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Títulos não acomodaram o Corinthians. Disciplina tática é mantida
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Alexandre Praetzel

Trabalhei em Corinthians e São Paulo, no Pacaembu. Jogo bom na quarta rodada do Campeonato Paulista, num ano que começou com apenas 13 dias de treinos. O Corinthians saiu ganhando com um minuto de partida, numa jogada bem trabalhada e com facilidade para envolver o São Paulo. Juninho Capixaba, que chegou há poucos dias, teve participação importante no lance.

É isso que eu gostaria de destacar. O Corinthians negociou Guilherme Arana e Jô, baixas técnicas consideráveis, mas não perdeu sua disciplina tática. Juninho Capixaba ainda está se entrosando defensivamente e Kazim nunca chegará ao nível de Jô, mas trava as subidas dos zagueiros e ajuda na recomposição do time. O Corinthians levou o gol de empate numa jogada com mérito do São Paulo. Depois, fez o segundo gol em cabeceio de Balbuena, sozinho na área adversária, em lance repetido de outros jogos.

Com a vantagem, o Corinthians deu a bola para o São Paulo no segundo tempo e se recolheu. O tricolor teve duas chances nas costas de Juninho, mas em nenhum momento pareceu que conseguiria o empate. O Corinthians sabe jogar em vantagem, esperando o erro adversário. Já venceu assim em várias oportunidades. E compete os 90 minutos.

Romero é um faz-tudo, mesmo que não tenha qualquer brilhantismo técnico. Corre, marca, faz um dois com Fágner e ainda confere seus golszinhos. Virou um nome importantíssimo no esquema de Carille. Claro que muita gente torce o nariz para o jeito corintiano de jogar, mas é inegável que a equipe tem um estilo difícil de ser enfrentado. Ter posse de bola e rodar a bola, não significa muita coisa contra o Corinthians. As linhas e os posicionamentos defensivos são competentes e todo mundo trabalha. É preciso ter um driblador para romper a parede e criar algum aborrecimento aos corintianos. É verdade que o Corinthians perdeu para a Ponte Preta, no primeiro confronto da temporada, mas foi muito melhor e ainda desperdiçou um pênalti. O placar não refletiu os desempenhos.

Acho difícil o Corinthians ser bicampeão brasileiro, por exemplo, pelo equilíbrio do nosso futebol. Na Libertadores da América, existem adversários melhores, tecnicamente. Agora, em termos táticos, a postura segue a mesma de 2017. Com zero de acomodação, mesmo após duas conquistas importantes. Isso não é fácil de administrar. Mérito para a comissão técnica, liderada por Fábio Carille.

Certamente, continuará sendo uma parada dura para derrotá-los. Vamos conferir.


Corinthians e São Paulo será um bom jogo
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Alexandre Praetzel

A quarta-feira nos deu a possibilidade de assistir os dois jogos envolvendo Corinthians e São Paulo, na terceira rodada do Campeonato Paulista. E com duas vitórias em condições diferentes para as duas equipes.

Primeiro, o Corinthians venceu a Ferroviária por 2 a 1, de virada. Fez um primeiro tempo razoável, acertou a trave uma vez, mas levou um gol de cabeça, num ataque bem organizado do time de Araraquara. Na segunda etapa, prevaleceu a maior qualidade técnica e tática corintiana, com Maycon, Clayson e Balbuena comandando a vitória. O Corinthians esteve longe do brilhantismo, mas sua consistência supera muita coisa, na hora da pressão. Entra jogador e sai jogador, o grupo já assimilou bem um modelo de atuação e não se desespera, quando está atrás. Mérito de Fábio Carille, que dá importância a todos do elenco. Completo, ainda que não tenha encontrado um substituto para Jô, o Corinthians é um bom time.

Depois, vi o São Paulo vencer o Mirassol por 2 a 0, nos últimos sete minutos. Justiça seja feita, o São Paulo jogou bem e merecia ter marcado um gol com antecedência. Foi insistente, tocou a bola com calma e criou chances de gols. A ansiedade, atrapalhou em alguns momentos. Diego Souza fez um gol de posicionamento e boa conclusão. Em seguida, Marcos Guilherme fechou a conta em bom contra-ataque da equipe. Não foi um desempenho magistral, mas mostrou um time comprometido e competitivo, querendo dar fim ao jejum de gols e lutando para conquistar a primeira vitória do ano.

Agora, teremos Corinthians e São Paulo, neste sábado, no Pacaembu. Uma rivalidade que se acentuou com os três títulos brasileiros do São Paulo e foi respondida pelo Corinthians, com as grandes conquistas da década. Não vai interessar para o torcedor que seja apenas a quarta rodada e que estejamos em início de temporada. O clássico será disputado e com bons nomes em campo.

Quem ganhar, passará uma semana bem tranquila. Quem perder, dará explicações e pode desarrumar a casa. O Corinthians é favorito por 2017 e pelo início de 2018, mas o São Paulo nunca pode ser menosprezado, mesmo que tenha um elenco inferior.

A conferir, e tomara, com grande público no Pacaembu.


Uma renda do Palmeiras superou 12 jogos do Carioca. E poucos se mexem
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Alexandre Praetzel

Os Campeonatos Estaduais não têm atraído bons públicos nos últimos anos, salvo jogos decisivos e com estreias de reforços nas equipes. Passadas duas rodadas, tivemos o Carioca com R$ 561.332,00 arrecadados em 12 jogos disputados, com renda média de R$ 46.777,00. Valores ridículos, com Flamengo(reservas), Fluminense(um jogo de reservas), Botafogo e Vasco presentes. E o presidente da Federação Carioca, Rubens Lopes, enche a boca para elogiar o torneio.

Em São Paulo, há as exceções de Palmeiras e Corinthians, nos últimos anos. O Verdão tem ampliado sua vantagem financeira pela ótima parceria no Allianz Parque. Recebeu 31.678 pagantes para R$ 1.917.947,00, frente ao Santo André. Um jogo só do Palmeiras arrecadou mais que três vezes o valor total do Estadual do Rio de Janeiro. Ticket médio de R$ 60,54. Um abismo que será aumentado a cada ano. Uma diferença impressionante.

No Pacaembu, o Corinthians levou 19.622 pagantes para R$ 677.537,00, diante da Ponte Preta. Média de R$ 34,52.

Cruzeiro e Tupi teve 33.187 pagantes para R$ 529.917,00. Média de R$ 15,96.

Inter e Veranópolis recebeu 12.649 pagantes para R$ 538.540,00. Média de R$ 42,57.

São Paulo e Novorizontino teve 17.171 pagantes para R$ 411.131,00. Média de R$ 23,94.

Na Vila Belmiro, Santos e Bragantino apresentou 7.508 pagantes para R$ 223.615,00. Média de R$ 29,78.

Antigamente, nas décadas de 70 e 80, os anúncios das rendas eram esperados com expectativas para saber quanto o clube ganharia. Não havia tanta preocupação com segurança e conforto, os estádios recebiam muito mais gente e os clássicos ficavam abarrotados. Só que era mais barato assistir futebol e não havia a concorrência da TV.

Hoje, a frequência de público se tornou fonte importantíssima de renda. O chamado “Match Day” precisa ser importado da Europa com bons jogos e respeito ao associado e torcedor. Alguns clubes já se deram conta. Outros, seguem não ligando para o assunto.

Num país, onde o Maracanã está mais para “elefante branco” e “caldeirões” com dez mil pessoas são defendidos para times grandes, a tendência é vermos “donos” de suas casas abrindo vantagem e tendo consequências dentro de campo. É esperar para ver.

 


O erro dos candidatos do Corinthians sobre o patrocínio do Palmeiras
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Alexandre Praetzel

Estou participando das entrevistas com os candidatos à presidência do Corinthians, no programa “+90” dos canais Esporte Interativo, nesta semana. Entre tantas questões formuladas, as respostas sobre patrocínio são interessantes e equivocadas, principalmente, quando eles fizeram uma comparação com o Palmeiras.

Na avaliação dos candidatos, o Corinthians precisa de marcas fortes e com credibilidade no mercado. Não pode ser um “Outdoor” ambulante, com diversas empresas menores, ocupando os espaços da camisa e sem valores divulgados. Também concordo.

Agora, todos os presidenciáveis cutucaram a parceria Palmeiras/Crefisa, com frases como:

“O Palmeiras vive de favor para a Crefisa”.

“Se a Crefisa sair do Palmeiras, eles quebram”.

“Queremos um patrocínio diferente, não isso aí que a Crefisa faz com o Palmeiras”.

“O papel da Crefisa ultrapassa uma parceria. É uma associação política também, que envolve o Conselho do Clube”.

Respeito todas as opiniões sobre o assunto, mas a Crefisa hoje é responsável por 22% da receita total do Palmeiras. Se a empresa deixar o Palmeiras, o Clube não vai quebrar. Chamo a atenção para o erro de avaliação dos dirigentes rivais do Palmeiras. O alvi-verde está abrindo uma distância financeira não só pela Crefisa, mas com uma gestão no todo. O Allianz Parque quase sempre cheio, o sócio Avanti com bons números, o recebimento de cotas de TV nos prazos corretos, além de um elenco forte que pode gerar lucro com vendas de atletas, também. É preciso reconhecer a competência do adversário e tentar igualar, fora de campo.

Nos resultados do futebol, o Corinthians é o time da década. Esse sucesso precisa ser estendido para quem comanda a instituição.

O Corinthians tem as maiores cotas de TV(várias já antecipadas), um estádio com uma grande torcida(sem as bilheterias), o plano “Fiel Torcedor”(um sucesso também), mas os candidatos deixaram bem claro a situação financeira difícil, para os próximos anos.

Então, ao invés de alfinetar o tradicional rival, seria melhor pensar no futuro corintiano, e quem sabe, num grande parceiro. Porque, pelas declarações de todos, quem assumir o Corinthians, não terá vida fácil pela frente.

Não é achismo, nem anti-corintianismo. Isso é para os extremistas. É a realidade pura. Os “inimigos” também têm boas ideias e bons exemplos.


Paulistão é mais necessidade para Palmeiras e São Paulo
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Alexandre Praetzel

Sou do tempo que um Estadual valia bastante. Os campeonatos eram cheios de fases classificatórias e uma etapa final para decidir quem seria campeão. Os clássicos mobilizavam torcedores e jogadores. Como gaúcho, uma frase do zagueiro Mauro Galvão, atuando pelo Inter, em 1983, representava o tamanho da rivalidade Grenal. O Grêmio foi campeão do Mundo e Mauro Galvão disparou essa: “Eles podem ter ganho o Mundial, mas aqui no RS quem manda somos nós”, resumindo a importância da competição local.

Os tempos mudaram e os títulos nacionais e internacionais ficaram a léguas de distância em relação aos Estaduais. Os grandes clubes aumentaram demais a diferença financeira e um time menor precisa de uma epopéia para bater campeão. Hoje, viraram uma pré-temporada para as equipes de elite e um moedor de técnicos, para quem perde. O Palmeiras teve consequências depois de ser eliminado para a Ponte Preta, na semifinal, em 2017.

Por isso, no caso do Paulistão, vejo Palmeiras e São Paulo com mais necessidade para priorizar a competição, em relação a Corinthians e Santos.

O Palmeiras não ganha desde 2008 e hoje é muito superior nos investimentos e na formação do elenco. Não disputar a final novamente, pelo terceiro ano consecutivo, certamente será um fracasso. Por isso, é evidente que o Palmeiras vai tratar o campeonato com muito mais atenção, mesmo tendo a Libertadores da América, a partir de março. Roger Machado sabe disso.

O São Paulo não conquista o título, desde 2005. São 12 anos de jejum. Não conseguiu nem chegar à decisão. Parou nas semifinais. Em alguns anos, o Paulistão foi menosprezado pelos dirigentes tricolores porque o São Paulo ganhava o Brasileiro e participava da Libertadores, seguidamente. O quadro mudou e não deixa de ser um vexame, nos dias atuais. O São Paulo só terá o Paulista e as duas primeiras fases da Copa do Brasil, até o início do Brasileiro. Dorival Jr. dará mais importância ao torneio, mesmo que escale reservas na abertura, nesta quarta-feira.

O Corinthians é o atual campeão e criou gordura gigantesca com o Brasileiro. Se não levar o bicampeonato, não terá grandes cobranças.

O Santos venceu sete edições de 2006 a 2017, com nove finais disputadas(em 2006, havia pontos corridos). Tem  lastro e a torcida clama por conquistas maiores. Jair Ventura começará o trabalho com um time inferior tecnicamente.

Óbvio que é bom ganhar tudo. O Paulistão pode ser a salvação, caso fique como único troféu na prateleira, ao final do ano. Partindo do zero, Palmeiras e São Paulo enxergam a disputa com mais carinho e dedicação, sem dúvida.


Lucca joga mais que Henrique Dourado e Gilberto
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Alexandre Praetzel

O Corinthians está atrás de um substituto para Jô, negociado com o Nagoya Grampus do Japão. Júnior Dutra foi contratado do Avaí, mas faz uma função diferente. Ontem, Henrique Dourado e Gilberto foram colocados como possíveis reforços.

Henrique deixou claro que pretende sair do Fluminense e o Corinthians surge como candidato, ainda que o presidente Roberto de Andrade tenha afirmado que o clube desistiu do jogador. Em 2017, Henrique foi o goleador do Brasileiro ao lado de Jô, com 18 gols marcados. Na temporada, fez 32 gols em 59 partidas pelo tricolor carioca, numa formação ofensiva. Só que R$ 8 milhões por 50% dos direitos econômicos, me parece demais.

Gilberto está livre no mercado e sofre forte rejeição da torcida corintiana por um episódio de quase sete anos atrás. Em 2011, Gilberto surgiu bem no Santa Cruz-PE e apalavrou um acordo com o Corinthians. Próximo da assinatura do contrato, Gilberto recebeu uma oferta financeira superior do Inter e desembarcou em Porto Alegre. A atitude revoltou Andrés Sanchez, presidente do Corinthians naquele ano, gerando uma antipatia geral. É difícil que ele seja contratado.

Agora, acho que nenhum dos dois joga mais que Lucca. Mesmo que tenham características diferentes, Lucca poderia ser um falso 9. Tem boa técnica, posicionamento e capacidade de conclusão. Lucca chegou no segundo semestre de 2015 e ajudou o Corinthians a ser campeão brasileiro. Tanto que Tite pediu sua aquisição em definitivo. Depois, assinou por quatro anos e não repetiu as boas atuações.

Emprestado à Ponte Preta, disputou 61 partidas e anotou 24 gols. Foi vice-campeão paulista jogando bem. Caiu com a Ponte para a Série B, mas foi o melhor do time, sem dúvidas. Receberá oportunidades de Fábio Carille e pode voltar a ser muito útil para o Corinthians. Pertence ao clube e custará bem menos que outros atletas. Acho que falta um pouco de boa vontade com Lucca. Não que ele seja um monstro, mas na bola, supera muitos concorrentes.

Hoje, vejo Lucca maior que Henrique Dourado e Gilberto, antes da vinda de uma reposição ideal para Jô.


Corinthians ganhou tudo na década. E o clube, onde vai parar?
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Alexandre Praetzel

É inegável que o Corinthians se renovou, após ser rebaixado para a Série B, em 2007. Vinha de grandes títulos na era Alberto Dualib, mas as conquistas esconderam todos os problemas financeiros e administrativos. Acabou caindo. Voltou para a Série A sem sustos e se planejou a partir de 2009, ganhando a Copa do Brasil. De 2011 a 2017, os resultados de campo são indiscutíveis. Três títulos brasileiros, uma Libertadores, um Mundial de Clubes, uma Recopa Sul-Americana e dois Paulistas. Mas, e o clube? Para onde vai?

Em fevereiro, haverá eleição à presidência com cinco candidatos. Alguns dizem que a situação financeira é caótica e dias difíceis virão pela frente. Apesar dos troféus, crescimento do Fiel torcedor, melhores cotas de TV, gordos patrocínios  e o novo estádio, o Corinthians está sempre com os cofres vazios. O presidente Roberto de Andrade chegou a dizer que sempre foi assim, com dificuldades. Isso é inexplicável.

Ora, já era para o Corinthians comandar as ações no futebol brasileiro. Construiu sua nova casa e ninguém sabe onde ela vai parar. A dívida já chega a R$ 2 bilhões, segundo relatos de conselheiros. Os mesmos que aprovaram a aventura capitaneada pelo ex-presidente Andrés Sanchez, tentando voltar ao poder. Seu grupo político “Renovação e Transparência” enfraqueceu com a dissidência de vários membros. Não houve Renovação e Transparência, apesar do nome pomposo.

Claro que um clube de futebol vive de títulos. Mas, a que preço? Em 2007, as páginas policiais foram tomadas pelo Corinthians, com o caso MSI. Hoje, se noticiam falta de marmitas, dívidas com vários empresários, atrasos de premiações, problemas nas categorias de base e outras pendências fora de campo. Alguns torcedores acham que isso é “anti-corintianismo”, como se todos estivessem contra. Mas são os mesmos que esquecem de olhar para dentro da própria instituição.

Ganhar é bom e faz a felicidade de todos. Mas dizer que só o que interessa é a bola, é um pensamento atrasado e ultrapassado. A nova gestão(ou com as velhas práticas) pegará uma equipe na Libertadores e bem situada. Pelo quadro que se pinta, pagará mais títulos, ao invés de ganhá-los. E isso também faz parte do futebol.


Balbuena desconversa sobre saída e divide méritos com grupo corintiano
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Alexandre Praetzel

Fabián Balbuena chegou ao Corinthians, em 2016, sem muito alarde. Contratado do Libertad-PAR, se adaptou rápido ao futebol brasileiro e virou titular absoluto do time. Em 2017, destacou-se e foi o melhor zagueiro da Série A. Em alguns jogos, não cometeu nenhuma falta, lembrando o ex-ídolo Gamarra. Em entrevista exclusiva ao blog, Balbuena não descarta a saída do clube, admite que foi um ano maravilhoso e divide todas as honrarias com o grupo de atletas. Confira a seguir.

Foi o melhor ano da tua carreira?

Eu acho que sim, um dos melhores. Porque conseguir tudo isso com um time como o Corinthians é algo muito lindo. Então, acho que foi uma temporada muito boa, além do time conseguir os objetivos, também a nível pessoal, me senti muito bem nos jogos e acho que eu fiz uma boa temporada para fechar esse ano.

Ganhar o Brasileiro foi uma surpresa para vocês, internamente?

Logicamente, todo o grupo aspira ganhar coisas, mas a gente sabia que ia ser difícil. Logicamente, a gente não imaginava que a temporada iria ser assim, mas a gente trabalhou para que isso acontecesse. Acho que o trabalho e o sacrifício que a gente fez durante todo o ano, a gente conseguiu ser recompensado com dois títulos. Então, independentemente do que se falava no começo de temporada, o mais importante foi que a gente acreditou no trabalho e conseguiu chegar aos objetivos.

Qual a projeção para você? Ideia de sair em janeiro ou ficar mais um tempo no Corinthians?

Minha projeção é entrar em férias com minha família, descansar e recarregar a bateria para o ano que vem. Como eu sempre falo, o futuro é muito incerto. Ninguém pode assegurar que vai ficar ou vai sair, ainda mais no futebol, que muda muito rápido. Então, eu prefiro curtir e aproveitar esse momento com minha família e descansar um pouco também.

A saída do Pablo te surpreendeu?

Surpreendeu não, porque era uma das possibilidades. Nas negociações, pode acontecer isso, ficar ou ir, mas na situação que ele estava só até o final do ano. Enfim, a gente só pode torcer para ele, onde for que esteja bem e possa fazer o melhor dele. Ele é um cara muito legal. Fez muita coisa para nós esse ano. É uma coisa que foge das nossas mãos, negociações entre jogadores e diretoria, mas a gente fica feliz porque ele foi parte desta temporada também e a gente vai torcer pelo sucesso dele na carreira.

Zagueiro Marllon da Ponte Preta é um bom nome para o Corinthians? Você conhece?

Estão falando em muitos nomes. Logicamente, não posso falara em nenhum. Não sei se vai vir alguém ou não, é uma coisa que é questão da diretoria. Como eu falei, a única coisa que eu posso falar é que eu vou curtir essas férias merecidas pelo trajeto dessa temporada, que é muito corrido. Então, a gente fica mais tempo nas concentrações, treinos do que em casa e é tempo de curtir a família e recarregar a bateria para o ano que vem.

Pedro Henrique e Léo Santos são realidades no Corinthians?

Acho que o Pedro Henrique é uma realidade hoje, tem mais experiência que o Léo Santos, mas o Léo Santos tem muita qualidade. Acho que, a curto prazo, será um dos jogadores importantes do Corinthians. Tomara que eles possam seguir nesse caminho que estão, aprendendo e se esforçando para conseguirem coisas importantes no clube.

Você imaginava ser escolhido o melhor zagueiro do Brasileiro em dois anos atuando por aqui?

Não penso muito nisso. Sempre tento fazer um bom trabalho, ótimo dentro de campo, ajudando minha equipe. O objetivo sempre é o grupo. Conseguir os objetivos do grupo e sempre estar por cima de qualquer prêmio individual. Se eu for premiado por alguma coisa, a nível individual, será também graças a minha equipe porque quando o time está bem, tudo é visto de boa forma.

Balbuena está com 26 anos e tem contrato com o Corinthians até dezembro de 2018. Em julho, já poderá assinar um pré-contrato com outra equipe. Por isso, ele pode ser negociado em janeiro para o Corinthians lucrar com a transferência.

O zagueiro já disputou 99 jogos e marcou oito gols pelo Corinthians.


Ralf diz que fica na China. Volante comemora rápida adaptação no país
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Alexandre Praetzel

Ralf é um jogador que poderia ser ótimo reforço para muitos times do Brasil. Com contrato vencendo no Beijing Guoan da China, Ralf pretende continuar no mercado chinês. Aos 33 anos, o volante deve acertar novo compromisso com o próprio Beijing ou com outro clube. Em entrevista exclusiva ao blog, Ralf elogia a evolução no futebol chinês, o trabalho do Corinthians e o técnico Fábio Carille. Confira a seguir.

Valeu a pena ter trocado o Brasil pela China?

Sim, valeu muito a pena, principalmente, por ter sido uma oportunidade única para minha evolução pessoal. Vou levar essa experiência para toda a vida. Fui muito bem recebido e acolhido pelo povo chinês. Além disso, tive a oportunidade de conviver com profissionais de diversas nacionalidades, como italianos, espanhóis e alemães e, assim, conhecer um pouco de várias culturas. A China é uma potência e atrai pessoas de todas as partes do planeta.

O que te move hoje: parte financeira ou técnica para seguir jogando?

Enquanto eu tiver prazer e amor em jogar, farei de tudo para seguir adiante, motivado, com novos objetivos, tanto desportivos como financeiros.

Pretendes voltar ao Brasil para outro clube que não seja o Corinthians?

Me adaptei muito rápido na China, como um todo. Por isso, meus planos são de permanência por lá.

Como defines o futebol chinês em relação a outros países?

Um futebol em constante desenvolvimento e rápida evolução, com jogadores locais muito bons, alguns até com características muito semelhantes aos jogadores sul-americanos. Há um incentivo constante para que o povo chinês esteja sempre consumindo o produto do futebol.

O título do Corinthians te surpreendeu, dois anos depois?

Não, porque o Corinthians, desde o início do ano, mostrou que seria capaz de chegar aonde chegou, com uma eficiência acima da média.

O que tens a dizer sobre Fábio Carille?

Já o conheço a um grande tempo. Um cara que dispensa qualquer comentário, tanto como pessoa, como profissional.

Clubes brasileiros te procuraram para retornar?

Diretamente, nenhum.

Tens alguma história curiosa sobre tua presença na China?

Como todos os estrangeiros que chegam lá, nos levam até a feira de alimentos deles(risos), para conhecermos e provarmos, mas quando batemos o olho, a coragem vai embora.

Ralf chegou ao Beijing, em 2016. Disputou 57 partidas e marcou um gol. No Corinthians, foram seis temporadas com 396 jogos e oito gols. Ganhou Paulista, Libertadores, Mundial, Recopa Sul-Americana e Brasileiro.


Corinthians campeão. Os Deuses do futebol decretaram
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Alexandre Praetzel

Esta rodada do meio de semana era fundamental para aumentar a emoção do Campeonato Brasileiro. O Corinthians tinha um jogo difícil em Curitiba e o Santos recebia o Vasco. Uma derrota corintiana e uma vitória santista, eram resultados bem plausíveis, quem sabe, diminuindo a diferença para três pontos. Deu o contrário.

Corinthians ganhou do Atlético-PR com o goleiro reserva defendendo um pênalti e terminando o jogo com o terceiro atleta da posição, porque Válter saiu machucado mais uma vez. O gol foi de Giovanni Augusto, pouco utilizado durante todo o ano. Sorte de campeão.

Na Vila Belmiro, com 7.800 torcedores, o Santos saiu na frente, mas levou a virada do Vasco, com um recuo inexplicável do time e Zé Ricardo engolindo Elano, na estratégia da partida. Vitória justa vascaína. Final da rodada e o Corinthians aumentou a vantagem para o Santos para nove pontos e manteve os oito pontos para o Grêmio, muito mais preocupado com a decisão da Libertadores da América.

O Corinthians será campeão com justiça pelo primeiro turno de exceção. Mas não tem o melhor time, nem o melhor elenco. Méritos muito grandes para Fábio Carille, o melhor técnico do Brasileiro. Definiu uma forma eficiente de jogar, valorizando o coletivo e extraindo o máximo de cada integrante do grupo. A equipe caiu bastante no segundo turno, mas voltou ao espírito competitivo no confronto fundamental diante do Palmeiras, apesar do erro da arbitragem.

O Corinthians deu brecha para o azar e os adversários não aproveitaram. Então, problema deles. O Corinthians voltou a crescer na hora certa, contando também com a sorte do início da competição. Sétimo título brasileiro e o maior vencedor da história, desde 1971. Isso ninguém tira, apesar da qualidade deficiente do torneio. Agora, façam suas apostas para qual rodada o Corinthians confirmará a conquista, restando 15 pontos em disputa. Acredito que será na 36ª, contra o Flamengo, no Rio de Janeiro.