Blog do Praetzel

Luís Fabiano vai à China tentar sua liberação para definir seu futuro
Comentários 12

Alexandre Praetzel

Luís Fabiano ainda não sabe onde irá atuar em 2017. O atacante viaja à China na próxima semana para acertar sua liberação do Tianjin Quanjian. Luís assinou contrato por um ano, com extensão para mais uma temporada, se ele atingisse metas estipuladas como a conquista da Segunda Divisão e a presença em mais de 70% dos jogos, coisas que se confirmaram.

Há um acerto verbal para a rescisão do acordo, mas o assunto precisa ser definido nos próximos dias. Luís quer deixar o clube, após uma divergência com a diretoria. Se os dirigentes do Tianjin não cumprirem a palavra, Luís Fabiano terá que cumprir contrato até o final do ano.

Santos, Ponte Preta e Vasco ofereceram valores e tempo de contrato, mas pessoas próximas a Luís, acham difícil ele aceitar a oferta do Santos. São Paulo, Inter e Grêmio fizeram apenas sondagens. Na China, dois times desejam contratá-lo e o jogador também não descarta sua permanência no país.

Em 2016, Luís Fabiano marcou 23 gols em 29 jogos e foi escolhido o melhor jogador da competição, aos 36 anos. O blog solicitou uma entrevista à assessoria, mas Luís Fabiano só irá se pronunciar após definir sua situação com os chineses.

 


Futebol brasileiro tem quatro jogadores estrangeiros indiscutíveis
Comentários 63

Alexandre Praetzel

A liberdade de escalar cinco jogadores estrangeiros no futebol brasileiro mudou bastante a forma de contratar dos clubes. Nomes do primeiro ao terceiro escalão sul-americanos desembarcam aos montes por aqui. Uns com boa capacidade, outros de qualidade duvidosa. O blog coloca sua opinião a respeito destes reforços, atualmente no Brasil, analisando custo-benefício e trajetórias recentes.

Indiscutíveis – Mina(Palmeiras), Guerrero(Flamengo), D'Alessandro(Inter) e Lucas Pratto(Atlético-MG).

Bons Nomes – Guerra(Palmeiras), Montillo(Botafogo), Conca(Flamengo), Copete(Santos), Kanneman(Grêmio), Cazares(Atlético-MG), Cueva(São Paulo), Martín Silva(Vasco).

Razoáveis – Barrios e Allione(Palmeiras), Mancuello(Flamengo), De Arrascaeta, Cabral e Ábila(Cruzeiro), Bolaños(Grêmio), Nico López(Inter), Gatito Fernandez(Figueirense).

Regulares – Chavez(São Paulo), Buffarini(São Paulo), Mena(São Paulo/Cruzeiro), Romero(Corinthians), Balbuena(Corinthians), Lucas Romero(Cruzeiro), Erazo(Atlético-MG), Otero(Atlético-MG), Carli(Botafogo), Seijas(Inter), Cuellar(Flamengo), Donati(Flamengo), Rodney Wallace(Sport), Cárdenas(Vitória), Kazim(Coritiba/Corinthians), Escudero(Vasco).

Vivendo do currículo – Lugano(São Paulo), Lucho Gonzalez(Atlético-PR), Dátolo(Atlético-MG), Mark Gonzalez(Sport).

Para esquecer – Noguera(Santos), Vecchio(Santos), Aquino(Fluminense), Mendoza(Corinthians), Nuñes(Botafogo), Salgueiro(Botafogo), Lízio(Botafogo), Ariel(Inter), Sanches Miño(Cruzeiro), Pisano(Cruzeiro), Tobio(Palmeiras), Mouche(Palmeiras), Braian Rodriguez(Grêmio).

A conferir – Sornoza e Orejuela(Fluminense), Trauco(Flamengo).

Claro que a abertura do mercado é interessante, mas muitos destes nomes acima poderiam ser substituídos por jogadores mais baratos e das categorias de base, com calma e trabalhando a médio prazo. Muitas vezes, dirigentes gastam fortunas em estrangeiros destaques nos seus países, esperando o mesmo desempenho num futebol totalmente diferente. É preciso muita análise e critério para contratar, sob pena de fracassar rapidamente.

 


Palmeiras e Crefisa encaminham acordo por mais um ano
Comentários 70

Alexandre Praetzel

O Palmeiras encaminhou a renovação do contrato de patrocínio com a Crefisa por mais um ano. O acordo entre as duas diretorias será assinado no próximo dia 16 de janeiro, com validade até 16 de janeiro de 2018.

A Crefisa vai aumentar os valores, após a conquista do Campeonato Brasileiro e a possibilidade de lutar pelo título da Libertadores da América. O blog apurou que a soma ficará na casa dos R$ 90 milhões, um aumento de R$ 24 milhões em relação a 2016.

A empresa do ramo financeiro teve crescimento de 44% no mercado, desde a parceria com o Verdão, iniciada em 2015. Atualmente, a Crefisa banca boa parte do salário do paraguaio Lucas Barrios, trazido como grande reforço.

A construção do novo hotel na Academia de futebol também teve aporte da patrocinadora, dividindo as despesas com o ex-presidente Paulo Nobre.

Para 2017, o Palmeiras já contratou os atacantes Guerra e Keno e os meias Michel Bastos, Raphael Veiga e Hyoran. O volante Felipe Melo também deve ser anunciado.

 

 


Janela chinesa deixa futebol brasileiro na expectativa
Comentários 1

Alexandre Praetzel

A janela chinesa de contratações foi aberta neste início janeiro. E isso deixa muita gente na expectativa no futebol brasileiro. Em 2016, Renato Augusto, Ralf, Gil, Luís Fabiano, Jadson e Geuvânio foram os alvos principais. Na Europa, Ramirez partiu do Chelsea por uma fortuna. Agora, já vimos o brasileiro Oscar e o argentino Tevez serem anunciados por verdadeiras fábulas de dinheiro e Diego Costa pode ser o próximo.

Aqui no nosso território, dirigentes e empresários já admitem as possibilidades de negociações. O blog apurou que Jean do Palmeiras, Fágner e Rodriguinho do Corinthians e Lucas Lima do Santos, receberam sondagens e podem se transferir.

Para os staffs dos atletas, os valores oferecidos não merecem nem discussão. A dúvida sobre o esquecimento para a Seleção Brasileira foi desfeita com as constantes convocações de Renato Augusto, Gil e Paulinho. Quem estiver jogando bem, pode ser lembrado por Tite.

Os chineses são agressivos e pagam as multas rescisórias sem pestanejar. Acertam com o atleta e pronto. Ah, não pagam comissões a empresários. Isso fica a cargo dos jogadores.

O ano já começa com as apostas de quem deixará o Brasil. Como alento, dois bons nomes estão voltando. O argentino Montillo retornou para assinar com o Botafogo e Luís Fabiano deve acertar com um time da Série A.


Projeções para 2017. Feliz Ano Novo.
Comentários 8

Alexandre Praetzel

Não sou vidente, astrólogo ou sensitivo, mas gosto de dar meus palpites e fazer minhas projeções no futebol brasileiro. Por isso, dedico este post à entrada de 2017. Vamos lá.

Palmeiras – permanência dos principais jogadores, dinheiro em caixa, maior patrocínio do Brasil, chegada de bons reforços. Favorito para ganhar mais um grande título no ano. Se a soberba não surgir e a política não atrapalhar, Eduardo Baptista poderá trabalhar com calma e respaldo do novo presidente. O desafio será administrar um grupo recheado de jogadores sedentos por atuações e mais conquistas. Cuca não teve facilidades, apesar do título brasileiro.

Santos – gosto do time santista. Tem técnica e bons nomes. Dorival Jr. vai para dois anos e meio de contrato com confiança do grupo e da diretoria. A tendência é não perder ninguém, mas precisa de melhores opções no elenco e mais apoio da torcida contra o deserto da Vila Belmiro e as fracas arrecadações. Grande adversário do Palmeiras, acredito.

Corinthians – a nota oficial de fim de ano da diretoria pediu compreensão da torcida para um 2017 difícil. Ora, se o comando pede paciência, quem sou eu para esperar grandes resultados. Fábio Carille quer ser tratado como técnico e terá o desafio de extrair o máximo de um grupo limitado, sem projeções de grandes reforços. A falta de dinheiro, a crise política e a indefinição sobre o estádio conspiram contra o ambiente do CT. Um ponto de interrogação.

São Paulo – Rogério Ceni será a grande atração. Vai ocupar todos os espaços na mídia tricolor. Apesar da idolatria, também será cobrado por trabalho e resultados. É preparado, mas terá que convencer os jogadores de que pode levar o time novamente a uma grande conquista. Em abril, haverá eleição para presidente e até lá, os nobres conselheiros podem atrapalhar bastante o começo da trajetória. Sem dinheiro, Wellington Nem, Cícero e Neílton acrescentam, mas o time precisa ter alma, algo ausente nos últimos três anos.

Flamengo – clube organizado, torcida gigante e manutenção de um trabalho sério a médio e longo prazo. Chegou a hora de dar frutos em campo. Tem boa equipe e deve contratar, segundo a diretoria. Zé Ricardo virou o ano e será cobrado com mais rigor, certamente. O absurdo é não ter um estádio próprio e isso sempre atrapalha.

Grêmio – Renato Portaluppi ganhou um contrato de trabalho maior. Chegou como bombeiro e arrebatou a quinta Copa do Brasil tricolor. Para quem não precisa estudar como técnico, terá a boa oportunidade de prosseguir com um grupo consistente e sem perdas de atletas. Deve levar o Gauchão com folga.

Atlético-MG – Roger Machado deixou sim um pequeno legado no Grêmio e tem tudo para fazer um bom trabalho no Galo. O clube já se reforçou no setor defensivo e deve buscar mais alguns nomes. Quem tem Robinho, Fred e Lucas Pratto, sempre terá chances de título. Fica a dúvida se os três permanecerão em BH.

Registro também o Botafogo, com Jair Ventura renovado e reforços de qualidade.

O Atlético-PR fez bom mercado e trouxe nomes como Grafite e Fellipe Gedoz.

Cruzeiro tem a experiência de Mano Menezes para ajudar.

Fluminense pretende apostar mais na base com a volta de Abel Braga.

Vasco é uma incógnita, dependendo da formação do time.

Bahia promete time de Série A, aumentando investimentos.

Uma menção honrosa à Chapecoense, com o desafio de montar um grupo inteiro em 40 dias. Terá a maior torcida do Brasil, inclusive a minha.

Agradeço a atenção de todos que passaram por aqui e desejo um Feliz 2017 com muita paz, saúde e felicidades.


Dorival elogia Donizete e veta saída de Rodrigão, sem reforço para o ataque
Comentários 11

Alexandre Praetzel

O volante Leandro Donizete é o novo reforço do Santos. O jogador chega do Atlético-MG para um contrato de três anos. A indicação foi do técnico Dorival Jr.

O blog entrou em contato com o treinador a respeito da nova contratação santista.

''Foi um jogador que eu trouxe da Ferroviária para o Coritiba, em 2008. Eu o conheço bem e já tinha tentado levá-lo para outras equipes. Leandro é mais segundo volante, mas também pode atuar como primeiro. Gosto pela combatividade'', afirmou Dorival Jr.

Além de Leandro Donizete, o Santos já tinha fechado com o lateral Mateus Ribeiro, o zagueiro Cléber e o meia colombiano Vladimir Hernandez. Dorival quer mais dois reforços e veta a saída de Rodrigão, se não vier mais ninguém para o setor ofensivo.

''Não libero, até porque não conseguimos contratar para o ataque'', ressaltou. O quadro pode mudar, se mais gente desembarcar na Vila Belmiro.


Michel Bastos tem acordo encaminhado com o Palmeiras
Comentários 55

Alexandre Praetzel

Michel Bastos tem tudo para ser o novo reforço do Palmeiras.

O blog apurou que o jogador está apalavrado com a diretoria para um contrato de dois anos, com luvas de R$ 1 milhão e salários de R$ 250 mil.

Michel só espera assinar a rescisão de seu acordo com o São Paulo para fechar com o Verdão. O meia já desejava deixar o clube, após a invasão do CT por torcedores uniformizados, dia 27 de agosto. Na ocasião, Michel Bastos foi agredido e ficou bastante desgostoso com a situação.

No São Paulo, teve altos e baixos de 2014 até a Libertadores da América de 2016. Se envolveu em polêmicas com o técnico Juan Carlos Osório e parte da torcida são-paulina, ao pedir silêncio, depois de marcar um gol contra o Sport, no Morumbi.

Michel Bastos está com 33 anos. Fez 123 jogos pelo tricolor e marcou 21 gols. Seus melhores momentos da carreira foram no futebol francês por Lille e Lyon. Esteve no grupo da Seleção Brasileira, que disputou a Copa do Mundo da África do Sul, em 2010.

No fim de semana de Natal, o blog publicou uma entrevista exclusiva com o superintendente do São Paulo, Marco Aurélio Cunha. Na ocasião perguntei se Michel Bastos tinha dado certo no clube. Reproduzo a resposta abaixo.

''Ele deu certo até a Libertadores. Deixou de dar, depois, porque a torcida é exigente. Ele talvez não tenha sabido se comportar com essa exigência. Teve uma postura de conflito com o torcedor, comprou uma briga tola, que é a briga que todo jogador deve evitar. É que nem internet. O cara te xinga, enquanto tem centenas de boas pessoas falando com você. Se você replicar o xingamento, você é alguém, ele não. Ele repercute isso como se você fosse o pior cara do mundo. Você não tem o direito de rebater nem uma ofensa no futebol. Você tem que ficar quieto e ir embora porque ela repercute cada vez mais se você rebater. Então, é burrice rebater torcedor. Deixa que no dia seguinte, ele está na porta pedindo um autógrafo ou uma camisa do próprio jogador. Então, talvez essa falta de discernimento e tranquilidade, tenha feito com que ele tivesse criado esses atritos e talvez até se desestimulado a jogar pelo São Paulo. A invasão do CT também foi ridícula. Não é possível que alguém que goste do clube, faça aquilo, desmoralizar sua casa. Invadir o CT é bater na mãe. Não é possível que alguém bata na mãe porque ela tem qualquer culpa''.

Em novo contato com Marco Aurélio Cunha, o informei do acordo de Michel Bastos com o Palmeiras. O dirigente registrou: ''Acho que ele tem todo o direito. Não me incomoda. Não iria nos ajudar'', concluiu.

 


Novo auxiliar do Palmeiras foi interino e funcionário do América-MG
Comentários 3

Alexandre Praetzel

O Palmeiras está trazendo um profissional de Belo Horizonte para ser o novo auxiliar da comissão técnica do clube.

Cláudio Prates, ex-funcionário do América-MG, foi o nome escolhido para ser o substituto de Alberto Valentim.

Aos 50 anos, Prates trabalhou por várias temporadas no Coelho e inclusive foi técnico interino da equipe, após a demissão de Givanildo Oliveira, no início da Série A do Brasileiro. Em outubro, deixou o América-MG, depois de um acordo com a diretoria.

Natural de Rosário do Sul, Cláudio é conhecido como Claudinho Gaúcho no meio do futebol. É escolha de Alexandre Mattos e Cícero Souza.

O anúncio oficial será na reapresentação do grupo, em janeiro de 2017.

 


Palmeiras encaminha empréstimo de volante ao Fluminense
Comentários 34

Alexandre Praetzel

O Palmeiras está encaminhando o empréstimo do volante Matheus Sales para o Fluminense. O blog apurou que o contrato deve ser até dezembro de 2017.

Matheus Sales foi promovido aos profissionais do Verdão, em 2015. Teve boas atuações e foi campeão da Copa do Brasil, atuando algumas vezes como titular.

Em 2016, Matheus perdeu espaço com a chegada de Cuca e raramente foi escalado pelo treinador.

Em 2017, terá a forte concorrência de Arouca, Gabriel, Jean e Moisés e dificilmente jogará.

Aos 21 anos, Matheus Sales fez 30 jogos pelo Palmeiras.

O lateral-direito Lucas, retornando do Cruzeiro, também pode ser cedido ao Flu.

A diretoria palmeirense tem recebido várias ofertas por jogadores do elenco. No entanto, a maioria quer garantia de que vai receber o salário em dia em outro clube ou que o Palmeiras banque qualquer eventual atraso ou falta de pagamento.


Marco Aurélio Cunha vê Ceni pronto para o sucesso e reeleição de Leco
Comentários 8

Alexandre Praetzel

Marco Aurélio Cunha deixará o São Paulo, após a disputa da Flórida Cup, em janeiro. O dirigente vai se dedicar ao trabalho no futebol feminino da CBF. Em entrevista exclusiva ao blog, Marco Aurélio projeta 2017, vê Rogério Ceni pronto para ter sucesso e acredita que Leco mereça ser reeleito na presidência do clube. Acompanhe abaixo.

Projeção para 2017

''Eu acho que o São Paulo vai abrir uma janela de oportunidades. Muito se falava no passado, Muricy não dava muita atenção à base, mas era time tricampeão brasileiro. Sempre digo, quando um time é campeão, tem uma placa na porta: não há vagas. Quando um time tem posições ruins no campeonatos ou sofre muito, muda a placa: há vagas. Então, se você tiver além das vagas, jogadores competentes, certamente você vai saber desfrutar disso. Ninguém promove a base por decreto, não é lei. Você promove quando tem elementos suficientes para isso. São Paulo teve três grandes gerações de jogadores da base, que antecederam esta. Foi lá em 84 com os ''Menudos do Morumbi'' com Silas, Muller, Sídnei, Vizolli, Manu, uma série de jogadores, uns com maior projeção, outros com menor, mas que vieram todos juntos, Nelsinho já tinha subido, Márcio Araújo, enfim, era um time de muito menino bom. Depois em 93, 94, Juninho Paulista, Caio, Edmílson, Denílson, próprio Rogério Ceni veio desta turma, uma nova geração virtuosa. Veio 2002 com Júlio Batista, Kaká, Fábio Simplício, Alexandre, Jean, também com muito destaque, lateral-direito Gabriel, também muito boa. E essa agora, 14 anos depois, é a melhor geração que o São Paulo já teve ou terá até o próximo ciclo com David Neres, Lucas Fernandes, Pedro, Luiz Araújo, Artur, Tormena, zagueiros da Sub-18, temos o Lucão, que ainda a torcida reclama, mas para mim é um dos melhores zagueiros do São Paulo. Tem o lateral-esquerdo Júnior, muito bom, que veio do Grêmio. Tem o Foguete, Auro. Nós temos uma porção de jogadores bons, que eu acredito muito, que junto com alguns protagonistas, tem agora o Wellington Nem para dar uma força maior. Temos alguns orientadores como o Lugano, pelo menos por mais seis meses. Sidão como goleiro que vem agora. Há mais duas ou três contratações que serão feitas. Tem uma defesa também com Rodrigo Caio, de uma geração importante. Eu acho que é um São Paulo novo, que vai ter altos e baixos, mas depois se consolida''.

Saída do São Paulo

''Eu não permaneço. Esse ano é um ano difícil. Eu quero ter uma isenção importante neste período de eleições porque eu não quero ser alvo de qualquer tipo de ambiente hostil. Eu tenho lá meu compromisso com a CBF, que foram 90 dias de licença. Até vou à Flórida Cup, vou estar de férias, passar por lá, vou ajudar o Rogério de alguma maneira, neste começo, mas assim de gosto. Mas não devo continuar porque essas eleições de abril podem trazer novos rumos ao São Paulo ou o próprio presidente Leco seguir, mas o futuro dirá. Neste momento, minha missão no São Paulo termina. Eu continuo ajudando neste final de ano com contratações, conversando com a diretoria para que possa dar continuidade nestes três meses. Em janeiro, tem a Flórida Cup e a pré-temporada e no dia 20, eu já volto à CBF''.

Rogério Ceni

''Eu acho que é um ponto de interrogação porque é tudo novo. Ele sabe que é novo, eu sei que é novo. Agora, é uma interrogação com uma resposta quase pronta de sucesso. Qualquer treinador que pudesse vir ao São Paulo neste momento, não conheceria profissionais e jogadores da base, o que foi feito no clube, a história, a política do clube, o bem-estar. Então, esse tempo de adaptação que um treinador teria, como foram os estrangeiros, que Osório veio, foi bem, foi mal, foi embora. Bauza veio, fez uma Libertadores de guerreiro, chegando nas semifinais, um resultado extremamente meritório, mas não sobrou muita coisa. Foi embora também, toda programação foi deixada de lado pela escolha muito justa dele da sua seleção. Mas o São Paulo ficou à deriva depois destes dois treinadores saírem para duas seleções internacionais, de relevo, foram dirigir México e Argentina. A gente teve que se reestruturar. Veio o Ricardo Gomes, tentando fazer isso. Eu acho que ele ajudou muito, as pessoas não têm noção de quanto o Ricardo ajudou, embora tivesse uma rejeição de torcida muito grande. Ele pegou o São Paulo com seis jogadores negociados de meio e ataque. Ganso, Calleri terminou o contrato, Kardec foi vendido, Centurión foi para o Boca, Kiesa foi negociado e o Rogério foi para o Sport. Então, são seis jogadores do meio para a frente. O São Paulo teve uma ótima zaga, que garantiu entre as melhores zagas do campeonato e um ataque razoável, até porquê, Cueva se afirmou no final, todo estrangeiro demora para pegar. Buffarini também, agora está jogando bem. O próprio Chavez, de altos e baixos, é um cara que fez gols, joga bem pelo lado esquerdo. Demorou para a substituição fazer frente a sua necessidade. Isso incomodou muito o trabalho do Ricardo, não deu para ele ligar o trabalho como deveria. No final, a gente entendeu que precisava de uma mudança radical, de nível mesmo, de conhecimento do São Paulo, de ser uma pessoa que está com toda vocação disposta a trabalhar pelo São Paulo. Tem o sonho, a fantasia, responsabilidade. Então, eu acho que isso é algo muito maior que só um técnico, Um treinador que viesse, viria como todos os outros. Vim, vi, passei e fui. Esse não. Esse tem o que dizer. tem o porquê ficar, lutar pelo clube, é a história dele que está em jogo. Isso para nós vai ser um benefício''.

Presidente do São Paulo um dia

''Não tenho mais ideia fixa, não. Eu só seria presidente do São Paulo numa situação de que as pessoas entendessem, que pudessem juntar todas as linhas correntes políticas do São Paulo. Todos participassem, todos tivessem, fazer uma seleção dos melhores. Claro que há muitos bons, não caberia todos, mas que fosse uma seleção mesmo qualitativa para compor uma diretoria. O melhor jurista, melhor economista, professor, enfim, e aí fazer uma gestão. Eu não vou brigar com meus amigos por conta de posto. Ser vaidoso, se eu não for presidente, minha história não se conclui. Bobagem, minha história está feita. Eu continuarei ajudando o São Paulo, qualquer que seja o presidente, se precisar de mim, irei lá colaborar da forma como for possível. Não tenho a vaidade de ser, teria talvez o gosto por conta de uma união dos melhores. Agora, se ficar essa guerrinha interna, entre ala A, B, C e querendo arrumar algum nome, com dificuldade para encontrar e que não conhece futebol, a maioria não conhece. Então, eu fico preocupado com o São Paulo, mas eu vou apoiar qualquer um que tiver lá''.

Modelo de gestão faliu

''É injusto falar que está falido porque este modelo fez clubes serem centenários. Eu acho que ele está em extinção, aí sim. Porque falido se ele tivesse quebrado, clubes alguns sim. Mas quais são as empresas que são centenárias no país? Vejo quebrar bancos, grandes magazines, conglomerados financeiros, lojas de automóveis famosas e o futebol continua íntegro. Talvez porque o futebol seja visto como uma Santa Casa, pode dever quanto for que aparece alguém, põe dinheiro, ressuscita, tem um sentimento quase pátrio, talvez até maior. Então, isso sustenta o futebol. Agora, se ele fosse gerido com competência administrativa, mais frieza, menos rancor entre os clubes. Você vê as Ligas, O pessoal critica a CBF, tenho vivido a CBF, acho que ela evoluiu profundamente tecnicamente neste período todo, com pessoas bem colocadas lá em lugares estratégicos como competições, a parte de programação dos clubes, licenciamento, registro, acho que tem sido um trabalho bom. O clube não consegue fazer uma Liga. Faz uma Liga, não sabe nem que tem que arrumar bola para a Liga. Isso eu ouvi. Então, as Ligas não têm relação entre um clube e outro é péssima. O clube A não fala com o B. Como é que eles vão dominar uma Liga, impressionante. É amador. A relação é muito mais conflituosa do que assertivas. Tem que ter uma entidade que seja moderna, como tem a CBF, que administre essa coisas que os clubes não sabem. O clube está realmente mal administrado. O Flamengo tem um momento bom de reconstrução, presidente Bandeira de Mello tem trabalhado muito bem, tenho acompanhado lá no Rio. Fluminense tenta também melhorar, mas você gigantes como o Inter cair, o São Paulo que passou apertado, não vou tirar da relação, não de descenso, mas de risco. Dos 20 clubes que disputam a Série A, só quatro que nunca estiveram na Série B. Como pode essa oscilação? É por que o futebol é bem gerido ou mal gerido em relações temporais? Acho que é mais porque é mal gerido. Têm grandes picos e depois grandes derrocadas. Isso não é uma linha contínua de trabalho. A gestão de clube tem que ser aprimorada. Quando se fala em profissionalismo também, não é colocar o gerente da empresa lá, que nunca viu futebol, é outro caminho no futebol e agora fala que vai tomar conta das contas e não pode gastar aquilo, isso. Não é assim. Futebol tem toda uma simbologia. Tem que ter alguém que conheça futebol, gerido com critério de não mandar o cara embora porque a torcida pediu. Não mandar o técnico embora porque pediram. Conservar aquilo que é bem feito, estimular boas práticas. Se a gente conseguir isso, o futebol melhora muito. Acho que a gestão está em extinção''.

Leco merece ser reeleito

''Pelo sofrimento que ele passou e pelo que ele pegou, até acredito que sim. É óbvio que há também outros grupos lutando pela posição e que poderão ter direito a mudar o São Paulo. Eu acho que as mudanças radicais só pioram. São Paulo precisa conciliar para fazer uma gestão de todos para poder prosseguir com Leco, com outro, mas uma gestão de todos. Essa gestão de briga de faca que parece ser elegante no São Paulo, mas no íntimo não é, eu acho que não é boa''.

Reforços

''Eu acho que pelo menos mais dois ou três. Mas bons, não aquela porção de jogadores medianos, que passaram por aqui, por ali, por lá e que de repente fizeram um ano com pico de performance, aí vem o sujeito oferecer ao São Paulo por uma fortuna por esse pico. Eu discuto muito isso lá e com o Rogério já conversei com ele. Rogério é muito perceptivo nisso. Eu acho que o São Paulo, com cinco jogadores que foram do ano passado para cá e com os meninos, monta um time competitivo''.

Michel Bastos não deu certo

''Ele deu certo até a Libertadores. Deixou de dar, depois, porque a torcida é exigente. Ele talvez não tenha sabido se comportar com essa exigência. Teve uma postura de conflito com o torcedor, comprou uma briga tola, que é a briga que todo jogador deve evitar. É que nem internet. O cara te xinga, enquanto tem centenas de boas pessoas falando com você. Se você replicar o xingamento, você é alguém, ele não. Ele repercute isso como se você fosse o pior cara do mundo. Você não tem o direito de rebater nem uma ofensa no futebol. Você tem que ficar quieto e ir embora porque ela repercute cada vez mais se você rebater. Então, é burrice rebater torcedor. Deixa que no dia seguinte, ele está na porta pedindo um autógrafo ou uma camisa do próprio jogador. Então, talvez essa falta de discernimento e tranquilidade, tenha feito com que ele tivesse criado esses atritos e talvez até se desestimulado a jogar pelo São Paulo. A invasão do CT também foi ridícula. Não é possível que alguém que goste do clube, faça aquilo, desmoralizar sua casa. Invadir o CT é bater na mãe. Não é possível que alguém bata na mãe porque ela tem qualquer culpa''.

Michel Bastos no Palmeiras

''Não ouvi nada sobre isso. Rumor sim. Coisa oficial, não. Então, não sei. Honestamente, não sei o que vai ser do Michel Bastos. Nós temos uma proposta encaminhada com ele. Alguns clubes falaram, mas ninguém fortemente veio falar sobre isso. Vamos ver. Ainda temos uma tratativa a fazer com seu empresário''.

Time sem alma

''Eu acho que o excesso de títulos faz com que a torcida fique extremamente exigente e o jogador um pouco acomodado. O clima é de muita tranquilidade, muito oba-oba, todo mundo feliz, a porta cheia de torcedor pedindo autógrafo. Isso talvez tire do atleta que não é um profissional 100%, que não tenha aquele rigor que o Lugano tem, o Rogério tem, o Mineiro tem, se contente com aquela superficialidade. Aí, quando a coisa começa a apertar e apertar feio, ele começa a reagir contra, como se aquilo fosse uma agressão e não uma cobrança. A cobrança tem que existir, tem que ter nível, critério, ser correta. Agora, quando ela passa a ser agressiva, obviamente, perde o efeito e o jogador começa a ficar acuado. Então, na verdade clube grande é para jogador de personalidade grande. Personalidade pequena não combina com time grande''.

Rodrigo Caio e João Schimit

''Para o meu gosto, permanecerão. Eu tenho brigado com o João de forma afetuosa. Tenho mostrado para ele que ele pode sair do São Paulo para um grande clube do exterior como foi o Hernanes e não com uma mochila, procurando um clube, pegando um clube periférico da Europa. Rico ele vai ficar, dinheiro ele vai ganhar porque ele é bom. Agora, pode sair numa situação melhor. É aquela história. Eu estudo mais um ano e entro na melhor universidade. Deixo de estudar um ano e entro numa piorzinha. Essa análise que faço com ele de pai para filho. Mas ele passou por coisas no São Paulo, foi emprestado, teve qualquer ressentimento pela forma como foi administrado, eu diria não tratado e ele tem essa visão de sair. O Rodrigo quer ficar. Eu já propus para ele um aumento de salário e se houver uma proposta dessas que vêm e levam, não há o que fazer''.

São Paulo em relação aos rivais

''Eu acho que são ciclos. Não acho que eu abro o ano inferior ao Corinthians. Ao Santos, talvez, que fez um vice-campeonato. Acho que podemos dizer que estamos inferiores ao Palmeiras e Corinthians, pontualmente. Acabou o ano e já começa a briga com todo mundo zero a zero, os conflitos, o campeão quer ser campeão de novo e se não for, já começa a achar ruim. Então, o futebol é sempre o mesmo. São ciclos, momentos de glória de um mais enfraquecimento de outro. O importante é que essa alternância de poderes está mantendo os quatro clubes de São Paulo em alto nível. O São Paulo um pouco abaixo por colocações. Engraçado, falam que eu sou décimo, nunca fiquei na zona de rebaixamento, mas que nós ficamos ali por perto, mas ninguém lembra que é o quarto da América. Então, qual que escolho: quarto da América ou décimo do Brasileiro. Veja como é pontual. Até julho, nós estávamos para disputar uma final de Libertadores. Em dezembro, passamos por risco e terminamos em décimo lugar. É futebol. Não sei qual o parâmetro que eu sigo''.

O São Paulo se reapresenta no início de janeiro. Até o momento, foram contratados os atacantes Wellington Nem do Shaktar Donetsk da Ucrânia e Neílton do Cruzeiro, na troca pelo volante Hudson.