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Maicon: “SP precisa de títulos. Apelido de “Deus da zaga” não atrapalhou”
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Alexandre Praetzel

Nesta terça-feira, o São Paulo enfrenta o Vitória, abrindo a 12ª rodada do Brasileiro, antes da parada para a Copa do Mundo. Quem pretende ir ao Morumbi, é o zagueiro Maicon. O ex-jogador tricolor atua pelo Galatasaray da Turquia, e está em férias no Brasil. Em entrevista exclusiva ao blog, Maicon acha que o São Paulo precisa de títulos para acabar com qualquer tipo de pressão, nega que o apelido de “Deus da zaga” tenha lhe incomodado e revela que o Brasil voltou a ser respeitado no futebol europeu, com a Seleção Brasileira de Tite. Acompanhem.

Como você está vendo o São Paulo, neste momento?

No ano passado, eu acho que o São Paulo passou um momento bastante delicado, assim como no ano retrasado. Esse ano, o São Paulo não começou o Paulista tão bem, como esperado, mas no Brasileiro, começaram bem. Perderam apenas um jogo e quatro pontos em dois jogos, na semana passada, pontos bastante importantes para quem quer brigar por título. Tenho certeza que o São Paulo tem tudo para fazer um grande campeonato Brasileiro.

Você viveu lá dentro. Tem algo, além do futebol, que atrapalha o São Paulo?

Títulos. Faltam títulos. A melhor resposta são títulos. Um clube como o São Paulo não pode viver sem títulos. eu costumo falar que o São Paulo e alguns times brasileiros têm a mania de falar que a gente tem que classificar para a Libertadores. Acho que essa mentalidade tem que mudar. A gente tem que ganhar um título e classificar para a Libertadores. Eu acho que esse é o principal objetivo. É um objetivo que a gente estipulou na Turquia. Ser campeão para ir para a Liga dos Campeões. Não ficar em segundo para ir ao torneio. Então, acho que essa mentalidade do futebol brasileiro e do povo brasileiro, tem que mudar. A gente tem que começar a pensar em ser campeão para ir à Libertadores e não segundo ou terceiro. Eu acho que começa por aí.

O apelido de “Deus da zaga”, te atrapalhou no São Paulo?

Não, acho que não. Isso aí são coisas de torcedores. Eu acho que a gente não pode levar para dentro de campo. Quando a gente entra em campo, são jogadores normais. Isso não afetou em mim e acho que não afeta jogador nenhum. A gente não pode deixar subir para a cabeça. Eu sou um jogador que sempre tive os pés no chão, trabalho sempre honestamente, duro, e não deixei me afetar com apelido ou com qualquer outro tipo de brincadeira.

A diferença do futebol europeu para o sul-americano, cada vez aumenta mais?

Aumenta porque o nível competitivo lá fora, é maior. O que te pedem assim, o nível físico é maior. Então, é um futebol bastante moderno. Eles estudam muito, estão sempre fazendo coisas novas. O Brasil precisa evoluir muito, mas não fica tanto atrás. Eu acho que em cada país, cada lugar, tem seu estilo de jogo. Não é à toa também que o Brasil é uma das melhores seleções do mundo, mesmo com jogadores lá fora, mas tem uma das melhores do mundo. Eu acho que o Brasil ainda vai chegar lá, se Deus quiser.

Na Europa, o respeito voltou ou o Brasil ainda é visto com uma certa desconfiança por causa de 2014?

Eu que convivi com várias pessoas de várias nacionalidades, o respeito com a vinda do Tite e a essa nova seleção, voltou. Eles respeitam mais o Brasil, temem, e acham que o Brasil pode ser campeão. Eu concordo com eles. Acho que o Brasil tem tudo para ser campeão, mas futebol muda da água para o vinho. Brasil voltou a ter o respeito dos europeus.

Pensas em permanecer na Europa ou retornar ao Brasil?

Eu pretendo ficar meus próximos três anos na Europa e depois regressar ao Brasil. É meu país de origem, onde eu vou morar. Nos próximos três anos, pretendo continuar na Europa.


Avaí encaminha reforço de Seleção, mesmo em condição financeira inferior
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Alexandre Praetzel

O Avaí somou um ponto em dois jogos disputados pelo Campeonato Brasileiro. Em algumas enquetes, antes da competição, seguidores e participantes das redes sociais, carimbaram o time catarinense como um forte candidato ao rebaixamento, depois de retornar à Série A. O blog entrevistou o técnico Claudinei Oliveira sobre o objetivo da equipe, as dificuldades financeiras e a espera pelo lateral Maicon, reforço encaminhado pela diretoria. Acompanhem.

Lateral Maicon é um bom reforço?

“Maicon é um grande jogador. Acho que o Leandro Silva vem fazendo um grande campeonato, mas a gente não sabe a condição física do Maicon, se já é a ideal, mas é um grande reforço. Uma experiência muito boa, um jogador acostumado a atuar na Europa, que faz muito bem essa linha de quatro , um jogo aéreo muito bom. Vamos ver a situação que ele chega, quando estará pronto para estrear e aí vai competir com o Leandro Silva pela posição, independentemente do histórico dele. Ele vai vir, chegar respeitando quem está atuando. Mas se a gente conseguir contratar jogadores deste tipo, fora da realidade do Avaí, vai nos ajudar bastante”.

Qual a realidade do Avaí no Brasileiro?

“A gente esperava vencer o primeiro jogo. A nossa ideia era vencer o primeiro jogo, buscar algum ponto no Morumbi, a gente tem dois jogos fora seguidos, tentar pontos contra a Chape. A dificuldade é grande, é desigual. No Campeonato Brasileiro, você tem uma equipe como a nossa com uma folha de R$ 750 mil contra o Palmeiras com R$ 13 milhões. Dois jogadores do Palmeiras pagam a folha do Avaí. Só que isso não pode servir de desculpa, é o campeonato que a gente tem que jogar e a gente, dentro disso, procura organizar a equipe bem taticamente, buscar algumas peças pontuais. Não temos condições de concorrer em contratações com 18 clubes da Série A, talvez a gente possa concorrer com o Atlético-GO, que subiu e tem um orçamento menor como o nosso. Então, a gente tem que contar bastante com a aplicação dos jogadores e que a gente seja feliz na hora de finalizar as jogadas. Nosso campeonato é esse, muita briga, muita luta e sabendo que não vai ter mágica em termos de orçamento. A gente está fazendo uma coisa coerente. Você sabe que o Avaí sempre foi uma equipe que conviveu com atraso de salários, hoje o Avaí está com salários em dia. A gente optou por uma política conservadora e não fazer loucuras. Então, vamos ver se com essa política sem fazer loucuras, a gente consegue o objetivo. Vai ser mais difícil? Vai, mas acho que esse é o caminho correto”.

O objetivo é escapar do rebaixamento?

“É, o campeonato do Avaí é a manutenção porque você se mantém e vai aumentando a cota de participação. Infelizmente, do jeito que as coisas são feitas no Brasil, eu já estive do outro lado no Santos, que é uma equipe considerada grande, já estive no Atlético-PR, que tem uma cota maior, mas no Brasileiro, a equipe que sobe é meio fadada a cair. Por que é incompetente? Não, porque não tem condição financeira de competir com as outras, a disparidade é muito grande. Muitas equipes sobem com dificuldades para se manter pela questão financeira, não é pela qualidade ou pela intenção de fazer um bom trabalho e os que caem, normalmente sobem porque tem um resguardo financeiro, uma proteção. Sobem quatro e nenhuma vez um time grande deixou de subir no ano seguinte. Então, a gente sabe que é difícil, mas é a nossa realidade. Temos que motivar os jogadores a fazerem jogos bons, como fizemos no segundo tempo contra o São Paulo, para que a gente possa somar pontos e conseguir escapar dessa situação incômoda , que seria o rebaixamento. É isso que a gente está buscando”.

O Avaí foi vice-campeão catarinense, perdendo o título para a Chapecoense. A equipe disputa apenas a Série A do Brasileiro, até o final da temporada.


Maicon recupera futebol no Grêmio e nega favoritismo contra o Galo
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Alexandre Praetzel

A decisão da Copa do Brasil começa nesta quarta-feira, no Mineirão, em Belo Horizonte. O Grêmio tenta terminar com um jejum de 15 anos sem títulos nacionais contra um Atlético-MG, que vem de conquistas importantes recentes, como a Libertadores da América, Recopa Sul-Americana e a própria Copa do Brasil, em 2014. O blog conversou com o volante Maicon sobre a projeção para os dois jogos. Acompanhe.

Grêmio favorito por decidir em casa

“Não, não tem favoritismo. Serão dois grandes jogos, jogos difíceis, mas a gente está muito preparado para poder fazer dois grandes jogos e buscar o título. A gente sabe que é uma equipe muito qualificada, mas a gente tem que respeitar e jogar nosso futebol”.

Coletivamente o Grêmio é superior

“Não, não vejo. São dois jogos iguais, 50% para cada lado”.

Episódio da Carol Portaluppi incomodou

“Não, não incomodou. Isso fica à critério da diretoria. Eles já estão procurando resolver da melhor maneira. Nós temos que estar focados para poder jogar”.

Reencontrou o futebol no Grêmio, após passar pelo São Paulo

“Sou tranquilo. Acho que eu fiz grandes partidas no São Paulo. Fui campeão, joguei 160 jogos. Se eu não tivesse qualidade, não ia jogar nem cinco jogos. No Sul, estou feliz. Procuro fazer o meu melhor trabalho como sempre fiz por onde passei  e as coisas estão acontecendo naturalmente”.

Estilo do Renato dentro do vestiário

“Estilo tranquilo. Passa confiança para todos os jogadores e isso que é importante”.

Consegue extrair o máximo de cada jogador

“Com certeza. Ele jogou e sabe o que tirar de nós jogadores”.

Maicon saiu do São Paulo muito criticado, em 2015, e virou titular absoluto do Grêmio com Luiz Felipe Scolari, Roger Machado e Renato Portaluppi. Aos 31 anos, busca seu primeiro titulo nacional. A diretoria tricolor tem convicção de que a decisão será na Arena tricolor, dia 30, garantindo o efeito suspensivo obtido no STJD, após perda do mando de campo por invasão de Carol Portaluppi, filha de Renato, depois do jogo contra o Cruzeiro, na semifinal.


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