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Romero virou realidade no Corinthians. Merece crédito pelo trabalho
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Alexandre Praetzel

O Corinthians conseguiu sua maior vitória no ano, ao bater o Palmeiras por 2 a 0, no Allianz Parque. Um resultado conquistado com um futebol consolidado e sem sustos, diante do seu tradicional rival. Os zagueiros Pablo e Balbuena se consagraram com os cruzamentos palmeirenses e Guilherme Arana foi decisivo ao sofrer o pênalti do primeiro gol e marcar o segundo, fechando o placar.

Agora, gostaria de destacar Romero. A atuação do paraguaio ressaltou toda sua importância tática para a equipe. Romero não tem brilhantismo técnico e já teve momentos toscos com a bola, mas evoluiu bastante e merece crédito pela sua entrega e comprometimento em campo. É um jogador que marca e ataca com a mesma potência física. Participou dos dois lances de gols, com ótimos passes para Arana.

O zagueiro Pablo resumiu a importância de Romero numa frase para mim. “É um grande jogador. Nunca conseguiria fazer o que ele faz em campo, marcando e atacando com tanta força. É muito importante para o time”, definiu.

Estive numa entrevista coletiva no Corinthians, dias depois de sua contratação. Cumprimentou todos os jornalistas presentes, um por um, numa demonstração de educação diferente na classe futebolística. Demorou um pouco para se adaptar e quase foi negociado, como reserva do time campeão brasileiro, em 2015. Mas nunca se entregou. Treinou quieto e aguardou as oportunidades, trabalhando como nunca. Virou titular e ainda assim foi motivo de chacota por alguns jornalistas, injustamente.

Romero não é nenhum primor e talvez não entre na lista dos 100 melhores da história do Corinthians. Agora, num futebol brasileiro cada vez mais nota 6, é fundamental ter atletas conscientes das suas limitações e sempre buscando aprimoramento e superação. Esse é Romero.

Como costumo brincar no programa “+90” do Esporte Interativo, com dez Romeros, dá para ser campeão. Acho que não é mais brincadeira.


Palmeiras não poderia estar a 13 pontos do Corinthians
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Alexandre Praetzel

Palmeiras e Corinthians se enfrentam em mais um clássico eletrizante, nesta quarta-feira, no Allianz Parque tomado pela torcida verde. Será a 13ª rodada do Brasileiro e a diferença do líder para o Verdão chegou a distantes 13 pontos. Uma vantagem que nem os mais fanáticos palmeirenses e corintianos imaginariam, no início da competição. Mas há claros motivos para isso.

– Corinthians definiu uma forma de jogar e uma formação principal. Palmeiras ainda segue sem um time titular, na metade da temporada;

– Fábio Carille começou o ano e mantém o trabalho. Palmeiras mudou o treinador e a filosofia. Não encaixou;

– Elenco do Corinthians é inferior, mas quem substitui os titulares, não sente pressão. No Palmeiras, há pontos de interrogação e posições em debate, além da possível chegada de novos nomes;

– Corinthians ganhou o Paulista como quarta força definida. Palmeiras não conseguiu administrar o favoritismo;

– Corinthians vive em crise financeira, mas os resultados de campo silenciam a questão. Palmeiras tem superávit e muito dinheiro, mas tem ambiente conturbado com vazamento de informações e busca por culpados;

Citei algo que acompanhamos no dia-a-dia. Na minha opinião, o Palmeiras tem todas as condições de bater o Corinthians, mas futebol não se ganha apenas com cofres cheios e atletas badalados. Me parece que o título de 2016 deixou uma aura de invencível ao Palmeiras, com previsões de vitórias fáceis sobre rivais e adversários. É preciso ganhar no campo. Óbvio que o Palmeiras pode conquistar Libertadores da América e Copa do Brasil, torneios em mata-mata, onde a superação pode derrotar a qualidade e o entrosamento. Agora, estar 13 pontos atrás do Corinthians, é demais para a realidade alvi-verde. A Academia está em constante debate.

O que o Corinthians está fazendo, todo mundo acreditava no inverso. Futebol não é ciência exata e sempre pode nos surpreender.


Corinthians 12 pontos à frente do Palmeiras. Quem diria? Dá para buscar?
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Alexandre Praetzel

Quem dissesse que o Corinthians abriria 12 pontos à frente do Palmeiras, nas sete primeiras rodadas do Brasileiro, seria chamado de louco, no início do ano. Afinal, o Palmeiras tinha montado um elenco forte em qualidade e quantidade, diante de um Corinthians rodeado de dúvidas sobre a escolha de Fábio Carille e a falta de grandes contratações.

Pois é, mas futebol não é uma ciência exata. Estamos na metade do ano e o Corinthians é campeão paulista e líder da Série A com 19 pontos em 21 disputados contra sete do Palmeiras. O primeiro colocado com 90,5% de aproveitamento e o Palmeiras na 15ª posição com 33,3%. Uma diferença marcada pelo trabalho, sem dúvida.

Enquanto o Corinthians definiu um padrão de jogo e atuou dentro das suas limitações técnicas e financeiras, o Palmeiras abriu o ano com Eduardo Baptista criticado diariamente e muitas notícias de bastidores, como insatisfações de atletas e intermináveis busca por reforços, mesmo com o vestiário lotado. Os resultados de campo falaram mais alto. O Corinthians já conquistou o título mais ao seu alcance e ganhou confiança para voos maiores. O Palmeiras mudou o treinador e segue sem uma formação principal definida, com mais gente desembarcando em meio aos torneios.

O torcedor palmeirense mantém a esperança com a presença da equipe nos mata-matas da Libertadores e Copa do Brasil e com a lembrança do mau início de Cuca, em 2016, batendo campeão brasileiro, em dezembro. As atuações não empolgam.

O torcedor corintiano tira onda com a liderança isolada e soltará rojões com uma vaga na Libertadores, em 2018, já contente com uma faixa no peito e uma taça no armário, depois de uma expectativa bem diminuída, em janeiro. Agora, o time está empolgando, mas muitos apostam na perda do fôlego, numa competição longa.

De qualquer maneira, não será fácil o Palmeiras tirar 12 pontos do Corinthians, ainda com 93 pontos a disputar. Claro que é possível, mas hoje nada indica esta possibilidade. A conferir.


Corinthians é superior ao SP, também pelo seu treinador
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Alexandre Praetzel

A principal diferença entre Corinthians e São Paulo está no comando do time. Treinadores efetivos iniciantes e com a mesma idade, mas com estilos distintos. Fábio Carille tem mais experiência em comissões técnicas, iniciando como auxiliar, em 2009, no Corinthians. Rogério Ceni começou direto no profissional do São Paulo e ficou no campo, até 2015, com uma carreira muito superior como atleta. Carille parece bem mais simples na tomada das decisões. Rogério demonstra mais dúvidas na continuidade do trabalho. Ontem, o Corinthians venceu o tricolor de novo. São quatro clássicos entre os dois, com duas vitórias de Carille e dois empates. Avaliando os desempenhos, notamos algumas diferenças.

– Carille tem uma formação definida e um padrão de jogo. Rogério Ceni muda a escalação, de acordo com o adversário;

– Carille acertou primeiro a defesa, para alterar o estilo de jogo, aos poucos. Rogério Ceni priorizou o ataque e ainda      não consolidou o sistema defensivo. A escolha de Douglas parece equivocada;

– Carille não escala formações com pouco tempo de treino. Rogério Ceni arrisca mais. Contra o Palmeiras, funcionou. Ontem, não;

– Os substitutos do Corinthians mantêm a mesma forma de atuar. No São Paulo, isso ainda não acontece;

– Carille só faz treinos abertos e todos sabem como o time atua e, mesmo assim, o Corinthians é líder. Ponto para o técnico. Rogério Ceni fecha todos os treinos, mas apresenta pouquíssimas novidades nos jogos. Isso é fato;

– No início do ano, o Corinthians parecia ter menos elenco que o São Paulo. Hoje, isso mudou, em termos de aproveitamento. Carille conseguiu extrair mais do grupo do que Rogério Ceni.

Claro que são pequenas comparações do que eu vejo como futebol, na minha opinião. Isso não significa que Carille será um treinador espetacular e que Rogério Ceni não vingará na função. Nada disso. Acredito que Carille entenda mais onde tem que acertar e corrigir os erros que aparecem, ao contrário de Rogério Ceni. Mas Rogério mostra também que pode se tornar um ótimo profissional, na beira do campo. Tudo ao seu tempo. Hoje, Carille é superior.


Fábio Carille é melhor do que o time do Corinthians
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Alexandre Praetzel

No Brasil, ainda temos a cultura do “treinadorismo”. Dirigentes entregam o vestiário e aceitam um comando paralelo no departamento de futebol. O técnico indica, manda e desmanda e a diretoria só observa. O Corinthians, me parece, foge a essa regra, atualmente. Fábio Carille foi efetivado em dezembro, após serviços prestados por vários anos ao clube.

Óbvio que houve desconfiança. Afinal, a temporada de 2016 foi ruim, com quatro treinadores e maus resultados. Mas Carille chegou com seu jeito simples, sem reclamações, com um modelo de jogo definido e afirmação em pouco tempo, com a conquista do Campeonato Paulista. Todo mundo sabe que o Corinthians não tem dinheiro para grandes investimentos e ficou para trás na comparacão com os rivais. No entanto, Carille fez a diferença e ficou superior ao time.

Adaptou a tática ao que tinha no elenco. Padrão defensivo forte, força física, equilíbrio entre os setores e contando também com fases muito boas de Jô, Rodriguinho e Guilherme Arana e o espírito guerreiro de Pablo, Gabriel e Romero. Um feijão com arroz bem preparado, sem brilhantismo, mas com grande eficiência. Carille ainda é didático e resume cada desempenho com verdade, respeitando todo mundo.

O Corinthians tem dez pontos em 12 disputados, no Brasileiro. Por palpite, acho que não será campeão, mas certamente irá incomodar os adversários, como fez no segundo tempo contra o Santos, sem deixá-los respirar.

Carille é melhor do que o time do Corinthians. E tem o grupo na mão. Esse é meu resumo.


Corinthians hoje é favorito contra o Santos, apesar da qualidade santista
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Alexandre Praetzel

É uma grande surpresa para mim, chegar na 4ª rodada do Brasileiro e colocar o Corinthians como favorito para o clássico diante do Santos, neste sábado. O Corinthians começou a temporada sobre enorme desconfiança e com Fábio Carille como uma aposta emergencial. Ganhou o Paulista com méritos e acertou uma forma de jogar. Não é brilhante, mas se mostra eficiente, com os resultados conquistados. Portanto, o Corinthians pega um Santos em crise técnica e longe das suas melhores atuações de 2015 e 2016. Ainda acho o time completo do Santos superior ao Corinthians, mas tudo indica que o Corinthians mantenha sua invencibilidade frente aos rivais, em 2017.

Time por time, vamos às comparações, na minha opinião.

Cássio x Vanderlei

Fagner x Victor Ferraz

Pedro Henrique x Lucas Veríssimo

Pablo x David Braz

Guilherme Arana x Zeca – um empate técnico, mas hoje destaco Arana.

Gabriel x Thiago Maia

Maycon x Renato

Rodriguinho x Hernandez

Jadson x Vítor Bueno

Romero x Bruno Henrique

x Ricardo Oliveira – sou fã do Ricardo Oliveira, mas o momento é do Jô.

Corinthians 6×5 Santos. Atualmente, é por aí. Coletivamente, o Corinthians é superior. Tendência é de vitória corintiana. Agora, é o típico jogo para o Santos iniciar uma reação e dar uma resposta aos santistas. Promessa de bom clássico.


Corinthians tem dificuldades para contratar um novo zagueiro
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Alexandre Praetzel

O Corinthians quer contratar um zagueiro para compor o elenco. As lesões recentes de Pablo e Balbuena deixaram a comissão técnica em alerta. Há o consenso de que as opções são pequenas e de que é preciso reforçar o setor. Hoje, os jovens Pedro Henrique e Léo Santos são as principais alternativas. Vilson também tem contrato mais longo, mas se machucou recentemente e está voltando aos poucos. Cinco jogadores para posições fundamentais.

A diretoria vasculha o mercado atrás de um nome que tenha velocidade e possa atuar dos dois lados. Não é fácil encontrar. Alguns já foram oferecidos e não agradaram. Ernando, do Inter, aparecia como favorito, mas o rebaixamento com o colorado e as atuações de 2017, esfriaram as expectativas.

Anderson Martins surgiu com força, nos últimos dias. Ele jogou no Corinthians, em 2014, com 21 partidas disputadas. No entanto, tem mais um ano de contrato com o Umm Salal do Qatar e dinheiro a receber. Assim, a negociação ficou difícil porque o Corinthians teria que fazer um investimento financeiro. Vasco e Flamengo estão na disputa.

As Séries A e B do Brasileiro e a América do Sul passaram a ser o foco corintiano. Para repatriar um zagueiro da Europa, China ou Mundo Árabe, só contando com a boa vontade do atleta ou fim de contrato. O Corinthians sofre com as finanças e ainda precisa resolver a situação de Pablo, pagando R$ 10 milhões, em junho, para ficar com o zagueiro do Bordeaux.


Corinthians busca um meia no mercado
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Alexandre Praetzel

O Corinthians não esconde de ninguém que busca reforços para o Campeonato Brasileiro, mesmo com a conquista do Paulista. Além do lateral-direito Cicinho, ex-Santos e Ponte Preta, e do atacante Clayson, da Ponte Preta, a diretoria quer um meia para a reserva de Rodriguinho e Jadson.

Hoje, apenas o garoto Pedrinho é opção. Giovanni Augusto está machucado e Marquinhos Gabriel perdeu espaço, apesar dos discursos a favor do atleta. Como o dinheiro está escasso, o Corinthians vasculha o mercado brasileiro para encaminhar alguma negociação.

O presidente Roberto de Andrade também considera importante não perder ninguém, mesmo com a necessidade financeira do clube. Fagner e Guilherme Arana são nomes cotados para deixar o Corinthians, com o surgimento de ofertas do exterior.

A certeza é que os investimentos serão pequenos em contratações, com nomes pontuais e indicados pelos analistas de desempenho, fundamentais hoje para muitas comissões técnicas.


Corinthians encaminha contratação do lateral Cicinho
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Alexandre Praetzel

O Corinthians deve anunciar a contratação do lateral-direito Cicinho, ex-Santos e Ponte Preta. O blog apurou que o jogador está próximo de voltar ao Brasil por empréstimo de uma temporada. Cicinho está no Ludogorets da Bulgária, desde agosto de 2015. Disputou 31 partidas e marcou um gol.

Em 2017, foram 20 jogos, com 1.706 minutos em campo e três confrontos da Liga dos Campeões. Cicinho vem para ser opção a Fagner, reforçando a disputa pela posição. O garoto Léo Príncipe, reserva imediato, não agradou.

Cicinho foi revelado pelo Remo-PA. Depois passou por Juventude e Brasiliense, até chegar à Ponte Preta, onde teve boas atuações. Em Campinas, fez 75 jogos e marcou seis gols, de 2012 a 2013.

Contratado pelo Santos, foi titular e completou 100 partidas, com quatro gols, de 2013 a 2015, quando foi negociado com os búlgaros.


Jô me surpreendeu e virou o melhor jogador do Paulista
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Alexandre Praetzel

Quando o Corinthians anunciou a contratação de Jô, confesso que não fiquei muito entusiasmado. Ele vinha em queda técnica e sob muita desconfiança, após deixar o Brasil, depois de fazer parte do elenco da Seleção Brasileira, no fiasco da Copa do Mundo de 2014. Jô ficou marcado como um jogador pouco comprometido e com problemas disciplinares, fora de campo. Foi para o mundo árabe e voltou ao Corinthians, numa contratação sem badalação, com três anos de contrato e pagamento de R$ 1,5 milhão de comissão ao empresário. As críticas foram muito grandes, na mídia e entre os torcedores.

Em setembro de 2016, Jô começou a treinar e ganhou elogios de todos, prevendo um bom ano de 2017. Fábio Carille parecia enxergar longe ao apostar no desempenho do atacante. Jô ganhou confiança, teve boas atuações e marcou cinco gols em cinco clássicos. Despontou como o principal nome ofensivo do Paulista. Claro que o Estadual não é parâmetro para maiores desafios, mas Jô foi bem contra os grandes rivais corintianos e isso fortalece sua participação. Não o vejo convocado para a Seleção Brasileira porque há opções melhores e superiores na parte técnica. Agora, aqui na terrinha, Jô foi o melhor jogador do Paulista, na minha opinião. Se vai manter a eficiência num Brasileiro competitivo e difícil, prefiro aguardar. Como futebol é momento, deixo esta avaliação.

Estendo a análise para a Seleção do torneio. Cássio; Samuel Santos(Botafogo), Pablo, Edu Dracena e Guilherme Arana; Felipe Melo, Fernando Bob(Ponte Preta), Rodriguinho e Jadson; Pottker e Jô.

Técnico: Fábio Carille. Talvez, melhor do que todo o time do Corinthians.