Blog do Praetzel

Arquivo : Dérbi

Por um Dérbi bem jogado, sem interferências e reclamações. A bola manda
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Alexandre Praetzel

Vamos para mais um Dérbi, neste domingo. Estarei na Arena do Corinthians e espero cobrir um jogo de FUTEBOL, válido pelo primeiro turno do Brasileiro. Nos três últimos clássicos entre Corinthians e Palmeiras, viu-se muito pouco de bola.

Na fase classificatória do Paulista, vitória corintiana com um pênalti em “delay” marcado por Raphael Claus, apesar de o Corinthians ter sido superior na atitude.

No primeiro jogo da decisão, Palmeiras ganhou com eficiência, mas tivemos muitas faltas, duas expulsões e mais “pegada” do que futebol.

No confronto decisivo, a polêmica interminável da “interferência externa”, após o árbitro Marcelo Aparecido de Souza voltar atrás num pênalti a favor do Palmeiras. O Corinthians foi campeão, o Palmeiras vai até à Fifa, com todo o direito de protestar.

A história sempre começa pelos próprios jogadores. Dá para jogar mais, competir bastante e reclamar bem menos de tudo e da arbitragem. Eles são os responsáveis pela qualidade da partida, ainda que ela esteja em falta em muitos gramados espalhados pelo país.

Os treinadores adotaram discursos serenos e pediram mais respeito e foco pelo que acontece dentro de campo. Tomara que eles determinem a busca incessante pela vitória.

A torcida lotará o estádio, mesmo que seja única. Só resta a bola rolar e que Anderson Daronco esteja iluminado para não virar protagonista e estragar o espetáculo.

O Corinthians terá força máxima e apresenta Pedrinho, boa revelação do clube. O Palmeiras tem um retrospecto maravilhoso fora de casa e foi o time que mais venceu o Corinthians, na Arena.

Corinthians de Cássio; Mantuan, Henrique, Balbuena e Sidcley; Gabriel, Maycon, Rodriguinho e Jadson; Romero e Pedrinho.

Palmeiras de Jaílson; Marcos Rocha, Antonio Carlos, Edu Dracena e Diogo Barbosa; Thiago Santos, Bruno Henrique e Lucas Lima; Dudu, Borja e Keno.

Dois bons times e candidatos ao título brasileiro. O blog aposta num empate em 1 a 1.


Palmeiras vetaria Daronco, se pudesse. Árbitro evita entrevistas
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Alexandre Praetzel

O sorteio de Anderson Daronco para apitar o Dérbi, domingo, na Arena do Corinthians, desagradou todo mundo no Palmeiras. O blog apurou que integrantes da diretoria vetariam Daronco, se pudessem. Para alguns, a presença de Daronco no clássico, soa como provocação. A bronca contra Daronco é pela atuação na partida que encaminhou o título brasileiro para o Corinthians, em novembro de 2017. Os palmeirenses reclamam de um gol de Romero, em posição de impedimento, e de um pênalti mal marcado de Edu Dracena em Jô. O jogo terminou 3 a 2 para o Corinthians.

O blog fez contato com Daronco, a respeito da sua participação no clássico. Daronco pediu desculpas e disse que não irá conceder entrevistas, até a realização da partida. Confira a resposta do árbitro.

“Me desculpe. Geralmente, sou bem solícito nessa hora. Procuro atender todo mundo, mas desta vez, considero que o silêncio é o melhor. Eu sei que o jogo já vem com um histórico e que não é de agora. Então, tudo que eu falar pode vir contra mim. Então, desta vez, eu peço desculpas, mas não vou poder atender. Sempre me coloco à disposição, mas desta vez é uma situação bem excepcional. Então, vou pedir compreensão e não será possível atender. Agradeço a oportunidade, mas não vai dar”, afirmou ao blog.

Daronco está com 37 anos. É árbitro Fifa, desde janeiro de 2015. No mesmo ano, foi escolhido como o melhor árbitro do Campeonato Brasileiro.

 


Corinthians disputou um Dérbi. Palmeiras achou que ganharia quando quisesse
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Alexandre Praetzel

Acompanho futebol há 40 anos. Minha origem é o Rio Grande do Sul, onde vi e trabalhei em vários Grenais. Muitas vezes, dentro de campo, você percebia um time bem melhor no papel, tratando o jogo com mera formalidade, enquanto o adversário inferior “comia” grama. Nunca se brinca com um clássico. Serve para arrumar e desarrumar a casa.

Corinthians e Palmeiras foi um exemplo. O Palmeiras chegou ao estádio corintiano como favorito por ser o atual campeão brasileiro e ter um elenco superior. O Corinthians tem alguns bons nomes, mas está em reconstrução novamente, convivendo com dúvidas diárias da torcida e imprensa sobre a capacidade do grupo, além da crise política.

Jogo muito duro e disputado e com o erro crasso admitido pelo árbitro Thiago Peixoto ao expulsar o volante Gabriel, inocente na falta em Keno, cometida por Maycon. Neste instante parece que as coisas mudaram, no segundo tempo. O Corinthians voltou com mais pegada e disposição, enquanto o Palmeiras tocava de lado, mesmo com um homem a mais. A projeção era de um Palmeiras indo para cima, sufocando o Corinthians e vencendo novamente.

Mas a mística dos clássicos voltou. O Verdão se espalhou em campo e permitiu ao Corinthians, espaços para os contra-ataques. Não soube jogar com 11 contra dez, incrivelmente. E aí veio o gol da vitória. Típico de quem luta mais. Bola espirrada, após cruzamento na área corintiana e balão para a frente. Só Zé Roberto na defesa palmeirense e Guerra fazendo a cobertura. O venezuelano perdeu o combate para Maycon, que ainda levou sorte contra Zé, assistindo Jô para abrir o placar. Gol típico de clássicos, onde o inferior ganha na entrega durante os 90 minutos, enquanto o superior acha que pode vencer quando quiser. E Jô tinha recém entrado em campo.

Agora, o Palmeiras seguirá o seu debate interno, com jogadores defendendo Eduardo Baptista, criticado fortemente pela derrota, enquanto o Corinthians respira e se tranquiliza com Fábio Carille, valorizando a vitória diante de um adversário eterno. O Dérbi nunca dura apenas 90 minutos, apesar de não ter decidido nada, mas serve para tumultuar ou acalmar ambientes. Sempre foi assim. Por isso, nunca brinquem em clássicos. Joguem sempre para vencer, independentemente da qualidade das equipes.


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