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Sidão é o titular do São Paulo, mas não precisa ganhar a vaga no grito
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Alexandre Praetzel

Sidão foi contratado a pedido de Rogério Ceni, em 2017. Fez boa temporada no Audax-SP e Botafogo-RJ e chegou ao São Paulo pelo bom posicionamento, capacidade de jogar com os pés e fama de pegador de pênaltis. No início, disputou a titularidade com Denis e Renan Ribeiro. Alternou boas e má atuações. Fez defesas interessantes, mas levou gols defensáveis. Acabou sobrando para Renan Ribeiro, até a chegada de Dorival Jr., no lugar de Ceni.

Dorival fixou Sidão como primeiro goleiro e deixou isso claro para todo mundo. O ano virou, Denis e Renan Ribeiro foram embora e Jean foi contratado do Bahia por R$ 10 milhões e contrato de cinco anos. Muitos apostavam que Jean seria o dono da posição, mas Dorival bancou Sidão.

Sidão se machucou no aquecimento do primeiro jogo contra o CRB-AL, pela Copa do Brasil. Uma lesão muscular o tirou dos gramados por 15 dias. Jean recebeu a oportunidade e teve desempenho razoável. No confronto importante diante do São Caetano, falhou no gol, já sob o comando de Diego Aguirre. No dia seguinte, Sidão postou algumas defesas nas redes sociais. Óbvio que o fato significou uma “corneta” no companheiro. Atitude desnecessária, que deixou Jean revoltado, com razão. Os dois acabaram se desentendendo no treinamento, domingo.

Pense bem, você treina com o colega todos os dias e tenta manter uma convivência saudável. Daí, quando você está fora, você posta suas qualidades, depois da falha do “amigo”. Sidão foi mal e não precisava disso. Renovou contrato recentemente e tem aproveitamento melhor que o concorrente.

Sidão é o titular e só saiu do time por lesão. Por direito, deveria voltar, mas direito adquirido não existe no futebol. Cabe ao treinador de goleiros, em conjunto com o técnico principal. No Inter, Danilo Fernandes viveu a mesma situação e perdeu a posição para Marcelo Lomba.

Sidão tem que jogar bola e respeitar o colega. A equipe conseguiu uma classificação difícil e o goleiro tumultuou o ambiente. O blog pediu para falar com Sidão, mas o goleiro não respondeu às mensagens.


Palmeiras e Corinthians são os melhores e favoritos à final do Paulista
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Alexandre Praetzel

Terminou a primeira fase do Campeonato Paulista e tivemos seis times repetindo a classificação de 2017 para as quartas-de-final. Além dos quatro grandes, Novorizontino e Botafogo, passaram Bragantino e São Caetano, duas equipes que vieram da Série A-2. Foram marcados 193 gols em 96 partidas. A média foi de 2,01 gols por jogo, uma das mais baixas dos últimos anos. Reflexo do pouco tempo de preparação, satisfação com o resultado mínimo e forte postura defensiva, sempre pensando em primeiro não perder, para depois pensar em ganhar.

O Palmeiras terminou em primeiro lugar no geral, com 26 pontos. Corinthians chegou aos 23 e o Novorizontino alcançou a terceira posição, com 20 pontos. Santos e São Paulo, com 18 e 17 pontos, deixaram a desejar, com 50% e 47,2% de aproveitamentos.

Acredito que os desempenhos de Palmeiras e Corinthians indicam uma superioridade em relação aos demais. Novorizontino e Bragantino não devem impor muitas dificuldades, apesar das boas campanhas.

O Santos tenta se definir como equipe, com a filosofia de Jair Ventura. O São Paulo virou uma incógnita, estreando um novo treinador. Botafogo e São Caetano são perfeitamente “batíveis”. No entanto, podem crescer, pelas dúvidas de Santos e São Paulo. Óbvio que num mata-mata, surpresas podem acontecer, como ocorreu com a Ponte Preta eliminando Santos e Palmeiras e perdendo a decisão para o Corinthians, no ano passado.

Se os quatro gigantes vencerem seus dois confrontos cada, na próxima fase, teremos Palmeiras X São Paulo e Corinthians X Santos, nas semifinais.

Nos clássicos, um torneio à parte, o Corinthians fez sete pontos, o Palmeiras somou seis, o Santos quatro e o São Paulo, nenhum ponto.

Por tudo que eu vi, Palmeiras e Corinthians são melhores que os demais. O Verdão, pela qualidade técnica e força do elenco. O Corinthians, pela forma definida de atuar, consistência tática e um técnico muito bom. Por isso, pela lógica, Palmeiras e Corinthians são os favoritos à final.

A partir do próximo fim de semana, começam os mata-matas. Projeções de jogos mais qualificados e disputados. E para quem acha que o Paulista não vale nada, só perguntar para são-paulinos e ponte-pretanos, que já viram seus treinadores demitidos. Ganhar passa a ser obrigação. Perder, vira quase tragédia. Esse é o pensamento, mesmo que os torneios sejam desvalorizados pela maioria.

 


Diretor jurídico acha que Primeira Liga deu certo, mesmo sem os paulistas
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Alexandre Praetzel

A Primeira Liga tem sido criticada por alguns profissionais que a disputam. O técnico Abel Braga e o meia DAlessandro reclamaram da quantidade times e jogos. Algumas equipes atuaram com reservas em algumas partidas. O diretor-jurídico do torneio, Eduardo Carlezzo, concedeu entrevista exclusiva ao blog, defendendo o modelo de disputa e a independência dos participantes na organização da competição. Acompanhem.

Primeira Liga é válida

“Os clubes estão plantando agora para colher no futuro, já que a Liga é um projeto de longo prazo. Os 16 clubes estavam cientes da complexidade de fazer um torneio sem apoio da CBF e estavam dispostos a fazer o que fosse necessário para que a competição ocorresse em 2016, já estamos olhando para frente. Desde que começamos a planejar a edição de 2017, sabíamos que teríamos dificuldades devido a não inclusão da competição no calendário pela CBF. Estas dificuldades foram aumentadas pela mudança no formato das competições continentais e pelo atraso na finalização do Brasileiro”.

Como torná-la atraente

“A competição já é atraente por si mesma, já que congrega boa parte da elite do futebol nacional. Os índices de audiências na TV e a média de público nos estádios claramente mostram isto. Mostram que o torcedor tem maior interesse em jogos entre grandes equipes do que jogos com equipes menores. Sabemos que há pontos a aprimorar. Nosso primeiro desafio é melhorar a qualidade das datas, conferindo um maior espaçamento entre os jogos, o que já foi possível para diversos clubes neste ano mesmo, com exceção dos clubes catarinenses. Óbvio que outros desafios também existem, mas eu coloco o calendário como fator crucial”.

Haverá edição em 2018?

“Com certeza. Temos um contrato para a transmissão dos jogos pela TV, que finaliza em 2019”.

Desunião dos clubes diminuiu a credibilidade do torneio?

“Evidente que nem sempre é possível ter todos os clubes pensando de forma igual, já que somos conscientes das peculiaridades de cada um. Este anos, pelas dificuldades que se colocaram em nosso caminho, sabíamos que a primeira fase da competição, terminada no dia dois de março, poderia gerar algum desgaste. Contudo, nas fases seguintes haverá uma melhora significativa na visualização da competição”.

Por que o torneio foi alongado?

“A única opção que tínhamos para fazer a Copa da Primeira Liga 2017, era usando as datas do segundo semestre. Estamos certos de que teremos um grande sucesso de público e audiência quando iniciarem os jogos das quartas-de-final em 29 de agosto, já que tudo indica que teremos grandes clássicos do futebol nacional”.

Premiações

“A Primeira Liga distribuirá um total de R$ 5,3 milhões aos clubes, a partir das quartas-de-final”.

Argumentos para defender uma nova competição

“Temos que recordar que a Primeira Liga é uma entidade jovem ainda e que vem testando no futebol brasileiro um modelo de auto-organização e independência das demais entidades federativas, o que era inexistente até então. Temos obtido avanços positivos. Neste ano, focamos nosso trabalho em algo que o torcedor não vê, mas que para a continuidade da Liga é fundamental: gestão e recursos humanos. Contratamos profissionais de diferentes áreas e habilidades. A meu ver, a profissionalização é o grande legado de 2017, ainda que, como disse, possa ser invisível ao torcedor. Com a melhoria da nossa organização, chegaremos a 2018 mais fortes e bem preparados”.

Sem os clubes paulistas, é impossível dar certo?

“O torneio já deu certo. Temos grandes equipes. Cinco clubes da Primeira Liga ganharam a Libertadores da América, três possuem títulos mundiais e seis possuem grande número de conquistas nacionais. Aliado a isto, temos vários clubes de força regional. Isto tudo legitima a força da entidade e da competição que organizamos. Estamos seguros de dirigimos pelo caminho certo”.

A Primeira Liga está na segunda edição, em 2017. Os 16 times estão divididos em quatro grupos de quatro equipes. A disputa ocorre em turno único e os dois melhores de cada grupo passam às quartas-de-final. Os confrontos serão definidos, mediante sorteio. Em 2016, o Fluminense conquistou a competição com 12 participantes.


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