Blog do Praetzel

Jô me surpreendeu e virou o melhor jogador do Paulista

Alexandre Praetzel

Quando o Corinthians anunciou a contratação de Jô, confesso que não fiquei muito entusiasmado. Ele vinha em queda técnica e sob muita desconfiança, após deixar o Brasil, depois de fazer parte do elenco da Seleção Brasileira, no fiasco da Copa do Mundo de 2014. Jô ficou marcado como um jogador pouco comprometido e com problemas disciplinares, fora de campo. Foi para o mundo árabe e voltou ao Corinthians, numa contratação sem badalação, com três anos de contrato e pagamento de R$ 1,5 milhão de comissão ao empresário. As críticas foram muito grandes, na mídia e entre os torcedores.

Em setembro de 2016, Jô começou a treinar e ganhou elogios de todos, prevendo um bom ano de 2017. Fábio Carille parecia enxergar longe ao apostar no desempenho do atacante. Jô ganhou confiança, teve boas atuações e marcou cinco gols em cinco clássicos. Despontou como o principal nome ofensivo do Paulista. Claro que o Estadual não é parâmetro para maiores desafios, mas Jô foi bem contra os grandes rivais corintianos e isso fortalece sua participação. Não o vejo convocado para a Seleção Brasileira porque há opções melhores e superiores na parte técnica. Agora, aqui na terrinha, Jô foi o melhor jogador do Paulista, na minha opinião. Se vai manter a eficiência num Brasileiro competitivo e difícil, prefiro aguardar. Como futebol é momento, deixo esta avaliação.

Estendo a análise para a Seleção do torneio. Cássio; Samuel Santos(Botafogo), Pablo, Edu Dracena e Guilherme Arana; Felipe Melo, Fernando Bob(Ponte Preta), Rodriguinho e Jadson; Pottker e Jô.

Técnico: Fábio Carille. Talvez, melhor do que todo o time do Corinthians.