Blog do Praetzel

Arquivo : Inter

Inter rebaixado merecidamente
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

Estou há 25 anos no jornalismo esportivo e acompanho o dia-a-dia do Inter desde 1993. Quem interagiu comigo nos meus espaços jornalísticos e ouviu minhas opiniões, sabe que eu sempre falei sobre a fragilidade diretiva e técnica da equipe colorada.

A diretoria sempre foi arrogante e soberba, com decisões e atitudes absurdas. Gastou fortunas em jogadores médios e pecou no planejamento, ainda no início do ano. Achou que o hexacampeonato gaúcho seria parâmetro para o Brasileiro. Apostou num time jovem e deu de ombros a críticas e observações porque o Inter foi líder por oito rodadas da competição. Trocou treinadores com perfis diferentes e reconduziu Fernando Carvalho ao clube pelas conquistas do passado, com plenos poderes. Nunca reconheceram erros e falhas e se agarraram sempre ao imponderável contra a realidade.

O Inter caiu porque não se brinca com o futebol. Grandes títulos duram 90 minutos. Depois, é preciso renovar sempre, buscando crescimento e novas ideias. Dirigentes “ganhadores” têm prazo de validade no Brasil. Amadores não cabem mais. É preciso modernizar e profissionalizar, com cobranças por metas e objetivos para todo mundo.

Com 100 mil sócios e um orçamento de R$ 300 milhões, o Inter tem a obrigação de voltar à Série A, em 2018. Agora, precisa de humildade e trabalho. Só com a história, não vai adiantar.


Inter. Tenha vergonha e respeite o futebol
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

Acompanho o Inter como jornalista desde 1993. Entrevistei vários dirigentes, técnicos e jogadores. E lamento que o clube esteja vivendo sua pior gestão, dentro e fora de campo. O presidente Vitório Píffero e sua diretoria envergonharam sócios e torcedores e criaram adversários reais e virtuais, nos últimos dias. Nunca houve tanta torcida contra como agora. Consumidores do futebol, opinião pública e redes sociais querem a desgraça do time, por atitudes e declarações inexplicáveis.

Píffero apoiou o grupo de atletas, na tentativa absurda e vergonhosa de não entrar em campo, na última rodada do Brasileiro. Aproveitaram a situação em meio a um momento de consternação geral pela tragédia com a Chapecoense. Ora, sejam homens. Trabalhem em silêncio e vão cumprir suas atividades. Respeitem a comunidade colorada e o esporte. Se forem rebaixados, voltem em 2018. Gigantes de vários países já disputaram a segunda divisão e não deixaram de existir, voltando tão fortes como antes.

Jogaram a toalha, sem entrar em campo. Sentimento real de luto ou uma oportunidade para escapar da queda? Deixaram a dúvida no ar com um discurso vazio e sem noção e se declararam incompetentes para ganhar do Fluminense e secar o Sport. O Inter merece cair pelo desempenho técnico sofrível na temporada. Agora, abrir mão de tentar se manter na Série A, corretamente e esportivamente, é uma mancha definitiva nos 107 anos de história.

 


Corinthians e Inter. Futebol e ódio nesta segunda-feira.
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

Corinthians e Inter se enfrentam nesta segunda-feira e será bem mais do que um jogo. O Corinthians ainda luta por Libertadores da América e o Inter joga sua última cartada no desespero para não cair.

Estou há nove anos e meio em São Paulo e cobri o rebaixamento do Corinthians para a Série B, em 2007, e o título da Copa do Brasil de 2009 sobre o Inter. Escuto de todos os corintianos, quando se referem ao Inter: “eles vão pagar o que fizeram com a gente em 2007, entregando o jogo para o Goiás e ajudando a nos rebaixar”.

Os corintianos dizem que o falecido Fernandão fez um acordo com o Goiás, seu ex-clube, para o Inter perder e prejudicar o Corinthians. O técnico Abel Braga comandava o Inter e nega este fato, veementemente. Esta versão virou verdade para os corintianos, apesar dos desmentidos.

A relação é de ódio entre as torcidas e já chegou aos gabinetes. Os dirigentes não se suportam. O asterisco no título brasileiro de 2005 do Corinthians e o pênalti escandaloso de Fábio Costa em Tinga, não marcado pelo árbitro Márcio Rezende de Freitas, também são lembrados pelos colorados.

O DVD divulgado pelo ex-presidente Fernando Carvalho na semana decisiva da Copa do Brasil de 2009 é visto como chacota pelos torcedores. Na ocasião, Carvalho mostrou um dossiê com erros de arbitragem a favor do adversário. O Corinthians foi campeão e não perdoa Carvalho até hoje.

Logo mais, será uma disputa fortíssima. É verdade que são outros jogadores e personagens, mas as histórias serão retomadas nos vestiários. O Corinthians buscará vingança e o Inter o último suspiro para lutar contra uma queda inédita. Tomara que fique tudo dentro de campo, num jogo limpo e competitivo.


Carvalho admite conflitos de interesses com trabalho no Inter e futebol
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

O Inter pode ser rebaixado para Série B do Brasileiro, pela primeira vez na história. O time gaúcho é o 17º colocado com 38 pontos e luta contra Vitória, Coritiba e Sport, faltando 12 pontos a disputar. O blog conversou com o ex-presidente Fernando Carvalho, o maior dirigente de todos os tempos do Inter, segundo vários sócios e torcedores colorados. Carvalho viveu situação parecida e difícil em 2002, quando o Inter escapou na última rodada, após vitória sobre o Paysandu, em Belém, e contando com uma combinação de resultados de outros adversários. Voltou ao Inter, mesmo trabalhando com um Fundo de Investimentos no futebol e admitindo conflitos de interesses. Leia abaixo.

Arrependido por ter retornado ao Inter

“Não, não estou arrependido. Só aceitei porque a dificuldade era muito grande e estamos trabalhando para conseguir manter o Clube na primeira divisão, com essa mesma dificuldade. Eu não costumo me arrepender das coisas que faço. Posso depois lamentar alguma coisa que deveria ter feito diferente, algum caminho mal escolhido, mas agora não é hora de pensar nisso”.

Consequências para o Clube e dirigentes com um possível rebaixamento

“Não quero pensar nessa hipótese. Estamos trabalhando para não sermos rebaixados. Já estivemos, em algumas oportunidades anteriores na nossa história, próximos do rebaixamento e conseguimos sair. Eu prefiro imaginar que o Internacional vai sair dessa situação difícil”.

Como acreditar num time que ganhou apenas dez jogos em 34 disputados

“Eu acredito porque vi as partidas que jogamos contra Atlético-MG, Santos, Flamengo e até mesmo contra o Palmeiras, que nós perdemos. A equipe tem bons jogadores que estamos tentando reagrupar, remobilizar e, com isso, tenho certeza que vamos conseguir ter atuações de nível alto, que nos permitam vencer os adversários”.

Soberba da diretoria atrapalhou o Inter

“Não vejo que tenha havido soberba. As pessoas acreditavam naquilo que estavam fazendo. Muitas coisas acabaram não dando certo, mas o que temos que pensar é para a frente, positivamente, em motivar a torcida e fazer o torcedor colorado acreditar, para que a gente consiga sair dessa situação muito difícil. Qualquer outro inventário que a gente deva fazer, fica para depois que terminarmos todo esse episódio”.

Interfere na escalação do time

“Eu nunca interferi na escalação, em relação a qualquer treinador. Acho que o treinador é quem tem que definir as questões da equipe e ao dirigente cabe dar condições ao elenco e à comissão técnica de desempenhar os seus trabalhos”.

Conflitos de interesses como dirigente e trabalhando para um Fundo de Investimentos no futebol

“É um conflito de interesses e a primeira pessoa a destacar isso, fui eu, no dia em que aceitei o convite do presidente Píffero. Entretanto, estamos vivendo um momento atípico, um estado de emergência, e por isso eu concordei e me afastei momentaneamente dos meus compromissos com o Fundo. Seria incompatível eu trabalhar no que faço e seguir no Clube. Não seguirei, em hipótese alguma, depois que terminar essa empreitada para a qual fui convocado pelo clube como um todo, pelo presidente e pelos órgãos da entidade. Repito, é incompatível e fui o primeiro a declarar isso”.

Modelo de gestão está falido no Brasil com amadores

“Os clubes chegaram até aqui, a maioria com mais de 100 anos de atividade, sendo dirigidos por “amadores”. Acho que a vida nos propõe sempre avanços a uma forma de gestão com profissionais e com os “amadores”, principalmente na gestão das questões políticas do clube. Sempre vai ser a melhor forma de administrar um clube de futebol do tamanho do Inter, dos clubes de massa do país. Acho que um caminho importante que nós deveríamos seguir para esses clubes, seria remunerar os dirigentes, prevendo isso no estatuto. Quem está dizendo isso é alguém que não vai mais voltar a trabalhar executivamente, nem vai mais ser candidato à presidência. Acho que, para o futuro de todos os clubes, a profissionalização com os próprios dirigentes seria o melhor caminho”.

Situação financeira do Inter é dramática

“Não. A situação do Inter é difícil, mas não dramática. O Clube tem todas as condições de levar adiante seus projetos e ser competitivo na sequência da sua história”.

Carvalho presidiu o Inter de 2002 a 2006. Nas suas gestões, o Inter conquistou a Libertadores da América, Mundial de Clubes e quatro títulos estaduais. Para escapar do rebaixamento, o Inter ainda enfrentará Ponte Preta e Cruzeiro em casa e Corinthians e Fluminense, fora.


Ceará se declara ao Inter e vê time na final da CBrasil e sem rebaixamento
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

O Inter abre as semifinais da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, contra o Atlético-MG, no Beira-Rio. Em condições normais, seria um momento de comemoração, mas o Inter luta ainda para escapar do rebaixamento à Série B do Brasileiro com 37 pontos, na 15ª colocação. O blog conversou com o lateral Ceará, campeão da América e do Mundo, em 2006, sobre essas duas situações e as causas que levaram a equipe a enfrentar dias difíceis, recentemente.

Por que o Inter chegou nesta situação complicada no Brasileiro

“Na verdade, o Inter se colocou nesta situação devido aos maus resultados acumulados, durante várias rodadas. Foram 14 ou 15 rodadas sem vencer e isso acarretou neste momento, nesta situação que nos encontramos. Você ficar tanto tempo assim sem vencer um jogo, é muito difícil. Para qualquer outra equipe seria uma situação bem complicada. O ponto positivo é que a equipe começou nesta descendente, quando estava ali em primeiro lugar, no topo, e depois começou com os maus resultados. Mesmo ficando tanto tempo sem vencer, ainda a gente conseguiu não se afundar tanto e tendo possibilidade de sair desta situação adversa, tanto é que nós estamos fora da zona de rebaixamento, no momento, com possibilidades concretas e palpáveis de deixarmos esta zona da degola e nos distanciarmos cada vez mais. Então, é focar realmente no que vem pela frente e esquecer as coisas ruins que passaram. Infelizmente, a gente não poderá mudar o passado. Estamos olhando para a frente para que a gente possa mudar o futuro, que são os jogos que virão para que o Inter permaneça na primeira divisão”.

Pressão maior sobre Ceará e Alex pelas vitórias no clube

“Eu e o Alex temos uma história vitoriosa no clube. A minha primeira passagem foi vencedora com três conquistas relevantes como Libertadores, Mundial e Recopa Sul-Americana e o Alex esteve presente nessas conquistas e voltou em outros momentos. Realmente, é uma história gratificante. Porém, a pressão é distribuída, mesmo que não seja de uma forma igual, mas é uma pressão coletiva e nós por sermos mais experientes e por termos histórico positivo no clube, a gente se pressiona demais. Nós atletas, temos auto-análise, nos pressionamos e cobramos por rendimento dentro ou fora de campo, no vestiário. Então, nós tentamos ser participativos de uma forma mais assídua nos bastidores para que o coletivo, os jogadores, de uma forma geral, estejam aptos para jogar, dando o melhor de cada um. Nos sentimos nessa responsabilidade de contribuirmos tanto dentro de campo com nosso talento e fora com experiência e comando, com a experiência que a nossa carreira nos concedeu”.

Inter tem time para ganhar a Copa do Brasil

“Nós temos um elenco qualificado. Já demonstramos isso nas duas etapas anteriores da Copa do Brasil contra Fortaleza e Santos. Mesmo tendo jogado a Copa do Brasil e, paralelamente, os jogos do Brasileiro, nem por isso a equipe teve uma perda de rendimento. Pelo contrário, houve um período que a equipe cresceu de uma forma geral. Começou a demonstrar um pouco de confiança e conseguiu os resultados positivos. Então, dentro desta perspectiva, do momento atual da equipe, nós acreditamos que temos qualidade no grupo para conquistarmos a Copa do Brasil e iremos em busca disso. Os jogadores que entrarão em campo neste jogo contra o Atlético-MG, certamente vão se doar ao máximo com o objetivo de vencer e fazer um grande jogo para tentarmos passar à final, algo que faz um bom tempo que o Inter não disputa, desde que foi campeão, em 1992, e vice, em 2009. Nós queremos continuar marcando história no clube e se Deus quiser, com mais uma conquista significativa”.

Dez anos depois, principais mudanças para melhor ou pior no clube

“Depois de dez anos da minha primeira passagem, a primeira mudança foi o tamanho que o clube alcançou em nível de estrutura, respeito dos adversários, a grandeza que o clube tomou nacional ou internacionalmente, isso é notório e foi a grande mudança depois das conquistas, que eu tive o privilégio de participar. Outra coisa é a montagem de equipe. Hoje, o clube tem muito mais recurso para montar uma equipe qualificada. Financeiramente, tem mais respaldo para cumprir com seus compromissos e lutar com outras equipes do Brasil por um jogador ou outro e muitas vezes, ganhar essa concorrência. É relevante e importantíssimo para um grande clube que quer realmente conquistar títulos. Negativo, não vejo nada importante. Obviamente, que todo crescimento exige que todos os departamentos acompanhem esse crescimento e o clube cresceu, então os departamento precisam estar à altura do clube. Isso é uma exigência que o crescimento traz para o clube, funcionários. É o que tem ocorrido. Uma vez que os títulos nacionais e internacionais não aparecem, existe a cobrança muito grande, segundo o tamanho da instituição. A pressão e a cobrança exagerada por título é o ponto negativo que a gente vê. Então, são esses dois lados da moeda que eu destacaria”.

Permanece no Inter na Série A ou B

“Eu tenho convicção de que permanecerei no clube. Tenho contrato até o final de 2017 e fiz esse contrato com a perspectiva de permanência. Eu não cogito a possibilidade de rebaixamento. Eu creio que o Inter permanecerá na Série A e eu estarei com o Inter porque o meu coração está inclinado para ele, não só na questão profissional, mas realmente a paixão. Tenho a paixão por esse clube, sou torcedor do Inter e permanecerei, independentemente, das circunstâncias, situações favoráveis ou não. Vou cumprir o meu contrato e pretendo encerrar minha carreira aqui no clube. Não sei quando isso acontecerá, mas no tempo oportuno, adequado, eu vou encerrar minha carreira. Pretendo e creio que isso vai acontecer aqui no Internacional”.

Ceará está com 36 anos e voltou ao Inter, no início do segundo turno do Brasileiro, contratado do Coritiba. Sua permanência só ocorreu, após a chegada de Fernando Carvalho à diretoria, impedindo a saída do lateral, depois de ter sido reprovado nos exames médicos com um problema muscular leve. Até hoje, Ceará é lembrado pela grande atuação contra o Barcelona, marcando Ronaldinho Gaúcho, na final do Mundial de Clubes, em 2006.

 


Falcão vê Inter complicado no Brasileiro e ainda lamenta saída do clube
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

Paulo Roberto Falcão foi o maior jogador da história do Internacional. Como técnico, comandou o time gaúcho em três oportunidades. A última foi neste ano de 2016, onde foi dispensado depois de cinco partidas. Em entrevista exclusiva ao blog, Falcão falou sobre isso, a situação díficil do Inter na Série A e o momento dos técnicos brasileiros. Acompanhem abaixo.

Postura da diretoria do Inter

“Não sei se foi uma questão de me tratar mal. Não consegui ainda imaginar, mas, enfim, não esperava ter saído naquela situação depois de cinco jogos. É muito pouco. Cinco jogos são 26 dias e não tem como a gente fazer alguma coisa. Mas, as coisas caminham aí e a gente tem que estar preparado. A vida é essa. A gente tem que ter uma couraça, às vezes, para suportar algumas coisas. Vida que segue”.

Inter será rebaixado 

“Difícil. O Inter terá que fazer uma poupança no Grenal e no jogo com o Santa Cruz. São dois jogos que não serão fáceis pela história do Grenal e o Santa Cruz é muito bom time, embora não esteja numa situação confortável, mas é um time que tem ótimos jogadores. Enfrentei lá com o Sport. Depois, o Inter tem jogos complicadíssimos contra Palmeiras, Corinthians e Fluminense fora e dois jogos difíceis em casa contra Ponte Preta e Cruzeiro. Enfim, os adversários que estão brigando para não cair também têm jogos complicados. Então, o Inter e todo o time que está nesta situação precisa fazer os pontos, principalmente, em casa, para garantir. Todo o time que vive uma situação como essa, tem que se preocupar”.

Grenal

“Grenal é sempre um jogo muito complicado, muito difícil. Os dois times chegam em situações diferentes. O Grêmio beirando a condição de classificação de Libertadores no G6 e o Internacional fugindo da zona de baixo, no Z4. Dentro desse quadro, embora seja sempre importante ganhar Grenal, independentemente de qualquer coisa, parece que o resultado é muito mais importante para o Internacional pela situação na tabela”.

Grandes craques como técnicos têm dificuldades em lidar com jogadores atuais

“Não tem tantas dificuldades. Pelo contrário, até acho que facilita. Depende muito mais de cada um, do que possa passar com sua experiência profissional. Eu evito falar da minha vida passada como atleta. Não faço comparações. Evito comparações. Uso apenas meu passado como atleta, se isso for facilitar a vida ou ajudar meu jogador, o jogador que eu esteja treinando na oportunidade. Então, não vejo assim grandes dificuldades”.

Decepcionado com sistema

“Tem que mudar um pouquinho nossa gestão porque tem algumas situações que são amadoras. Aí depende de profissionais da área, da própria imprensa esportiva em dar uma mão nisso. A gente tem que ter um crescimento geral neste aspecto”.

Treinadores brasileiros desatualizados em relação aos estrangeiros

“Na realidade, o que acontece, o futebol europeu sempre teve uma preocupação tática, desde que o mundo do futebol começou. Sempre tiveram esse cuidado de valorizar o aspecto tático e no Brasil, procurava-se muito a qualidade técnica, até porquê não se tinha uma cultura tática. Ainda estamos bem inferiores à cultura tática do europeu, por razões óbvias. A gente sempre teve a qualidade técnica e nunca se preocupou muito em entrar em detalhes com o aspecto tático, coisa que o europeu faz, desde as categorias de base. Isso faz uma diferença. Claro que hoje as coisas se aproximaram um pouco mais. Os treinadores brasileiros estão com uma preocupação tática maior e o futebol europeu com a técnica, tendo um crescimento dos times do continente”.

Tite na Seleção Brasileira

“É o momento dele. Fez um bom trabalho no Corinthians e a escolha foi dentro daquilo que se esperava. Todos esperamos que ele possa fazer um bom trabalho na Seleção, também”.

Falcão treinou a Seleção em 1990 e 1991. Trabalhou como comentarista, antes de retornar à função de técnico. Foi campeão estadual pelo Inter, em 2011, e pelo Bahia, em 2012, acabando com um jejum de dez anos sem título estadual. Trabalhou no Sport, em 2015 e início de 2016, antes de voltar ao Inter.

 


Abel Braga não descarta futebol paulista em 2017 e diz que Inter não cai
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

Abel Braga pretende voltar ao trabalho, em 2017. Em entrevista exclusiva ao blog, o técnico falou sobre seus planos, o momento de interromper um trabalho e a situação delicada do Inter, time que ele treinou seis vezes e tem grande identificação. Acompanhem abaixo.

Trabalhar no futebol paulista em 2017

“Não sei. Voltando né, passou aquele problema da rescisão do contrato que eu tive lá nos Emirados. Pronto, agora estou totalmente habilitado. Aconteceram muitas coisas aqui no futebol brasileiro, houve chances, mas eu penso assim, você quando começa um trabalho, você tenta montar uma equipe de jogadores dentro das características que você vai usar como estratégia, sistema de jogo. Aí não deu certo com um treinador, não deu certo com o segundo, será que vai dar certo com o terceiro? Não acho legal, sabe, ficar pegando no meio. Nos últimos 14 anos, o único clube que eu peguei no meio, que me esperou três meses, foi o Fluminense, em 2011. Vieram os resultados, entramos na Libertadores e no ano seguinte ganhamos o Carioca, ganhamos o Brasileiro. Depois no Inter, começando também do início, né, poxa, campeão gaúcho, botamos na Libertadores, ficamos em terceiro lugar no Brasileiro. Então, você vai vendo, acho que o meu raciocínio é certo né. Eu não tenho, não quero ser protagonista, não sou, nunca fui, protagonista é jogador. Então, não me acho milagreiro, não me acho nada disso. Prefiro pegar no início, né, até no momento de ser cobrado, ser cobrado de forma mais justa”.

Momento de interromper um trabalho ou dispensar um treinador

“Existe. não tenha dúvida. Existe, porque isso tudo é muito complexo, mas é claro também que você treinador tem que se adaptar à filosofia do clube, algum tipo de projeto que foi criado, isso tudo tem que ter possibilidade de acontecer. Então, existe porque existem momentos que a coisa não vai bem, isso também tem que ter consciência disso. Eu tenho um negócio comigo assim porque quando você é contratado, tudo é mil maravilhas. Pô, o diretor é gente boa, o cara é correto, o presidente é simpático, o cara gosta do treinador e da conversa com o treinador. Depois, quando as coisas não tiverem acontecendo, tem aquele problema, o cara não quer te mandar embora porque tem a multa rescisória. Eu não tenho multa. Eu não trabalho com multa porque da mesma maneira que o clube tem essa liberdade de mandar embora na hora que quiser, eu também tenho a opção e a possibilidade de sair no momento que eu achar adequado ou propício”.

Inter ameaçado de rebaixamento 

“Nós estamos falando ainda num momento muito duro, muito difícil, mas está delicado, mas não vai cair. Não vai cair porque o Celso é bom, a equipe é boa, está readquirindo a confiança e o torcedor vai abraçar. O que eu já vi no jogo contra o Santos, fiquei maravilhado, os caras levantaram mesmo, abraçaram os jogadores e isso vai ser um grande diferencial”.

Abel Braga treinou o Inter em 2014, quando classificou o time para a Libertadores da América. Não permaneceu por decisão do presidente eleito Vitório Píffero. Agora, aguarda propostas para 2017. No futebol paulista, treinou apenas a Ponte Preta, em 2003.

 


Inter abre o cofre para motivar jogadores na fuga do rebaixamento
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

O desespero bateu às portas no Internacional. A presença do time na zona de rebaixamento do Brasileiro fez a diretoria abrir os cofres na tentativa de motivar os jogadores ainda mais.

Há 14 partidas sem vitória na competição, os dirigentes aumentaram o “bicho” para R$ 10 mil por jogo para cada atleta, esperando que o foco e concentração da equipe aumentem nos próximos confrontos.

Integrantes de estafes de jogadores comentaram com o blog a idéia dos comandantes colorados. “Os caras estão fazendo de tudo para não cair. Pagando valores de títulos por partida. A coisa não está fácil por lá”, comentou um dos assessores, pedindo anonimato.

O Inter volta à campo contra o Santos, nesta quinta-feira, às 21h, no Beira-Rio. Só uma vitória pode tirar o time do Z4, ao final da rodada.