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Dudu dispara: “o Palmeiras gastou 100 milhões porque pode gastar”
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras gastou R$ 100 milhões nas contratações de reforços, em 2017. Elenco e diretoria estão sendo cobrados por isso, pelo fato do Palmeiras não ter conquistado títulos na temporada. A principal ironia partiu do presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, que afirmou que teve clube que gastou muito e não ganhou nada, dando uma indireta ao Palmeiras. A resposta veio por Dudu, num bate-papo exclusivo com o blog. O atacante ainda comentou a chance de deixar o Verdão, em janeiro do ano que vem. Confira a seguir.

É justo cobrar o Palmeiras pelos investimentos feitos em 2017?

Ah, vou falar um pouco do presidente de um outro time que falou que a gente gastou 100 milhões, né. A gente gastou 100 milhões porque a gente podia gastar. A gente tem dinheiro para gastar 100 milhões. Ele não gastou porque ele não tinha. Ele tem que pensar no clube dele, não ficar dando indireta para o nosso clube. Se eles vão ser campeões, parabéns para eles, sucesso para eles, mas não dá para querer tirar sarro, querendo falar do nosso clube. A gente tem dirigentes capacitados aqui para fazer o Palmeiras andar bem. A gente fica muito feliz com isso. Cobranças sempre existem, quando você joga num grande clube. É procurar assimilar isso para a gente escapar mais rápido.

Existe alguma possibilidade de você ser negociado para o exterior, em janeiro?

Eu estou muito feliz aqui no Palmeiras. Gosto do clube. Com certeza, todos no clube gostam de mim. Torcida me adora. Eu procuro sempre fazer o melhor em campo. Sempre procuro primeiro pensar no Palmeiras. Meu pensamento é continuar no Palmeiras. Tenho muito tempo de contrato aqui. Espero cumprir bem para conquistar nossos objetivos no ano que vem.

Alguma proposta da Turquia, China ou outro clube?

Já chegaram ofertas no meio do ano. Agora, já tem outras especulações, mas meu foco é o Palmeiras. Penso no Palmeiras, estou vestindo essa camisa. Vou procurar honrá-la até o último dia.

Dudu chegou ao Palmeiras, em 2015. Conquistou a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro. Tem contrato até dezembro de 2021. Disputou 158 jogos e marcou 39 gols. O atacante está confirmado para enfrentar o Sport, nesta quinta-feira, no Allianz Parque.


Diego Alves admite queda técnica do Fla. Goleiro lembra que veio de graça
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Alexandre Praetzel

O Flamengo está em debate. O time não consegue ter boas atuações no Brasileiro e Sul-Americana e tem sido cobrado por melhor desempenho e resultados. O técnico Reinaldo Rueda chegou da Colômbia e ainda não viu seu trabalho ser implantado da maneira que gostaria. A diretoria, do outro lado, esperava mais qualidade, tanto do treinador quanto do elenco. O blog entrevistou o goleiro Diego Alves, que concordou com a queda da equipe, prometendo mais responsabilidade e resposta rápida para a torcida. Acompanhem.

Por que o Flamengo não consegue manter uma regularidade no Brasileiro?

Por isso que estamos assim. Se a gente tivesse uma regularidade fora de casa, a gente estaria mais acima, onde a gente merece. É um ano diferente, um ano que o torcedor está sofrendo bastante e nós temos que mudar isso. Temos que buscar forças para mudar, seja na experiência, raça, de alguma maneira, porque somos nós que entramos em campo e tentamos fazer o melhor. É lógico que também não podemos, por erros, culpar alguém ou não. O grupo sabe onde errou e a gente tem que tirar forças agora. Faltam poucos jogos para terminar o Brasileiro. O objetivo ainda não está finalizado e a gente tem que fazer de tudo para estar mais acima. A gente também não está contente com o nível do Flamengo, este ano.

Há um caminho menos complicado para vocês conseguirem a vaga para a Libertadores. É pelo Brasileiro ou Sul-Americana?

A Sul-Americana é uma competição à parte. Hoje, se o Brasileiro terminasse, a gente estaria em sétimo, pelo menos, na pré-Libertadores, que mesmo assim não é a posição que a gente quer se encontrar, mas é a realidade. O Brasileiro termina primeiro que a Sul-Americana. Não podemos depositar todas as fichas na Sul-Americana, sabendo que são jogos eliminatórios e difíceis. Eu acho que a concentração tem que ser no Brasileiro e a partir do momento que chegar à Sul-Americana, voltar o foco para o torneio.

Tu achas que o Flamengo merece ser cobrado pelos investimentos que fez?

Olha, está acontecendo a mesma coisa com o Palmeiras. Acho que a cobrança, muita gente vê pelo investimento alto. No Flamengo, para muita gente parece que foi alto, mas alguns jogadores vieram de graça, como é o meu caso. Aparentemente, parece ser um investimento caro, alguma coisa, mas a gente tem que assumir nossa responsabilidade. Temos jogadores de nome, jogadores que vieram e deixaram de ir para algum lugar, para vir para o Flamengo. E quando viemos para cá. eu me incluo no meio, a gente assume toda a responsabilidade porque a gente veio para vencer, não veio para sofrer. Então, a gente quer tirar o Flamengo para que a gente possa terminar bem o ano.

Como você avalia o nível do futebol brasileiro, depois de anos na Europa?

Cada lugar tem seu nível técnico. Aqui é diferente da Espanha, Espanha é diferente da Inglaterra, da Itália. Bom, aqui acho que o futebol mudou bastante. Acho que os jogadores estão se cuidando mais, tem mais estrutura para poder ficar mais forte. Fisicamente, é um jogo muito forte. Eu vejo um futebol que, por mais tático que seja, se desorganiza por algum momento e isso também é difícil você manter uma consistência tática. Lá na Europa, os times mantêm a mesma tática nos 90 minutos, então fica um futebol menos desorganizado, mas é um futebol muito difícil aqui no Brasil. Qualidade técnica, individualismo, isso faz com que o futebol brasileiro tenha ganhado bastante nível técnico.

No Brasileiro, o Flamengo é sétimo colocado com 50 pontos. Na Sul-Americana, o time está nas semifinais contra o Júnior Barranquilha da Colômbia.

Diego Alves chegou ao Fla, no meio deste ano, contratado do Valência da Espanha. Já disputou 21 partidas.


Michel Bastos aceita cobranças e quer permanecer no Palmeiras
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Alexandre Praetzel

Michel Bastos foi um dos mais cobrados no protesto de uma torcida uniformizada, domingo, antes do jogo contra o Flamengo. Alguns integrantes pediram sua dispensa no fim do ano. Michel Bastos chegou em janeiro e nunca conseguiu se firmar como titular, depois de uma passagem conturbada pelo São Paulo, em 2016. O blog conversou com o jogador a respeito das cobranças e a projeção para 2018, permanecendo ou não no Palmeiras. Confira a seguir.

Você acha que é justo os jogadores serem cobrados pelo investimento feito pelo Palmeiras?

Eu acho justa a cobrança com investimento ou sem investimento. É o Palmeiras, uma grande equipe. Cem milhões, 50, 200, dez milhões, vão cobrar da mesma forma. Se focou muito no que foi investido na equipe do Palmeiras, mas sabemos que independentemente do investimento ou não, a cobrança será a mesma e a gente respeita a cobrança do torcedor, desde que ela não seja com exagero, a gente vai respeitar, até porque a gente tem consciência muitas vezes de que estamos devendo e a cobrança vai vir. Mas, uma cobrança sadia, com respeito, porque acho que todos os jogadores respeitam a camisa do Palmeiras, respeitam o torcedor até o final. A gente vai respeitar as críticas, cobranças, mas como eu falei, sem agressão, que é da melhor forma possível.

Você tem mais um ano de contrato e não jogou muito em 2017. Queres permanecer no Palmeiras?

Quem não quer permanecer na equipe do Palmeiras? Eu tive algumas lesões, depois a escolha do treinador, que a gente tem que respeitar. Está sendo um ano um pouco diferente para mim, onde tenho que me encaixar e adaptar à equipe da melhor forma possível. Antigamente, graças a Deus, muitas vezes, pelo fato de eu ser a referência nas equipes onde eu joguei, eu tinha esse privilégio da equipe se encaixar da forma que eu tinha que jogar. Então, hoje é um pouco diferente. Estou numa equipe com grandes jogadores, com bastante jogadores. Então, tem que se encaixar da melhor forma possível. Eu tive mais oportunidades fora de posição, mas o importante é sempre estar jogando e ajudando a equipe do Palmeiras.

Teu nome estava na lista dos uniformizados, pedindo tua saída. Como viste isso?

Eu acho que é normal, quando você não joga muito. Ainda mais quando o torcedor confia no teu futebol. Cobrar, eu acho que está no direito do torcedor. Se me perguntarem se estou de acordo, não estou de acordo, mas respeito. Trabalhar, trabalhar para que eles mudem de opinião.

Treinador jovem não aguenta o Palmeiras? Precisa de lastro e experiência para 2018?

Treinador bom aguenta o Palmeiras. Velho ou novo, um bom treinador como é o Alberto, pode ser um grande treinador dentro do Palmeiras.

Michel Bastos tem mais um ano de contrato com o Palmeiras. Aos 34 anos, Michel disputou 35 jogos e marcou dois gols.


Dracena elogia Valentim e pede paciência para resultados em 2018
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras terminará 2017 sem títulos, após conquistar o Campeonato Brasileiro, em 2016. A pressão aumentou porque o clube gastou mais de R$ 100 milhões em contratações. O time caiu nas semifinais do Paulista, nas oitavas da Libertadores da América, quartas-de-final da Copa do Brasil e vai encerrar a Série A entre os quatro primeiros colocados, provavelmente. Os jogadores foram cobrados por uniformizados, antes da partida contra o Flamengo, pelos maus resultados diante de Corinthians e Vitória. A resposta veio dentro de campo com a vitória de 2 a 0. O blog conversou com Edu Dracena sobre esse momento do Verdão. Confira a seguir.

É justo cobrar o Palmeiras pelos investimentos feitos, sem títulos em campo?

É difícil você falar em números porque o futebol não é uma ciência exata que você tem quantos milhões e será campeão. É lógico que tem alguns times que investiram pouco e podem estar mais na nossa frente, mas eu acho que o planejamento não é para agora. Lógico que a gente queria resultado imediato, mas o resultado pode vir a longo prazo, ano que vem, a gente manter o mesmo time para brigar pela Libertadores, Paulista. Então, a gente tem que ter tranquilidade, principalmente, para a gente que está no futebol há muito tempo, saber assimilar da melhor forma possível. Graças a Deus, atingi um nível na minha vida que, nem quando estou bem, vou achar que eu sou o melhor do mundo e nem quando estou mal, sou o pior do mundo. Então, eu sei o quanto posso render, o quanto eu sou importante para a equipe e continuar trabalhando sempre como eu sempre fiz em todas as equipes onde eu passei e procurando jogar e ajudar da melhor maneira possível.

A entrevista coletiva com os líderes do grupo ao lado do Valentim foi um apoio público para a permanência dele como técnico ou não teve nada a ver?

Não, não teve nada a ver. Foi realmente uma coincidência. O Alberto teve a ideia e conversou com a gente na vinda de Salvador para São Paulo. A gente achou que era uma maneira interessante de estar ali, não para mostrar que a gente está junto, como fizemos em campo contra o Flamengo, cada um se doando pelo outro para que o Palmeiras possa vencer. É isso que a gente quis demonstrar porque o grupo do Palmeiras é muito bom. Não tem cara que é sacana, que está ali nos atrapalhando. Pelo contrário, a gente vê no dia a dia que cada um está procurando de uma forma ou outra, jogar e ajudar o Palmeiras nos jogos.

O técnico do Palmeiras precisa ter história e currículo para aguentar o cargo?

Eu acho que não. O cara quando é bom, é lógico que quando você está num clube grande, a paciência é bem menor que você tem num clube pequeno. Mas se você acredita no projeto, no seu treinador, eu acho que tem que ir até o final. Não sei se o Alberto vai ficar ou não. Eu acho que ele está mostrando que tem condições. Não cabe a mim analisar. A gente já viu vários treinadores renomados, que não deram certo em outras equipes e nem por isso eles são criticados. Haja visto, o Cuca retornou e aí? O que aconteceu? Acho que a gente tem que dar tempo ao tempo. Infelizmente, o imediatismo é muito grande, principalmente, quando você fala de Palmeiras. Tem que ter paciência, tranquilidade e no momento de dificuldade, parar, analisar e tomar a atitude correta, sem fazer tempestade em copo d'água para que não venha atrapalhar num futuro próximo.

Alberto Valentim está confirmado no cargo até o final do ano. É provável que o Palmeiras contrate um novo treinador. O Palmeiras é terceiro colocado no Brasileiro com 57 pontos, 11 atrás do Corinthians. O time pega o Sport, quinta-feira, no Allianz Parque.


Rogério Ceni recomeça onde deveria ter começado
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Alexandre Praetzel

O Fortaleza contratou Rogério Ceni para ser o técnico do time, a partir de janeiro de 2018. O time cearense volta à Série B, após oito anos na Série C, com queda em 2009. Nos anos de 2005 e 2006, disputou a Série A. É um clube grande do Nordeste, com torcida e o estádio Castelão para sediar seus jogos. Vai disputar o Cearense. Depende ainda de vaga na Copa do Brasil e está fora da Copa do Nordeste. Certamente, o acesso à Série A será o principal desafio.

É uma possibilidade de um recomeço rápido para Rogério Ceni e um clube do tamanho onde ele poderia começado. Ceni preferiu iniciar sua carreira no São Paulo, com experiência zero como treinador. Acreditou que a história vitoriosa indesmentível como atleta e ídolo, seria necessária para ter bom desempenho no tricolor. Trouxe dois profissionais estrangeiros como auxiliares(bons) para dar um toque diferente na comissão técnica e inovar nos treinamentos. Começou bem, com o grupo dando resposta e enchendo Ceni de elogios.

Conquistou a amistosa Flórida Cup sobre o Corinthians, mas quando a bola começou a rolar de forma oficial, as coisas mudaram. Ceni nunca conseguiu dar um padrão e um modelo de jogo ao São Paulo. A equipe oscilava bastante, com boas e más atuações. Nos momentos decisivos, caiu para o Corinthians nas semifinais do Paulista e para o Cruzeiro na quarta fase da Copa do Brasil. O presidente Leco não hesitou em demití-lo, quando o São Paulo perdeu para o Flamengo e entrou na zona de rebaixamento, na 11ª rodada da competição. Ceni acreditou num trabalho a longo prazo, mas Leco usou bem a imagem do ídolo para ganhar a eleição para a presidência e abandonando a promessa de campanha.

Em seis meses de trabalho, foram 37 jogos disputados, com 14 vitórias, 13 empates e 10 derrotas, num total de 50,4% de aproveitamento. Este índice lhe rendeu R$ 5 milhões de multa rescisória, estipulada em contrato.
Ceni terá estruturas físicas e financeiras menores que no São Paulo, mas será um grande nome comandando o Fortaleza. Mídia nacional em cima dele, precisando deixar a vaidade de lado para extrair o máximo de jogadores com qualidade inferior à maioria do São Paulo. Mesmo assim, é capaz de conseguir bons resultados, se tiver o foco necessário para conviver com problemas que não costumam aparecer em grandes clubes. Será acolhido pela diretoria e torcedores e isso será fundamental no início da trajetória.
Claro que Ceni sonha com potências européias e estuda para isso. Agora, só chegará lá, se provar que tem condições de ser um ótimo treinador em centros menores. Imaginem Ceni levando o Fortaleza à Série A ou até sendo Campeão Estadual? O trabalho vai aparecer bastante e mostrará que Ceni recomeçará onde deveria ter começado, determinando um rumo correto para a carreira. O tempo dirá.

Empresário diz que Róger Guedes só sai do Palmeiras para o exterior
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras deve mudar a fotografia do elenco para 2018. Um forte candidato a sair é Róger Guedes. O atacante chegou a ser afastado pela diretoria, após o jogo contra o Bahia, dia 12 de outubro. Depois, voltou a ser aproveitado com a entrada de Alberto Valentim como técnico interino. O blog apurou com algumas pessoas ligadas à direção, que atuações abaixo do esperado e problemas de relacionamentos com os outros jogadores são motivos para negociá-lo. Assim, o blog conversou com o empresário de Guedes, Paulo Pitombeira, a respeito do momento do atleta. Confira.

Como tu vês a situação de Róger Guedes no Palmeiras?

Normal. Buscando o espaço novamente.

Ele pode ir para o Santos numa troca com o lateral Zeca?

Não fui informado sobre isso. Nada de contato comigo.

Tenho a informação de uma fonte do Palmeiras que Guedes não ficará e que não há bom relacionamento com os demais jogadores.

Não tenho essa informação.

Ele pode sair para o exterior em janeiro?

No caso de termos uma proposta que agrade o Palmeiras, sim.

Existe alguma oferta?

Nada.

Tu achas que ele deve ficar no Palmeiras ou ir para outro time no Brasil?

Só sai para fora do Brasil. Caso contrário, fica no Palmeiras.

Mesmo se um futuro técnico não quiser aproveitá-lo?

Acho difícil isso acontecer. Ele é muito bom jogador.

Como viste o afastamento dele recentemente?

Nada de anormal. Ele ficou fazendo um trabalho para melhorar a forma física.

Róger Guedes chegou ao Palmeiras, em 2016. Disputou 85 jogos e marcou 12 gols. Tem contrato com o Verdão até 2021.


Corinthians campeão. Os Deuses do futebol decretaram
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Alexandre Praetzel

Esta rodada do meio de semana era fundamental para aumentar a emoção do Campeonato Brasileiro. O Corinthians tinha um jogo difícil em Curitiba e o Santos recebia o Vasco. Uma derrota corintiana e uma vitória santista, eram resultados bem plausíveis, quem sabe, diminuindo a diferença para três pontos. Deu o contrário.

Corinthians ganhou do Atlético-PR com o goleiro reserva defendendo um pênalti e terminando o jogo com o terceiro atleta da posição, porque Válter saiu machucado mais uma vez. O gol foi de Giovanni Augusto, pouco utilizado durante todo o ano. Sorte de campeão.

Na Vila Belmiro, com 7.800 torcedores, o Santos saiu na frente, mas levou a virada do Vasco, com um recuo inexplicável do time e Zé Ricardo engolindo Elano, na estratégia da partida. Vitória justa vascaína. Final da rodada e o Corinthians aumentou a vantagem para o Santos para nove pontos e manteve os oito pontos para o Grêmio, muito mais preocupado com a decisão da Libertadores da América.

O Corinthians será campeão com justiça pelo primeiro turno de exceção. Mas não tem o melhor time, nem o melhor elenco. Méritos muito grandes para Fábio Carille, o melhor técnico do Brasileiro. Definiu uma forma eficiente de jogar, valorizando o coletivo e extraindo o máximo de cada integrante do grupo. A equipe caiu bastante no segundo turno, mas voltou ao espírito competitivo no confronto fundamental diante do Palmeiras, apesar do erro da arbitragem.

O Corinthians deu brecha para o azar e os adversários não aproveitaram. Então, problema deles. O Corinthians voltou a crescer na hora certa, contando também com a sorte do início da competição. Sétimo título brasileiro e o maior vencedor da história, desde 1971. Isso ninguém tira, apesar da qualidade deficiente do torneio. Agora, façam suas apostas para qual rodada o Corinthians confirmará a conquista, restando 15 pontos em disputa. Acredito que será na 36ª, contra o Flamengo, no Rio de Janeiro.


Vasco precisa renascer. Que a Justiça faça justiça pela transparência
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Alexandre Praetzel

O Vasco começa a quarta-feira com dois presidentes, em tese. Nas sete urnas apuradas, Eurico Miranda foi reeleito  presidente. No entanto, a urna sete está sub-júdice porque vários votantes foram legitimizados horas antes do pleito. Nesta urna, Eurico fez 408 votos contra 42 de Júlio Brant, candidato da oposição. Nos votos válidos, Brant ganhou de Eurico por 1933 a 1703. Agora, a Justiça vai decidir se a urna sete será aceita ou não. Brant e Eurico comemoraram a vitória, numa cena curiosa e constrangedora, ao mesmo tempo. Brant deu entrevistas se considerando presidente e Eurico já se considerava vitorioso, antes do final da apuração. Integrantes da Assembléia geral anunciaram a reeleição de Eurico por mais três anos. O processo foi mais equilibrado em relação a anos anteriores, mas Eurico saiu vitorioso outra vez, até que se prove o contrário.

O Vasco tem uma torcida imensa em todo o Brasil e precisa de paz. mas parece que isso está longe de acontecer. O clube parou no tempo. De 2008 a 2016, caiu três vezes para a Série B, depois de administrações desastrosas de Roberto Dinamite e Eurico Miranda. É verdade que ganhou a Copa do Brasil e foi vice-campeão brasileiro, em 2011, mas isso passou batido em seguida, com Dinamite gastando tudo que podia e não podia, para levar o Vasco a lutar pela Libertadores da América, em 2012. As consequências foram mais duas quedas em três anos.

Eurico tem dito que o Vasco vai disputar a Libertadores, em 2018. Ele entende que isso já é uma grande vitória para quem retornou à Série A. Eu diria que é muito pouco. O Vasco já foi referência, com grandes nomes revelados e sempre brigando por títulos. Romário, Edmundo, Felipe, Pedrinho, Philipe Coutinho, apenas para lembrar os mais recentes. Hoje, Paulinho e Paulo Victor apareceram bem, mas o volante Douglas foi negociado rapidamente pela crise financeira. Em estrutura, o Vasco tem um estádio defasado e um quadro de sócios ridículo para a grandeza do clube.

Já fui cobrir jogos em São Januário. A ''guarda'' de Eurico não faz a mínima questão de receber a imprensa. Sempre foi complicado trabalhar ali. Eurico trata o Vasco como se fosse dele. Ex-jogadores e atletas atuais costumam dizer que Eurico cumpre com tudo que promete, como se isso não fosse obrigação. A realidade é que o Vasco ficou para trás dos rivais e não se vê muitas possibilidades de crescimento a médio prazo.

Uma mentalidade empresarial e profissional poderia mudar esse quadro e talvez Brant trouxesse uma gestão diferente, mas isso só a Justiça poderá definir. Hoje, os sócios deixaram tudo como está e não poderão reclamar de mais um triênio de apequenamento e dificuldades para o Vasco.


Arouca quer permanecer no Palmeiras. Volante admite perda de espaço
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras tem um jogador no elenco que sempre deu boa resposta, no seu primeiro ano de clube, em 2015. Trata-se de Arouca. O volante foi bem naquela temporada, ganhando a Copa do Brasil. Aí vieram as lesões. Em 2016, disputou apenas 18 jogos, com o Palmeiras conquistando o título do Campeonato Brasileiro. Em 2017, teve duas cirurgias no tornozelo e só atuou cinco minutos na vitória de 2 a 0 sobre a Ponte Preta, dia 19 de outubro. Num rápido bate-papo com o blog, Arouca admitiu que precisa recuperar sua melhor condição no elenco e quer permanecer no Palmeiras, em 2018. Acompanhem.

Como fica sua situação no Palmeiras, depois de um ano complicado?

Tenho contrato com o Palmeiras até 2019. Esse ano, infelizmente não joguei, devido a duas cirurgias no tornozelo. O mais importante é que eu estou curado dessas cirurgias e agora tenho que buscar meu espaço.

Você se sente no Palmeiras em 2018?

Eu me sinto, a não ser que o Palmeiras não me queira. Minha cabeça está totalmente voltada para o Palmeiras. Eu estava me recuperando para poder voltar para buscar meu espaço, sem dúvida.

Alguém de outro clube já te procurou?

Não. Ninguém me procurou e se tiver que procurar, não procura o jogador, procura o empresário e o meu empresário não me passou nada.

Com toda tua experiência, dá para o Palmeiras ser campeão?

Nosso objetivo é o G4, permanecer ali para uma vaga direta para a Libertadores e se tiver oportunidade, tentar o título.

Arouca está com 31 anos e disputou 62 jogos pelo Palmeiras. O volante está sendo relacionado por Alberto Valentim. Em janeiro deste ano, teve seu nome associado a interesses de Bahia, Sport e Inter, mas sem negociações abertas.


Corinthians foi melhor. Palmeiras afobado e exposto
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Alexandre Praetzel

Corinthians e Palmeiras fizeram um jogo muito bom, pela importância e rivalidade. O Palmeiras partiu para cima, desde o início, parecendo que era o último suspiro do campeonato, pressionando e chegando na frente com Borja. Mas quando o Corinthians colocou a bola no chão e dividiu todas as bolas, levou vantagem pelo meio e lados do campo. Romero e Clayson superaram Egídio e Mayke. Gabriel segurava Moisés e Rodriguinho vencia o duelo com Bruno Henrique. Fernando Prass, com duas ótimas defesas, segurou o Corinthians, mas o gol não demorou a sair, mesmo com Romero impedido, nas costas de Egídio. Um lance difícil, mas impedido.

O Palmeiras manteve a postura ofensiva e levou o segundo gol com Balbuena, em erro de Edu Dracena, após cobrança de escanteio de Clayson. Em seguida, Mina descontou em cabeceio, deixando o clássico eletrizante. Aí, veio o lance discutível, na minha opinião. Dracena trava Jô fora da área e o corintiano vai arrastando o zagueiro para dentro, caindo a seguir. Não marcaria o pênalti. O árbitro Anderson Daronco esperou um pouquinho para confirmar a penalidade, provavelmente, sendo alertado pelo auxiliar atrás do gol. Corinthians 3 a 1. Um primeiro tempo do mandante.

Na segunda etapa, o Palmeiras voltou com Róger Guedes no lugar de Keno. Não entendi. Guedes foi afastado recentemente e agora virou solução. Keno não estava mal. O Palmeiras foi para cima e o Corinthians recuou. O Verdão teve mais posse de bola e descontou com bonito chute de Moisés. Carille sacou Gabriel para entrada de Maycon. Depois, Felipe Bastos e Jadson nas vagas de Camacho e Clayson. Valentim arriscou com Guerra e Deyverson sobre Bruno Henrique e Tchê Tchê. O Palmeiras foi para o sufoco, enquanto o Corinthians não conseguia nenhum contra-ataque. No fim, Róger Guedes teve a bola do empate, mas tocou na mão de Cássio, quando Mina entrava sozinho para concluir. Vitória do Corinthians pelo primeiro tempo. O blog avaliou os times, treinadores e arbitragem. Confira a seguir.

Corinthians

Cássio – Levou dois gols indefensáveis. Segurou o jogo, quando precisou. Nota 6,5.

Fagner – Bateu bastante e ganhou o duelo com Dudu. Nota 5,5.

Pablo – Sofreu com Borja no início e nas bolas aéreas. Nota 5,5.

Balbuena – O mais seguro da defesa. Ainda fez o segundo gol. Nota 7.

Guilherme Arana – Mais defensivo. Cuidou bem de Keno e Róger Guedes. Nota 6.

Gabriel – Pilhado. Reclamou mais que jogou. Nota 5.

Camacho – Tranquilo. Colocou a bola no chão e fez o Corinthians jogar. Nota 6.

Rodriguinho – O melhor do meio-campo. Preocupou o Palmeiras durante todo o jogo. Nota 7.

Clayson – Atuação justa para titularidade. Nota 6.

– Decisivo com o pênalti e fazendo grandes duelos com Mina e Dracena. Nota 7.

Romero – O melhor. Tosco e pouco técnico, mas muito competitivo e importante. Nota 7,5.

Fábio Carille – Não foi teimoso e escalou uma formação melhor. Nota 7.

Palmeiras

Fernando Prass – Pelo menos, três defesas para evitar uma goleada. Não teve culpa nos gols. Nota 7,5.

Mayke – Apoia muito, mas marca mal. Sofreu com Clayson. Nota 5.

Mina – Jogou por ele e por toda a defesa. Nota 7.

Edu Dracena – Perdeu o duelo com Jô e falhou no segundo gol. Nota 4.

Egídio – Má atuação. Superado por Romero e errando tudo. Nota 3.

Bruno Henrique – Envolvido por Rodriguinho. Perdido com a bola. Nota 4.

Tchê Tchê – Muito toque de lado e sem pegada. Nota 4,5.

Moisés – Vinha mal, mas recolocou o Palmeiras no jogo. Nota 6,5.

Dudu – Nervoso e bem marcado. Mal. Nota 4.

Borja – Começou bem e sempre preocupou os zagueiros. Nota 6.

Keno – Longe das boas atuações anteriores, mas não precisava sair. Nota 5.

Róger Guedes – De afastado a solução. Teve a bola do empate, mas errou. Nota 4.

Deyverson – Entrou pilhado. Bem expulso. Nota 0.

Alberto Valentim – Palmeiras entrou muito afobado. Perdeu o meio-campo. Quando viu, estava 2 a 0. Entrada de Róger Guedes foi um erro. Nota 4.

Anderson Daronco – No geral, arbitragem confusa. Gol impedido(erro do auxiliar) e pênalti discutível. Expulsou Deyverson e aplicou cartões amarelos, corretamente. Nota 4,5.