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Santos precisa melhorar muito para passar por Palmeiras ou São Paulo
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Alexandre Praetzel

O Santos se classificou nos pênaltis contra o Botafogo-SP, após empate em 0 a 0 no tempo normal, no segundo jogo das quartas-de-final do Paulista. O resultado deixou o Santos com 20 pontos e cinco vitórias, no cômputo geral. Assim, o Santos enfrentará Palmeiras ou São Paulo, nas semifinais. A ideia santista é mandar seu jogo no Pacaembu.

O Santos não jogou bem mais uma vez, com pouca criação de jogadas ofensivas e um repertório bem previsível. Jair Ventura escalou a mesma formação dos jogos anteriores, mas não funcionou em campo. O time perdeu a transição rápida e a capacidade ofensiva dos dois últimos anos. Claro que a qualidade técnica do elenco diminuiu, só que Jair não consegue tornar a equipe agressiva e veloz, mesmo contando com jovens atletas.

O Santos tem um goleiro muito bom e um sistema defensivo eficiente. Acontece que o Santos tem mais material humano que o Botafogo-RJ, ex-clube de Jair Ventura, e adota estilo parecido. Jair disse que também sabia armar esquemas ofensivos para justificar uma sintonia com o perfil santista. No entanto, o Santos está numa descendente. Óbvio que num mata-mata, o equilíbrio pode aumentar.

Agora, se o Santos pegar o Palmeiras, sabe que terá que se impor na parte tática ou na pegada. Se enfrentar o São Paulo, fica tudo igualado.

A lamentar, o público de 6 mil torcedores na Vila Belmiro. O torcedor parece que desistiu de apoiar. Vamos ver como será a reação da torcida, em dois clássicos futuros.

 


Diego Souza virou o herói improvável do SP. Lucas Fernandes foi o melhor
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Alexandre Praetzel

O São Paulo está nas semifinais do Paulista, após vencer o São Caetano por 2 a 0. O tricolor não jogou bem, mas competiu muito mais que no primeiro confronto e chegou ao placar necessário. O primeiro tempo foi equilibrado, com o São Paulo fazendo bons 15 primeiros minutos e o São Caetano tocando a bola com tranquilidade, explorando os contra-ataques. A principal dificuldade são-paulina foi a falta de passagem da bola pelo meio-campo. O time abusou de bolas longas e cruzamentos inúteis para a área adversária.

No segundo tempo, Diego Aguirre teve estrela. Voltou com Lucas Fernandes no lugar de Valdívia, machucado, e o São Paulo melhorou. Lucas Fernandes aumentou o ritmo da equipe e arriscou dribles e finalizações. Quase abriu o placar em duas oportunidades. O tempo foi passando e aí o goleiro Paes deu um gol de presente, chutando a bola em cima de Trellez e permitindo a abertura do escore. Eram 19 minutos e a partida estava igual. O São Paulo diminuiu a tensão e passou a pressionar o Azulão.

Depois, aos 34 minutos, Diego Souza substituiu Liziero e o São Paulo se abriu totalmente. Em outra jogada de Lucas Fernandes, Diego Souza subiu bastante e cabeceou para o gol, vencendo Paes. Dois a zero e o resultado que o São Paulo precisava. Diego Souza não fez nenhuma boa atuação pelo São Paulo, até o momento, mas foi decisivo quando ninguém esperava. Virou o herói improvável da classificação.

Agora, o São Paulo deve enfrentar o Palmeiras, nas semifinais. O São Paulo precisa melhorar muito e Diego Aguirre sabe disso. Dois grandes clássicos pela frente, sem dúvida.


Corinthians tem melhores resultados do que atuações. Será suficiente?
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Alexandre Praetzel

O Corinthians está nas semifinais do Campeonato Paulista, após vencer o Botafogo, em mais uma jornada de um futebol simples, sem muitos atrativos. É verdade que tem a segunda melhor campanha na classificação geral, mas os resultados são bem melhores do que as atuações do time.

Em 14 jogos, marcou apenas 15 gols. Pouco para uma equipe que tem dificuldades, quando precisa furar bloqueios defensivos dos adversários. É justo dizer que a defesa é eficiente, com nove gols sofridos, mesmo número do rival Palmeiras. Passou invicto pelos clássicos, com bom desempenho diante do Santos e vitória sobre o Palmeiras, nos acréscimos, com um homem a menos.

Num regulamento de mata-mata, nem sempre o elenco superior fica com a taça. O Corinthians pode ser campeão paulista? Pode. Pegará São Paulo ou Ponte Preta, decidindo em casa, provavelmente(se a Ponte Preta fizer 3 a 0 no Santos, decidirá fora). Joga fechadinho para não perder e depois leva a vantagem para o segundo confronto, diante da torcida. É uma estratégia que pode funcionar contra equipes menos qualificadas e se baseando no equilíbrio tático e eficiência num lance de jogo. Porque quando depende do talento, o Corinthians pena dentro de campo.

Alguns corintianos lembram da “empatite” do técnico Tite, em 2013, para justificar o trabalho atual. Ora, aquele grupo ganhou tudo em 2012 e o Paulista e Recopa, em 2013. Vinha de um fim de ciclo e de uma ressaca no relacionamento. Não dá para comparar.

Fábio Carille brincou que não poderemos mais dizer que o Corinthians é a quarta força, porque chegou entre os quatro. Nome por nome e elenco, o Corinthians está atrás de Palmeiras, Santos e São Paulo e foi amassado pela Ponte Preta, na primeira fase, apesar do 1 a 1.

Eu não gosto desta maneira de jogar. Não me atrai. Talvez, sirva para o Estadual, mas certamente enfrentará muitos obstáculos no Brasileiro e até na Copa do Brasil e Copa Sul-Americana, onde o Corinthians será constantemente atacado. Os resultadistas estão felizes e o Corinthians pode colocar a história à prova, onde já foi campeão sem ter um bom time. Respeito quem defende este modelo, mas acredito que só isso não será suficiente.


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