Blog do Praetzel

Lucas Lima ainda não brilhou no Palmeiras. Time também pode jogar mais

Alexandre Praetzel

Após o jogo do Palmeiras contra o Boca Juniors, com o empate em 1 a 1, os resultadistas devem estar debatendo que o time somou um ponto e manteve a liderança do grupo com sete pontos em nove disputados, dois à frente do próprio Boca. Numa análise fria, a campanha é boa na Libertadores, pelos números. Mas o Palmeiras pode e deve jogar mais.

Ontem, o Palmeiras não obrigou o goleiro Rossi a nenhuma defesa. E aconteceu a mesma coisa com Cássio. Foi quase inofensivo, ofensivamente. Keno parece um solitário, Dudu corre para todos os lados e Borja decresceu. O meio-campo não tem transição rápida e cria pouco. E aí entra um capítulo especial para Lucas Lima.

O ex-santista foi contratado como a estrela da companhia. Cinco anos de contrato e status de grande reforço. Já disputou 19 jogos e marcou apenas um gol. Pouco para quem tem potencial bem maior. Os torcedores, provavelmente, estavam esperando o Lucas Lima de 2014 e 2015, com ótimos desempenhos pelo Santos. Começou a cair em 2016, e foi muito mal, em 2017. Parece que Lucas Lima cumpre meras formalidades dentro de campo e não vibra, como o esperado. Muitas vezes, se entrega à marcação e não dá ritmo à equipe. Teve uma chance clara contra o Boca, mas a conclusão foi como se fosse um treino de chute a gol. Até agora, não brilhou e teve apenas uma boa atuação, diante do Corinthians, na primeira partida da decisão do Paulista. A continuar assim, perderá a posição para Guerra, sem contar Gustavo Scarpa, que jogou menos e marcou dois gols. Uma ausência na Seleção Brasileira não pode influenciar tanto no rendimento.

Lucas Lima não pode ter lugar cativo. Roger Machado pode ser menos previsível e alternar variações de esquemas. Tem elenco para preencher mais o meio-campo e deixar o time mais competitivo e veloz. Na defesa, Edu Dracena precisa jogar e Emerson Santos virou um mistério. Será que ele não serve, num setor com Antonio Carlos e Thiago Martins?

Há quem diga que Roger trabalha bem no dia a dia. Nos jogos, não vemos evolução. Nos últimos seis confrontos, juntando Paulista e Libertadores, houve um tempo razoável contra o Santos, um bom jogo frente ao Corinthians e uma vitória convincente diante do Alianza Lima.

Agora, tem o Brasileiro. O Palmeiras é um dos quatro melhores, mas precisa provar em campo, para não repetir 2017.