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Fábio Carille é melhor do que o time do Corinthians
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Alexandre Praetzel

No Brasil, ainda temos a cultura do “treinadorismo”. Dirigentes entregam o vestiário e aceitam um comando paralelo no departamento de futebol. O técnico indica, manda e desmanda e a diretoria só observa. O Corinthians, me parece, foge a essa regra, atualmente. Fábio Carille foi efetivado em dezembro, após serviços prestados por vários anos ao clube.

Óbvio que houve desconfiança. Afinal, a temporada de 2016 foi ruim, com quatro treinadores e maus resultados. Mas Carille chegou com seu jeito simples, sem reclamações, com um modelo de jogo definido e afirmação em pouco tempo, com a conquista do Campeonato Paulista. Todo mundo sabe que o Corinthians não tem dinheiro para grandes investimentos e ficou para trás na comparacão com os rivais. No entanto, Carille fez a diferença e ficou superior ao time.

Adaptou a tática ao que tinha no elenco. Padrão defensivo forte, força física, equilíbrio entre os setores e contando também com fases muito boas de Jô, Rodriguinho e Guilherme Arana e o espírito guerreiro de Pablo, Gabriel e Romero. Um feijão com arroz bem preparado, sem brilhantismo, mas com grande eficiência. Carille ainda é didático e resume cada desempenho com verdade, respeitando todo mundo.

O Corinthians tem dez pontos em 12 disputados, no Brasileiro. Por palpite, acho que não será campeão, mas certamente irá incomodar os adversários, como fez no segundo tempo contra o Santos, sem deixá-los respirar.

Carille é melhor do que o time do Corinthians. E tem o grupo na mão. Esse é meu resumo.


Palmeiras e Santos. Elenco e time
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras será campeão brasileiro de 2016. Não tenho e nunca tive dúvidas sobre isso. É o elenco mais consistente do país. Os reservas com Vágner; Fabiano, Edu Dracena, Tiago Martins e Egídio; Arouca, Gabriel, Cleiton Xavier e Allione; Rafael Marques e Barrios vestiriam várias camisas de outros times brasileiros.

Entre os titulares, Mina, Vitor Hugo, Moisés, Tchê Tchê e Gabriel Jesus são candidatos à seleção do campeonato.

Agora, destaco também a formação principal do Santos. Completo, vejo o Santos como um TIME muito bom do torneio. Vanderlei; Victor Ferraz, Gustavo Henrique(machucado), Luiz Felipe(machucado) e Zeca; Thiago Maia, Renato, Vitor Bueno e Lucas Lima; Copete e Ricardo Oliveira. Gabriel Barbosa ainda foi embora no meio do ano e foi bem substituído por Copete. O Santos fez quatro pontos contra o Palmeiras, em dois confrontos.

Então, desde 2003, quando o Cruzeiro conquistou o primeiro Brasileiro de pontos corridos com várias opções no grupo, a regra é essa. Talvez, o Flamengo de 2009 tenha sido uma exceção. No mais, quem consegue sustentar e manter um elenco com 26 jogadores de bom nível, sem perda de conjunto e qualidade, conseguindo administrar o vestiário, vai bater campeão no final da temporada. Não precisa ser o melhor tecnicamente. Pode ser o mais competitivo.

Palmeiras tem um elenco com bons nomes. Santos ficou só com um time. Uma menção honrosa ao Flamengo e Atlético-MG, que perderam rendimento nas últimas rodadas.


Bruno Rangel sonha com título da Sul-Americana e ainda busca time grande
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Alexandre Praetzel

A Chapecoense representa o Brasil, nas semifinais da Copa Sul-Americana. A equipe catarinense enfrentará o San Lorenzo da Argentina, decidindo a vaga na final, em Chapecó. Um dos destaques do time é o centroavante Bruno Rangel. Aos 34 anos, segue fazendo gols e chamando a atenção, apesar de nunca ter jogado num grande clube. Em  entrevista exclusiva ao blog, Bruno falou sobre isso e as pretensões da Chapecoense, nesta reta final da temporada. Leia abaixo.

Chapecoense tem equipe para ganhar a Sul-Americana

“A gente sabe que é bastante difícil, mas o time fez um grande jogo contra o Júnior de Barranquilha. Já tinha sido um resultado histórico diante do Independiente-ARG, então podemos sonhar. Claro que com os pés no chão. Até pouco tempo atrás, ninguém imaginava chegar onde chegamos. Graças a Deus, estou no clube desde 2013, com uma pequena saída para o exterior. Participei dessas campanhas belíssimas. Dentro do equilíbrio do torneio, dá para dizer que temos sim”.

Jogo contra o Corinthians

“Um jogo importante porque ainda corremos um pequeno risco de rebaixamento no Brasileiro. Nosso treinador não definiu a equipe por causa do desgaste de quarta-feira com muita chuva e campo pesado. Mas sabemos que sempre é complicado jogar com o Corinthians. Eles precisam do resultado porque brigam por Libertadores e a gente quer chegar logo nos 45 pontos. Um passo de cada vez. Deixamos para pensar na Sul-Americana de novo, a partir deste domingo”.

Vale a pena jogar na Chapecoense

“Estou encerrando minha quarta temporada aqui. Em 2014, saí por seis meses e voltei. Graças a Deus, é um trabalho de crescimento ao longo desses anos e que já ficou na história. Vale a pensa sim pelo projeto, a cidade é bacana, minha família gosta muito daqui. Salário em dia, dá segurança. Encerro meu contrato em dezembro e passa um filme já”.

Centroavante à moda antiga

“Pessoal comenta direto isso comigo. Acredito bastante no trabalho. Sou centroavante de área mesmo, desde o começo. Ao longo dos anos, evoluí taticamente, saindo um pouco também para buscar o jogo e colaborar com a equipe. Importante é poder marcar os gols e contribuir. Graças a Deus, está sendo possível”.

Nunca atuou em time grande

“Todo jogador sonha em atuar numa equipe de ponta, com grande expressão, disputar títulos. Sou bem feliz aqui. Esse ano me tornei o maior artilheiro da história da Chapecoense. Fomos campeões estadual, estamos brigando na Sul-Americana, então isso também satisfaz. Agora, sinceramente tem situações no futebol que fogem do nosso conhecimento. Existe preconceito com idade, por não ter empresário, mas eu me sinto preparado e me cuido muito. Temos o Ricardo Oliveira em alto nível. O Zé Roberto não é da posição, mas é um grande exemplo também. Tantos outros aí na Série A. Deixo o futuro nas mãos de Deus. Já teve sondagens nos outros anos. Essa época começam a falar, mas por enquanto, quero terminar bem aqui e ir o mais longe possível na Sul-Americana. Depois, ver o que surge para 2017”.

Bruno Rangel já vestiu a camisa da Chapecoense em 125 jogos com 77 gols marcados. No Brasileiro, fez nove gols até a 32ª rodada. A Chapecoense está com 42 pontos, na 12ª colocação. O time disputa a Série A pela terceira vez consecutiva.


G6 do Brasileiro alivia a pressão sobre treinadores
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Alexandre Praetzel

O G6 do Campeonato Brasileiro vai aliviar a barra de muitos treinadores no Brasil. O discurso por uma vaga na Libertadores da América determinará a luta pela 6ª colocação. Várias vezes ouvimos a classificação para o torneio sul-americano como um objetivo difícil de ser alcançado. Agora não. O G6 pode virar G7, se o campeão da Copa do Brasil estiver entre os seis primeiros.

Particularmente, não gosto de mudanças de regras em meio às competições. Acho também que seis vagas pelo Brasileiro, diminui a valorização de outros torneios. Preferia que as Copas regionais fossem mais destacadas com esta premiação. Ou quem sabe um play-off entre o sexto e o vice da Copa do Brasil?

De qualquer maneira, o principal para mim é a luta por títulos. Presença em Libertadores aumenta receitas e exposição e determina a formação de bons elencos. Agora, só brigar para disputá-la, é muito pouco. Em qualquer instituição.


Corinthians tem time mesmo para ser sétimo lugar no Brasileiro
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Alexandre Praetzel

O Corinthians está na 7ª posição do Campeonato Brasileiro com 41 pontos, após a derrota para o Fluminense. Acredito que seja a colocação correta pelo time que permaneceu no CT Joaquim Grava. Nenhum clube no mundo aguenta perder 20 jogadores em nível de titularidade e elenco, num intervalo de oito meses. Façam a mesma coisa em grandes europeus e as chances de títulos e bons resultados serão obras do acaso.

Claro que ainda existe a Copa do Brasil, onde nem sempre a melhor equipe levanta a taça. Agora, da foto oficial do Brasileiro de 2015, só restaram Cássio, Fágner, Elias e Uendel, na formação principal. Elias já foi embora em agosto. As reposições ficaram bem abaixo e diminuíram a qualidade corintiana. Nomes que eram coadjuvantes em outros lugares, chegaram para o protagonismo no Corinthians e sentiram o peso e a responsabilidade.

Então, as cobranças devem recair sobre a diretoria, que adotou o discurso de uma vaga para a Libertadores da América, no mínimo. Algo distante da realidade para quem também troca de técnico depois de 17 partidas e segue na busca por um novo comandante no mercado. Só com pensamento mágico para dar certo.


O aroma é verde. Palmeiras passa bem por sequência difícil
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Alexandre Praetzel

Após 26 partidas, o cheiro do título é verde. A vitória de 2 a 0 sobre o Corinthians foi maiúscula, quebrando uma série de 32 partidas sem derrota do rival, dentro da sua casa. Claro que ainda falta muita coisa, mas o Palmeiras mostra maturidade e soma pontos, mesmo quando não joga bem.

No clássico, o Palmeiras foi melhor e cirúrgico. Fez 1 a 0 com Moisés, aproveitando erro do zagueiro Vilson, merecendo a vantagem parcial no primeiro tempo.

Na segunda etapa, o Verdão teve outras chances para aumentar o placar e liquidou a fatura com o colombiano Mina deslocando Cássio, logo depois da expulsão do lateral Léo Príncipe. Onze contra 11, o Palmeiras também era superior. Se não fosse o goleiro corintiano, o escore seria maior. Jaílson fez apenas uma defesa.

Moisés e Tchê Tchê foram os destaques. Líder com 51 pontos e dez à frente do Corinthians. Vantagem real, pela diferença de qualidade e elenco das duas equipes.

O Palmeiras passou por uma sequência difícil contra Grêmio, Flamengo e Corinthians. Permaneceu em primeiro e abriu quatro pontos do rubro-negro carioca. Melhor impossível e favorito, sim.

“Verde que te quero ver” é o lema do Brasileirão no momento.