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Arquivo : Marco Aurélio Cunha

M.A.Cunha defende Ceni, sequência para Renan e nega dívida do tricolor
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Alexandre Praetzel

A eleição à presidência do São Paulo será em abril, mas os bastidores já estão agitados. A última de alguns conselheiros e integrantes da oposição é de que o presidente Leco não havia pago Marco Aurélio Cunha pelos serviços prestados em 2016 e que estaria pedindo para o ex-superintendente abrir mão dos pagamentos. O blog conversou com Marco Aurélio Cunha, que negou a dívida e revelou que está tudo acertado, apoiando a reeleição de Leco e elogiando o início de trabalho de Rogério Ceni. Confira abaixo.

O São Paulo lhe deve algo ou pediu para o Sr. abrir mão dos pagamentos de 2016?

“Não. Foi tudo acertado em fevereiro. Isso nunca existiu. Em época de eleição, costumam surgir coisas do nada”.

O que estás achando do início do trabalho de Rogério Ceni? 

“Primeiro, acho que a escolha do Rogério foi excelente porque já tem história e é figura muito forte no clube. Dificilmente seria contestado por jogadores e torcida. Dá oportunidades a todos de jogar num campeonato onde a classificação é fundamental. Faz com que todos sejam compromissados e sem reclamações sobre falta de utilização. Moderno, sereno, muito forte, veio para ser um grande treinador. Está fazendo esta parte inicial muito bem feita”.

São Paulo não tem goleiros à altura do time?

“Eu acho que isso não é bem verdade. Tem três goleiros, sem fixar algum. Denis não teve sorte. Faz grandes defesas, toma gols incríveis em chutes absurdos e a conta dele está mais pesada do qualquer outro. Renan teve acidentes na mão, lesão muscular e o Sidão jogou pouco. Eu diria que o Renan deve ter oportunidades e o outro melhor vai ser suplente. Se der chance a Renan, pode ter um goleiro. A cobrança pós Rogério Ceni é muito cruel”.

Quem apoias na eleição à presidência?

“Apoio Leco. Pegou uma situação muito negativa e com serenidade está revertendo, sem protagonismo, nenhum falatório. As mudanças são notórias. A parte financeira está bem ajustada. Saiu da fase de escândalos. Merece continuar. Mudanças radicais agora só vão atrapalhar. Começam a aparecer coisas paralelas de alguém que seja uma solução e depois vai embora a hora que quer. Prefiro uma gestão mais conservadora com a tradição do São Paulo do que pirotecnias. Temos que nos adequar a coisas mais novas, mas sem surtos de loucura”.

Marco Aurélio Cunha trabalhou no São Paulo até o final de janeiro, retornando ao cargo de diretor de futebol feminino da CBF. Foi chamado num momento delicado do time, quando havia até ameaça de rebaixamento para a Série B.

 

 


Marco Aurélio Cunha vê Ceni pronto para o sucesso e reeleição de Leco
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Alexandre Praetzel

Marco Aurélio Cunha deixará o São Paulo, após a disputa da Flórida Cup, em janeiro. O dirigente vai se dedicar ao trabalho no futebol feminino da CBF. Em entrevista exclusiva ao blog, Marco Aurélio projeta 2017, vê Rogério Ceni pronto para ter sucesso e acredita que Leco mereça ser reeleito na presidência do clube. Acompanhe abaixo.

Projeção para 2017

“Eu acho que o São Paulo vai abrir uma janela de oportunidades. Muito se falava no passado, Muricy não dava muita atenção à base, mas era time tricampeão brasileiro. Sempre digo, quando um time é campeão, tem uma placa na porta: não há vagas. Quando um time tem posições ruins no campeonatos ou sofre muito, muda a placa: há vagas. Então, se você tiver além das vagas, jogadores competentes, certamente você vai saber desfrutar disso. Ninguém promove a base por decreto, não é lei. Você promove quando tem elementos suficientes para isso. São Paulo teve três grandes gerações de jogadores da base, que antecederam esta. Foi lá em 84 com os “Menudos do Morumbi” com Silas, Muller, Sídnei, Vizolli, Manu, uma série de jogadores, uns com maior projeção, outros com menor, mas que vieram todos juntos, Nelsinho já tinha subido, Márcio Araújo, enfim, era um time de muito menino bom. Depois em 93, 94, Juninho Paulista, Caio, Edmílson, Denílson, próprio Rogério Ceni veio desta turma, uma nova geração virtuosa. Veio 2002 com Júlio Batista, Kaká, Fábio Simplício, Alexandre, Jean, também com muito destaque, lateral-direito Gabriel, também muito boa. E essa agora, 14 anos depois, é a melhor geração que o São Paulo já teve ou terá até o próximo ciclo com David Neres, Lucas Fernandes, Pedro, Luiz Araújo, Artur, Tormena, zagueiros da Sub-18, temos o Lucão, que ainda a torcida reclama, mas para mim é um dos melhores zagueiros do São Paulo. Tem o lateral-esquerdo Júnior, muito bom, que veio do Grêmio. Tem o Foguete, Auro. Nós temos uma porção de jogadores bons, que eu acredito muito, que junto com alguns protagonistas, tem agora o Wellington Nem para dar uma força maior. Temos alguns orientadores como o Lugano, pelo menos por mais seis meses. Sidão como goleiro que vem agora. Há mais duas ou três contratações que serão feitas. Tem uma defesa também com Rodrigo Caio, de uma geração importante. Eu acho que é um São Paulo novo, que vai ter altos e baixos, mas depois se consolida”.

Saída do São Paulo

“Eu não permaneço. Esse ano é um ano difícil. Eu quero ter uma isenção importante neste período de eleições porque eu não quero ser alvo de qualquer tipo de ambiente hostil. Eu tenho lá meu compromisso com a CBF, que foram 90 dias de licença. Até vou à Flórida Cup, vou estar de férias, passar por lá, vou ajudar o Rogério de alguma maneira, neste começo, mas assim de gosto. Mas não devo continuar porque essas eleições de abril podem trazer novos rumos ao São Paulo ou o próprio presidente Leco seguir, mas o futuro dirá. Neste momento, minha missão no São Paulo termina. Eu continuo ajudando neste final de ano com contratações, conversando com a diretoria para que possa dar continuidade nestes três meses. Em janeiro, tem a Flórida Cup e a pré-temporada e no dia 20, eu já volto à CBF”.

Rogério Ceni

“Eu acho que é um ponto de interrogação porque é tudo novo. Ele sabe que é novo, eu sei que é novo. Agora, é uma interrogação com uma resposta quase pronta de sucesso. Qualquer treinador que pudesse vir ao São Paulo neste momento, não conheceria profissionais e jogadores da base, o que foi feito no clube, a história, a política do clube, o bem-estar. Então, esse tempo de adaptação que um treinador teria, como foram os estrangeiros, que Osório veio, foi bem, foi mal, foi embora. Bauza veio, fez uma Libertadores de guerreiro, chegando nas semifinais, um resultado extremamente meritório, mas não sobrou muita coisa. Foi embora também, toda programação foi deixada de lado pela escolha muito justa dele da sua seleção. Mas o São Paulo ficou à deriva depois destes dois treinadores saírem para duas seleções internacionais, de relevo, foram dirigir México e Argentina. A gente teve que se reestruturar. Veio o Ricardo Gomes, tentando fazer isso. Eu acho que ele ajudou muito, as pessoas não têm noção de quanto o Ricardo ajudou, embora tivesse uma rejeição de torcida muito grande. Ele pegou o São Paulo com seis jogadores negociados de meio e ataque. Ganso, Calleri terminou o contrato, Kardec foi vendido, Centurión foi para o Boca, Kiesa foi negociado e o Rogério foi para o Sport. Então, são seis jogadores do meio para a frente. O São Paulo teve uma ótima zaga, que garantiu entre as melhores zagas do campeonato e um ataque razoável, até porquê, Cueva se afirmou no final, todo estrangeiro demora para pegar. Buffarini também, agora está jogando bem. O próprio Chavez, de altos e baixos, é um cara que fez gols, joga bem pelo lado esquerdo. Demorou para a substituição fazer frente a sua necessidade. Isso incomodou muito o trabalho do Ricardo, não deu para ele ligar o trabalho como deveria. No final, a gente entendeu que precisava de uma mudança radical, de nível mesmo, de conhecimento do São Paulo, de ser uma pessoa que está com toda vocação disposta a trabalhar pelo São Paulo. Tem o sonho, a fantasia, responsabilidade. Então, eu acho que isso é algo muito maior que só um técnico, Um treinador que viesse, viria como todos os outros. Vim, vi, passei e fui. Esse não. Esse tem o que dizer. tem o porquê ficar, lutar pelo clube, é a história dele que está em jogo. Isso para nós vai ser um benefício”.

Presidente do São Paulo um dia

“Não tenho mais ideia fixa, não. Eu só seria presidente do São Paulo numa situação de que as pessoas entendessem, que pudessem juntar todas as linhas correntes políticas do São Paulo. Todos participassem, todos tivessem, fazer uma seleção dos melhores. Claro que há muitos bons, não caberia todos, mas que fosse uma seleção mesmo qualitativa para compor uma diretoria. O melhor jurista, melhor economista, professor, enfim, e aí fazer uma gestão. Eu não vou brigar com meus amigos por conta de posto. Ser vaidoso, se eu não for presidente, minha história não se conclui. Bobagem, minha história está feita. Eu continuarei ajudando o São Paulo, qualquer que seja o presidente, se precisar de mim, irei lá colaborar da forma como for possível. Não tenho a vaidade de ser, teria talvez o gosto por conta de uma união dos melhores. Agora, se ficar essa guerrinha interna, entre ala A, B, C e querendo arrumar algum nome, com dificuldade para encontrar e que não conhece futebol, a maioria não conhece. Então, eu fico preocupado com o São Paulo, mas eu vou apoiar qualquer um que tiver lá”.

Modelo de gestão faliu

“É injusto falar que está falido porque este modelo fez clubes serem centenários. Eu acho que ele está em extinção, aí sim. Porque falido se ele tivesse quebrado, clubes alguns sim. Mas quais são as empresas que são centenárias no país? Vejo quebrar bancos, grandes magazines, conglomerados financeiros, lojas de automóveis famosas e o futebol continua íntegro. Talvez porque o futebol seja visto como uma Santa Casa, pode dever quanto for que aparece alguém, põe dinheiro, ressuscita, tem um sentimento quase pátrio, talvez até maior. Então, isso sustenta o futebol. Agora, se ele fosse gerido com competência administrativa, mais frieza, menos rancor entre os clubes. Você vê as Ligas, O pessoal critica a CBF, tenho vivido a CBF, acho que ela evoluiu profundamente tecnicamente neste período todo, com pessoas bem colocadas lá em lugares estratégicos como competições, a parte de programação dos clubes, licenciamento, registro, acho que tem sido um trabalho bom. O clube não consegue fazer uma Liga. Faz uma Liga, não sabe nem que tem que arrumar bola para a Liga. Isso eu ouvi. Então, as Ligas não têm relação entre um clube e outro é péssima. O clube A não fala com o B. Como é que eles vão dominar uma Liga, impressionante. É amador. A relação é muito mais conflituosa do que assertivas. Tem que ter uma entidade que seja moderna, como tem a CBF, que administre essa coisas que os clubes não sabem. O clube está realmente mal administrado. O Flamengo tem um momento bom de reconstrução, presidente Bandeira de Mello tem trabalhado muito bem, tenho acompanhado lá no Rio. Fluminense tenta também melhorar, mas você gigantes como o Inter cair, o São Paulo que passou apertado, não vou tirar da relação, não de descenso, mas de risco. Dos 20 clubes que disputam a Série A, só quatro que nunca estiveram na Série B. Como pode essa oscilação? É por que o futebol é bem gerido ou mal gerido em relações temporais? Acho que é mais porque é mal gerido. Têm grandes picos e depois grandes derrocadas. Isso não é uma linha contínua de trabalho. A gestão de clube tem que ser aprimorada. Quando se fala em profissionalismo também, não é colocar o gerente da empresa lá, que nunca viu futebol, é outro caminho no futebol e agora fala que vai tomar conta das contas e não pode gastar aquilo, isso. Não é assim. Futebol tem toda uma simbologia. Tem que ter alguém que conheça futebol, gerido com critério de não mandar o cara embora porque a torcida pediu. Não mandar o técnico embora porque pediram. Conservar aquilo que é bem feito, estimular boas práticas. Se a gente conseguir isso, o futebol melhora muito. Acho que a gestão está em extinção”.

Leco merece ser reeleito

“Pelo sofrimento que ele passou e pelo que ele pegou, até acredito que sim. É óbvio que há também outros grupos lutando pela posição e que poderão ter direito a mudar o São Paulo. Eu acho que as mudanças radicais só pioram. São Paulo precisa conciliar para fazer uma gestão de todos para poder prosseguir com Leco, com outro, mas uma gestão de todos. Essa gestão de briga de faca que parece ser elegante no São Paulo, mas no íntimo não é, eu acho que não é boa”.

Reforços

“Eu acho que pelo menos mais dois ou três. Mas bons, não aquela porção de jogadores medianos, que passaram por aqui, por ali, por lá e que de repente fizeram um ano com pico de performance, aí vem o sujeito oferecer ao São Paulo por uma fortuna por esse pico. Eu discuto muito isso lá e com o Rogério já conversei com ele. Rogério é muito perceptivo nisso. Eu acho que o São Paulo, com cinco jogadores que foram do ano passado para cá e com os meninos, monta um time competitivo”.

Michel Bastos não deu certo

“Ele deu certo até a Libertadores. Deixou de dar, depois, porque a torcida é exigente. Ele talvez não tenha sabido se comportar com essa exigência. Teve uma postura de conflito com o torcedor, comprou uma briga tola, que é a briga que todo jogador deve evitar. É que nem internet. O cara te xinga, enquanto tem centenas de boas pessoas falando com você. Se você replicar o xingamento, você é alguém, ele não. Ele repercute isso como se você fosse o pior cara do mundo. Você não tem o direito de rebater nem uma ofensa no futebol. Você tem que ficar quieto e ir embora porque ela repercute cada vez mais se você rebater. Então, é burrice rebater torcedor. Deixa que no dia seguinte, ele está na porta pedindo um autógrafo ou uma camisa do próprio jogador. Então, talvez essa falta de discernimento e tranquilidade, tenha feito com que ele tivesse criado esses atritos e talvez até se desestimulado a jogar pelo São Paulo. A invasão do CT também foi ridícula. Não é possível que alguém que goste do clube, faça aquilo, desmoralizar sua casa. Invadir o CT é bater na mãe. Não é possível que alguém bata na mãe porque ela tem qualquer culpa”.

Michel Bastos no Palmeiras

“Não ouvi nada sobre isso. Rumor sim. Coisa oficial, não. Então, não sei. Honestamente, não sei o que vai ser do Michel Bastos. Nós temos uma proposta encaminhada com ele. Alguns clubes falaram, mas ninguém fortemente veio falar sobre isso. Vamos ver. Ainda temos uma tratativa a fazer com seu empresário”.

Time sem alma

“Eu acho que o excesso de títulos faz com que a torcida fique extremamente exigente e o jogador um pouco acomodado. O clima é de muita tranquilidade, muito oba-oba, todo mundo feliz, a porta cheia de torcedor pedindo autógrafo. Isso talvez tire do atleta que não é um profissional 100%, que não tenha aquele rigor que o Lugano tem, o Rogério tem, o Mineiro tem, se contente com aquela superficialidade. Aí, quando a coisa começa a apertar e apertar feio, ele começa a reagir contra, como se aquilo fosse uma agressão e não uma cobrança. A cobrança tem que existir, tem que ter nível, critério, ser correta. Agora, quando ela passa a ser agressiva, obviamente, perde o efeito e o jogador começa a ficar acuado. Então, na verdade clube grande é para jogador de personalidade grande. Personalidade pequena não combina com time grande”.

Rodrigo Caio e João Schimit

“Para o meu gosto, permanecerão. Eu tenho brigado com o João de forma afetuosa. Tenho mostrado para ele que ele pode sair do São Paulo para um grande clube do exterior como foi o Hernanes e não com uma mochila, procurando um clube, pegando um clube periférico da Europa. Rico ele vai ficar, dinheiro ele vai ganhar porque ele é bom. Agora, pode sair numa situação melhor. É aquela história. Eu estudo mais um ano e entro na melhor universidade. Deixo de estudar um ano e entro numa piorzinha. Essa análise que faço com ele de pai para filho. Mas ele passou por coisas no São Paulo, foi emprestado, teve qualquer ressentimento pela forma como foi administrado, eu diria não tratado e ele tem essa visão de sair. O Rodrigo quer ficar. Eu já propus para ele um aumento de salário e se houver uma proposta dessas que vêm e levam, não há o que fazer”.

São Paulo em relação aos rivais

“Eu acho que são ciclos. Não acho que eu abro o ano inferior ao Corinthians. Ao Santos, talvez, que fez um vice-campeonato. Acho que podemos dizer que estamos inferiores ao Palmeiras e Corinthians, pontualmente. Acabou o ano e já começa a briga com todo mundo zero a zero, os conflitos, o campeão quer ser campeão de novo e se não for, já começa a achar ruim. Então, o futebol é sempre o mesmo. São ciclos, momentos de glória de um mais enfraquecimento de outro. O importante é que essa alternância de poderes está mantendo os quatro clubes de São Paulo em alto nível. O São Paulo um pouco abaixo por colocações. Engraçado, falam que eu sou décimo, nunca fiquei na zona de rebaixamento, mas que nós ficamos ali por perto, mas ninguém lembra que é o quarto da América. Então, qual que escolho: quarto da América ou décimo do Brasileiro. Veja como é pontual. Até julho, nós estávamos para disputar uma final de Libertadores. Em dezembro, passamos por risco e terminamos em décimo lugar. É futebol. Não sei qual o parâmetro que eu sigo”.

O São Paulo se reapresenta no início de janeiro. Até o momento, foram contratados os atacantes Wellington Nem do Shaktar Donetsk da Ucrânia e Neílton do Cruzeiro, na troca pelo volante Hudson.


Marco Aurélio Cunha diz que não sabe se fica no São Paulo em 2017
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Alexandre Praetzel

Marco Aurélio Cunha ainda não decidiu se vai permanecer no São Paulo, em 2017. O superintendente de futebol está licenciado da CBF e pretende definir seu futuro, após o campeonato brasileiro.

Em conversa com o blog, Marco Aurélio entende que é um assunto complexo. “Sinceramente, não sei. A CBF diz para eu voltar e vou conversar. Tem ainda a questão das eleições no São Paulo”, afirmou.

No mês de abril de 2017, o São Paulo terá a escolha do próximo presidente para o triênio 17/18/19, prazo da nova gestão com a aprovação do novo estatuto . O presidente Leco é candidato à reeleição e defensor da continuidade de Marco Aurélio, na diretoria.

Marco Aurélio é coordenador das seleções femininas e participou da contratação da técnica Emily Lima. No São Paulo, encaminhou a contratação do atacante Wellington Nem e escolheu o local da pré-temporada tricolor, na Flórida, em janeiro.


Marco A. Cunha: “Nem dará poder de decisão ao SP, junto com os meninos”
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Alexandre Praetzel

O São Paulo pretende contratar mais reforços, depois do anúncio da chegada de Wellington Nem. O plano é buscar jogadores do meio para a frente, aumentando a criação de jogadas e a velocidade do time. O foco em Wellington Nem foi exatamente esse. O blog conversou com o superintendente tricolor, Marco Aurélio Cunha, a respeito do atleta.

“Para mim, é um jogador que decide com dribles e velocidade. São Paulo era um time lento. Com os meninos e ele, teremos o contra-ataque, a velocidade e o poder de decisão. Com mais um meia e um centroavante, ficaremos bem para alavancar os garotos”, afirmou, de Orlando na Flórida, onde observa instalações para a pré-temporada do São Paulo, em janeiro de 2017.

A vinda de Wellington Nem foi definida rapidamente, com o São Paulo surpreendendo a todos, pelos altos custos divulgados, anteriormente. Marco Aurélio revelou como foi a transação. “Foi cuidadosa, em sigilo entre todos da diretoria, sempre com todas as informações fechadas entre nós. Enviamos um emissário nosso e a realização do negócio foi concretizada. O presidente sendo informado em cada passo e confirmando a negociação, conduzida por lá. Não foi simples. O atleta ajudou bastante porque queria jogar no São Paulo e seus empresários foram muito influentes e profissionais”, ressaltou.

Wellington Nem está com 24 anos. Despontou no Fluminense, onde foi campeão carioca e brasileiro, em 2012. Foi bem no Figueirense, emprestado, em 2011. Transferiu-se para o Shaktar Donestk da Ucrãnia, em 2013. Disputou 51 jogos e marcou 11 gols. Assinou contrato com o São Paulo até dezembro de 2017.


Luizão vê erro de planejamento no São Paulo e defende Ricardo Gomes
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Alexandre Praetzel

O ex-atacante Luizão, campeão da Libertadores da América pelo São Paulo e hoje empresário de Carlinhos e João Schimit, conversou com o blog sobre o momento delicado do clube, dentro e fora de campo. Acompanhem a entrevista.

Momento do São Paulo

“Olha, acho que isso é um reflexo do ano né. O ano não foi bem programado, essas brigas de diretoria, mudança de treinador, jogadores que ainda não se encaixaram na equipe do São Paulo. Acho que o São Paulo, com todo o carinho e respeito que eu tenho, precisa que acabe o ano logo para começar o ano novo de 2017”.

Queda da imagem do clube

“Eu acho que as administrações anteriores vêm de um passado. O São Paulo sempre foi um clube de respeito, não tinha confusão, não tinha nada, sempre foi um clube modelo. A gente vê o São Paulo passando uns momentos conturbados. Então, é o reflexo disso tudo”.

Risco de rebaixamento

“Correr, corre. Está próximo ali né, mas tem equipe para sair desta situação”.

Ricardo Gomes

“Olha, o Ricardo chegou e pegou uma bomba. É difícil cobrar o treinador. Treinador você tem que cobrar quando ele pega um time desde o começo, começa um ano com os jogadores que ele quer, que ele pode escalar, que pede para contratar. Então, é difícil dizer algo sobre o Ricardo, neste momento”,

Marco Aurélio Cunha

“Ele não joga, mas ajuda né. Ajuda muito. O Marco foi meu diretor quando eu tinha 15, 16 anos de idade. Então, tenho um carinho muito grande por ele e espero que ele continue no São Paulo para trazer esta honra de campeão novamente”.

Carlinhos e João Schimit

“Carlinhos tem mais um ano de contrato. Esse ano e mais outro ano. O João tem contrato até o meio do ano que vem. A tendência é que a gente sente e tente se acertar”.

O São Paulo está na 12ª colocação do Brasileiro com 34 pontos, quatro à frente do Cruzeiro, 17º colocado. O tricolor recebe o Flamengo, neste sábado, no Morumbi.


Ex-são paulinos não temem rebaixamento do time
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Alexandre Praetzel

O São Paulo ainda está ameaçado de rebaixamento no Brasileiro. Tem 31 pontos, quatro à frente do Figueirense, 17º colocado. O retorno de Marco Aurélio Cunha e a paz no vestiário devem livrar o tricolor, na opinião de ex-sãopaulinos.

“Acho que o São Paulo não cai. Tem time para não ser rebaixado”, afirmou Milton Cruz, ex-jogador e funcionário do clube, até 2016.

O ex-meia Silas, hoje técnico de futebol, tem a mesma opinião. “Eu acho que não cai. São Paulo é time grande, sabe conviver com pressão. Teria que estar brigando na outra ponta da tabela, mas isso ficou difícil. Tudo vai depender de dentro de campo. Agora, o São Paulo precisa resgatar aquela imagem de clube modelo até 2010, que as coisas virão até de forma natural”, ressaltou.

A presença de Marco Aurélio Cunha na diretoria é fundamental para tirar o São Paulo desta situação incômoda, na visão da maioria dos torcedores são-paulinos.

“Em se tratando do Marco, que tem uma vida toda dedicada ao clube, foi uma tacada certeira trazê-lo de volta. Ele já era o médico do São Paulo, em 1982, quando cheguei. Tem muita história e saiu da CBF para voltar para sua casa. É hora de dar a mão para ele”, resumiu Silas, amigo de Marco Aurélio Cunha.

Milton Cruz acha que três meses é um prazo curto para MAC. “Gostaria de vê-lo mais tempo na direção. Um executivo é fundamental no dia-a-dia do clube. No vestiário, não”, concluiu.

O São Paulo tem uma projeção de mais 15 pontos em 42 a disputar para se garantir na Série A. Enfrenta Cruzeiro e Atlético-PR, nesta semana.


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