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O erro dos candidatos do Corinthians sobre o patrocínio do Palmeiras
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Alexandre Praetzel

Estou participando das entrevistas com os candidatos à presidência do Corinthians, no programa “+90” dos canais Esporte Interativo, nesta semana. Entre tantas questões formuladas, as respostas sobre patrocínio são interessantes e equivocadas, principalmente, quando eles fizeram uma comparação com o Palmeiras.

Na avaliação dos candidatos, o Corinthians precisa de marcas fortes e com credibilidade no mercado. Não pode ser um “Outdoor” ambulante, com diversas empresas menores, ocupando os espaços da camisa e sem valores divulgados. Também concordo.

Agora, todos os presidenciáveis cutucaram a parceria Palmeiras/Crefisa, com frases como:

“O Palmeiras vive de favor para a Crefisa”.

“Se a Crefisa sair do Palmeiras, eles quebram”.

“Queremos um patrocínio diferente, não isso aí que a Crefisa faz com o Palmeiras”.

“O papel da Crefisa ultrapassa uma parceria. É uma associação política também, que envolve o Conselho do Clube”.

Respeito todas as opiniões sobre o assunto, mas a Crefisa hoje é responsável por 22% da receita total do Palmeiras. Se a empresa deixar o Palmeiras, o Clube não vai quebrar. Chamo a atenção para o erro de avaliação dos dirigentes rivais do Palmeiras. O alvi-verde está abrindo uma distância financeira não só pela Crefisa, mas com uma gestão no todo. O Allianz Parque quase sempre cheio, o sócio Avanti com bons números, o recebimento de cotas de TV nos prazos corretos, além de um elenco forte que pode gerar lucro com vendas de atletas, também. É preciso reconhecer a competência do adversário e tentar igualar, fora de campo.

Nos resultados do futebol, o Corinthians é o time da década. Esse sucesso precisa ser estendido para quem comanda a instituição.

O Corinthians tem as maiores cotas de TV(várias já antecipadas), um estádio com uma grande torcida(sem as bilheterias), o plano “Fiel Torcedor”(um sucesso também), mas os candidatos deixaram bem claro a situação financeira difícil, para os próximos anos.

Então, ao invés de alfinetar o tradicional rival, seria melhor pensar no futuro corintiano, e quem sabe, num grande parceiro. Porque, pelas declarações de todos, quem assumir o Corinthians, não terá vida fácil pela frente.

Não é achismo, nem anti-corintianismo. Isso é para os extremistas. É a realidade pura. Os “inimigos” também têm boas ideias e bons exemplos.


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