Blog do Praetzel

Arquivo : Fernando Diniz

Por que Fernando Diniz é tão combatido? É o único a tentar algo diferente
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Alexandre Praetzel

O Atlético-PR eliminou o São Paulo e chegou às oitavas-de-final da Copa do Brasil. A diretoria priorizou os torneios mais importantes, colocando um time reserva e Sub-23 para disputar e ganhar o Estadual. Assim, deu tempo e preparação para sua equipe considerada principal.

Na Copa do Brasil, passou por Caxias(0x0), Tubarão-SC(5×4), Ceará(pênaltis no segundo jogo) e São Paulo(2×2 no Morumbi). Na Sul-Americana, fez um jogo, com vitória por 3 a 0 sobre o News Old Boys-ARG. No Brasileiro, estreou batendo a Chapecoense por 5 a 1. Chegamos no dia 20 de abril e o Atlético disputou apenas oito partidas oficiais com força máxima e Fernando Diniz como técnico.

Parece que Diniz encontrou o clube correto para apostar na sua filosofia de jogo. O Atlético-PR não tem nenhum jogador de exceção, mas Diniz adota a mesma prática utilizada no Audax, quando foi vice-campeão paulista, em 2016, passando por São Paulo e Corinthians. Nomes como Sidão, Yuri, Velicka, André Castro, Tchê Tchê, Bruno Paulo, Mike e Camacho, despontaram ali, num time coletivo e de muita posse e toque de bola.

Agora, Diniz comanda uma equipe de mais expressão nos principais campeonatos do Brasil. E seguimos ouvindo coisas como: “Esse Diniz não aguenta três derrotas seguidas”; “O que ele trouxe de novidade?”; “Quero ver ele num time maior, para segurar os jogadores”.

Pois bem. O zagueiro Paulo André deu a declaração que ninguém esperava, após a classificação diante do São Paulo. “Em 34 anos, finalmente tenho prazer em jogar futebol. Eu me divirto em campo”, resumiu. Paulo André já esteve em times grandes com treinadores renomados. Foi multicampeão no Corinthians. Quinze dias atrás, já tinha me dito que o grupo estava encantado com Diniz.

O lateral Carletto chegou a dizer que “vocês ainda vão ver o Diniz na Seleção Brasileira”. São afirmações de quem trabalha com ele, desde janeiro, apenas.

Eu não sei se o Atlético-PR ganhará algum título de mais repercussão, mas não dá para fechar os olhos para alguém que foi o único treinador brasileiro a tentar algo diferente nos últimos três anos. Seu time JOGA FUTEBOL. Corre risco? Sim, mas joga futebol, que é o que todo mundo quer ver.

Treinadores mais antigos, atuais e renomados torcem o nariz quando falam de Diniz. O próprio Vampeta, que comandou Diniz no Audax, acha que ele não conseguirá uma trajetória de sucesso em clubes maiores. Diniz foi carimbado como um profissional difícil de lidar e no trato com os atletas, mas isso parece que ficou para trás em Curitiba.

Parece inveja do meio futebolístico e má vontade de parte da mídia com alguém que tenta sair da mesmice e busca algo diferente num futebol cada vez mais igual e chato de se ver. Acho que Diniz merece aplausos, ao invés de vaias e críticas. No resultadismo, vai perder como todos, mas no trabalho, já mostrou que é competente.


Aguirre X Diniz. Intensidade contra posse de bola. Jogo duro para o SP
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Alexandre Praetzel

O São Paulo tem uma parada duríssima nesta quinta-feira, no Morumbi, pela Copa do Brasil. Enfrentará o Atlético-PR, precisando vencer o segundo jogo da quarta fase por dois gols de diferença, depois de perder o primeiro confronto por 2 a 1. Vitória por um gol, levará a decisão da vaga para os pênaltis. Lembrando que o torneio é a única competição que o São Paulo nunca conquistou.

Será o duelo de Diego Aguirre contra Fernando Diniz. O uruguaio chegou recentemente e ainda busca uma identidade para o time. Deve escalar três zagueiros e optar por uma formação mais intensa e agressiva, sem muita qualidade técnica. Se o São Paulo repetir o desempenho da vitória sobre o Paraná Clube, provavelmente, será eliminado pelo Furacão. Só uma tática física e de velocidade, não vai adiantar. É preciso jogar bola.

Fernando Diniz desembarcou em Curitiba, no início do ano, após deixar o Guarani. Comandou o Atlético-PR em sete partidas apenas, porque o clube priorizou Copa do Brasil, Sul-Americana e Brasileiro. O Estadual foi conquistado por reservas e Sub-23. Diniz implantou sua filosofia e o Atlético-PR atua com muita posse de bola e troca de passes. Nos dois últimos jogos, fez oito gols e tomou só um. Sou fã de Diniz. Muitos acham que ele não consegue emplacar um trabalho em clubes maiores, porque os jogadores não se dispõem a obedecer a metodologia do treinador. Os atletas do Atlético parecem que estão gostando e os resultados são bons.

Projeção de um embate muito interessante. O São Paulo retomando sua grandeza e dando esperanças ao seu torcedor, mas, por incrível que pareça, inferior ao adversário no futebol, mesmo que seja maior como instituição. Terá que provar dentro de campo, porque só a camisa tricolor pode não bastar.


Fernando Diniz encanta jogadores do Atlético-PR. SP terá dificuldades
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Alexandre Praetzel

O São Paulo abre a quarta fase da Copa Brasil, enfrentando o Atlético-PR, nesta quarta-feira, em Curitiba. O tricolor nunca venceu na nova Arena da Baixada. Foram 12 derrotas e cinco empates. Um retrospecto de assustar, mas uma hora isso vai terminar. Pode ser agora, com o São Paulo de Diego Aguirre mais intenso e encorpado e um pouco mais confiante.

Mas não será fácil. O Atlético-PR está apenas treinando e fez apenas quatro jogos com sua equipe principal, todos pela Copa do Brasil. Empatou com Caxias, venceu o Tubarão-SC por 5×4 e passou pelo Ceará nos pênaltis, depois de dois empates. O time Sub-23, reforçado por alguns nomes mais velhos, disputa a final do Paranaense contra o Coritiba.

Fernando Diniz assumiu a equipe com o compromisso de adotar um futebol total, lembrando o trabalho no Audax-SP, quando superou grandes times e chamou a atenção do país. Nas quatro partidas deste ano, o desempenho não foi maravilhoso, mas mostrou bem a ideia do treinador, assimilada pelos atletas. O blog conversou com o zagueiro Paulo André, a respeito de Diniz. Pelas palavras de Paulo, Fernando Diniz conquistou o grupo.

“Praetzel, os atletas estão encantados com o trabalho do Diniz, sua lógica, sua condução de grupo e percebem a gigantesca evolução individual de cada atleta. Quem está dentro do processo, tem convicção de que este é o melhor caminho a seguir e abraçou a causa. Agora, começa o nosso ano para valer e precisaremos, além de desempenhar, fazer com que os resultados acompanhem esse bom futebol que queremos praticar”, afirmou Paulo André.

O Atlético-PR joga num 3-4-3 com Santos; Wanderson, Pavez (Paulo André) e Thiago Heleno; Jonathan, Matheus Rossetto, Raphael Veiga e Carleto; Guilherme, Nikão e Bergson. Provavelmente, vai querer tomar a iniciativa do jogo contra um São Paulo mais fechado, com Sidão; Arboleda, Rodrigo Caio e Bruno Alves; Militão, Jucilei, Liziero e Reinaldo; Cueva, Trellez e Nene.

Dois times com esquemas parecidos, mas o São Paulo mais lento, em relação ao Atlético-PR. Tendência de um confronto complicado. O são-paulino mais otimista pode lembrar que o São Paulo segurou bem o Corinthians e só caiu nos pênaltis, na semifinal do Paulista. Quem sabe, desta vez consiga ultrapassar a quarta fase e chegue às oitavas-de-final, algo que não aconteceu, em 2017.


Corinthians recusa empréstimo de dois jogadores para o Atlético-PR
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Alexandre Praetzel

O Atlético-PR aproveitou o jogo-treino contra os reservas do Corinthians para tentar a contratação de dois jogadores: o meio-campo Camacho e o atacante Lucca. O técnico Fernando Diniz tinha Camacho como líder do bom time do Audax, vice-campeão paulista em 2016, além de gostar muito do futebol de Lucca.

O blog fez contato com o diretor de futebol do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, a respeito da possibilidade de empréstimo para o Furacão. “Não. Nesse momento, diria que sem chances”, afirmou Duílio.

Camacho renovou contrato com o Corinthians, até 2020. Na atual temporada, Camacho disputou três partidas. No total, desde 2016, fez 69 jogos e marcou um gol.

Lucca voltou aos planos do técnico Fábio Carille, mas também só fez três jogos. Teve boa passagem pela Ponte Preta, em 2017, e foi reintegrado pela comissão técnica.

Se não pretende se desfazer de ninguém, o Corinthians segue no mercado atrás de reforços. A prioridade é a vinda de um atacante de área.


Treinadores x Clubes. Fernando Diniz é mais um exemplo
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Alexandre Praetzel

Sou fã de Fernando Diniz. O futebol apresentado pelo Audax, sob seu comando, foi uma das últimas novidades que vimos no futebol brasileiro. Um time com constante toque de bola e ofensividade, superando grandes adversários. O Audax foi vice-campeão paulista em 2016, jogando mais que o campeão Santos, depois de passar por São Paulo e Corinthians. Em 2017, a equipe foi rebaixada para a Série A2. Parece que o modelo se esgotou.

Sempre quis ver Fernando Diniz comandando um clube grande e sempre fiquei em dúvida, se ele conseguiria implantar o mesmo modelo de jogo numa equipe com muito mais pressão. Ele sempre respondeu que sim. Só precisava de uma oportunidade.

Agora, apareceu o Atlético-PR. Uma instituição com grande pensamento e estrutura, mas práticas ruins. Diniz chegará num lugar que estava sendo guardado para Seedorf, num projeto expurgado pelo “Coronel” Mário Celso Petraglia, irritado com a demora do holandês em responder à oferta atleticana. Tomara que Diniz receba o crédito e a paciência merecida, algo que é bom ver para crer.

O detalhe é como Fernando Diniz desembarca no Furacão. Deixou o Guarani às portas da estreia na Série A2, num projeto protagonizado por ele. O elenco foi montado de acordo com a característica de Diniz. E ele saiu de uma hora para outra. Ok, o Atlético tem um calendário maior e integra a Série A do Brasileiro. Mas Fernando Diniz volta ao noticiário mais pelo fato de ter largado o Guarani do que ter assumido o clube paranaense. Já o rotulam de intempestivo, por algumas atitudes com atletas. Agora, terá que matar um leão por dia, sem dúvida.

A decisão de Diniz expõe um velho debate. Treinadores reclamam que são dispensados com pouco tempo de trabalho, mas não hesitam em abandonar o barco, na primeira proposta superior que aparece. Alguns recusam e preferem terminar trabalhos. Outros, ficam pulando de clube em clube, em troca de um reajuste salarial. Não dá para reclamar. Não faça com os outros, o que eu não gostaria que fizessem comigo, é a máxima dessa relação. E isso não vai acabar. Criaram a Federação Nacional dos Treinadores e como a entidade pretende se posicionar? Se fosse o inverso, a gritaria seria grande.

Torço pelo sucesso de Fernando Diniz, mas acho que nessa situação ele poderia ter mantido o trabalho no Guarani, em respeito ao clube que o recolocou no mercado. A conferir.


Diniz e Vampeta defendem modelo do Audax, ameaçado de rebaixamento
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Alexandre Praetzel

O Audax, vice-campeão e sensação do Campeonato Paulista em 2016, vive um momento delicado no Estadual. É o último colocado com sete pontos e estaria rebaixado hoje. Faltam três rodadas e o Audax está dois pontos atrás do São Bernardo e três de Santo André, São Bento e Ituano. O blog entrevistou Vampeta, presidente do clube, e o técnico Fernando Diniz. Leiam abaixo.

Campanha ruim do Audax

“Houve uma renovação no elenco e isso não é fácil num time pequeno. Todo mundo sabe que o campeonato ficou mais difícil porque encurtou, com menos rodadas. Ainda acredito na equipe. Só dependemos da gente. Não é fácil, mas só depende da gente”.

Modelo de jogo se esgotou?

“Nao se esgotou de maneira nenhuma. O Audax sempre teve o domínio dos jogos, mas precisamos finalizar melhor. Continua mandando nos jogos. O estilo de jogo não vai mudar. Lógico que em outras situações pode mudar, mas o padrão não vai mudar. É assim que jogamos”.

Fernando Diniz

“Ele só sai do Audax se houver grande proposta de outro clube. Ele faz parte do nosso projeto. Não faz parte dos planos da diretoria, demití-lo em nenhum momento”.

O blog também conversou com Fernando Diniz. Acompanhe as declarações.

Desempenho do time

“O desempenho não confere com a pontuação. Em muitas partidas, merecíamos ganhar, mas acabou culminando nessas dificuldades. O campeonato ficou mais curto. É verdade que temos que melhorar, mas esse é o principal motivo. Estamos desperdiçando muitas chances e isso não pode acontecer”.

Modelo de jogo

“Com uma cultura de resultados imperando, o modelo não serve. Para quem gosta do nosso modelo, a gente cria muito mais chances do que os adversários e precisa ser mais incisivo nas finalizações. Em muitos jogos a gente sofreu alguns gols, que também não eram costumeiros”.

Rebaixamento preocupa? E a garantia da diretoria sobre teu trabalho?

“Rebaixamento preocupa todo mundo. Uma coisa muito ruim ser rebaixado. Tem que pensar em ganhar os próximos jogos e olhar para a frente. O time tem condições de sair desta situação. A declaração do Vampeta me deixa contente. É fruto do trabalho que foi feito nos últimos três anos e nossa relação com os dirigentes é bem diferente. O time foi remontado e tivemos que mexer muito. Fomos nos achando durante a competição. Precisamos ganhar do Novorizontino, sem projetar as outras partidas”.

O Audax enfrenta o Novorizontino e o Palmeiras , fora de casa, e fecha a primeira fase contra o Santo André, em Osasco.


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