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Palmeiras vetaria Daronco, se pudesse. Árbitro evita entrevistas
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Alexandre Praetzel

O sorteio de Anderson Daronco para apitar o Dérbi, domingo, na Arena do Corinthians, desagradou todo mundo no Palmeiras. O blog apurou que integrantes da diretoria vetariam Daronco, se pudessem. Para alguns, a presença de Daronco no clássico, soa como provocação. A bronca contra Daronco é pela atuação na partida que encaminhou o título brasileiro para o Corinthians, em novembro de 2017. Os palmeirenses reclamam de um gol de Romero, em posição de impedimento, e de um pênalti mal marcado de Edu Dracena em Jô. O jogo terminou 3 a 2 para o Corinthians.

O blog fez contato com Daronco, a respeito da sua participação no clássico. Daronco pediu desculpas e disse que não irá conceder entrevistas, até a realização da partida. Confira a resposta do árbitro.

“Me desculpe. Geralmente, sou bem solícito nessa hora. Procuro atender todo mundo, mas desta vez, considero que o silêncio é o melhor. Eu sei que o jogo já vem com um histórico e que não é de agora. Então, tudo que eu falar pode vir contra mim. Então, desta vez, eu peço desculpas, mas não vou poder atender. Sempre me coloco à disposição, mas desta vez é uma situação bem excepcional. Então, vou pedir compreensão e não será possível atender. Agradeço a oportunidade, mas não vai dar”, afirmou ao blog.

Daronco está com 37 anos. É árbitro Fifa, desde janeiro de 2015. No mesmo ano, foi escolhido como o melhor árbitro do Campeonato Brasileiro.

 


Daronco está pronto para o clássico. É a favor do VAR e de duas torcidas
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Alexandre Praetzel

Corinthians e Palmeiras é o grande jogo da rodada do Brasileiro. Um clássico que pode encaminhar o título corintiano ou deixar o Palmeiras colado no rival neste domingo. O árbitro sorteado foi Anderson Daronco. Aos 36 anos, Daronco foi bem recebido pela maioria dos torcedores, mas que já foi alvo de reclamações dos dois times. O gaúcho apitou 15 jogos no Brasileiro com três clássicos paulistas. O blog entrevistou Daronco com exclusividade sobre a preparação para o dérbi e outras questões relacionadas ao confronto. Confira a seguir.

Como é apitar um clássico regional de outro Estado com tanta importância?

Uma honra muito grande. Fico feliz por receber a confiança de estar num jogo assim. Todo árbitro sonha estar em jogos desta natureza. Por isso, me sinto gratificado.

Trabalhar num jogo com tanta atenção, determina alguma preparação especial?

Creio que o sucesso do árbitro está em se preparar para o próximo jogo como se fosse uma final de Copa do Mundo. É assim que costumo tratar minhas partidas. O próximo jogo será o mais importante.

Dizem que árbitros de fora dos Estados em clássicos locais sofrem menos pressão. Você concorda?

O árbitro de alto nível não pode se deixar levar pelo clima extra-campo. Seja do Estado ou de fora.

És favorável ao árbitro de vídeo (VAR)? Já viveste essa experiência?

Sou favorável. Tudo que vier para ajudar a legitimar o resultado do jogo é bem-vindo. Pude participar da semifinal da Libertadores, quando estreou o sistema.

Nas redes sociais, teu nome foi bem recebido pela maioria. Estás entre os três melhores do Brasil?

Fico feliz pela credibilidade conquistada. Em relação ao fato de estar entre os melhores, deixo para vocês analisarem, pois temos excelentes árbitros no nosso quadro e demonstramos isso em nível nacional e internacional.

Qual tua principal característica hoje: mais técnico ou mais disciplinador?

Particularmente, nunca gostei de me auto definir, pois cada jogo nos reserva uma realidade diferente e o árbitro tem que ser flexível e se moldar à necessidade de cada jogo.

Será o maior jogo que vais apitar até o momento?

Já tive oportunidade de atuar em partidas de caráter decisivo. Eleger uma ou outra como a mais importante, não é justo com minha história nem com a dos clubes envolvidos.

Como é trabalhar em jogos com torcida única?

Particularmente, sou favorável a presença de duas torcidas e que bom, se fosse num caráter de proporção mais equilibrado, torna o jogo, o espetáculo, mais emocionante. Mas não cabe a mim decidir, e se assim o fizeram, com certeza houve motivos para tal. Torço para que no futuro, essa realidade mude.

Anderson Daronco chegou à Fifa, em 2014. Ele receberá R$ 3.800,00 para apitar a partida. Os auxiliares ganharão R$ 1.500,00 cada um. O quarto árbitro e os adicionais vão embolsar R$ 600,00 cada um.

Abaixo, as partidas comandadas por Anderson Daronco, na Série A, em 2017.

São Paulo 2×0 Palmeiras
Corinthians 2×0 Santos
Sport 2×0 Flamengo
Vitória 2×2 Botafogo
São Paulo 1×1 Fluminense
Atlético-MG 3×1 Cruzeiro
Vasco 0x1 Flamengo
Atlético-PR 0x0 Botafogo
Palmeiras 2×0 Avaí
Atlético-MG 0x2 Corinthians
Cruzeiro 1×1 Santos
Atlético-PR 1×1 Coritiba
Fluminense 0x1 Palmeiras
São Paulo 1×0 Sport
São Paulo 2×1 Santos

 

 

 


Vuaden após Santos x Fla: Apoio a divulgação dos áudios da arbitragem
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Alexandre Praetzel

Leandro Vuaden foi árbitro Fifa por oito anos e apitou jogos importantes ao longo da sua trajetória. Acompanhei o início da carreira de Vuaden, no Rio Grande do Sul. Não tenho o porquê de duvidar da sua idoneidade e correção. Acho que ele errou ao voltar atrás no pênalti marcado a favor do Santos, no confronto diante do Flamengo, quarta-feira, na Vila Belmiro. Vuaden sempre foi direto nas suas marcações, mas decidiu ouvir uma segunda opinião com Flávio Rodrigues de Souza, quarto árbitro da partida.

Como jornalista e amante do futebol, gosto de transparência e acho que seria interessante a divulgação dos áudios da arbitragem, durante os jogos. Acabaria com muitas dúvidas e interpretações dúbias. Em rápido contato com o blog, perguntei a Vuaden, se ele seria favorável à divulgação  das conversas.

“Sim, claro. Não tem problema nenhum. Não há nada a esconder. Isso vai colaborar. Parece que nas arbitragens existem coisas que não podem ser publicadas. Só fui até o Flávio(4º árbitro) porque o rádio não era o modelo mais moderno e por isso fui consultá-lo pessoalmente. Não tenho problema. O áudio não vai apitar meu jogo. Quando eu não tiver convicções, vou consultar meus colegas. Quando há, maldosamente, análises de que há interferência externa, eu nunca vou aceitar isso e isso nunca vai acontecer. Isso é uma coisa fora da minha carreira. Esse comportamento não é adequado. Não pode acontecer. Está fora do contexto. Se quiserem revelar meu aúdio e acharem que isso vai tornar o futebol mais transparente, podem fazer. Acham que o cara é mal intencionado, sem caráter. Falta caráter para as pessoas, também”, afirmou.

Vuaden também fez questão de explicar a sua atitude no momento do pênalti, novamente.

“Quando eu marquei pênalti, não estava convicto. No jogo, achei que deveria pegar uma segunda opinião. Em outras ocasiões, não fiz isso e acabei errando. Houve um equívoco de minha parte para não buscar um ângulo mais efetivo da jogada. Quando eu chego no Flávio, ele disse que achava que o jogador não tinha sido tocado, então voltei e marquei escanteio. Essas situações geram buscas no intervalo, mas eu não busco isso. Filtro pelos jogadores. Entendo que o jogo de campo é igual para todos. O jogo da TV é outro jogo. Eu não tenho replay. A experiência faz com que tu faças um filtro”, ressaltou.

Vuaden está com 42 anos e será aproveitado em outros jogos do Campeonato Brasileiro pela Comissão Nacional de Arbitragem.

 


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