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Na Copa do Brasil, Dérbi só na final. Palmeiras e Santos numa possível semi
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Alexandre Praetzel

As quartas-de-final da Copa do Brasil terão Corinthians X Chapecoense, Flamengo X Grêmio, Vasco ou Bahia X Palmeiras e Cruzeiro ou Atlético-PR X Santos. Numa análise inicial, podemos dizer que o sorteio foi mais favorável ao Corinthians, que enfrentará o adversário mais fraco da fase. No entanto, o Corinthians terá Fla ou Grêmio, numa eventual semifinal.

Do outro lado, Palmeiras é favorito contra Vasco ou Bahia. A tendência é o Bahia se classificar, depois de ter ganho por 3 a 0, em Salvador. O jogo de volta será em São Januário, após a Copa do Mundo.

O Santos pegou uma parada dura. O Cruzeiro é o provável oponente, depois de ter vencido o Atlético-PR por 2 a 1, em Curitiba. A volta será no Mineirão. O Santos não vem bem, mas a parada para a Copa do Mundo pode determinar a chegada de reforços ao Santos e a saída de nomes do Cruzeiro. Ainda assim, o Cruzeiro é mais forte. Se passar o Furacão, confrontos equilibrados.

Numa projeção para as semifinais, acho que Corinthians X Grêmio e Palmeiras X Cruzeiro, são os favoritos. Óbvio que num mata-mata, tudo pode se equilibrar. Mas pela tendência atual, esses são os quatro melhores, avaliando a temporada.

Foram 21 títulos de Copa do Brasil, neste sorteio. Grêmio e Cruzeiro com cinco. Fla, Corinthians e Palmeiras com três. Vasco e Santos com uma conquista.

Sem dúvida, será uma fase com grandes partidas e forças medidas. Tudo pelo título e pela premiação recorde de R$ 50 milhões.


A bola puniu o presidente do Galo. É preciso respeitar o futebol
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Alexandre Praetzel

O Atlético-MG está eliminado da Copa do Brasil. Caiu nas oitavas-de-final para a Chapecoense, após dois empates em 0 a 0 e derrota nos pênaltis, no segundo jogo, em Chapecó. O Galo não teve competência para fazer um gol na Chape e ficou fora de mais um torneio de mata-mata.

O presidente Sérgio Sette Câmara, no seu primeiro mandato, parece que foi punido pela boca. Após desprezar a Copa Sul-Americana, no jogo de volta diante do San Lorenzo, depois de ter escalado os titulares em Buenos Aires, Sette Câmara disse que a Sul-Americana era deficitária e uma espécie de segunda divisão da América do Sul. Foi mal duas vezes. Talvez tenha desdenhado da única competição que seria possível ganhar, ainda que esteja bem no Brasileiro, com cinco rodadas disputadas.

O futebol brasileiro não permite nenhum rasgo de arrogância. Nossos clubes estão endividados e precisam de receitas. Isso passa pela possibilidade de disputar e lutar por títulos. Uma Sul-Americana leva o campeão para a Libertadores da América. Na proporção, o Atlético de Madrid foi eliminado na primeira fase da Champions League e seguiu para a Liga Europa, onde se sagrou campeão e voltará à Champions, em 2019. Perguntem ao Simeone se não foi bom ganhar mais um troféu e ser campeão?

Pois é. Enquanto desvalorizarmos competições e escalarmos reservas e times descaracterizados, não poderemos reclamar de nada. Clube de futebol vive de conquistas, prestígio, receitas e torcida. Sette Câmara só pensou na sua opinião e foi punido em seguida, numa Copa do Brasil recheada de dinheiro e cotas maravilhosas. Tomara que tenha aprendido a lição.


Romero é muito importante para o Corinthians. Paraguaio mantém regularidade
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Alexandre Praetzel

O Corinthians está classificado para as quartas-de-final da Copa do Brasil, com a vitória de 3 a 1 sobre o Vitória. O time teve atuação consistente, com bom primeiro tempo, e definiu a vaga com uma segunda etapa ainda melhor. O resultado eliminou qualquer princípio de crise técnica e de ambiente para o Dérbi, domingo, pelo Brasileiro. O destaque do jogo foi Romero, autor de dois gols.

O paraguaio merece um capítulo à parte. Ele está longe de ter um brilhantismo técnico, mas sua colaboração tática é inquestionável. Romero marca e ataca. Recompõe bem defensivamente e cumpre as orientações do treinador. Já ouvi de muitos técnicos que Romero é um jogador importante para o futebol atual.

Para quem adora números, Romero é o goleador da Arena corintiana com 23 gols, desde que o estádio foi inaugurado, em maio de 2014. Claramente, Romero já comprovou sua importância e será titular do Corinthians, por um bom tempo. Jadson vem logo atrás com 20 gols marcados.

Acredito que muitos torcedores gostariam de ter Romero no seu time. Raça, leitura de jogo e comprometimento estarão garantidos. É o que eu penso.

 


Cássio evita derrota do Corinthians em Salvador. Empate foi bom resultado
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Alexandre Praetzel

O Corinthians volta de Salvador com um bom resultado na abertura das oitavas-de-final da Copa do Brasil. O time de Fábio Carille não teve boa atuação e ficou no 0 a 0 com o Vitória, no Barradão. Desde o início da partida, o Corinthians teve mais posse de bola, mas parecia desgastado e sem muita força para superar a marcação do Vitória. A equipe de Vágner Mancini começou mais recuada e dando campo ao Corinthians, esperando algum erro. Em duas oportunidades, quase fez o gol, mas parou em Cássio. O goleiro corintiano foi o melhor em campo. O Corinthians só chutou uma bola a gol, com Rodriguinho. Jadson não foi bem e Clayson perdeu o duelo com Juninho e Zé Welison. No final da primeira etapa, Ralf saiu machucado e Gabriel entrou.

Depois do intervalo, os dois times voltaram mais intensos e atacando mais. Os espaços foram aparecendo, muito mais pelo lado do Corinthians. Yago, Neílton e Denílson incomodaram a defesa corintiana, com bons contra-ataques. Eles exigiram três defesas de Cássio e poderiam ter marcado, se tivessem mais qualidade nas finalizações. Do outro lado, Caíque só fez uma defesa, em chute de Romero.

Em linhas gerais, o Corinthians pode comemorar a igualdade, decidindo a classificação diante de sua torcida, sem gol qualificado. O Vitória perdeu a grande chance de pressionar o Corinthians, no jogo de volta. O confronto está aberto, mas o Corinthians é favorito pela força do elenco e por atuar em casa.


São Paulo caiu para um adversário melhor. Faltou qualidade para decidir
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Alexandre Praetzel

O São Paulo não conseguiu vencer o Atlético-PR e caiu mais uma vez na quarta fase da Copa do Brasil, repetindo 2017, quando foi eliminado pelo Cruzeiro. O tricolor até abriu 2 a 0, resultado que lhe servia, mas não conseguiu segurar a vantagem e sofreu o empate. No primeiro confronto, o Atlético havia vencido por 2 a 1.

Diego Aguirre escalou um time mais físico e fez um bom primeiro tempo, consistente e com criações de jogadas. Valdívia fez um bonito gol e Nene ampliou, após chute desviado na defesa. Parecia que o São Paulo iria se classificar, mantendo uma postura equilibrada em campo. Mas tudo mudou aos 38 minutos, num pênalti cometido por Liziero, depois da bola bater no seu braço direito. O Furacão diminuiu e voltou para o jogo.

No segundo tempo, a partida continuou franca, com as duas equipes partindo para o ataque. Aí, o padrão de Fernando Diniz funcionou, quando o Atlético-PR fez ótima trama pela esquerda e Matheus Rossetto bateu sozinho na cara de Sidão. O time paranaense buscou o placar que lhe servia, mas não administrou vantagem. Manteve o toque de bola e sempre contra-atacou com perigo. O São Paulo foi para cima e exigiu duas defesas difíceis do goleiro Santos. Faltou melhor pontaria, calma e qualidade técnica para fazer o terceiro gol e seguir para os pênaltis.

Não dá para tirar o mérito do Atlético. Nunca deixou de jogar e foi buscar a vaga. Time por time, o Atlético-PR não é tão superior, mas na forma de jogar, parece melhor. O São Paulo perde dinheiro e contabiliza mais uma eliminação no ano. Golpe duro para um início de trabalho de Aguirre e a chegada de Everton.

De 2013 a 2018, foram 19 eliminações em torneios de mata-mata. A sequência impressiona, num clube que é gigante e ganhou muito até 2008. O problema é se acostumar a perder e começar a viver do passado. A pressão só aumenta.


Aguirre X Diniz. Intensidade contra posse de bola. Jogo duro para o SP
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Alexandre Praetzel

O São Paulo tem uma parada duríssima nesta quinta-feira, no Morumbi, pela Copa do Brasil. Enfrentará o Atlético-PR, precisando vencer o segundo jogo da quarta fase por dois gols de diferença, depois de perder o primeiro confronto por 2 a 1. Vitória por um gol, levará a decisão da vaga para os pênaltis. Lembrando que o torneio é a única competição que o São Paulo nunca conquistou.

Será o duelo de Diego Aguirre contra Fernando Diniz. O uruguaio chegou recentemente e ainda busca uma identidade para o time. Deve escalar três zagueiros e optar por uma formação mais intensa e agressiva, sem muita qualidade técnica. Se o São Paulo repetir o desempenho da vitória sobre o Paraná Clube, provavelmente, será eliminado pelo Furacão. Só uma tática física e de velocidade, não vai adiantar. É preciso jogar bola.

Fernando Diniz desembarcou em Curitiba, no início do ano, após deixar o Guarani. Comandou o Atlético-PR em sete partidas apenas, porque o clube priorizou Copa do Brasil, Sul-Americana e Brasileiro. O Estadual foi conquistado por reservas e Sub-23. Diniz implantou sua filosofia e o Atlético-PR atua com muita posse de bola e troca de passes. Nos dois últimos jogos, fez oito gols e tomou só um. Sou fã de Diniz. Muitos acham que ele não consegue emplacar um trabalho em clubes maiores, porque os jogadores não se dispõem a obedecer a metodologia do treinador. Os atletas do Atlético parecem que estão gostando e os resultados são bons.

Projeção de um embate muito interessante. O São Paulo retomando sua grandeza e dando esperanças ao seu torcedor, mas, por incrível que pareça, inferior ao adversário no futebol, mesmo que seja maior como instituição. Terá que provar dentro de campo, porque só a camisa tricolor pode não bastar.


Fernando Diniz encanta jogadores do Atlético-PR. SP terá dificuldades
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Alexandre Praetzel

O São Paulo abre a quarta fase da Copa Brasil, enfrentando o Atlético-PR, nesta quarta-feira, em Curitiba. O tricolor nunca venceu na nova Arena da Baixada. Foram 12 derrotas e cinco empates. Um retrospecto de assustar, mas uma hora isso vai terminar. Pode ser agora, com o São Paulo de Diego Aguirre mais intenso e encorpado e um pouco mais confiante.

Mas não será fácil. O Atlético-PR está apenas treinando e fez apenas quatro jogos com sua equipe principal, todos pela Copa do Brasil. Empatou com Caxias, venceu o Tubarão-SC por 5×4 e passou pelo Ceará nos pênaltis, depois de dois empates. O time Sub-23, reforçado por alguns nomes mais velhos, disputa a final do Paranaense contra o Coritiba.

Fernando Diniz assumiu a equipe com o compromisso de adotar um futebol total, lembrando o trabalho no Audax-SP, quando superou grandes times e chamou a atenção do país. Nas quatro partidas deste ano, o desempenho não foi maravilhoso, mas mostrou bem a ideia do treinador, assimilada pelos atletas. O blog conversou com o zagueiro Paulo André, a respeito de Diniz. Pelas palavras de Paulo, Fernando Diniz conquistou o grupo.

“Praetzel, os atletas estão encantados com o trabalho do Diniz, sua lógica, sua condução de grupo e percebem a gigantesca evolução individual de cada atleta. Quem está dentro do processo, tem convicção de que este é o melhor caminho a seguir e abraçou a causa. Agora, começa o nosso ano para valer e precisaremos, além de desempenhar, fazer com que os resultados acompanhem esse bom futebol que queremos praticar”, afirmou Paulo André.

O Atlético-PR joga num 3-4-3 com Santos; Wanderson, Pavez (Paulo André) e Thiago Heleno; Jonathan, Matheus Rossetto, Raphael Veiga e Carleto; Guilherme, Nikão e Bergson. Provavelmente, vai querer tomar a iniciativa do jogo contra um São Paulo mais fechado, com Sidão; Arboleda, Rodrigo Caio e Bruno Alves; Militão, Jucilei, Liziero e Reinaldo; Cueva, Trellez e Nene.

Dois times com esquemas parecidos, mas o São Paulo mais lento, em relação ao Atlético-PR. Tendência de um confronto complicado. O são-paulino mais otimista pode lembrar que o São Paulo segurou bem o Corinthians e só caiu nos pênaltis, na semifinal do Paulista. Quem sabe, desta vez consiga ultrapassar a quarta fase e chegue às oitavas-de-final, algo que não aconteceu, em 2017.


São Paulo não é favorito contra o CSA. Sinal dos tempos
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Alexandre Praetzel

Dia 15 de fevereiro de 2018. O São Paulo enfrenta o CSA-AL, em jogo único fora de casa, pela segunda fase da Copa do Brasil. Desde o ano passado, com a mudança de regulamento, o torneio ficou ainda mais próximo de apresentar surpresas. É preciso vencer para ganhar a vaga à terceira fase. Um simples empate, leva a decisão para os pênaltis. O Corinthians quase caiu para o Brusque-SC, passando numa disputa apertada de penalidades.

Em tempos anteriores, o São Paulo seria muito favorito. Hoje, o quadro mudou, muito mais pelo São Paulo, mas também pelo crescimento de algumas equipes do Norte-Nordeste. O CSA foi campeão da Série C, jogando bom futebol. Claro que os adversários eram inferiores, mas o time alagoano atingiu o objetivo. No momento, enfrenta dificuldades no Estadual e na Copa do Nordeste, mas num confronto só, pode atrapalhar.

O São Paulo terá a base titular mantida e ganhou Arboleda e Valdívia como opções no banco de reservas. Dorival Jr. teve um tempo maior de preparação e escalou os melhores, pelo menos, no papel. No Paulista, o tricolor ainda não convenceu. Diante do Madureira, venceu, mas teve dificuldades.

Sidão; Militão, Bruno Alves, Rodrigo Caio e Reinaldo; Jucilei, Hudson, Cueva e Nenê; Marcos Guilherme e Diego Souza. Esta formação poderia estar jogando mais. Tem a obrigação de passar, por tudo que o São Paulo representa, mas precisa de mais bola dentro de campo.

Não imagino o São Paulo eliminado. Será uma vergonha, se isso acontecer. Agora, o próprio São Paulo montou esse cenário de insegurança, pelos últimos anos. Anteriormente, esse jogo seria apenas mais um no calendário. Hoje, virou uma decisão. Sinal dos tempos. E o São Paulo deve saber disso.


Título da Copa do Brasil coroa Fábio e escancara várias coisas
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Alexandre Praetzel

A decisão da Copa do Brasil entre Cruzeiro e Flamengo foi bem abaixo da expectativa. Muitos, inclusive eu, esperavam um jogo técnico, com os dois times buscando o gol desde o início, mas vimos duas equipes cautelosas com medo de atacar e esperando o erro do adversário. Acabou indo para os pênaltis com o quinto título cruzeirense. A final escancarou algumas coisas e apresentou outras.

-Fábio é um monstro de goleiro. 14 anos como titular do Cruzeiro e decisivo nos pênaltis. É o goleiro mais injustiçado da Seleção Brasileira, com raríssimas convocações e preterido por concorrentes inferiores. Fechou o gol no Maracanã e Mineirão;

-Muralha tinha tudo para a redenção no Flamengo. Parecia que o destino lhe dava uma grande chance para fechar o gol e levar o Flamengo à vitória. Nos pênaltis, pulou apenas para o lado direito como estratégia. Segue sendo o Muralha, cheio de desconfiança;

-Hudson foi titular do São Paulo, em 2016, mas foi trocado por Neílton, em janeiro. Surpresa para muitos. Virou titular do Cruzeiro a partir do meio do ano, sendo fundamental na semifinal contra o Grêmio e o melhor jogador em campo diante do Flamengo. Cruzeiro quer ficar com ele;

-Rafael Sóbis não disputou a final, por estar suspenso. Mas foi o goleador do torneio e colocou mais uma faixa de campeão no peito. É um ganhador de títulos;

-Thiago Neves foi muito cobrado pela torcida o ano todo, pelo custo-benefício. Foi decisivo nas duas cobranças de pênaltis contra o Grêmio na semifinal e diante do Flamengo na final;

-Diego foi escolhido o melhor jogador da Copa do Brasil, em votação antes da decisão. Não jogou bem e ainda errou a cobrança de pênalti. Ficou devendo;

-Mano Menezes chega ao segundo título de Copa do Brasil. Foram oito anos sem títulos, após passagens pela Seleção Brasileira e Flamengo e duas vezes no Cruzeiro. Volta à galeria de vencedores;

-Flamengo só ficou com a Sul-Americana como possibilidade de conquista maior. Pouco para o investimento feito nas contratações e com alguns erros de planejamento. O principal foi a indefinição de um goleiro titular, até a chegada de Diego Alves, no meio do ano. Acabou fazendo falta.

Parabéns ao Cruzeiro pela quinta taça de campeão. Acompanhei todos em 1993, 1996, 2000, 2003 e 2017.


Tinga: “Final entre Cruzeiro e Fla foi um presente para a Copa do Brasil”
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Alexandre Praetzel

O Cruzeiro está pronto para decidir a Copa do Brasil, a partir desta quinta-feira, contra o Flamengo. O time treinado por Mano Menezes chegou à final, após eliminar São Paulo, Chapecoense, Palmeiras e Grêmio, adversários da Série A do Brasileiro. O blog entrevistou o gerente de futebol, Paulo César Tinga, a respeito do ambiente do grupo, a gestão atual e as comparações com o Flamengo. Acompanhem a seguir.

Cruzeiro está pronto para ser campeão?

A gente está pronto como o Flamengo também está. Quem chega numa final, é por mérito. Nós temos méritos porque tivemos uma caminhada maior. Ganhamos de São Paulo, Chapecoense, Palmeiras e Grêmio. Todas equipes que chegam numa final têm méritos, mas é natural que seja 50% para cada um, numa final.

Como defines o Flamengo hoje?

Uma equipe forte, que chegou forte na final, assim como o Cruzeiro. São duas equipes extremamente vencedoras por todas suas histórias. Sempre com muita história de títulos. Jogaram só a primeira divisão. Foi um presente para a própria competição, chegar com duas equipes de qualidade e tradição no mundo todo, reverenciadas por todas suas histórias.

Achas que o Flamengo tem desvantagem, por Rueda ter chegado agora?

Não vejo desvantagem. Não gosto de analisar time e clube dos outros. Como trabalho, não tenho como analisar. Posso falar do meu treinador, que chegou mais uma vez por méritos, com bom trabalho. Não quero entrar em detalhes. Seria injusto comparar, porque um está há um mês aqui e o outro teve o trabalho integral.

Houve uma acomodação no clube, após o bicampeonato brasileiro em 2013 e 14?

Eu acabei saindo, não vivi 15 e 16. É muito difícil de falar. Com experiência de gestão, ganhar um ou dois brasileiros, é muito difícil. É natural que no terceiro ano, haja uma queda de rendimento. Tem que ter um cuidado muito grande. É importante saber ganhar. Nas vitórias, temos a tendência de estarmos estagnados. Pode ter acontecido, porque acharam que era o suficiente para ganhar. Nove meses trabalhando na gestão, é mais difícil fazer futebol pós vitórias, porque pode haver um relaxamento. Viver na vitória é como educar os filhos. É mais fácil educar o filho na falta das coisas. Quando está sobrando, você tem mais dificuldade em educar.

A gestão joga o ano no torneio?

Não costumo ver desta forma. Você pode estar gerindo tudo errado, de repente ganha e acha que tudo está resolvido. O inverso pode acontecer. A gestão tem que ser analisada no final da temporada, pesar na balança e ver os frutos. Tem que ver no final e comparar com o ano anterior. Estamos numa final da Copa do Brasil e brigando para chegar na Libertadores, pelo Brasileiro. Chegar numa final, no mínimo, é porque o trabalho está sendo bem feito.

Tinga foi bicampeão brasileiro como jogador, em 2013 e 2014. Hoje, ocupa a função executiva, desde o início do ano. O Cruzeiro venceu a Copa do Brasil em quatro oportunidades: 1993, 1996, 2000 e 2003. Na última vez, bateu o próprio Flamengo. Na ocasião, era treinado por Vanderlei Luxemburgo.