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Alisson, 75 milhões de euros. Quanto Cássio valeria na Europa?
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Alexandre Praetzel

Alisson foi negociado com o Liverpool por 75 milhões de euros(R$ 335 milhões). O goleiro da Roma se tornou o goleiro mais caro da história. Particularmente, acho o valor pago, um verdadeiro absurdo. É um bom goleiro, do mesmo nível de Éderson e Cássio, seus parceiros de Seleção Brasileira. Fez uma boa temporada no futebol italiano e europeu, mas acredito que seja super valorizado. Na Copa do Mundo, foi discreto e não fez nenhuma grande defesa, além de ter falhado no gol da Suiça, na estreia brasileira.

Com esses números estratosféricos, fico imaginando quanto Cássio custaria, se estivesse atuando na Europa, atualmente. Se Alisson custou essa fábula, Cássio valeria 40 milhões de euros, pelo menos. Cássio esteve no futebol holandês por quatro temporadas, de 2007 a 2011, e disputou apenas 19 jogos, por PSV Eindhoven e Sparta Roterdam, dois clubes da Holanda.

Cássio é regular para bom, desde que estreou no Corinthians, em 2012, aos 25 anos. Viveu momentos ruins, em 2016, quando ficou fora de forma e se desentendeu com o treinador de goleiros, Mauri Lima. Mas recuperou sua posição no dia a dia e voltou a jogar em grande nível. Foi destaque no Mundial de 2012 e um dos responsáveis pelos títulos brasileiros de 2015 e 2017, além do bicampeonato paulista, em 2017 e 2018.

Hoje, acho que Cássio poderia ser titular em times europeus. E estaria valendo muito dinheiro se jogasse no Besiktas da Turquia ou Sampdoria da Itália, por exemplo. Na próxima convocação da Seleção Brasileira, acredito que Cássio mereça uma chance entre os titulares. Aos 31 anos, ainda é goleiro para mais um ciclo de Seleção. O futebol merece justiça, de vez em quando.


Treinador de goleiros do Corinthians vê Cássio igual a Alisson e Ederson.
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Alexandre Praetzel

Cássio estará na Copa do Mundo, como um dos goleiros pelo técnico Tite. O titular do Corinthians vem em bom nível, desde que virou titular, em 2012. Quem está com ele há seis anos, é o treinador de goleiros, Mauri Lima. Profissional da comissão técnica, desde 2008, Mauri define Cássio como um goleiro que melhora a cada dia e foi merecedor da convocação para a Seleção Brasileira. Em entrevista exclusiva ao blog, Mauri falou da metodologia de trabalho, a relação diária com os goleiros e a comparação com quem joga na Europa. Confira.

Como defines Cássio, neste momento?

Um grande goleiro, um grande momento. Uma qualidade e um crescimento individual muito bom. Tem crescido e melhorado a cada dia mais, mesmo sabendo que a gente ainda tem que tirar alguma coisa. As vezes, essa alguma coisa ainda demora um pouquinho, mas é merecedor de tudo isso que está acontecendo com ele, dentro do clube, daquilo que está fazendo. Dentro desse crescimento e trabalho, está tendo as conquistas individuais e é considerado um dos melhores goleiros do Brasil.

Achas que houve justiça com a convocação de Cássio?

Acho que foi justa, sim. Nós temos vários goleiros que poderiam estar no mesmo lugar. Não tem como enumerá-los aqui. As vezes, a gente acaba errando e deixando outros nomes fora. Mas eu acho que por aquilo que ele apresentou, cresceu, em 2016, quando tivemos um problema que estava num nível baixo e depois ele retomou, deu essa guinada na sua vida, acreditando no trabalho e mudando por si só, ele foi merecedor. E por tudo aquilo que já passou, a nível de conquistas, títulos internacionais, campeão do mundo e sendo o melhor goleiro. Então, ele era merecedor disso sim, talvez até em outras convocações anteriores. Mas cada um tem uma forma de pensar, cada treinador tem seu jeito de ver as coisas. Mas chegou a vez dele. Acho que isso valoriza muito o trabalho dos profissionais da área de preparação de goleiros do Brasil, porque não são só os da Europa que têm que ir para a Seleção. Tem um grande número de goleiros que pode ir para a Seleção, devido a preparação, ao trabalho que é feito, o crescimento, porque a escola de preparação de goleiros do Brasil não perde para nenhuma escola européia, isso eu posso te garantir. A escola brasileira cresceu muito, melhorou muito e chegou a esse nível de excelência, onde você pode chegar e ter até três goleiros numa Seleção Brasileira. Isso eu posso garantir por todos que têm disputado o Brasil, já algum tempo. A gente vê numa condição boa, Fábio, Vanderlei, Weverton, o próprio Jaílson, Victor. Fico até meio sem jeito de falar, porque a gente esquece nomes. Sim, merecedor dessa oportunidade.

Qual tua metodologia de trabalho para mantê-lo em alto nível?

Trabalho é diário, cobrança, exigência, nível de perfeição que você todo dia, que tenta colocar em prática. Mudança de trabalho que você possa desenvolver da melhor maneira possível uma valência que está em menor condição. É um goleiro alto que você tem que trabalhar velocidade, agilidade, repetições para que possa ter um nível técnico altíssimo. Ele sabe disso. Trabalhar percentual de gordura, muscular, o peso para ficar mais leve, rápido, mais ágil. Dentro disso, você coloca o trabalho e esse trabalho é feito para que o nível altíssimo seja mantido. Ele tem feito isso, tem cuidado, melhorado a cada dia e graças a Deus, ele tem colhido esses frutos. As vezes, a cobrança não é tão boa para eles porque é uma coisa diária, chata e você se passa até por um cara chato, da exigência, mas é para o bem dele e de todos. O que nós fazemos no Corinthians com a parte de goleiros é isso.

Acreditas que ele poderá jogar alguma partida da Copa?

É complicado dizer isso. Se você foi convocado como um terceiro goleiro, ainda tem o primeiro. O número de jogos é pequeno e se acontecer essa possibilidade, é alguma mudança da comissão. Já está praticamente certo que o Ederson é o segundo, eventual substituto, dentro daquilo que já teve a chance de jogar. Mas nada é impossível. Você tem que estar sempre preparado para tudo. Nós tivemos o Caíque, que era quarto goleiro e acabou sendo campeão brasileiro, jogando no ano passado. E estava pronto e mostrou qualidades. As coisas podem acontecer sem a gente esperar. Se aparacer a chance, vai jogar e está bem. A gente torce para que ele possa ter essa chance, mas o mais importante é ele estar nesse trio de goleiros, representando o país.

Como vês Cássio em relação a Alisson e Ederson?

A diferença é porque eles jogam fora, simplesmente. Se o Cássio também estivesse fora, no nível europeu que não é diferente do nosso. Se você ganhar um Brasileiro, um dos campeonatos mais difíceis do mundo, é porque você tem qualidade, teu goleiro e teu time. Então, só mudaria isso. As vezes, é o fato de não ter tido chance maior do que os outros. Tem que ter chances para que você possa avaliá-los e vê-los. Em amistosos, é mais complicado. Tem que ser em jogo valendo. Se tiver oportunidade, pode colocar para jogar, porque vai bem, está preparado, motivado e está pronto para poder jogar. As vezes, um é um pouquinho melhor do que o outro, em alguma parte específica. Diferencia nesse sentido, mas se colocar todo mundo no mesmo nível, é isso que eu vejo. Alguns jogando mais nos seus campeonatos, mas todos no mesmo nível.

Quem joga na ausência de Cássio? Caíque ou Válter?

Na realidade, temos feito um revezamento com os dois. Se encontram em mesmo nível. Válter teve aquela lesão, ficou um pouco afastado, voltou depois. Mas ainda não chegamos a pensar sobre isso não. Vamos sentar, conversar com o Fábio e ver qual é a possibilidade, analisar e ver. Dentro da condição de cada um, para depois decidir. Acho que qualquer um dos dois que definir, a gente passa para o Fábio, ele vê a condição de cada um, estará pronto no mesmo nível e da mesma forma.


Cássio evita derrota do Corinthians em Salvador. Empate foi bom resultado
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Alexandre Praetzel

O Corinthians volta de Salvador com um bom resultado na abertura das oitavas-de-final da Copa do Brasil. O time de Fábio Carille não teve boa atuação e ficou no 0 a 0 com o Vitória, no Barradão. Desde o início da partida, o Corinthians teve mais posse de bola, mas parecia desgastado e sem muita força para superar a marcação do Vitória. A equipe de Vágner Mancini começou mais recuada e dando campo ao Corinthians, esperando algum erro. Em duas oportunidades, quase fez o gol, mas parou em Cássio. O goleiro corintiano foi o melhor em campo. O Corinthians só chutou uma bola a gol, com Rodriguinho. Jadson não foi bem e Clayson perdeu o duelo com Juninho e Zé Welison. No final da primeira etapa, Ralf saiu machucado e Gabriel entrou.

Depois do intervalo, os dois times voltaram mais intensos e atacando mais. Os espaços foram aparecendo, muito mais pelo lado do Corinthians. Yago, Neílton e Denílson incomodaram a defesa corintiana, com bons contra-ataques. Eles exigiram três defesas de Cássio e poderiam ter marcado, se tivessem mais qualidade nas finalizações. Do outro lado, Caíque só fez uma defesa, em chute de Romero.

Em linhas gerais, o Corinthians pode comemorar a igualdade, decidindo a classificação diante de sua torcida, sem gol qualificado. O Vitória perdeu a grande chance de pressionar o Corinthians, no jogo de volta. O confronto está aberto, mas o Corinthians é favorito pela força do elenco e por atuar em casa.


Carille se firma como ótimo técnico. Cássio está na história corintiana
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Alexandre Praetzel

O bicampeonato paulista do Corinthians valoriza ainda mais Fábio Carille e coloca Cássio como um grande nome da história do Clube. Carille chega a três títulos importantes em apenas um ano e quatro meses como técnico principal. Conseguiu manter o foco vencedor no grupo e foi eliminando os adversários, sem estar apegado a uma única ideia de futebol. Tentou formações diferentes e adequou o esquema tático, depois de perder Jô. O Corinthians teve três pilares fundamentais para ser  campeão: Cássio, seu forte esquema defensivo e Rodriguinho decidindo no mata-mata.

Carille terá emprego por muito tempo no futebol brasileiro. E tem apenas 45 anos. Todos nós sabemos que não é fácil você ganhar por dois anos consecutivos, ainda mais no Brasil. Os Clubes se renovam demais, negociam atletas e os adversários se motivam. Carille é essencialmente tático, mas também controla bem o ambiente. Quem estiver melhor, vai jogar. E vestiário sob controle também é mérito do treinador. Duas vitórias nos pênaltis contra São Paulo e Palmeiras e uma virada em cima do Bragantino. O futebol foi longe de ser brilhante, mas no final, a taça foi para o Corinthians e currículo de Carille.

O Corinthians já levou Mano Menezes e Tite para a Seleção Brasileira. Fábio Carille pode ser o próximo, sim.

No gol, está Cássio. Outra vez decisivo nos pênaltis. Faz uma temporada razoável. Já teve algumas saídas equivocadas, mas sempre mostrou capacidade de reação. Desde que assumiu a titularidade, em 2012, Cássio foi campeão da Libertadores, Mundial, Recopa Sul-Americana, Brasileiro duas vezes e Paulista três vezes. O currículo fala por si só e o coloca no museu do Clube como um dos grandes vencedores da instituição.

O blog conversou com Cássio, bicampeão paulista. “Fico muito feliz. Muito trabalho, dedicação. A gente conseguiu mais um título. Perdemos o jogo em casa, mas a gente veio com muita confiança para esse jogo. Tivemos uma semana de trabalho muito focado. Agradecemos a torcida que lotou o nosso estádio para apoiar o time e foi o que a gente conseguiu. Merecedor por esse título”, afirmou.

Cássio também ressaltou que a conquista na casa do rival e nos pênaltis, aumenta a confiança. “Isso nós dá muita força para o decorrer dos outros campeonatos. Título fora de casa a gente sabe como é difícil, e sabe da força da equipe do Palmeiras. Mas estivemos muito focados, concentrados e sabíamos que poderíamos ser campeões. Então, só agradecer e comemorar”, finalizou.

Cássio tem 321 partidas e contrato até dezembro de 2019.


Cássio minimiza pressão, mas admite que será um vexame perder o título
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Alexandre Praetzel

O Corinthians viu sua liderança do Brasileiro cair de 12 e 14 pontos para seis, em relação a Palmeiras e Santos. O sinal de alerta foi ligado e os jogadores prometeram uma resposta aos torcedores, irritados com a queda técnica da equipe. Reuniões com uniformizados, antecipação de concentração e presença de dirigentes nas entrevistas, mostraram que o Corinthians está preocupado com a situação. O blog fez uma entrevista exclusiva com o goleiro Cássio sobre a instabilidade dos últimos jogos, o ambiente do clube e a projeção até o final da temporada, positiva ou negativa. Confira a seguir.

Corinthians caiu mesmo de produção ou isso é coisa da imprensa?

Eu acho que a gente fez um primeiro turno acima do normal. No segundo turno, a gente tem errado mais do que o normal, a gente vem tomando alguns gols em erros e esses erros vem custando a vitória. Estamos tranquilos, trabalhando bastante para não acontecer mais esses erros. Temos um jogo importante neste domingo para a gente fazer um grande jogo e conseguir a vitória.

Houve acomodação com a distância que o Corinthians teve na classificação?

Eu acho que não. Muitas vezes a gente não fez um bom resultado e os outros não conseguiram fazer o resultado. Acho que hoje ainda a gente tem uma situação confortável de seis pontos, mais o confronto direto com a equipe que está em segundo, mas é de suma importância a gente já fazer nosso resultado neste próximo jogo, ganhar e fazer um jogo consistente.

Você acha que o empate é um bom resultado?

Não, nós vamos em busca da vitória. Com todo o respeito a Ponte Preta, é um jogo bastante difícil, sempre que a gente vai lá é um jogo difícil, mas o Corinthians vai em busca dos três pontos. Está na reta final, falta pouco para acabar o campeonato, nós temos que continuar com a mesma mentalidade que nós tínhamos e ir em busca da vitória sempre.

Reunião com uniformizados e antecipação da concentração são sintomas de pressão ou não?

A gente não vê dessa maneira. Se tu fores pegar jogos decisivos, a gente sempre concentra antes, sempre se prepara mais. Descanso é importante ainda mais no final de temporada, mais que treinamento porque tu consegue ver mais vídeos, até mais do que treinar para estar 100% nos jogos. Teve a conversa sim com o pessoal das organizadas, em nenhum momento eles foram lá ameaçar ou fazer algum tipo de pressão. Eles foram para apoiar, até porque saíram algumas coisas na internet, que eles poderiam fazer protesto, poderiam querer ir lá fazer alguma confusão, e isso foi para esclarecer e reforçar o apoio que eles têm sobre o time, o apoio que eles vão fazer para o Corinthians e fora de campo para nosso time se sentir mais confortável e o Corinthians buscar o titulo até o final da temporada.

Se perder o título, será um dos maiores vexames da história?

Com certeza. A gente sabe que fez um grande primeiro turno e o segundo turno a gente acabou somando pouco. Lógico, se não ganhar o título vai ser uma frustração, isso não quer dizer que existe mais pressão em cima de nós. A gente joga no Corinthians, clube que tem pressão e tem que ter personalidade para encarar isso de frente. Acho que não está na situação que muitos estão falando, que o Corinthians já não é campeão. Cada um tem sua opinião. Lá no Corinthians, a gente tem total confiança no nosso trabalho, o que a gente vem fazendo no dia a dia e convicção que a gente pode ser campeão, mas acho que é com trabalho, dando poucas chances para os adversários e quando tiver chances, tentar matar o jogo e jogar da mesma maneira que a gente sempre jogou.

O que está mais fácil hoje: você ser campeão brasileiro ou ir para a Copa do Mundo?

(Risos) Eu acho que é o momento. O momento é o Brasileiro. A gente vem na liderança, com seis pontos, vamos viver o momento porque as chances de acontecer no futuro são maiores. O momento é a gente liderando em busca do título.

Conhecendo o Tite há anos, você sente que está bem encaminhado para a Copa do Mundo?

Não, é difícil. Falta muito tempo. Eu sei que o que me levou para a Seleção, não foi eu ter jogado com o Tite, foi eu ter desempenhado bem meu papel no Corinthians com ele, esse ano retomado, ter um ano de regularidade. Então, para eu ter uma chance, poder ir para a Copa do Mundo, tenho que ser regular e fazer meu trabalho bem feito no Corinthians.

Você é parceiro do Walter. Ele vai ficar no Corinthians, em 2018?

Ah, não sei. Difícil né? Parceiros, parceiros, negócios à parte. Não sei exatamente qual é a situação dele. Eu já tive algumas situações que eu preferi não conversar com meus companheiros, eu sei como é que funcionam. Walter é um cara super bacana, os empresários dele. Não sei o que vai acontecer e o que pode acontecer no ano que vem.

E o Pablo vai ficar?

Esperamos que sim. É um jogador que tem muita qualidade. É outra situação também que eu não sei. Ouvi muito disse me disse, não sei com está o andamento das negociações, não cabe a mim saber. Acho que é uma coisa muito particular do jogador. Cada um trata das coisas a sua maneira e ele, juntamente com seu empresário e a diretoria do Corinthians, espero que ele continue no Corinthians, no ano que vem, mas sobre a situação dele é difícil de falar e opinar, mas é um jogador que tem nos ajudado muito.

Tem alguma chance de você sair?

Não, não. Estou muito feliz no Corinthians, estou bem. Tenho identificação e um bom tempo. Já começamos a conversar para estender meu contrato. Então, minha meta é ficar no Corinthians.

Carille é um mini-Tite?

Pode ser do tamanho do Tite. Tem tudo para isso. Vem trabalhando, se dedicando. É um treinador inteligente, tentando evoluir, melhorar e o mais importante, é que tem muita humildade, se mantém a mesma pessoa quando era um auxiliar técnico. É um treinador que tem o total respeito, pegou o Corinthians numa situação muito complicada pelo elenco e conseguiu montar o time, organizar. Acho que é um cara que tem muito a crescer e está no caminho certo.

Cássio chegou ao Corinthians, em 2012. Assumiu a condição de titular, após a disputa do Paulista daquele ano. Já disputou 306 jogos e tem contrato até o final de 2019. Conquistou dois Paulistas, Libertadores da América, Brasileiro, Mundial Interclubes e Recopa Sul-Americana.


Vanderlei não deve ter chances na Seleção. Trio de goleiros encaminhado
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Alexandre Praetzel

A questão dos goleiros da Seleção Brasileira é a única que tem gerado debate sobre as preferências de Tite. Contra o Chile, Ederson foi o titular, sob a alegação de que precisava ser testado, após bons desempenhos como titular do Manchester City e com boa dinâmica com os pés, inclusive com uma jogada combinada com Gabriel Jesus, companheiro no clube inglês.

Taffarel deixou claro que já tem os três preferidos: Alisson, Ederson e Cássio. Claro que a decisão final será de Tite, mas a opinião do ex-goleiro campeão mundial pesa demais. Taffarel foi o único remanescente da comissão técnica de Dunga porque Tite entende que ele é o grande especialista da função, pelo seu passado vencedor. E Taffarel visitou e acompanhou treinamentos de Cássio e Vanderlei. O corintiano é elogiado pela postura nos treinos e segurança com a camisa amarela, descentralizando apenas as atuações dentro de campo. Vanderlei ainda não foi convocado e acho que não será, mesmo que haja três amistosos pela frente. Tite indicou que deve mexer muito pouco no grupo, para as convocações futuras.

Ainda não foi explicado o motivo claro pela ausência de Vanderlei, com grande desempenho pelo Santos. Há quem diga que ele não atua bem com os pés e isso atrapalha, mas a causa principal nunca foi revelada por Taffarel. Vale lembrar que o goleiro das duas últimas Copas foi Júlio César, unanimidade para 2010, com grande ciclo de 2007 a 2010. Na Copa, falhou nos momentos cruciais diante da Holanda. Quatro anos depois, foi titular, mesmo trabalhando no canadense Toronto FC, na MLS norte-americana. Ficou marcado pelos 7 a 1, assim como muitos atletas.

Alisson está bem na Roma. Ederson é considerado o futuro e Cássio tem a experiência. Vejo Fábio e Fernando Prass como ótimos nomes e que ajudariam bastante, mas pela sequência de chamadas, os três nomes estão bem encaminhados. Só uma grande surpresa para Vanderlei ser testado. Até porque, se Vanderlei chega e fecha o gol, arrumaria um bom problema para todos. Mas muitos profissionais não querem debates, preferem apenas suas convicções. Cabe respeitar. Se é certo ou não, o tempo dirá.


Cássio destaca Corinthians eficiente e pede: “tem de se impor contra Inter”
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Alexandre Praetzel

O Corinthians vive uma semana decisiva em duas competições. Enfrenta o Inter, nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), em Itaquera, podendo empatar por 0 a 0 para se classificar para as oitavas de final da Copa do Brasil. No domingo, irá receber o São Paulo com vantagem de dois gols, para tentar confirmar sua presença na final do Campeonato Paulista. O blog entrevistou o goleiro Cássio com exclusividade. Ele projetou os dois confrontos, falou sobre a postura do time e minimizou o rótulo de “Quarta força” no Estado. Acompanhem abaixo:

O jogo contra o Inter será mais difícil do que o confronto diante do São Paulo?

“É difícil. Como a gente está pensando jogo a jogo, teve uma evolução boa nos últimos jogos, mas contra o Inter, será um jogo difícil. É na nossa casa, tenho certeza que o nosso torcedor vai lotar o estádio, vai ajudar a empurrar a equipe. O Inter é um time qualificado, mas com todo o respeito, nós vamos jogar diante da nossa torcida e temos que nos impor e buscar a classificação”.

Os resultados do Corinthians são melhores do que as atuações do time?

“Eu acho que sim. Em momentos, se tu fores considerar estatisticamente, de repente, vai te responder essa pergunta. Muitas vezes, a gente não tem a maior posse de bola. Em alguns jogos, a gente estava errando muitos passes, não estava conseguindo segurar a bola, controlar os jogos, deixava muito os adversários nos atacar. Hoje, já tem uma consistência. Contra o São Paulo e o Inter, a gente conseguiu controlar, errar menos passes, criar mais oportunidades e tendo mais chances de gols. Lógico, concordo contigo. Às vezes, têm jogos que a gente vai jogar por uma bola, se defender e fazer o gol. A gente cansou de perder partidas tendo dez chances, contra o Inter foi o jogo que a gente teve mais chances claras e conseguiu fazer um gol. Contra o São Paulo, a gente teve duas, três e conseguimos marcar dois gols. Ficamos felizes pela eficiência, porque no final das contas o que se vê são as vitórias. O que mantém a tranquilidade na equipe são as vitórias”.

É natural projetar uma final entre Corinthians e Ponte Preta, pelas vantagens obtidas?

“Muito próxima até, mas até a gente não confirmar essa classificação, a gente não pode falar. A outra semifinal, a gente tem que deixar de lado. Temos que focar na nossa decisão. Demos um grande passo, mas tem a segunda partida. Vamos respeitar a equipe do São Paulo, pensar no Inter, e no final de semana fazer o melhor para confirmar a vaga na final”.

O título paulista será uma resposta pelo rótulo de “Quarta força” do Estado?

“Não, não. A gente respeita muito, respeito tua opinião. Se fala muito, mas teoricamente o Palmeiras é a equipe que mais investiu, teoricamente é o favorito. Em outros anos, a gente contratou mais e se tornou o favorito, mas eu penso que no conjunto geral, não interessa a qualidade individual dos jogadores. Interessa o comprometimento com a equipe. Os jogadores que chegaram estão com grande comprometimento e isso faz a diferença. Muitas vezes, tu vês os 11 jogadores defendendo, um cai, o outro tenta cobrir a função. O que vale é o grupo. De maneira alguma, não é demérito nenhum, cada um tem sua opinião e nós jogadores sempre acreditamos que a gente pode chegar cada vez mais longe e trabalhamos para isso acontecer”.

Cássio é um dos líderes da equipe e remanescente do grupo campeão da Libertadores da América e Mundial, em 2012. Em 2017, levou apenas 11 gols, ajudado pela boa defesa composta por Balbuena e Pablo.


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