Blog do Praetzel

Arquivo : Roger Machado

Roger está previsível. Dracena é o melhor zagueiro. E.Santos, um mistério
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Alexandre Praetzel

Não vi o jogo entre Botafogo e Palmeiras. Estava trabalhando em São Paulo e Paraná, no Morumbi. Assisti os melhores momentos do empate, na madrugada. Pelos lances, o Palmeiras teve algumas oportunidades e marcou um golaço com Guerra, em qualidade e coletivo. Achei patético, o gol sofrido pelo Palmeiras. Felipe Melo e Thiago Martins não atacaram a bola e viram Igor Rabello errar em bola primeiro, para depois chutar e empatar a partida.

Um ponto fora de casa, num campeonato tão difícil como o Brasileiro, não deixa de ser bom. O detalhe é se foi ponto ganho ou dois perdidos, pela atuação do time. Vi as substituições de Roger Machado e, mais uma vez, ele foi previsível como nos outros confrontos. O Palmeiras tem um elenco onde você pode variar esquemas táticos e não perder a qualidade dos titulares. Há opções. No entanto, Roger sempre muda o seis pelo meia dúzia. Não arrisca, não tenta algo diferente. O Palmeiras cansa fisicamente, porque ele utiliza apenas 14 ou 15 nomes, no máximo. Isso está claro para mim.

Na defesa, a insistência com Thiago Martins é inexplicável, quando você tem Edu Dracena na reserva. Dracena fará 37 anos, em maio, mas ainda é o melhor zagueiro do Palmeiras. Pode jogar posicionado e bem protegido. Ouvi falar que seu desempenho físico nos treinos não é o ideal, mas ele vem sendo relacionado há mais de cinco jogos.

Emerson Santos veio do Botafogo e foi contratado em setembro. Não foi inscrito no Paulista e ainda não foi testado. Ou ele não tem condições de vestir a camisa do Palmeiras ou é birra do treinador. Só isso. Se o Palmeiras só o contratou para o Corinthians não contratar(existia o acerto encaminhado), também é ruim, porque você incha um grupo e agrega um insatisfeito ao vestiário.

Não demitiria Roger, como alguns defendem. Só que o Palmeiras só fez um jogo muito bom na temporada: contra o São Paulo, na vitória por 2 a 0, no Paulista. E isso é muito pouco. Pode, deve e tem que produzir mais. Cobranças são absolutamente normais no futebol, ainda mais com quem tem o melhor elenco.


Lucas Lima ainda não brilhou no Palmeiras. Time também pode jogar mais
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Alexandre Praetzel

Após o jogo do Palmeiras contra o Boca Juniors, com o empate em 1 a 1, os resultadistas devem estar debatendo que o time somou um ponto e manteve a liderança do grupo com sete pontos em nove disputados, dois à frente do próprio Boca. Numa análise fria, a campanha é boa na Libertadores, pelos números. Mas o Palmeiras pode e deve jogar mais.

Ontem, o Palmeiras não obrigou o goleiro Rossi a nenhuma defesa. E aconteceu a mesma coisa com Cássio. Foi quase inofensivo, ofensivamente. Keno parece um solitário, Dudu corre para todos os lados e Borja decresceu. O meio-campo não tem transição rápida e cria pouco. E aí entra um capítulo especial para Lucas Lima.

O ex-santista foi contratado como a estrela da companhia. Cinco anos de contrato e status de grande reforço. Já disputou 19 jogos e marcou apenas um gol. Pouco para quem tem potencial bem maior. Os torcedores, provavelmente, estavam esperando o Lucas Lima de 2014 e 2015, com ótimos desempenhos pelo Santos. Começou a cair em 2016, e foi muito mal, em 2017. Parece que Lucas Lima cumpre meras formalidades dentro de campo e não vibra, como o esperado. Muitas vezes, se entrega à marcação e não dá ritmo à equipe. Teve uma chance clara contra o Boca, mas a conclusão foi como se fosse um treino de chute a gol. Até agora, não brilhou e teve apenas uma boa atuação, diante do Corinthians, na primeira partida da decisão do Paulista. A continuar assim, perderá a posição para Guerra, sem contar Gustavo Scarpa, que jogou menos e marcou dois gols. Uma ausência na Seleção Brasileira não pode influenciar tanto no rendimento.

Lucas Lima não pode ter lugar cativo. Roger Machado pode ser menos previsível e alternar variações de esquemas. Tem elenco para preencher mais o meio-campo e deixar o time mais competitivo e veloz. Na defesa, Edu Dracena precisa jogar e Emerson Santos virou um mistério. Será que ele não serve, num setor com Antonio Carlos e Thiago Martins?

Há quem diga que Roger trabalha bem no dia a dia. Nos jogos, não vemos evolução. Nos últimos seis confrontos, juntando Paulista e Libertadores, houve um tempo razoável contra o Santos, um bom jogo frente ao Corinthians e uma vitória convincente diante do Alianza Lima.

Agora, tem o Brasileiro. O Palmeiras é um dos quatro melhores, mas precisa provar em campo, para não repetir 2017.


Borja retorna ao Palmeiras. Quem deve sair? Eu escolheria Dudu
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras terá todos os jogadores para a primeira partida contra o Corinthians, na decisão do Paulista. Borja retornou da Seleção da Colômbia e deve ser escalado por Roger Machado. O centroavante não teve atuações brilhantes, mas correspondeu com gols e boa disposição tática. Keno foi bem, na ausência do colombiano, e não merece sair. Foi o principal atacante nos dois jogos diante do Santos. O único a tentar o drible e a vitória pessoal sobre os marcadores. Deu muito trabalho aos defensores santistas e não pode ficar para trás, porque tem menos nome que Dudu e Willian.

Aliás, pela meritocracia, quem deve deixar o time é Dudu. Já falei sobre isso, anteriormente, e ressalto. Dudu foi importante nos títulos da Copa do Brasil e Brasileiro, mas desde 2017, tem jogado pouco. A faixa de capitão parece que o deixou numa zona de conforto, onde pode tudo. É preciso Dudu ser cobrado como os demais. A sua renovação de contrato e o fato de ter recusado uma proposta da China não podem ser justificativas para mantê-lo na equipe. Dudu é bom tecnicamente? Claro que é, mas no momento, tem sido inferior a Keno e Willian.

Lucas Lima também não tem dado a resposta esperada. O desconto é que ele chegou agora, mas pode e deve jogar mais.

Pela lógica da bola e desempenho, eu escalaria o Palmeiras com Jaílson; Marcos Rocha, Antonio Carlos, Edu Dracena e Victor Luís; Felipe Melo, Bruno Henrique e Lucas Lima; Keno, Borja e Willian.


Palmeiras na semifinal. Pura eficiência, camisa e um pouco de sorte
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Alexandre Praetzel

Comentei a vitória do Palmeiras por 3 a 0 sobre o Novorizontino. Para quem não acompanhou o jogo, parece que foi um vareio de bola e um resultado fácil. Não foi assim, pelo contrário. Além da maior qualidade técnica palmeirense, a camisa pesou bastante e a eterna sentença de que se o time pequeno não fizer, o grande vai lá e define o jogo. Houve isso em campo.

Nos primeiros 15 minutos, o Novorizontino teve duas chances claras de gols, acertando a trave e fazendo Jaílson salvar uma bola com o “olho”. Goleiro e time bom precisam ter sorte. E tiveram. O Palmeiras “entrou” na partida, lá pelos 20 minutos, com o pênalti bem marcado a seu favor e convertido por Dudu. Em seguida, Willian poderia ter aumentado o placar, mas parou no goleiro Oliveira. Uma primeira etapa equilibrada, onde o pênalti deixou o Verdão em vantagem.

No segundo tempo, início igual. Novorizontino pressionando e mais duas oportunidades desperdiçadas. O Palmeiras respondeu com Willian perdendo de novo, na frente de Oliveira. Roger Machado resolveu mexer e mexeu bem. Lucas Lima e Borja saíram para as entradas de Guerra e Keno. O Palmeiras melhorou a transição do meio para o ataque, mas também cometeu erros de posicionamentos defensivos. O jogo era morno até Marcos Rocha lançar e Willian contar com a falha de Oliveira, para fazer 2 a 0 e liquidar o confronto, aos 31 minutos. O Novorizontino cansou e deu espaços, bem aproveitados para o Palmeiras fechar a conta com Keno, aos 43 minutos.

Resultado gigantesco, que coloca o Palmeiras na semifinal, apesar do segundo confronto, no Allianz Parque. Sem desrespeito ao time bem treinado por Doriva, mas o Novorizontino não conseguirá devolver o escore. Apenas, por uma razão. O Palmeiras é muito superior e, provavelmente, vencerá novamente.


Palmeiras é favorito, mas dois pontos em 12 foi uma surpresa no Paulista
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Alexandre Praetzel

Acredito que o Palmeiras é o time a ser batido na temporada. Já escrevi sobre isso e acrescentei também que é o Clube, sem dúvida. Tudo pelos investimentos no elenco e na estrutura, além dos ganhos com o Allianz Parque, distantes dos rivais. A bola começou a rolar e o Palmeiras chegou a 18 pontos, com seis vitórias consecutivas no Paulista, confirmando sua superioridade, mesmo que não tenha feito grandes atuações. Só que nos quatro jogos seguintes, foram dois empates e duas derrotas. Óbvio que o time ainda vive situação cômoda na pontuação e está classificado para as quartas-de-final. Só que permitiu as aproximações de Santos e Corinthians, no cômputo geral. No resultadismo, o Palmeiras surpreendeu com esses quatro tropeços, empatando com o Linense e perdendo para o São Caetano, dentro de casa. A vitória na Libertadores foi ótima, mas até o segundo jogo em abril, o foco será no Paulista.

Penso que não existe hora boa para perder. O futebol profissional exige vitórias e busca por objetivos, diariamente. Nas quatro últimas partidas, só houve reservas diante do São Caetano. Será que houve relaxamento? O elenco não é tão bom assim? Duas perguntas que surgiram, seguidamente. Nem uma coisa, nem outra. O Estadual permite algumas derrotas. O importante é saber por que. O clássico contra o Corinthians mostrou uma evidente falta de atitude e inferioridade tática, frente a um rival com a faca nos dentes. Os empates para Linense e Ponte Preta tiveram atuações regulares, sem a eficiência habitual, e a derrota para o São Caetano apresentou uma formação mal escolhida por Roger Machado, aliada a maus desempenhos de nomes de qualidade.

Sem desastrômetro, mas com debate, sem dúvida. Não é plausível que o Palmeiras, com tudo que montou e com tudo que tem, some apenas dois pontos em 12 disputados num campeonato comum, tecnicamente. O mata-mata é outro torneio e o Palmeiras foi impactado pela Ponte Preta, nas semifinais de 2016. O Palmeiras é favorito ao título? Penso que sim. Mas tem que provar em campo. Sempre.


Estreia do Palmeiras precisa ser rotina. Resultado ótimo com boa atuação
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras deu a resposta esperada pela diretoria e torcida, na estreia da Libertadores da América. Fez 3 a 0 no Junior de Barranquilha, sem grandes sustos e fazendo um segundo tempo melhor que o primeiro. A atitude ausente no Dérbi, foi retomada desta vez.

Roger Machado fez as duas mudanças previstas com Victor Luiz na lateral-esquerda e Bruno Henrique no lugar de Tchê Tchê, no meio-campo, ao invés de Guerra no lugar de Willian, como o blog havia informado. O Palmeiras já ficou em vantagem numérica com a expulsão de Germán Gutiérrez por falta violenta em Bruno Henrique, aos nove minutos. Ainda assim, o Junior foi perigoso com um jogador a menos em boa parte da primeira etapa. O Junior deu espaços generosos para o Verdão, que demorou para aproveitá-los, até abrir o placar com o próprio Bruno Henrique, em passe de Dudu. Se fosse mais incisivo e tocasse mais a bola, o Palmeiras poderia ter ido para o intervalo com um escore maior. Passos por alguns sustos desnecessários.

No segundo tempo, o Palmeiras acelerou o jogo, aumentando a transição defesa-meio-ataque para confirmar a vitória. Borja fez um bonito gol com precisão e bom posicionamento. O Junior se atirou para a frente e deu campo ao Palmeiras, que aproveitou. Guerra entrou no lugar do ansioso Lucas Lima e deu o passe para Bruno Henrique fechar a conta. Thiago Santos ainda perdeu um gol incrível e o Junior teve um pênalti discutível, desperdiçado por Alves. Resultado maravilhoso com um bom desempenho. Está claro que se o Palmeiras tiver foco, a qualidade pode fazer a diferença. Não há desculpas para a equipe ter sido tão letárgica diante do Corinthians. O confronto de Barranquilha precisa ser a rotina.

O blog destacou as notas dos jogadores do Palmeiras.

Jaílson – Todas que foram no gol, ele pegou. Nota 7,5.

Marcos Rocha – Bem atrás e na frente. Não fez pênalti marcado pelo árbitro. Nota 6,5.

Antonio Carlos – Bastante exigido no início. Atuação normal. Nota 6. 

Thiago Martins – Do mesmo nível do companheiro. Nota 6.

Victor Luís – Muito melhor que Michel Bastos. Seguro atrás e ajudando no apoio. Nota 6,5.

Felipe Melo – Posicionado e carimbando a bola. Tranquilo. Nota 6. 

Bruno Henrique – A boa escolha de Roger. O melhor em campo. Dois gols e presença constante. Nota 8.

Lucas Lima – Ansioso e afobado. Pode jogar bem mais. Nota 5. 

Dudu – Reagiu bem, depois da apatia e destempero no clássico. Nota 6. 

Borja – Brigador e competitivo. Fez um bonito gol. Nota 7.

Willian – Correu muito, mas apareceu pouco com a bola. Nota 5,5. 

Guerra – Em poucos minutos, fez mais que Lucas Lima. Deu passe para um gol. Nota 6,5.

Thiago Santos – Entrou para segurar a vitória e perdeu um gol incrível. Nota 5,5.

Roger Machado – Teve estrela com Bruno Henrique e acertou com Victor Luís. Boas substituições. Nota 7.

O Palmeiras somou três pontos contra um de Boca Juniors e Alianza-PER, que empataram em 0 a 0. O próximo jogo do Palmeiras será contra o Alianza, dia 03 de abril, no Allianz Parque.


É hora de Dudu ir para a reserva do Palmeiras
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras tem elenco para mudar a forma de jogar e dar oportunidades a outros jogadores. Alguns titulares não estão rendendo o esperado. E o principal deles é Dudu. O atacante marcou dois gols em nove jogos, em 2018, mas não está jogando bem. Pelo contrário, tem se mostrado aéreo e pouco competitivo, dentro de campo. Ninguém discute que Dudu tem qualidade técnica e é importante para a equipe. Agora, o fato dele ter recusado uma proposta milionária da China para permanecer no Palmeiras, não pode lhe garantir um lugar cativo.

Para piorar, Dudu recebeu a faixa de capitão e não consegue ser um exemplo de liderança, em nenhum instante. O capitão precisa ser um “porto seguro” para os demais companheiros e saber administrar as dificuldades, também. No sábado, Dudu foi patético ao sugerir um abandono da equipe, depois de o árbitro Raphael Claus ter marcado o primeiro pênalti contra o Palmeiras. Como alguém em sã consciência pode ter uma atitude infantil num jogo de futebol profissional? Isso já basta para perder o posto.

Dudu tem 26 anos e está indo para o quarto ano de Palmeiras. Já fez 166 partidas com 43 gols computados. Criou uma identificação com clube e torcida, mas pode ir para a reserva, sem nenhum problema. Me parece que Roger Machado hesita em tomar essa atitude, pelo tamanho que Dudu alcançou no Palmeiras.

Por coerência, Dudu não merece estar entre os 11. Roger pode substituí-lo por Keno, Scarpa ou Guerra, deixando Willian e Borja, com melhores atuações nas últimas partidas. A estreia na Libertadores pode ser um bom motivo, também para deixar claro que Dudu é igual aos outros. Nome não pode escalar ninguém. Num grupo com várias alternativas, quem está melhor, deve jogar.

É o que eu penso.

 


A hipocrisia dos treinadores. “Solidariedade” não condiz com a realidade
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Alexandre Praetzel

A demissão de Oswaldo de Oliveira do Atlético-MG gerou protestos e solidariedade por parte de outros treinadores. A maioria pediu que se repensem algumas coisas e debatam o melhor para todos os envolvidos com o futebol. Roger Machado pediu a palavra para encampar esse discurso. Mano Menezes seguiu no mesmo tom. E Paulo Roberto Santos, técnico do São Bento, fez um minuto de silêncio em homenagem a Oswaldo, antes de conceder sua entrevista coletiva, na última sexta-feira.

Gestos bonitos e palavras interessantes, que fogem da realidade do mercado. Os próprios criaram uma Federação Nacional da categoria para defender seus interesses, mas são eles mesmos que se traem com a verdade dos fatos.

Se não, vejamos. Quando algum companheiro é dispensado, existem centenas de candidatos prontos para ocupar o lugar vago. Não é nem preciso ligar para a maioria, eles mesmos se oferecem. Alguns fazem contatos, quando existe a ameaça de demissão de um time. Perguntem aos dirigentes se isso não acontece.

E quando o profissional deixa a equipe no início ou meio de trabalho, para assumir outro Clube que ofereceu um pouco mais de dinheiro ou um contrato maior? Aí é situação de mercado, eles dizem.

Tenho o maior respeito pelos técnicos e convivo com muitos, pela minha função. Mas a classe é desunida, como a maioria que trabalha no futebol, incluindo a imprensa. Um cobiça o cargo do outro. Alguns se odeiam cordialmente e cada um defende o seu. Essa é a realidade nua e crua.

Por que não se solidarizaram com Rogério Ceni, quando ele caiu no São Paulo? Ou agora, com Felipe Conceição, limado do Botafogo? Ah, esses são muito jovens e ainda estão começando, dirão alguns.

Qualquer um que tenha berrado pela saída de Oswaldo, gostaria de assumir o Atlético-MG. Assim, como Dorival Jr. foi convidado e aceitou o São Paulo e outro virá para pegar o Botafogo. Isso é normal, como em outras funções. O que não dá é pregar uma coisa e fazer outra.

Menos discurso, mais postura profissional. E respeito ao convívio com o contraditório. Penso dessa forma.


Auxiliar de Roger chega do Cruzeiro para o Palmeiras. Elenco é elogiado
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Alexandre Praetzel

O novo auxiliar-técnico do Palmeiras vem do Cruzeiro. James Freitas foi convidado por Roger e aceitou. Está na comissão técnica de Mano Menezes e se integra ao Verdão, em 2018. James trabalhou com Roger no Grêmio, em 2015 e 2016. Passou também por Inter, Juventude, Luverdense-MT e Guarany do Paraguai. O blog conversou com James, sobre a vinda dele para o Palmeiras. Acompanhem.

Como será o desafio de trabalhar no Palmeiras?

Será ótimo. Muito orgulhoso do convite do Roger e de trabalhar num clube vencedor como o Palmeiras.

O estilo de Roger combina com a origem do Palmeiras de mais toque de bola?

Sim. O Palmeiras sempre foi um time de futebol bem jogado. Tudo a ver com o estilo e filosofia do Roger.

Esperas enfrentar mais pressão que Grêmio e Cruzeiro?

Acredito que a pressão seja parecida. Cruzeiro e Grêmio sempre entram em campo com pressão por vitórias e conquistas de títulos.

Como defines o elenco do Palmeiras?

O elenco é bom. Tem jogadores de bom nível técnico.

És a favor do aproveitamento da base? Palmeiras chegou a todas as decisões de categorias.

Esse é um assunto de política interna. Não tenho conhecimento do planejamento estratégico do clube.

Há muita diferença em trabalhar com Mano Menezes e Roger?

São ótimos técnicos, com visões parecidas em alguns aspectos e diferentes em outros. Aprendi muito com ambos. São técnicos de primeira linha do futebol brasileiro, profissionais muito capacitados. Podem dirigir equipes em qualquer lugar do mundo.

James está com 49 anos. Além dele, Roger Machado terá Roberto Ribas como outro auxiliar. O preparador físico também pode mudar. Omar Feitosa ainda não tem permanência garantida com a nova comissão técnica.


Roger pediu garantias e Palmeiras aceitou. Paulista não será obrigação
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Alexandre Praetzel

Roger Machado será o treinador do Palmeiras, em 2018. Será o quinto clube que ele vai comandar. Passou por Juventude, Novo Hamburgo, Grêmio e Atlético-MG. O melhor trabalho foi no Grêmio, mesmo sem títulos. No Galo, foi campeão mineiro, mas em nenhum momento o time deslanchou. Acabou dispensado e substituído por Rogério Micale, outro que sucumbiu à má temporada.

Roger pediu um contrato de dois anos e garantias de que não será demitido, em caso de fracasso no Campeonato Paulista. Ele não pretende sofrer como Eduardo Baptista, demitido depois de cair para a Ponte Preta, nas semifinais do Estadual. A diretoria prometeu que o Estadual não será levado em consideração, caso não haja título, e determinou um ano de contrato. Resta saber se esse acordo será cumprido à risca, com a cultura resultadista do futebol brasileiro.

Convivi com Roger, quando ele foi jogador do Grêmio. Foram dez anos de 1994 a 2003. Sempre foi um atleta exemplar e vitorioso. Personalidade forte, não gostava muito de conceder entrevistas para mim, por causa das perguntas mais incisivas. Exercia uma liderança silenciosa e dificilmente desfalcava o time. Fez 207 partidas pelo time tricolor e ganhou Libertadores, Recopa Sul-Americana, Gaúcho, Copa do Brasil e Brasileiro. Aos 42 anos, tem capacidade para repetir a mesma trajetória na boca do túnel.

Agora, viverá a pressão de agradar a uma das mais exigentes torcidas da América do Sul. Costumo dizer que técnico sem muita bagagem e lastro, não consegue aguentar o Palmeiras. Tomara que Roger consiga tempo para implantar o mínimo do que ele acha ser o ideal. No Grêmio, muito toque de bola, velocidade e movimentação. Há quem diga, que o Grêmio de Renato tem muito de Roger. Façam suas avaliações. O certo é que o Palmeiras tem elenco para atuar com a bola no chão, envolvendo os adversários. Isso não foi possível em 2017. A conferir com uma nova metodologia.

PS: A assessoria de imprensa do Palmeiras entrou em contato com o blog para esclarecer que:

A contratação do técnico Roger Machado foi feita para implantarmos uma filosofia moderna de trabalho. Desta forma, ele terá o tempo suficiente para desenvolver seus métodos. Ao mesmo tempo, o Palmeiras entrará em todas as competições para vencer. Os objetivos sempre serão no caminho de conquistar os títulos e o Campeonato Paulista é o primeiro que iremos dedicar todo esforço para sairmos campeões.