sabe se comunicar bem com os jornalistas.


Osmar Loss é o favorito para o lugar de Carille
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Alexandre Praetzel

Com a provável saída de Fábio Carille, do Corinthians para o Al Hilal da Arábia Saudita, o favorito para assumir o cargo é o auxiliar-técnico, Osmar Loss. O blog apurou que Loss é o nome preferido de todos da diretoria, para dar sequência à metodologia de trabalho do próprio Carille. O gaúcho de 43 anos virou assistente de Carille, em 2017, depois da conquista da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Conhece o vestiário e o pensamento dos dirigentes, além de ser um treinador barato, na questão salarial.

Loss começou nas categorias de base do Inter, em 2006, chegando ao Corinthians, em 2013. Trabalhou como técnico principal do Bragantino, numa parceria com o Corinthians, em 2015. Voltou para o clube e hoje é visto como o profissional ideal para manter o modelo de jogo da equipe, para, quem sabe, repetir a trajetória de Carille.

Loss pode assumir, assim que Carille comunicar sua decisão. A tendência é que isso seja definido, após a partida contra o Sport, domingo, em Recife. O presidente Andrés Sanchez gostaria de ter Carille até a parada para a Copa do Mundo, dia 13 de junho, com mais sete rodadas do Brasileiro.

 


Por que Fernando Diniz é tão combatido? É o único a tentar algo diferente
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Alexandre Praetzel

O Atlético-PR eliminou o São Paulo e chegou às oitavas-de-final da Copa do Brasil. A diretoria priorizou os torneios mais importantes, colocando um time reserva e Sub-23 para disputar e ganhar o Estadual. Assim, deu tempo e preparação para sua equipe considerada principal.

Na Copa do Brasil, passou por Caxias(0x0), Tubarão-SC(5×4), Ceará(pênaltis no segundo jogo) e São Paulo(2×2 no Morumbi). Na Sul-Americana, fez um jogo, com vitória por 3 a 0 sobre o News Old Boys-ARG. No Brasileiro, estreou batendo a Chapecoense por 5 a 1. Chegamos no dia 20 de abril e o Atlético disputou apenas oito partidas oficiais com força máxima e Fernando Diniz como técnico.

Parece que Diniz encontrou o clube correto para apostar na sua filosofia de jogo. O Atlético-PR não tem nenhum jogador de exceção, mas Diniz adota a mesma prática utilizada no Audax, quando foi vice-campeão paulista, em 2016, passando por São Paulo e Corinthians. Nomes como Sidão, Yuri, Velicka, André Castro, Tchê Tchê, Bruno Paulo, Mike e Camacho, despontaram ali, num time coletivo e de muita posse e toque de bola.

Agora, Diniz comanda uma equipe de mais expressão nos principais campeonatos do Brasil. E seguimos ouvindo coisas como: “Esse Diniz não aguenta três derrotas seguidas”; “O que ele trouxe de novidade?”; “Quero ver ele num time maior, para segurar os jogadores”.

Pois bem. O zagueiro Paulo André deu a declaração que ninguém esperava, após a classificação diante do São Paulo. “Em 34 anos, finalmente tenho prazer em jogar futebol. Eu me divirto em campo”, resumiu. Paulo André já esteve em times grandes com treinadores renomados. Foi multicampeão no Corinthians. Quinze dias atrás, já tinha me dito que o grupo estava encantado com Diniz.

O lateral Carletto chegou a dizer que “vocês ainda vão ver o Diniz na Seleção Brasileira”. São afirmações de quem trabalha com ele, desde janeiro, apenas.

Eu não sei se o Atlético-PR ganhará algum título de mais repercussão, mas não dá para fechar os olhos para alguém que foi o único treinador brasileiro a tentar algo diferente nos últimos três anos. Seu time JOGA FUTEBOL. Corre risco? Sim, mas joga futebol, que é o que todo mundo quer ver.

Treinadores mais antigos, atuais e renomados torcem o nariz quando falam de Diniz. O próprio Vampeta, que comandou Diniz no Audax, acha que ele não conseguirá uma trajetória de sucesso em clubes maiores. Diniz foi carimbado como um profissional difícil de lidar e no trato com os atletas, mas isso parece que ficou para trás em Curitiba.

Parece inveja do meio futebolístico e má vontade de parte da mídia com alguém que tenta sair da mesmice e busca algo diferente num futebol cada vez mais igual e chato de se ver. Acho que Diniz merece aplausos, ao invés de vaias e críticas. No resultadismo, vai perder como todos, mas no trabalho, já mostrou que é competente.


Flamengo é um mistério. Time compete pouco
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Alexandre Praetzel

Comentei Flamengo e Santa Fé, no empate em 1 a 1, no Maracanã sem torcida, por causa da punição ao clube, por incidentes na final da Copa Sul-Americana, em 2017. O Flamengo fez dez minutos iniciais muito bons, abriu o placar e parecia que iria vencer com certa tranquilidade. Mas o time parou, como vem parando desde o ano passado. Permitiu ao limitado Santa Fé, espaços para o adversário chegar ao empate.

O Flamengo ainda criou uma ou outra oportunidade no segundo tempo, muito mais por falhas defensivas e pelo goleiro Zapata do que por méritos próprios. Diego roda, roda e produz pouco. Éverton Ribeiro esqueceu o futebol nos Emirados Árabes. Quem não gostaria de contratar dois meias com boa qualidade, como Diego e Éverton Ribeiro? Todos os clubes brasileiros, mas os dois parecem de barriga cheia. Falta algo. Parece que os dois não colocam alma no jogo. Isso significa mais raça, sim. Algo que outros grandes nomes do Fla, apresentaram em épocas anteriores.

O Flamengo deveria esta jogando bem mais e não precisava demitir Carpegiani, achando que contrataria o treinador que quisesse. Agora, está com um interino em meio a uma fase de grupos da Libertadores. Maurício Barbiéri tem futuro, mas claramente não é um nome pronto para conduzir um elenco “enfastiado” e pouco competitivo.

A diretoria tem que ser menos soberba e trabalhar com humildade, reconhecendo que todos entregam bem menos do que deveriam.


Chamusca vê Ceará preparado para a Série A e aposta em revelação do ataque
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Alexandre Praetzel

O Ceará está de volta à Série A do Brasil, após sete anos de ausência. O atual campeão cearense estreia neste sábado, contra o Santos, no Pacaembu. A ideia é permanecer na elite, com jogo coletivo forte e apostando no entrosamento da equipe. O técnico é Marcelo Chamusca, 51 anos. O treinador levou o grupo à conquista estadual e está na disputa pela Copa do Nordeste, classificado para as quartas-de-final do torneio. O blog entrevistou Chamusca, sobre o desafio de trabalhar em duas competições importantes, a forma de trabalho e a aposta no garoto Arthur Cabral, revelação do Vozão, na temporada. Confira.

Ceará tem time para se manter na Série A?

A sequência da competição que vai dizer, na verdade. Estamos preparados para iniciar a competição e buscar nosso objetivo, que é a permanência para 2019. O time, nesse primeiro trimestre, buscou virtudes importantes para busca desse objetivo e está competindo bem. Então, a expectativa é de a gente iniciar bem e estamos preparados para isso.

Quanto um título estadual tem importância para um torneio nacional?

Primeiro, para o fortalecimento da confiança de todos, atletas, diretoria, torcida também. Isso é importante. Segundo, a continuidade do trabalho é assegurada quando você conquista um objetivo, um título em cima do principal rival e isso tem um peso. Em alguns clubes, o título lhe dá garantia de continuidade e, as vezes, o treinador perde um título estadual e nem sequer tem a oportunidade de iniciar um campeonato brasileiro.

Teu trabalho está aparecendo. Quais os métodos utilizados?

Nós procuramos trabalhar quatro pontos diferentes para organização do nosso trabalho. Primeiro, é fragmentar as sessões de treinamentos. Em cada sessão, a gente trabalha uma fase do jogo e dentro dessa fase, a gente tem conceitos bem definidos, que são trabalhados em dias bem específicos, falando em relação a parte de treinamento. Segundo ponto é a análise minuciosa dos nossos adversários, com uma atenção especial aos detalhes, para que a gente possa treinar em cima da característica do nosso adversário. Então, damos ênfase maior à fotografia do jogo, posicionamento do adversário, sistema de jogo, modelo de jogo e procura ficar muito atento aos detalhes que fazem a diferença nos jogos. Terceiro ponto são critérios claros e bem definidos para que a gente possa manter um bom ambiente, sempre alinhando com os jogadores o nosso discurso para cada jogo e semana. E o quarto ponto seria a interação de todos os departamentos, sabendo e utilizando todas as informações para que a gente possa tomar as decisões com embasamento e propriedade maior.

Arthur Cabral pode ser uma revelação do campeonato?

Está num momento muito bom, mas é um atleta novo, jovem, que tem potencial para crescer. Sua principal virtude é o potencial de finalização. É um atleta ambidestro, que cabeceia bem, tem bom posicionamento de área, que ainda está maturando e tem possibilidade de crescimento ainda, porque tem potencial para isso.

A tabela inicial é complicada. Como viste isso?

A gente não fixa, principalmente, o nosso foco na tabela. A gente fixa no próximo adversário. Não existe nenhuma preocupação exacerbada em relação à tabela. A gente procura ter cada preocupação ao seu tempo. Então, a preparação é para o jogo com o Santos. Depois, vamos pensar na sequência da tabela.

Ganhar a Copa do Nordeste é mais difícil do que permanecer na Série A?

É complicado de responder, com sim ou com não, porque na verdade, são duas competições distintas, com regulamentos diferentes, com adversários com nível de investimento também diferente, sendo que numa competição, a gente está entrando numa fase com jogos de 180 minutos e a outra, a gente tem 38 rodadas a disputar. Então, são dois desafios e a gente está se preparando para as duas competições para que a gente possa ter êxito, com entendimento que são dois objetivos difíceis, que a gente vai ter que trabalhar com excelência para conseguir buscá-los.

Marcelo Chamusca chegou ao Ceará, em 2017. Tem 57 jogos com 34 vitórias. Na Copa do Nordeste, o Ceará vai enfrentar o CRB-AL, em duas partidas.


Cria de Parreira quer abrir o mercado sul-americano treinando o Bolívar
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Alexandre Praetzel

O Bolívar, um dos clubes mais tradicionais da América do Sul e o principal da Bolívia, contratou um treinador brasileiro para desenvolver um projeto de crescimento das categorias de base ao profissional. Trata-se de Vinícius Eutrópio, 51 anos, com passagens por América-MG, Ponte Preta, Chapecoense, Figueirense e Santa Cruz-PE. Discípulo de Carlos Alberto Parreira, no Fluminense, Eutrópio conversou com o blog sobre a decisão de trocar o Brasil pela Bolívia, o trabalho na altitude e o desafio de levar o Bolívar a grandes conquistas na América do Sul. Confira abaixo.

Como é trabalhar num futebol inferior ao brasileiro?

Futebol brasileiro hoje está numa evolução e num patamar de estrutura, logística, organização muito grande. Então, são poucos mercados que estão acima do futebol brasileiro. É um desafio que eu aceitei para minha carreira, justamente para que eu pudesse ajudar a elevar o nível em alguns aspectos. Está sendo bom, positivo e um grande desafio.

Como lidas com a altitude?

Altitude é um fator que a primeira coisa que você tem que fazer é respeitá-la. Nos primeiros dias, é comer muito pouco, fazer menos exercícios, beber bastante água para você ir se adaptando, seu corpo também. Mas, de qualquer forma sempre afeta, apesar de não ter afetado muito agressivamente. Eu lido com a altitude, respeitando bastante o dia a dia e as adaptações que o corpo vai exercendo aos poucos.

Por que clubes bolivianos nunca chegam nas competições em condições de títulos?

Primeiro que a América do Sul tem grandes concorrentes, Colômbia, Argentina, Uruguai, Brasil, Chile, são países muito fortes. Futebol boliviano, acredito que ainda não esteja estruturado, principalmente, na parte financeira dos clubes, com nível de investimentos dos adversários. É bem menor e isso pesa muito na hora de montar um elenco e disputar uma Libertadores.

Por que aceitaste trocar o Brasil pela Bolívia?

Principalmente, pelo planejamento e projeto que foi apresentado pelo dono do Clube, que mora em Miami, o Marcelo Clauli. Justamente, é ajudar o Bolívar, das categorias de base ao profissional, a desenvolver mais seus aspectos de estrutura, categorias de base e também o desafio diferente para um brasileiro, que é abrir o mercado sul-americano, esse mercado que poucos brasileiros têm e com muitos treinadores bons do Brasil. Eu acho que é muito bom eu abrir mercado para outros treinadores que possam vir, não só para a Bolívia, como para outros países da América do Sul.

Está valendo a pena?

Sem dúvida nenhuma, está valendo muito a pena. O Bolívar é a base da Seleção boliviana com jogadores que já atuaram em outros países e que disputam sempre as eliminatórias. Também tem a parte cultural, que pessoalmente, a gente cresce bastante. Uma disputa da Libertadores é sempre um crescimento e um grande desafio. Está valendo muito a pena com um crescimento pessoal e profissional muito grande.

O Bolívar está no grupo 2 da Libertadores da América. Em três jogos, tem cinco pontos, com uma vitória sobre o Nacional_COL e dois empates diante de Colo-Colo-CHI e Delfin-EQU. Na Liga boliviana, são seis vitórias, dois empates e duas derrotas em dez partidas disputadas.

 


Elano faz estágio no Palmeiras e vê passagem positiva no Santos
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Alexandre Praetzel

Elano quer ser treinador. O ex-jogador do Santos, Grêmio, Flamengo e Seleção Brasileira está fazendo estágio e se preparando para entrar no mercado. Elano teve uma rápida experiência como interino do Santos, em duas oportunidades, em 2017. Ainda foi auxiliar nas comissões técnicas de Dorival Jr. e Levir Culpi. Prestes a finalizar um curso da CBF, Elano viu o Palmeiras abrir as portas para ele, no período de preparação. O blog entrevistou Elano com exclusividade sobre suas pretensões, estilo de jogo e a passagem pelo Santos. Confiram.

Como está o estágio para ser técnico?

O processo para ser técnico está sendo muito bacana. Estou vivendo algumas experiências muito legais, finalizando o curso da licença B da CBF. Já saíram em alguma mídia. Estou aqui no Palmeiras, fazendo meu trabalho de campo com o Sub-20. Está sendo muito legal. Professores Wesley, Gilnei, Flávio têm me dado total liberdade dentro do trabalho. Está sendo muito legal. E o Palmeiras tem sido muito acolhedor. A gratidão muito grande que eu tenho por esse momento e muito agradecido por estar vivendo esse momento, também.

O Palmeiras te convidou e abriu as portas?

Tem sido muito acolhedor. Tem me recebido com muito carinho. Todos os atletas que eu venho tendo contato, em especial ao Zé Roberto, que é um grande amigo. Nós tivemos essa conversa para que eu pudesse fazer esse trabalho dentro do Palmeiras, juntamente com o Cícero Souza(gerente executivo), que me abriu as portas, juntamente com o João Paulo, gerente da base. Me deram total liberdade para eu poder fazer esse trabalho e está sendo muito gratificante ver toda essa estrutura maravilhosa que o Palmeiras oferece e poder aprender com os profissionais que ali estão. Está sendo uma experiência muito bacana e legal para mim.

Qual será teu estilo de jogo como técnico?

Meu estilo eu vou adquirindo com aquilo que eu vou aprendendo. Sou um cara que gosta muito de jogar no ataque porque é assim que eu gostei a minha vida toda. Lógico que tem algumas circunstâncias em alguns jogos que você tem que ser um pouco mais defensivo, o que não impede que você tenha uma formação. Nem sempre que você esteja defendendo, você vai só defender. As vezes você vai puxar uma linha de três na defesa, para poder explorar seu contra-ataque. Isso depende também do time que você tem na mão. Você tem que trabalhar de acordo com o time que você tem, também, para ter bons resultados. No Brasil, você sempre tem que trabalhar em cima dos resultados porque a gente sabe como é inconstante, quando você não tem resultados. Então, eu procuro ter as minhas ideias e dentro desse processo de estudo que eu venho tendo, dentro e fora de campo, vai me dar uma bagagem legal. Dentro daquilo que eu fiz, já como treinador, que eu peguei em nove jogos, classifiquei o Santos para a Libertadores, acho que adquiri uma experiência, ao longo dos meus 22 anos de futebol profissional. Então, tudo isso eu vou trazer. Já defini minha comissão e vou seguir meu trabalho com o que eu acho, numa estratégia de ataque e defesa, para que possa vencer.

A passagem pelo Santos te prejudicou?

Não, jamais. Todas as passagens foram positivas. Até mesmo agora como treinador. Agradeço muito aos atletas, que sempre confiaram em mim. São meus amigos. Tive possibilidade de jogar com eles, depois fui o técnico deles. Da mesmo forma, continuamos com uma relação de amizade muito bacana. Foi tudo muito positivo. Eu cumpri meu trabalho, objetivo, deixei o Santos na Libertadores e agora eu sigo minha vida.

Recebeste alguma proposta?

Recebi duas, três propostas de trabalhos de clubes. Mas no momento, não estou a fim de pegar de primeira. Pretendo esperar esse ano ainda para finalizar meus cursos, minha comissão técnica. Isso é importante para que eu possa iniciar um trabalho, no ano que vem. Importante iniciar um trabalho e não pegar pela metade, já que é uma ideia de treinador. Se eu tiver que cometer algum erro, que eu cometa no início, mas eu tenho certeza que tem tudo para dar certo, da maneira que eu penso, que eu sou. Confio muito naquilo que eu estou fazendo e vou trabalhar para que seja o melhor para mim e para o clube que eu estiver defendendo.

Como vês o Santos do Jair Ventura?

Não posso falar de como é o time, de como ele trabalha porque eu não tenho acompanhado. Sei que ele tem bons jogadores na mão, são campeonatos difíceis que ele tem pela frente, mas eu não posso falar porque eu não tenho acompanhado o trabalho dele.


Aguirre chega ao São Paulo com previsão de data para sair. Vale a pena?
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Alexandre Praetzel

Aos 52 anos, Diego Aguirre assume o São Paulo, já com previsão de data para deixar o clube. Ele é bem cotado para assumir a Seleção do Uruguai, no lugar do “Maestro” Óscar Tabárez, após a Copa do Mundo da Rússia. Com esta possibilidade, Aguirre garantiu aos dirigentes que vai cumprir o contrato até dezembro, mesmo que seja o escolhido pela Confederação Uruguaia. Será mais um treinador que poderá sair, para comandar uma Seleção, repetindo o colombiano Juan Carlos Osório e o argentino Edgardo Bauza. Mas vale a pena investir num trabalho a curto prazo, novamente?

De 2009 a 2018, o São Paulo teve 13 treinadores. Ricardo Gomes(duas vezes), Sérgio Baresi, Carpegiani, Adílson Batista, Emerson Leão, Ney Franco, Paulo Autuori, Muricy Ramalho, Osório, Doriva, Bauza, Rogério Ceni e Dorival Jr. O São Paulo mudou totalmente de filosofia. Seus técnicos ficavam mais de um ano no Clube, tinham mais possibilidades e chances de apresentarem resultados e trabalhavam numa comissão fixa tricolor. Hoje, o São Paulo virou um “moedor” de técnicos. O imediatismo tomou conta e a paciência acabou há muito tempo. Talvez, com o forte respaldo e amizade de Raí, Ricardo Rocha e Lugano, Aguirre consiga, pelo menos, terminar o trabalho. Agora, a pressão seguirá intensa porque Aguirre terá pouco tempo para ganhar.

No futebol brasileiro, Diego Aguirre dirigiu Inter e Atlético-MG, em 2015 e 2016. Foi campeão gaúcho e chegou às semifinais da Libertadores. Pelo Galo, foi campeão da Flórida Cup. Depois, trabalhou no San Lorenzo da Argentina, chegando às quartas-de-final da Libertadores.

O blog pediu um depoimento ao jornalista João Praetzel, que acompanhou o trabalho de Aguirre, no Inter. Confiram.

“A passagem de Diego Aguirre no Inter, não foi ruim. O técnico uruguaio teve aproveitamento de 60,4%. O que foi determinante para sua saída, foi o método de trabalho que empregava. Aguirre implementou um rodízio para minimizar os desgastes dos jogadores ao longo do ano, mas não resistiu à diretoria que o demitiu às vésperas de um Grenal(derrota colorada por 5 a 0). Seus treinamentos são modernos, mas seus trabalhos esbarram muitas vezes na falta de resultados. Os setoristas são-paulinos encontrarão uma pessoa de bom trato, educada, e que saberá explicar , na maioria das vezes, suas atitudes e escolhas, dentro e fora de campo”, afirmou o jornalista.

Vamos aguardar. O desafio começa nesta quarta-feira, contra o CRB-AL, pela Copa do Brasil.


Por que o São Paulo nunca contratou Vanderlei Luxemburgo?
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Alexandre Praetzel

O São Paulo dispensou Dorival Jr. e está encaminhando o acerto com um novo treinador. O uruguaio Diego Aguirre, ex-jogador tricolor, é o mais cotado para assumir o cargo. Entre outros nomes citados e debatidos, mais uma vez surgiu Vanderlei Luxemburgo. Dia 15 de fevereiro, logo após a derrota para o Ituano, Luxemburgo foi pedido aos gritos por alguns uniformizados, em frente ao CT da Barra Funda. Não foi a primeira vez. Quando o São Paulo fica sem treinador, Luxemburgo é lembrado. Mas, afinal, por que Luxemburgo nunca trabalhou no São Paulo?

O blog foi ouvir alguns conselheiros e “cardeais” tricolores a respeito do assunto, com todos exigindo anonimato. Veja alguns motivos listados abaixo.

– “Ele sempre quis se meter em negociações. Aqui no São Paulo, quem contrata é o Clube”;

– “Parou no tempo. Não consegue mais fazer nenhum bom trabalho”;

– “O São Paulo sempre teve comissão técnica fixa. Ele trabalha com um bando de gente. Por isso, nunca deu certo”;

– “O comportamento dele nunca foi legal. Passou o tempo”;

– “Está ultrapassado. A gente sabe que o foco dele mudou”.

Algumas frases fortes e muita antipatia, resumindo o sentimento de algumas pessoas com influência nos bastidores são-paulinos.

Luxemburgo está livre no mercado. Sempre foi cobiçado por grandes clubes e nunca escondeu o desejo de comandar o São Paulo. Elogia o São Paulo em todas as entrevistas e enxerga um modelo vencedor. Se o telefone tocar, assume na hora, mas com a diretoria atual, as chances são remotas. Pelo menos, com quem está no poder até 2020. Em 2015, na gestão de Carlos Miguel Aidar, houve uma chance por uma preferência do ex-presidente, mas Luxa estava empregado no Flamengo.

Dos 12 grandes, só não dirigiu São Paulo, Botafogo, Vasco e Inter(ex-jogador em 1978). No Vasco, foi auxiliar de Antonio Lopes, em 1981/82. Treinou a Seleção Brasileira e o Real Madrid. Um currículo invejável com cinco brasileiros, oito paulistas, Copa do Brasil, Copa América e outros estaduais. Aos 65 anos, garante que ainda quer “cheirar a grama”.

O blog pediu um depoimento a Luxemburgo, sobre o assunto. “Nunca casou, nas oportunidades em que o São Paulo necessitava de um treinador, eu estar livre no mercado”, afirmou, em mensagem enviada pela sua assessoria de imprensa.

Agora, casou. Mas o São Paulo não procurou Luxemburgo. Nunca é uma palavra forte, mas parece que esse casamento será difícil de acontecer. A conferir no futuro.


Dorival diz que deixa o SP tranquilo e que houve respeito com ele no clube
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Alexandre Praetzel

Dorival Jr. deixa o São Paulo de cabeça erguida. Essa foi a definição do técnico, após ser dispensado pela diretoria, nesta sexta-feira pela manhã.

Em contato com o blog, Dorival respondeu.

“Praetzel, saímos agora. Eu estou tranquilo, cara. Foi tudo em alto nível. Tentamos fazer o nosso melhor. Fizemos o nosso melhor, o principal objetivo no ano passado, que era não cair e nos entregamos ao trabalho. Você sabe disso. Mas, futebol é assim e vamos em frente. As pessoas foram bem respeitosas aqui, nós também fizemos e tentamos dar o nosso melhor. Vamos ver a sequência aí e o que vai acontecer”, afirmou o treinador.

Desde 2017, Dorival Jr. fez 40 jogos pelo São Paulo, com 17 vitórias. Seu filho e auxiliar, Lucas Silvestre, também deixa o clube.

Veja também:
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Com queda de Dorival, SP teve 12 técnicos após último título do clube