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Santos classificado em primeiro, mas com futebol constrangedor
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Alexandre Praetzel

O Santos terminou em primeiro lugar no seu grupo da Libertadores da América. Somou dez pontos em 18 disputados, com um empate melancólico diante do fraco Real Garcilaso-PER. É o pior líder, entre os oito classificados. O placar de 0 a 0 mostrou que o Santos é um time que atua com três atacantes, mas finaliza muito pouco. A questão não é mais se o Santos perdeu o DNA ofensivo, e sim como retomá-lo num esquema de jogo sem criação. Não adianta ter jogadores com perfil de ataque, se a bola não chega quase nunca na frente. Já vi times com quatro volantes e dois velocistas empurrarem os adversários para trás. O Santos é um time confuso e não é de hoje.

Verdade que está nas oitavas da Libertadores e quartas-de-final da Copa do Brasil. O problema é o nível de desempenho do elenco e do técnico Jair Ventura. O Santos joga feio e não evolui. Vive de erros dos adversários mais fortes e torce para oponentes menores darem espaços. Se isso não acontecer, o zero no escore vira uma realidade. E o Santos tem bons nomes individuais, mas o coletivo inexiste. Perder para o Luverdense e empatar com o Garcilaso, não pode ser visto como normalidade.

Jair costuma valorizar tempo de posse de bola, para justificar o trabalho atual. O Santos teve 75% contra 25% e isso não resultou em nada. Já passou da hora de Jair buscar uma forma diferente de jogar. Se não, sua saída é questão de tempo. Domingo, contra o Cruzeiro, a tendência é que não vença de novo. Assim, Jair não vai aguentar. E pode cair por teimosia e insistência nos equívocos, apesar de ser defendido pelo presidente Peres e pelo gerente de futebol, William Machado.

Ah, a Vila Belmiro recebeu 5.016 torcedores. Parece que os santistas desistiram do atual modelo.


William: “Santos não perdeu DNA ofensivo. Realidade financeira é difícil”
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Alexandre Praetzel

O Santos enfrenta o Real Garcilaso-PER, nesta quinta-feira, fechando a fase de grupos da Libertadores da América. Uma vitória confirma a primeira colocação da chave. O técnico Jair Ventura, que vem sendo alvo de críticas por parte da torcida, recebeu o apoio do presidente José Carlos Peres em entrevista na última quarta-feira. O blog entrevistou o gerente de futebol do clube, William Machado. No papo exclusivo, William admitiu a situação financeira difícil, valorizou o trabalho de Jair e espera por uma evolução do time para brigar pelos títulos que a equipe ainda disputa nesta temporada (Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro).

Confira a entrevista com William:

Como avalias o trabalho do Jair Ventura?

Eu avalio o trabalho positivamente. Nesta temporada, Santos enfrenta situações que são raras de acontecer, simultaneamente. Uma mudança de gestão, de comando técnico, uma reformulação gigantesca no elenco profissional, e, juntamente com isso, um calendário muito apertado, devido a ser ano de Copa. Pré-temporada com menos tempo para treinar, ou seja, menos tempo para você passar suas ideias de modelo de jogo para seus atletas. Quando começam as competições, você tem menos tempo para fazer as correções, já que você tem muitos jogos em períodos curtos de tempo. Então, tem que se trabalhar, e ao mesmo tempo, prezar pelo descanso para eles estarem aptos para a próxima partida. Então, eu vejo que o trabalho tem sido construído com muita dificuldade, mas ao mesmo tempo, tem muita dedicação de todos os profissionais e isso é muito importante. Se não fosse assim, o Santos não teria feito uma participação razoável para boa no Paulista e não teria conseguido as classificações, tanto na Libertadores, quanto na Copa do Brasil, com relativa folga.

Está difícil tocar sozinho o departamento de futebol?

Não toco o departamento de futebol sozinho. Quando eu cheguei, tinha o Gustavo, Diogo e o presidente, trabalhando conjuntamente conosco. Com a saída do Gustavo, ficamos eu o Diogo e o presidente. Agora, tivemos a chegada do Sérgio Dimas, para nos ajudar e o presidente ainda tem a ideia de trazer um executivo, para nos auxiliar. Só que não é fácil achar um profissional com o perfil que o Santos busca, dentro da condição financeira que o clube pode pagar hoje. Essa procura existe, e enquanto a gente não encontrar esse profissional, a gente vai tocando com muito afinco e seriedade, para fazer o melhor para o Santos.

Santos perdeu o DNA ofensivo?

Santos não perdeu o DNA ofensivo. Implementar um modelo de jogo, uma forma de jogar que o técnico acredita ser o melhor para o elenco, que aqui está, e conseguir os resultados, ao mesmo tempo, não é uma tarefa fácil, da noite para o dia. A busca é sempre por vitórias, com gols, mas a gente sabe que todo o trabalho também é respaldado pelos resultados, e por isso, não dá para abrir mão de fazer muitos gols e ao mesmo tempo ser um time bagunçado, desorganizado, sem padrão tático. Isso o Jair conseguiu dar, até com muita rapidez a essa equipe do Santos.

Reforços chegarão na parada da Copa do Mundo?

Sobre reforços, temos conversado com o presidente, comissão técnica. Óbvio que toda equipe pensa em se reforçar, e a gente também pensa. Estamos correndo atrás disso, dentro da realidade financeira que o clube pode pagar. Uma realidade financeira muito difícil, mas que o presidente tem feito de tudo, juntamente com sua diretoria e comitê de gestão, para honrar os compromissos e tem feito isso. Salários em dia, dívidas de gestões anteriores, assumidas e honradas. Isso faz com que o clube volte a ter credibilidade no mercado e eu acredito que as peças que a gente conseguir trazer, chegarão muito satisfeitas e tranquilas, que tudo for combinado com elas, será cumprido.

Clube vai negociar atletas? Léo Citadini renova?

Janela de Europa, janelas abrindo no mundo todo, então a gente não estará imune a nenhum tipo de negociação. Essa parte fica a cargo do presidente e ele é quem toca, tanto as chegadas de atletas, quanto às possíveis saídas. Citadini tem conversado com a diretoria, com seus representantes e a diretoria. Estão em processo de negociação.

Santos tem time para ganhar Libertadores ou Copa do Brasil?

Pela minha experiência como vice-campeão da Libertadores, campeão da Copa do Brasil, eu aprendi que o time se forma campeão durante a competição, na medida em que ele vai vencendo e transpondo obstáculos. Vai ficando mais forte, vai ficando mais resiliente. Então, eu vejo que a equipe não começa a competição campeã. Ela vai se tornando campeã e eu vejo a gente com uma margem de crescimento ainda muito boa. Uma evolução muito boa. Eu tenho uma expectativa muito grande de que essa evolução acontecendo, a gente estará apto para brigar pelos dois títulos.

Na Copa do Brasil, o Santos está nas quartas-de-final. O sorteio será no dia 30, na sede da CBF. No Brasileiro, o Santos é 15º colocado com seis pontos em 15 disputados.


Arthur Cabral chega ao Palmeiras, em janeiro de 2019. Blog antecipou
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Alexandre Praetzel

O atacante Arthur Cabral jogará no Palmeiras, a partir de janeiro de 2019. O diretor executivo de futebol do Palmeiras, Alexandre Mattos, confirmou a informação antecipada pelo blog no dia 07 de maio. Arthur ficará no Ceará, disputando a Série A do Brasileiro, até dezembro de 2018.

O Palmeiras pagou R$ 5,5 milhões por 50% dos direitos econômicos. Arthur assinou um contrato de cinco anos com o Verdão.

Em 2018, Arthur marcou 17 gols em 27 partidas. Está com 20 anos.


Boa sorte, Carille. E era tudo verdade….
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Alexandre Praetzel

Fábio Carille vai para o Al Wehda da Arábia Saudita. Aceitou um contrato de dois anos e a possibilidade de levar seus companheiros de Corinthians, como o preparador físico Walmir Cruz, o auxiliar Cuca e o observador Mauro ''Van Basten''. Tudo acertado, dois dias depois de Carille dizer que ''grande parte da imprensa mente'', quando noticiou o interesse do Al Hilal, no seu trabalho.

Nesta terça-feira, pela manhã, Carille divulgou uma nota oficial, pedindo desculpas pela declaração equivocada. Ganhou meu respeito maior e agiu certo, na minha opinião. Inclusive, falei isso a ele.

O curioso é que, ontem à noite, no anúncio da saída do Corinthians, sua assessoria confirmou que houve negociações com o Al Hilal, que acabaram não se oficializando. Então, a imprensa nunca errou, neste caso. O que ficou claro é que Carille fez um desabafo, atirando para todos os lados. Talvez, frustrado porque o Al Hilal não fechou sua contratação. Agora, um dia depois, ele se despede, partindo para outro clube. Óbvio que já havia um contato do Al Wehda, também. As coisas não seriam tão rápidas, se os contatos já não tivessem sido feitos.

Vida que segue. Repito o que publiquei aqui no blog, na última quinta-feira. Carille sai por cima do Corinthians e vai escolher onde trabalhar no Brasil, quando voltar. Está com 44 anos e terá 46, se quiser retornar. Fará sua independência financeira, merecidamente. Mostrou em 17 meses de Corinthians, que tem condições de aumentar seu currículo e sua quantidade de títulos. É o melhor técnico do Brasil e reconhecido pela opinião pública e colegas de trabalho.

Boa sorte, Carille. Sejas feliz e tenhas mais sucesso.

Só faça um media training, de vez em quando, para não cometer algumas injustiças. Tite, teu eterno professor, fez, e sabe se comunicar bem com os jornalistas.


Palmeiras abre negociação e Tchê Tchê pode deixar o clube
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Alexandre Praetzel

Tchê Tchê pode deixar o Palmeiras. O clube recebeu um contato do Dynamo de Kiev e abriu conversas. O blog apurou que valores estão sendo discutidos a partir de três milhões de euros. Se os ucranianos chegarem no número exigido pela diretoria, Tchê Tchê será negociado. Pessoas próximas ao jogador entendem que se for algo bom para o atleta, é um bom momento para seguir para o futebol europeu. Além do Dynamo de Kiev, PAOK da Grécia e Besiktas da Turquia, também fizeram sondagens.

Tchê foi contratado em 2016, após o vice-campeonato paulista pelo Audax. Foi titular do time de Cuca, campeão brasileiro daquele ano. Em 2017, manteve a titularidade. Em 2018, perdeu a posição para Bruno Henrique, mas é considerado um jogador útil para o elenco.

No Palmeiras, Tchê Tchê fez 110 jogos e marcou cinco gols. Está com 25 anos e tem contrato até o final de 2019.


Carille é muito bom, mas foi muito mal com as palavras
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Alexandre Praetzel

Gosto muito de Fábio Carille. Acho que ele é o melhor técnico do Brasil. Chegou ao cargo no Corinthians, cheio de desconfianças, e mostrou toda sua capacidade. Montou um time sem nenhum grande craque e foi campeão paulista com sobras e brasileiro com muito trabalho e eficiência, atropelando os adversários. Em 2018, repetiu a dose no Paulista, mesmo com algumas mudanças no elenco. Definiu uma forma de jogar e ainda encontrou variações. Já classificou o Corinthians para as oitavas da Libertadores e quartas da Copa do Brasil. Na Série A, mantém a candidatura ao título. Todos gostariam de contratá-lo e Carille vai escolher onde trabalhar no Brasil, pelos próximos dez anos. Justo reconhecimento.

Agora, Carille também erra, como todo ser humano. E errou na entrevista, depois do empate contra o Sport, em Recife. Afirmou que ''grande parte da imprensa mente'' sobre o interesse do Al Hilal da Arábia Saudita. Generalizou e fez algo que os próprios treinadores odeiam, quando acontece com eles. É só dar os nomes de quem mentiu, Carille. Se não, vejamos.

– O interesse do Al Hilal foi divulgado por um jornal árabe;

– Jornalistas brasileiros foram atrás e confirmaram com pessoas próximas a Carille, que o interesse era real;

– Dentro do Corinthians, nomes da cúpula já comentavam a chance de perdê-lo e avaliavam alternativas para o cargo;

– Em nenhum momento, seus representantes desmentiram qualquer situação e ainda confirmaram que os valores sugeridos eram irrecusáveis;

– O pai de Carille revelou que o filho admitia a chance de sair e que havia muito dinheiro envolvido;

– O próprio Carille brincou com a situação de que havia recusado um caminhão de dinheiro, mas dois, seria diferente;

– Disputar um cargo com outro profissional é absolutamente normal. Se Carille não foi escolhido, segue a vida e mantém o trabalho no Corinthians. Ponto final.

Carille preferiu atacar a imprensa. É um direito dele. A imprensa erra bastante e precisa admitir e corrigir erros. Agora, nesse caso, não houve nada de errado. E outras propostas virão e a imprensa vai atrás. Afinal, Carille é cobiçado pelo seu trabalho e competência. Na relação com a imprensa, precisa melhorar.


São Paulo bem e com vitória justa. Santos não consegue jogar
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Alexandre Praetzel

O São Paulo merece aplausos e cumprimentos pela vitória sobre o Santos por 1 a 0. O tricolor foi melhor em grande parte do jogo, apesar da tentativa de reação santista, no segundo tempo. Na primeira etapa, só o São Paulo jogou, pressionando o Santos, criando boas oportunidades e acertando a trave de Vanderlei, em chute de Nene. Parece que a semana de treinos surtiu efeito e deixou o São Paulo mais encorpado e com postura tática definida. Foram 30 minutos iniciais com intensidade e velocidade.

O Santos manteve seu posicionamento defensivo e buscando sempre uma bola de contra-ataque, com Jair Ventura repetindo o que fazia no Botafogo. Agora, o treinador insiste numa forma que não funciona no Santos. Sua equipe leva desvantagem no meio-campo, quase em todos os confrontos. Vive de individualidades e erros dos adversários. Quando o outro time vai bem, a derrota é quase certa.

Na volta do intervalo, o São Paulo manteve a busca pelo gol e o Santos melhorou um pouco. O clássico ficou aberto, com boas chegadas ao ataque. Everton cruzou e Diego Souza venceu a defesa e Vanderlei, para cabecear e abrir o placar. Justiça pelo que o São Paulo fez, sempre atuando no ataque.

Depois, o Santos se soltou e foi para cima, mas não teve capacidade para empatar, mesmo que tenha ficado com um jogador a mais, após a expulsão de Anderson Martins. O tricolor segurou a vantagem e conseguiu a segunda vitória no Brasileiro, ainda invicto no campeonato, com mais quatro empates.

É justo reconhecer que Diego Aguirre aproveitou os dias livres da semana. O São Paulo respondeu bem ao tamanho do clássico e deu um salto na tabela de classificação. Ótima vitória tricolor.

Para o Santos, fica o debate diário sobre a falta de criatividade do time. Jair Ventura não consegue fazer o Santos jogar bem. As críticas são corretas.


Palpite para SP e Santos. SP tenta se afirmar. Santos busca um padrão
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Alexandre Praetzel

São Paulo e Santos fazem o clássico paulista da sexta rodada da Série A do Brasileiro. O time de Diego Aguirre é o único invicto com uma vitória e quatro empates. O próprio treinador já disse que até trocaria a invencibilidade por mais dois ou três pontos. A sequência de empates travou a equipe na 12ª posição, com sete pontos. A realidade é que o São Paulo melhorou seu jogo coletivo e a atitude em campo, mas ainda precisa confirmar suas boas atuações. Empatou duas vezes diante de Atlético-MG e Bahia, nos últimos minutos. O San-São pode determinar uma afirmação e uma arrancada para os comandados de Aguirre. O torcedor segue desconfiado e precisa de uma resposta do elenco.

Do outro lado, o Santos ainda gera desconfiança, porque não apresenta um padrão de jogo. A goleada de 5 a 1 para o Grêmio, ainda não foi bem digerida, pelo fato de quando pegou um adversário forte, o Santos foi facilmente batido. Claro que houve uma reação contra Luverdense e Paraná Clube, com os titulares. Mas a derrota dos reservas para o Luverdense voltou a colocar um ponto de interrogação na capacidade do elenco santista. Isso aliado ao trabalho comum de Jair Ventura, que não consegue fazer com que o Santos tenha um modo definido de jogar. É um time muito espalhado, sem criação do meio-campo e dependendo bastante do goleiro Vanderlei.

O blog comparou as prováveis formações, nome por nome, na questão individual. Confira.

Sidão  X  Vanderlei

Militão  X  Victor Ferraz

Bruno Alves  X  Lucas Veríssimo

Anderson Martins  X  David Braz

Reinaldo  X  Dodô

Jucilei  X  Alison

Hudson  X  Jean Mota

Nene  X  Vítor Bueno

Marcos Guilherme  X  Eduardo Sasha

Diego Souza  X  Gabriel

Everton  X  Rodrygo

Diego Aguirre  X  Jair Ventura

6×6 na avaliação do blog. Palpite de 2xo para o São Paulo, pelo fato do jogo ser no Morumbi e o tricolor ter uma formação tática mais definida.


Cristóvão: “Treinador tem que ganhar primeiro, para ganhar tempo no Brasil”
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Alexandre Praetzel

Cristóvão Borges está parado há um ano, sem trabalhar no Brasil. Tirou esse período para estudar, aprender novos métodos e retomar sua trajetória como técnico, no futebol brasileiro. Aos 58 anos, Cristóvão vem de duas passagens rápidas e sem bons resultados, por Vasco (2017) e Corinthians (2016). No clube paulista, teve a oportunidade de trabalhar com Fábio Carille, atual campeão brasileiro e bicampeão paulista. Em entrevista exclusiva ao blog, Cristóvão elogia o modelo do Corinthians, valoriza novos cursos e admite que o treinador precisa primeiro ganhar, para depois conseguir trabalhar no país. Acompanhem.

Como você está vendo o mercado de técnicos no Brasil? Algo em vista?

Tenho visto muitas coisas boas, principalmente do Grêmio. Grêmio tem jogado um futebol maravilhoso. A gente tem visto um começo de trabalho do Fernando Diniz, que vai ser muito interessante para todos nós. Tem muita gente trabalhando muito bem e a gente vê treinadores podendo trabalhar durante muito tempo. Tem o Mancini no Vitória, Enderson no América-MG. Essas perspectivas são muito boas e importantes. Eu quis parar durante um ano porque eu estava fazendo muitos trabalhos seguidos, sem tempo para fazer uma reavaliação e análise. Eu parei para isso e durante esse período, estudei e estou estudando bastante. Entendi um monte de coisas e procurei corrigir. Estou pronto. Daqui a pouco, estou voltando.

Corinthians do Carille teve algo de você?

Não, não. O Corinthians tem o jeito próprio, que é uma coisa de filosofia, como tem o Barcelona de muito tempo. No Brasil, guardadas as proporções, o Corinthians também tem. Então, é uma coisa que foi solidificada durante muito tempo. O Corinthians conseguiu ser um clube vencedor e vai continuar sendo, porque fez isso muito bem. Um trabalho que vem do Mano, depois o Tite consolidou isso e o período que eu estive, foi curto e, claro, durante esse período, algumas coisas a gente procurou colocar, mas lógico, para colocar tudo, eu precisaria de muito mais. Minha passagem foi enriquecedora, importante, porque justamente vi a forma como tudo isso foi construído, de maneira interessante e importante.

No Brasil, há uma disputa entre ex-jogadores e acadêmicos para os cargos de técnicos?

Não. Isso é uma coisa antiga. Já aconteceu há muito tempo e não existe mais. Inclusive, a CBF tem um curso de treinador, que é um curso que ajuda bastante para o encontro de todo mundo. Existe uma troca muito grande e enriquece a todos. Estamos todos necessitando e precisando, cada vez mais, ficarmos melhores, estudar, se atualizar, acompanhar tudo que acontece no mundo inteiro.

Achas que o Brasil será campeão do mundo?

Acho que dessa vez, a gente vai assistir, de uma outra forma e com confiança. um Brasil preparado para disputar a Copa, de maneira que possa ganhar. Logicamente, é um torneio curto, com outros aspirantes à mesma condição. Tem Alemanha, Espanha e França, que são equipes que vão brigar pelo título. Dizer que vai ser campeão é muito difícil, mas está preparada e pode ser campeã, sim.

Técnico ainda vive de resultados ou as gestões podem mudar?

Ainda vamos, porque isso é uma cultura que existe há muitos anos. Essa é a maior razão da minha parada. Fui estudar e preparar meu método de trabalho e treinamento, para que possa se adequar ao pouco tempo de trabalho, para que o processo aconteça de forma mais rápida. Durante esse tempo, estudei, me preparei para isso. Métodos de treinos, tipos, para que eu possa fazer com que o processo seja acelerado e que não tenha prejuízo nenhum. Na verdade, o treinador aqui, precisa primeiro ganhar, para ganhar tempo e depois trabalhar. Então, se o jogo é assim, a gente tem que se preparar. Foi isso que eu fui fazer.

 


Osmar Loss é o favorito para o lugar de Carille
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Alexandre Praetzel

Com a provável saída de Fábio Carille, do Corinthians para o Al Hilal da Arábia Saudita, o favorito para assumir o cargo é o auxiliar-técnico, Osmar Loss. O blog apurou que Loss é o nome preferido de todos da diretoria, para dar sequência à metodologia de trabalho do próprio Carille. O gaúcho de 43 anos virou assistente de Carille, em 2017, depois da conquista da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Conhece o vestiário e o pensamento dos dirigentes, além de ser um treinador barato, na questão salarial.

Loss começou nas categorias de base do Inter, em 2006, chegando ao Corinthians, em 2013. Trabalhou como técnico principal do Bragantino, numa parceria com o Corinthians, em 2015. Voltou para o clube e hoje é visto como o profissional ideal para manter o modelo de jogo da equipe, para, quem sabe, repetir a trajetória de Carille.

Loss pode assumir, assim que Carille comunicar sua decisão. A tendência é que isso seja definido, após a partida contra o Sport, domingo, em Recife. O presidente Andrés Sanchez gostaria de ter Carille até a parada para a Copa do Mundo, dia 13 de junho, com mais sete rodadas do Brasileiro.