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Arquivo : Uruguai

Palpites para as quartas da Copa. Jogo duro para o Brasil
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Alexandre Praetzel

As quartas-de-final da Copa do Mundo começam nesta sexta-feira. Seis seleções européias contra duas sul-americanas. Nas projeções do blog, nas oitavas-de-final, houve o acerto do número de times de cada continente. Agora, vamos a uma nova etapa, com outra avaliação.

França X Uruguai – a França finalmente fez um bom jogo contra a Argentina. Passou com autoridade e superou um momento de pressão, quando tomou a virada para 2 a 1, no início do segundo tempo. Mbappé teve espaços e resolveu. É um time equilibrado nos três setores. Pega um Uruguai fortíssimo na defesa e consistente na parte tática. Se Cavani jogar, o Uruguai diminui a desvantagem técnica. De qualquer maneira, será um duelo muito interessante. Fico com a França.

Brasil X Bélgica – tendência de jogo equilibrado. O bom ataque belga terá a boa defesa do Brasil, pela frente. Se a Bélgica for espaçada novamente, o Brasil deve vencer. Por isso, fica a curiosidade de como será a postura belga. Neymar e Coutinho de um lado. Hazard, De Bruyne e Lukaku, do outro. O Brasil é favorito por todo o histórico, mas sabe que vai enfrentar uma equipe com bons jogadores em todos os setores. Aposto em empate no tempo normal e vaga brasileira nos pênaltis.

Suécia X Inglaterra – a força física dos suecos contra a técnica maior dos ingleses. Sem favoritos. A Suécia é muito organizada defensivamente, forte na bola aérea e contra-ataques. A Inglaterra tirou o trauma de não avançar nos últimos mundiais e ganhou confiança. Harry Kane, como goleador do torneio, merece respeito. O time é bom. Vou de Inglaterra.

Rússia X Croácia – os donos da casa não são mais o “patinho feio” da Copa. O futebol pode ser feio, mas o comprometimento e disciplina tática, são exemplares. Depois de ter “segurado” a Espanha, a Rússia pode repetir a dose contra a Croácia. É menos time e vai enfrentar uma equipe mais agressiva que a Espanha, na criação de jogadas ofensivas, sem a maçante troca de passes inúteis. Ainda assim, o fator torcida pode ajudar. Do outro lado, o quarteto com Modric, Rakitic, Mandzukic e Rebic, pode levar a Croácia a sua segunda semifinal de Copa. Rússia nos pênaltis.


Vou torcer pelo Uruguai contra Portugal. A raça e a tradição, contagiam
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Alexandre Praetzel

Desde que me conheço por gente, que aprendi a respeitar o futebol uruguaio. Nasci em 1970, numa década que o país tinha grandes jogadores e muita tradição. Com o passar do tempo, o futebol local perdeu força e dinheiro, como a maioria dos clubes sul-americanos, tornando-se revelador de atletas e negociando com o exterior. A distância para a Europa virou um abismo gigantesco. Desde quando eu nasci, o Uruguai ficou fora das Copas de 78, 82, 94, 98 e 2006. Ainda assim, teve nomes como Francescoli, Dario Pereira, Rodolfo Rodriguez, Montero, Morena, Recoba, Fonseca, Rúben Paz e Rúben Sosa.

Num país com pouco mais de três milhões de habitantes, a Seleção mantém sua grandeza e tradição de bicampeã do Mundo. Claro que a equipe não é exuberante e será difícil ganhar a Copa pela terceira vez. Agora, com o que tem, o Uruguai possui um bom time. Godín é um dos melhores zagueiros do planeta. No meio-campo, houve rejuvenescimento com qualidade. No ataque, qualquer seleção gostaria de ter uma dupla como Cavani e Suárez.

O Uruguai se classificou em primeiro lugar com nove pontos, num grupo fraco, é verdade. Mas não passou trabalho como outros adversários, na mesma situação. Marcou cinco gols e não sofreu nenhum. Ganhou dos donos da casa por 3 a 0, e isso deve ser valorizado.

Agora, terá o duelo das oitavas-de-final contra Portugal. Suárez X Cristiano Ronaldo. Acredito que seja possível uma classificação uruguaia. Portugal depende muito mais de Cristiano do que o Uruguai de Suárez. O jogo promete muito. E vou torcer pelo Uruguai. Tenho certeza que o Uruguai deixará tudo dentro de campo, para tentar eliminar o melhor jogador do mundo.

A camisa celeste é histórica e isso entusiasma demais.


Uruguai foi o único sul-americano a vencer na 1ª rodada. Isso preocupa?
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Alexandre Praetzel

A primeira rodada da Copa do Mundo terminou com apenas uma vitória sul-americana, em cinco jogos. O Uruguai venceu o Egito por 1 a 0, com sofrimento, e só. Os favoritos Brasil e Argentina ficaram nos empates contra Suiça e Islândia. Peru e Colômbia perderam para Dinamarca e Japão.

Claro que será possível reagir na segunda rodada, mas a pressão aumentou bastante.

O Brasil pega a Costa Rica e deve ganhar.

O Uruguai enfrentará a Arábia Saudita, que tomou de cinco da Rússia, mas deve vir com outra postura, apesar da fragilidade técnica.

A Argentina tem a Croácia, adversário muito difícil e com vitória sobre a Nigéria. Um empate será ótimo para os croatas.

O Peru será franco-atirador diante da França. Sabe que tem um time inferior e tentará o milagre. Outra derrota e estará eliminado.

A Colômbia terá a Polônia, talvez a equipe mais forte da chave. O tropeço inesperado para o Japão, complicou as coisas.

Numa projeção lógica, Brasil e Uruguai estarão nas oitavas-de-final e a Argentina é uma incógnita. Peru e Colômbia devem cair fora.

Em 2014, a América do Sul tinha seis participantes. Na mesma primeira rodada, foram quatro vitórias e duas derrotas. Na ocasião, o Uruguai perdeu para a Costa Rica por 3 a 1, e o Equador levou 2 a 1 da Suiça. Das seis seleções, cinco passaram e quatro se enfrentaram nas oitavas e duas nas quartas-de-final. O Brasil foi semifinalista e a Argentina, vice-campeã. Muita coisa mudou em quatro anos. Por enquanto, para pior.

Em 2010, as cinco seleções sul-americanas passaram de fase e os europeus valorizaram muito as nossas eliminatórias, com todos contra todos. Na reta final, só restou o Uruguai, entre os semifinalistas.

Vamos aguardar. Há futebol para os sul-americanos reagirem, mas que o início foi surpreendente, do ponto de vista negativo, isso não resta dúvida.

 


Uruguai venceu pela defesa. Suárez ficou devendo
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Alexandre Praetzel

A máxima dos uruguaios em estreias de Copa do Mundo, foi mantida. Eles sempre dizem que todos os primeiros jogos são muito sofridos. E contra o Egito não foi diferente. Vitória por 1 a 0, com gol do zagueiro Giménez, próximo do final da partida. Algo que não acontecia desde o Mundial de 1970, quando o Uruguai fez 2 a 0 em Israel.

Tabarez escalou um time mais leve, com Betancourt e Arrascaetta como meias, para a bola chegar mais vezes a Suárez e Cavani. Não funcionou. Um time travado no primeiro tempo, facilitando a marcação do Egito e criando poucas chances. Suárez teve uma oportunidade, mas bateu de tornozelo na bola.

Na segunda etapa, o Uruguai voltou mais ligado e Suárez parou no bom goleiro El Shenawy. Sánchez e Rodríguez entraram e o Uruguai melhorou, permanecendo mais tempo no ataque e próximo à área. Cavani recuou um pouquinho para servir Suárez. A dupla funcionou e El Shenawy fez uma defesaça em chute de Cavani. Depois, uma bola na trave e o gol de cabeça de Giménez, tirando o Uruguai do sufoco. Festa uruguaia e decepção de Salah, que só assistiu a tudo, do banco de reservas.

Foi uma pena Salah não ter atuado. Se ele não foi escalado num jogo tão importante, sua presença está em risco, certamente, nos próximos confrontos. Com Salah em campo, a história poderia ser outra, claramente.

O Uruguai tem uma defesa consistente, mas precisa melhorar a transição do meio-campo para o ataque. Qualquer seleção gostaria de ter Suárez e Cavani, como dupla ofensiva. Mas a bola tem que chegar. Resultado importantíssimo para terminar em primeiro, e escapar da Espanha, nas oitavas-de-final.


Se camisa pesa, lá vem o Uruguai. Suárez X Salah é grande duelo
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Alexandre Praetzel

O Uruguai estreia contra o Egito, nesta sexta-feira. E quando as seleções estiverem perfiladas para o protocolo inicial, será impossível para qualquer amante do futebol não associar a camisa celeste com muita tradição e história. O uniforme com essa camisa, calção e meias pretas, tem um bicampeonato mundial longínquo, é verdade, mas que recuperou o respeito e revelou bons jogadores, nos últimos anos. Tem um bom goleiro, uma dupla de zaga competente e uma dupla de ataque que dispensa comentários. Não vive mais só do “Maracanazo” de 1950. Essa geração foi semifinalista em 2010, passou às oitavas em 2014, e pode surpreender, em 2018.

A cada quatro anos, o Uruguai sofre para se classificar, mas nunca desiste. Em 2010 e 2014, chegou pela repescagem sul-americana. Tem um país com apenas três milhões de habitantes, e está  sempre incomodando os adversários. Por isso, o espírito uruguaio atrai tantos torcedores de outros países, inclusive o Brasil. Eu sou um que vou torcer também pelo Uruguai.

O jogo promete ser equilibrado porque o Egito conta com um nome diferente. Salah foi monstro do Liverpool, na temporada européia, e poderia ter sido campeão do continente, se não tivesse se machucado numa entrada de Sérgio Ramos, na final da Champions League. Sua escalação está coberta de mistério, mas a tendência é que jogue, pela importância da partida. Afinal, o Egito não disputa uma Copa do Mundo, desde 1990, quando caiu na primeira fase. Imaginem Suárez X Salah, num grande duelo? E acho que tem tudo para acontecer, com Suárez contando com a inestimável ajuda de Cavani.

Em novembro de 2017, encontrei Lugano numa entrevista e brinquei com ele, antes do sorteio dos grupos, que o Uruguai teria duas seleções pequenas como adversárias. Ele disse que o  sofrimento é maior quando o Uruguai surge como favorito, nesse tipo de confronto. Por isso, Lugano prefere o Uruguai quietinho, sem chamar a atenção e fazendo grandes jogos contra todos. Em 2014, perdeu para a Costa Rica, mas passou por Inglaterra e Itália, na fase de grupos.

Agora, parece ser a melhor equipe para ficar com a primeira posição. Tomara que confirme. O blog aposta em vitória por 2 a 1.


Aguirre chega ao São Paulo com previsão de data para sair. Vale a pena?
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Alexandre Praetzel

Aos 52 anos, Diego Aguirre assume o São Paulo, já com previsão de data para deixar o clube. Ele é bem cotado para assumir a Seleção do Uruguai, no lugar do “Maestro” Óscar Tabárez, após a Copa do Mundo da Rússia. Com esta possibilidade, Aguirre garantiu aos dirigentes que vai cumprir o contrato até dezembro, mesmo que seja o escolhido pela Confederação Uruguaia. Será mais um treinador que poderá sair, para comandar uma Seleção, repetindo o colombiano Juan Carlos Osório e o argentino Edgardo Bauza. Mas vale a pena investir num trabalho a curto prazo, novamente?

De 2009 a 2018, o São Paulo teve 13 treinadores. Ricardo Gomes(duas vezes), Sérgio Baresi, Carpegiani, Adílson Batista, Emerson Leão, Ney Franco, Paulo Autuori, Muricy Ramalho, Osório, Doriva, Bauza, Rogério Ceni e Dorival Jr. O São Paulo mudou totalmente de filosofia. Seus técnicos ficavam mais de um ano no Clube, tinham mais possibilidades e chances de apresentarem resultados e trabalhavam numa comissão fixa tricolor. Hoje, o São Paulo virou um “moedor” de técnicos. O imediatismo tomou conta e a paciência acabou há muito tempo. Talvez, com o forte respaldo e amizade de Raí, Ricardo Rocha e Lugano, Aguirre consiga, pelo menos, terminar o trabalho. Agora, a pressão seguirá intensa porque Aguirre terá pouco tempo para ganhar.

No futebol brasileiro, Diego Aguirre dirigiu Inter e Atlético-MG, em 2015 e 2016. Foi campeão gaúcho e chegou às semifinais da Libertadores. Pelo Galo, foi campeão da Flórida Cup. Depois, trabalhou no San Lorenzo da Argentina, chegando às quartas-de-final da Libertadores.

O blog pediu um depoimento ao jornalista João Praetzel, que acompanhou o trabalho de Aguirre, no Inter. Confiram.

“A passagem de Diego Aguirre no Inter, não foi ruim. O técnico uruguaio teve aproveitamento de 60,4%. O que foi determinante para sua saída, foi o método de trabalho que empregava. Aguirre implementou um rodízio para minimizar os desgastes dos jogadores ao longo do ano, mas não resistiu à diretoria que o demitiu às vésperas de um Grenal(derrota colorada por 5 a 0). Seus treinamentos são modernos, mas seus trabalhos esbarram muitas vezes na falta de resultados. Os setoristas são-paulinos encontrarão uma pessoa de bom trato, educada, e que saberá explicar , na maioria das vezes, suas atitudes e escolhas, dentro e fora de campo”, afirmou o jornalista.

Vamos aguardar. O desafio começa nesta quarta-feira, contra o CRB-AL, pela Copa do Brasil.


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