Blog do Praetzel

Ex-são paulinos não temem rebaixamento do time
Comentários 9

Alexandre Praetzel

O São Paulo ainda está ameaçado de rebaixamento no Brasileiro. Tem 31 pontos, quatro à frente do Figueirense, 17º colocado. O retorno de Marco Aurélio Cunha e a paz no vestiário devem livrar o tricolor, na opinião de ex-sãopaulinos.

''Acho que o São Paulo não cai. Tem time para não ser rebaixado'', afirmou Milton Cruz, ex-jogador e funcionário do clube, até 2016.

O ex-meia Silas, hoje técnico de futebol, tem a mesma opinião. ''Eu acho que não cai. São Paulo é time grande, sabe conviver com pressão. Teria que estar brigando na outra ponta da tabela, mas isso ficou difícil. Tudo vai depender de dentro de campo. Agora, o São Paulo precisa resgatar aquela imagem de clube modelo até 2010, que as coisas virão até de forma natural'', ressaltou.

A presença de Marco Aurélio Cunha na diretoria é fundamental para tirar o São Paulo desta situação incômoda, na visão da maioria dos torcedores são-paulinos.

''Em se tratando do Marco, que tem uma vida toda dedicada ao clube, foi uma tacada certeira trazê-lo de volta. Ele já era o médico do São Paulo, em 1982, quando cheguei. Tem muita história e saiu da CBF para voltar para sua casa. É hora de dar a mão para ele'', resumiu Silas, amigo de Marco Aurélio Cunha.

Milton Cruz acha que três meses é um prazo curto para MAC. ''Gostaria de vê-lo mais tempo na direção. Um executivo é fundamental no dia-a-dia do clube. No vestiário, não'', concluiu.

O São Paulo tem uma projeção de mais 15 pontos em 42 a disputar para se garantir na Série A. Enfrenta Cruzeiro e Atlético-PR, nesta semana.


Vitória acerta com Argel depois da demissão de Vagner Mancini
Comentários 17

UOL Interação

 

argel-fucks-tecnico-do-figueirense-1471293481217_830x491

Menos de dois dias depois de demitir o técnico Vagner Mancini, o Vitória acertou com Argel Fucks. O treinador gaúcho vai comandar, dessa forma, o terceiro time no atual Campeonato Brasileiro – ele esteve à frente de Inter e Figueirense.

Argel deixou o time catarinense no último dia 21, após o time catarinense ser derrotado em casa para o Cruzeiro por 2 a 1 em jogo válido pela 21ª rodada. Em nove jogos,  Argel conseguiu apenas uma vitória, com quatro empates e quatro derrotas.

O Figueirense, na ocasião, ocupava a 18ª colocação. De acordo com a assessoria do Figueirense, a decisão foi tomada 'em conjunto entre Argel e diretoria ''por causa da 'falta de resultados''.

No Inter, Argel teve um bom começo no Brasileirão, mas não resistiu a uma sequência de seis jogos sem vitórias e somente um ponto conquistado. O treinador foi demitido após um revés por 1 a 0 para o Santa Cruz fora de casa.

No Vitória, Argel terá de comandar uma campanha de recuperação. Hoje, o time baiano ocupa a 18ª posição na tabela, com 26 pontos. Curiosamente, o Figueirense é a primeira equipe da zona de rebaixamento, com 27 pontos, mesmo número do Inter, o 16º colocado.

No returno do campeonato, o Vitória somou apenas quatro pontos em 15 disputados. Os baianos vêm de duas derrotas seguidas: para o Flamengo, 2 a 1 no Barradão, e para o Atlético-MG, pelo mesmo placar, no Independência.


Cristóvão merece paz no Corinthians
Comentários 58

Alexandre Praetzel

Cristóvão Borges paga o preço de substituir Tite, no comando do Corinthians. Desde que chegou, as comparações são difíceis para o treinador. Mesmo assim, ainda mantém o time na 4ª colocação do Brasileiro e com chances de seguir na Copa do Brasil.

Qual treinador suporta as saídas de titulares importantes em meio a um campeonato? E sem as reposições devidas? As críticas dos torcedores são normais, mas exageradas. Cristóvão foi gênio na vitória sobre o Sport ao sacar um volante e lançar um atacante, vencendo por 3 a 0. Contra o Santos, foi crucificado porque tentou uma formação defensiva, quando dominava a partida com vitória parcial por 1 a 0. Se não tivesse perdido, seria parabenizado. Não deu certo, não serve para o Corinthians. Não pode ser assim.

A cultura resultadista do Brasil só atrapalha e torna a pressão insuportável no dia-a-dia dos profissionais. Quem sabe não esperamos o final da temporada para sermos definitivos? Se o Corinthians ganhar um título, será um acaso pelas dificuldades do ano e decisões da diretoria. E isso nenhum treinador poderia garantir. Afinal, dez jogadores deixaram o Corinthians de janeiro ao final de agosto. Até os grandes europeus sentiriam.


Luiz Felipe. Santos descobriu um zagueiro muito bom
Comentários 4

Alexandre Praetzel

Na metade do segundo tempo entre Santos e Corinthians, o meia Marquinhos Gabriel fez um lançamento de 30 metros em diagonal, buscando o atacante Marlone. A bola viajou pelo alto e parou mansamente no peito de Luiz Felipe. O zagueiro santista deslizou-a e saiu jogando com autoridade mais uma vez.

Aos 22 anos, Luiz Felipe surge como um defensor muito bom. Descoberto no Paraná Clube, chegou ao Santos e colocou David Braz na reserva, com qualidade e regularidade. Jovem, ainda pode crescer muito mais. Tem bom posicionamento no jogo aéreo, saída tranquila e tenta ajudar o ataque, quando pode. Sofreu a falta do pênalti a favor do Santos.

Com calma e sem deslumbramento, tem ferramentas para ser um zagueiro de seleção. Claro que é cedo para conclusões definitivas, mas os indícios são alentadores. Parabéns ao Santos pela pesquisa e contratação. Mais um bom nome do campeonato brasileiro.

 

 


Rojas busca trabalho e critica falta de humildade do Chile
Comentários 25

Alexandre Praetzel

O ex-goleiro e técnico do São Paulo, Roberto Rojas, conversou com o blog, a respeito da situação do São Paulo e o momento da Seleção do Chile. Aos 59 anos, o chileno se prepara para retornar ao futebol, após algumas cirurgias. Leia abaixo.

Retorno de Marco Aurélio Cunha   

''Olha, eu acho que pode ser um aporte importante, mas acho que o tempo que ele estará no São Paulo, vai ser um pouco complicado. O São Paulo não vai melhorar a situação em três meses. Eu acho que é um trabalho a longo prazo. As pessoas têm que estar no momento certo. Marco Aurélio tem a melhor intenção possível, tem capacidade e pode melhorar alguma situação, mas o tempo será muito limitado para ele fazer o trabalho que quiser''.

São Paulo ameaçado de rebaixamento

''Depende só dos jogadores. Depende também que assimilem a situação e a pressão que estâo tendo. Se não tiver uma união de todas as áreas dentro do São Paulo, é difícil, mas condições têm para sair. Vai depender só deles e das suas forças''.

Saúde

''Ainda tenho uns pequenos ajustes. Tenho que fazer mais uma cirurgia no mês que vem, mas estou melhor, estou bem. É uma cirurgia de hérnia. Começo depois a procurar emprego, porque ficar em casa muito tempo não dá''.

Como tu vês o futebol de hoje

''Totalmente diferente. Tem muita coisa que é extra-campo, difícil de administrar hoje em dia. Quando um time faz o arroz e feijão dentro do campo, as coisas facilitam. O problema está fora, quando muitas coisas influem quano você está fazendo um trabalho dentro das quatro linhas''.

Seleção do Chile

''Está difícil hoje. Sabe o que está acontecendo no Chile? Chile conseguiu dois títulos continentais muito importantes, mas conseguiu trabalhando com muita humildade. O que se está criticando no Chile hoje é que os jogadores não estão tendo humildade para seguir este trabalho. Isso pode atrapalhar, porque aí não se está tendo um só pensamento e isso pode atrapalhar o futuro da seleção''.

 


Rui Costa vê modelo de gestão do futebol brasileiro próximo da extinção
Comentários 2

Alexandre Praetzel

O blog entrevistou Rui Costa, ex-diretor executivo do Grêmio, sobre o modelo de gestão do futebol brasileiro, num momento onde ''profissionais'' ganham cada vez mais espaço nos vestiários e diretorias dos clubes. Leia abaixo.

Qual a importância de um executivo nas gestões amadoras do futebol brasileiro?

A existência do gestor profissional de futebol é uma necessidade em qualquer projeto de evolução e transformação do futebol brasileiro. A importância é a mesma que usufruem outros executivos do mercado e de empresas que possuem estruturas profissionais, quando os indicativos de performance, ainda que restritos, sejam analisados a partir de metas, planejamentos estratégicos e estudo detalhado dos concorrentes, cenários que se aplicam, plenamente, ao business futebol.

O modelo de gestão do futebol se esgotou no Brasil?

Aquele modelo mais arcaico, em que torcedores abnegados dispunham de parte do seu tempo para dedicar-se ao seu clube do coração, caminha para a extinção. As exigências do dia a dia, os parâmetros de atuação profissional e dedicação absoluta e em tempo integral, além da necessidade de construção de perfis profissionais cada vez mais abrangentes (gestores com conhecimentos administrativos, jurídicos, gestão de pessoas, tendências de mercado e monitoramento de concorrentes…), para citar alguns exemplos, impedem a busca de um nível de excelência no modelo do diretor amador. Isto não significa que os abnegados tenham o seu papel nos clubes exauridos, absolutamente não. Mas a gestão profissional precisa fazer parte do dia a dia do clube , de forma incontornável, coexistindo, com respeito à cada cenário de atuação, também com os dirigentes não profissionais, especialmente pelo modelo associativo que caracteriza os nossos clubes no Brasil.

Os jogadores respeitam dirigentes amadores no vestiário?

Definitivamente, o relacionamento exige sensibilidade, postura e leitura de cenários que não combinam com o lendário ''chute na porta do vestiário''. Atletas e profissionais que frequentam diariamente os espaços fisicos e institucionais de um clube valorizam cada vez mais a transparência, a cobrança leal e oportuna, o cumprimento das obrigações estabelecidas de parte a parte,  como em qualquer outra empresa. A ética nas relações e a coragem para os enfrentamentos que só o futebol pode apresentar não são exclusividade dos profissionais. Ocorre que a construção desta credibilidade é fruto de um convívio diário, de experimentações e desafios que só aqueles que vivem plenamente neste ambiente podem alcançar. Viver de forma harmônica gera confiança e proporciona ferramentas emocionais de gestão das pessoas que ali trabalham. Desta forma, qualquer um será respeitado.

Executivos devem ter participações em negociações que dão certo para um clube?

A contratação e dispensa de atletas é um dos muitos aspectos do trabalho de um executivo profissional e, embora seja o que mais mereça atenção, está inserida em rotinas e planejamentos muito mais amplos. Essas negociações, amplamente investigadas, costumam merecer ampla fiscalização, divulgação e monitoramento da imprensa e dos orgãos internos dos clubes. Entendo que os departamentos de futebol devam caminhar para a criação de departamentos efetivos e eficazes de compliancede tal forma que o modelo das negociações, seu parâmetros, nuances e comprometimentos (financeiros e desportivos) sejam tratados de forma transparente e ética. Neste contexto, dentro de uma ética empresarial e que se demonstre a criação de ativos para o clube, poderia se pensar na criação de mecanismos de remuneração por bônus para os executivos. No modelo atual, acredito que o assunto ainda é muito polêmico e ensejaria, sobretudo para o profissional beneficiado, muito mais problemas e questionamentos do que aplausos pela perfomance cumprida, ainda que demonstrável com exatidão. É algo para ser pensando no futuro, não no atual modelo.

Qual o momento de dispensar um treinador?

A demissão de um treinador sempre é a comprovação de algo que não deu certo e, principalmente, de que o projeto originalmente pensado e aplicado não obteve êxito (às vezes, sem que o treinador tenha sido decisivo para este eventual fracasso). Não acredito que exista o momento ideal para este desligamento, porque, salvo raríssimas exceções, é imprevisível (diferente de outras situações em que o profissional pode solicitar o seu desligamento por outras propostas, valorização profissional e etc). Acredito em trabalhos longevos, e creio que este é um grande diferencial na evolução e transformação do futebol brasileiro. O império dos resultados que, isoladamente, é um dos indicativos de sucesso, mas não o único, precisa ser revisto, relativizado e extinto. A história do futebol e de um treinador chamado Guardiola (que influenciou uma nova forma de praticar o futebol no mundo), poderia ser totalmente diferente se após as suas primeiras cinco partidas como treinador do time principal da Catalunha, vindo da base, ele tivesse sido despedido. Sim, com o Guardiola aconteceu algo parecido…

Qual teu legado positivo e negativo no Grêmio?

Legados são importantes, mas necessitam mais tempo para a sua concretização. Acredito, firmemente, que nos quase quatro anos de Grêmio, dentro de um rol de atribuições, exigências e projetos pouco conhecidos pelo torcedor, consegui, de forma coletiva, e com a formação de um equipe muito qualificada, agregar uma série de práticas, rotinas e modelos de gestão que estão em plena sintonia com os maiores clubes do Mundo (pude constatar isso in loco), quando fui recebido em grandes pôtencias financeiras do futebol europeu (Rui passou um mês na Europa visitando os principais clubes da Inglaterra e Itália, e esteve reunido com Ferran Soriano, autor do livro “A bola não entra por acaso”, que virou referência no futebol. A obra remete ao período em que Soriano foi diretor do Barcelona, em 2004, e conta a transformação do clube espanhol durante a gestão de Joan Laporta). Conseguimos manter o Grêmio como protagonista em competições intercontinentais, reformatamos um dos principais projetos de um clube global, como o departamento de formação de atletas e, neste contexto e na pesquisa e captação de mercados paralelos e internos, criamos condições de formar equipes competitivas com orçamentos dos mais variados, o que é sempre um grande desafio para qualquer gestor. Sem um detalhamento mais técnico, deixamos ativos no clube na ordem de 75 milhões de euros, e um modelo de utilização dos profissionais do departamento de futebol que mira a excelência e a história no clube, eis que todos os profissionais que estão no Grêmio hoje desempenharam suas atividades desde as categorias de base (o DNA do clube foi respeitado, de acordo com a tradição que o mesmo possui na formação de atletas e profisssionais em todos os níveis). É verdade que por outro lado, a meta não atendida foi a ausência de conquista de títulos. Isso impede uma cristalina visualização de tudo o que construímos nestes anos. Mas acredito que, mantido o projeto, de forma evolutiva e em constante aprimoramento dentro destes contextos que compartilhei aqui, a conquista esteja próxima. São muito anos sem títulos, independente de modelos e profissionais contratados que, evidentemente, não podem sonegar o que de positivo foi feito no passado, no presente e por certo será realizado no futuro.

Rui Costa tem 45 anos e ficou à frente do Grêmio durante três anos e meio.


Santos vira surpresa negativa dez pontos atrás do Palmeiras
Comentários 24

Alexandre Praetzel

O Santos foi prejudicado com a expulsão de Lucas Lima contra o Inter, determinando mais uma derrota no Brasileiro. Agora, o time virou a surpresa negativa da competição, dez pontos atrás do líder Palmeiras.

No início do campeonato, o Santos era apontado como favorito ao título pela qualidade e técnica da equipe. Claro que teve convocações e lesões que atrapalharam, mas o trabalho de Dorival Jr. sempre foi consistente.

Ganhou o Paulista e mostrou força. Recebeu reforços e completou o elenco. Derrotas para adversários menos qualificados e as constantes conversas sobre negociações atrapalharam, mas isso é assunto rotineiro no modelo amador de gestão do nosso futebol.

A venda de Gabriel diminuiu o potencial ofensivo e o colombiano Copete chegou para prevenir esta situação. Lucas Lima caiu muito tecnicamente e parece chateado por não ter conseguido uma boa transferência para a Europa. Completo, via o Santos com a melhor formação do Brasil. Nem sempre os melhores vencem.

Ainda tem a Copa do Brasil para buscar uma conquista nacional. Os resultados precisam ajudar. E a equipe também.


Diretor do Criciúma diz que Gustavo é aposta no Corinthians
Comentários 2

Alexandre Praetzel

Gustavo, novo reforço do Corinthians, poderá fazer sua estréia pelo time, nesta quinta-feira, contra o Sport. Aos 22 anos, o centroavante chegou com fama de goleador, após chamar a atenção na Série B do Brasileiro.

O diretor de futebol do Criciúma, Paulo Pelaipe, acha que Gustavo pode dar certo em São Paulo. ''Ele é muito bom na bola aérea, mas precisa melhorar pelo chão. Foi emprestado a um clube português, retornou e aproveitou as oportunidades, marcando sete gols no Estadual e mantendo o bom desempenho na Série B. Em março, seria emprestado ao Cruzeiro de Porto Alegre, mas o titular se machucou, ele entrou e não saiu mais. Tem potencial. Em resumo, é uma aposta do Corinthians'', afirmou Pelaipe, em conversa com o blog.

Gustavo começou no Taboão da Serra e foi destaque na Copa São Paulo de futebol júnior, em 2014, antes de chegar ao Criciúma.

No dia 19 de agosto, Gustavo se recusou a viajar com a delegação do Criciúma para Recife, onde o time enfrentou o Náutico, porque já negociava com o Corinthians. Na ocasião, Gustavo foi muito criticado internamente por dirigentes e comissão técnica.

O Corinthians adquiriu 35% dos 70% dos direitos econômicos do atacante. O Criciúma ficou com a metade. Gustavo assinou contrato por quatro temporadas.

 


Palmeiras nunca foi tão favorito como hoje contra o São Paulo
Comentários 26

Alexandre Praetzel

O Palmeiras enfrenta o São Paulo como líder do Brasileiro com 43 pontos, 15 à frente do tricolor. Uma vantagem que não será perdida para o rival, até o final do ano.

Há muito tempo que não havia uma diferença tão grande entre as duas equipes. Talvez, com exceção do goleiro Jaílson, nas demais posições todos os jogadores do Palmeiras seriam titulares no São Paulo. Alguns reservas do verdão, também.

Este abismo momentâneo passa por resultados de campo, mas principalmente, por planejamento e gestão. Enquanto o Palmeiras tem time e grupo consolidados, o São Paulo sofre para completar o elenco, além de conviver com problemas políticos e externos, diariamente.

A frase ''não tem favorito em clássico'' não se confirma para hoje. O Palmeiras nunca foi tão favorito como nesta quarta-feira. Claro que pode perder. Afinal, estamos falando de futebol, mas a tendência é de vitória.

Ah, o São Paulo venceu no primeiro turno por 1 a 0, no Morumbi. Só que na ocasião, tinha mais time e tranquilidade, coisas distantes da atualidade. Veremos.


Cristóvão acredita em título brasileiro e despreza críticas e rótulos
Comentários 56

Alexandre Praetzel

Em entrevista exclusiva ao blog, o técnico do Corinthians, Cristóvão Borges, falou sobre o seu trabalho, críticas da torcida e a pressão por bons resultados, mesmo com a saída de alguns jogadores. Leia os trechos abaixo.

Momento do time

''Corinthians era um time afirmado até o ano passado. Desde o início de 2016, foi um trabalho de reconstrução e estou dando continuidade, com algumas dificuldades e saída de jogadores. Isso requer tempo. Vejo a equipe com potencial para mais com o crescimento de alguns atletas que ainda estão se adaptando. Acredito que ainda faremos um campeonato muito bom''.

Críticas da torcida

''Eu vejo muita gente mais incomodada do que eu. Sei o que está acontecendo, mas estou muito concentrado no meu trabalho. Estou contente e acho que tem muita coisa boa para acontecer. No começo, houve um certo exagero, mas acho também que hoje está havendo mais compreensão por parte de todo mundo. Começaram a bater um pouco forte e doído no início, mas ficou um pouco cansativo isso e tomaram consciência por causa da saída de alguns jogadores''.

Saídas de atletas

''Não fui pego de surpresa. Trabalhamos juntos com a diretoria. Em outros momentos, o clube necessitou de parceiros e investidores. Com isso, eles participam dos direitos econômicos dos jogadores. Quando chegam os momentos de grandes negociações, o clube não pode sozinho falar e por isso essas coisas acontecem. Meu desejo e  da diretoria era de que os jogadores não saíssem, mas não houve alternativas''.

Rótulo de não aguentar pressão 

''Existe uma necessidade muito grande de se rotular. Trabalhei um ano no Vasco. No Fluminense, Flamengo, vim aqui para trabalhar no Corinthians, depois do Tite, com um trabalho vitorioso no clube mais vencedor na história recente do futebol brasileiro. Isso responde. Não cabe. É inadequado. Eu sozinho para responder tudo isso, não cabe. Não tem como. Com o passar do tempo, as coisas acontecendo no futebol, de tanto falar certas asneiras, elas viram verdade. Mas daqui a pouco também toma-se outra consciência, aí notam-se outras coisas. Não perco meu tempo com isso. Eu trabalho''.

Cristóvão Borges tem contrato até dezembro de 2017.