Blog do Praetzel

Arquivo : Cueva

Cueva desrespeitou o São Paulo e merece ser encostado
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Alexandre Praetzel

Cueva mandou o São Paulo às favas, ao pedir para não ser relacionado para enfrentar o Mirassol, fora de casa. O peruano alegou que não seria titular, e por isso, a decisão de não viajar. Cueva desrespeitou o Clube, comissão técnica e companheiros. Sua atitude é lamentável, num momento de pressão por bons resultados no tricolor.

Afinal, o meia-atacante é selecionável e nome certo na Copa do Mundo da Rússia. Deveria ser um exemplo para os mais jovens do elenco e ajudar o grupo a se fortalecer para retomar as vitórias. Não. Só pensou em si, irritado também com a recusa do São Paulo em negociá-lo com o Al Hilal, da Arábia Saudita.

A atitude de Cueva expõe algo real no futebol brasileiro. Eles se acham os “donos”, assinam por cinco anos e muitas vezes vencem a queda de braço com dirigentes e treinadores. Cueva teve o contrato renovado até 2021, mas encheu o saco da diretoria para ser vendido em julho de 2017. O presidente Leco bateu o pé e o jogador se enquadrou, para não perder espaço entre os titulares e prejudicar sua presença nas convocações peruanas.

Agora, volta com essa conversa. Sabe que está valorizado e que o São Paulo não pode depreciá-lo, mas esquece que para tudo existe solução. Conseguiu a antipatia da torcida e não terá vida fácil com Dorival Jr. Só dificultou sua trajetória no São Paulo.

Eu, se fosse dirigente, o colocaria para treinar em Cotia e só após um pedido de desculpas público aos colegas e torcedores, o reintegraria ao grupo principal. Não dá mais para tomar carteiraço de jogador. Os clubes são muito maiores do que isso.

Raí e Ricardo Rocha sabem que o São Paulo não pode se curvar a ninguém.


Só a força da torcida, não salvará o SP. Time não reage na pressão
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Alexandre Praetzel

Estive no Morumbi para acompanhar São Paulo e Ponte Preta. Novamente, a torcida tricolor deu um show, apoiando o time, durante os 90 minutos. O São Paulo fez um bom primeiro tempo e mereceu a vantagem, com bonito gol de Hernanes, cobrando falta. A Ponte Preta não ameaçou em nenhum momento.

No segundo tempo, quando o São Paulo fez 2 a 0, em gol de Bruno Alves, na falha do goleiro Aranha, o jogo parecia liquidado. Comentei com um colega, que o resultado poderia determinar a saída de Gilson Kleina, pressionado na Ponte. Afinal, o São Paulo estava encostando na própria Ponte Preta, na parte de baixo da classificação.

Aí, num lance, tudo mudou. A Ponte descontou no pênalti cometido por Jucilei e cresceu com a expulsão do volante. Com um a mais, a Macaca tomou conta da partida e transformou o Morumbi num cenário de apreensão e temor para os são-paulinos. O empate parecia questão de tempo e chegou com cabeceio fatal de Léo Gamalho. Antes, o centroavante já tinha exigido grande defesa de Sidão.

O resultado acabou sendo justo pelo que as duas equipes fizeram, quando tiveram oportunidades. Agora, com dez, Dorival Jr. demorou a recompor o meio-campo e ficou sem velocidade para o contra-ataque. Marcinho entrou, quando Gomez deveria ser o escolhido, para fortalecer a marcação e impedir o domínio da Ponte. O São Paulo ficou acuado e não teve saída de jogo.

Já vi grandes times serem rebaixados e o São Paulo mostra sinais claros de queda. A equipe tropeça contra concorrentes diretos e é forçada a buscar pontos diante de adversários muito mais qualificados. Hernanes carrega o São Paulo nas costas e os demais parecem anestesiados em momentos de pressão.

Para piorar, a troca de farpas entre Rodrigo Caio e Cueva, só revela como o ambiente interno não é legal, mesmo que Dorival e Hernanes tenham minimizado o episódio. Nestas horas, bons jogadores viram mais ou menos e os razoáveis se transformam em ruins. Fato é que o São Paulo luta, corre, mas empaca no Z4. Tem time para não cair, mas outros também tinham e foram rebaixados. Parece que chegou a hora do tricolor. Só a força do torcedor, não salvará. A ver.


Cueva é supervalorizado. Meia peruano precisa provar que é útil ao SP
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Alexandre Praetzel

Cueva virou debate no São Paulo, após atuações irregulares no segundo semestre de 2017. O peruano chegou ao Tricolor depois de ter bons desempenhos pelo Toluca-MÉX, na Libertadores da América, em 2016. Custou quase R$ 9 milhões e determinou a saída do ex-diretor de Luiz Cunha, contrário ao investimento na ocasião. O negócio foi encaminhado pelo ex-gerente de futebol, Gustavo Oliveira.

Particularmente, sempre achei Cueva supervalorizado. A carência no surgimento de novos valores no futebol brasileiro transformou jogadores sul-americanos em grandes reforços. E nem sempre é assim. Cueva foi bem no começo e se destacou no time médio do São Paulo, no Paulista de 2017. Depois, com confrontos mais difíceis pela frente, caiu muito de produção. Os torcedores que o defendiam passaram a vaiá-lo e o peruano mostrou falta de comprometimento em algumas partidas. Na seleção nacional, Cueva mostrou muito mais dedicação em relação à sua postura no clube.

Nesta semana, Rodrigo Caio elogiou o companheiro, mas lembrou que ele “também precisa se ajudar”, num claro recado de que o grupo não passará a mão na cabeça caso Cueva não demonstre vontade em campo. Dorival Jr. o relacionou e deve confirmá-lo na reserva para enfrentar a Ponte Preta, neste sábado. É uma boa hora para Cueva calar a minha boca e a de outros críticos, caso seja utilizado.

Cueva já disputou 57 jogos e marcou 15 gols pelo tricolor. A média não é ruim, mas as últimas atuações deixaram muito a desejar. Quando Rogério Ceni foi demitido, o auxiliar Pintado deixou Cueva de fora do jogo seguinte, contra o Santos, por deficiência técnica. O empresário do atleta chegou a dizer que havia a possibilidade de Cueva ser negociado, por estar insatisfeito com o tratamento recebido.

Agora, veremos se Cueva tem capacidade de dar uma resposta positiva e retomar o futebol que chamou a atenção dos dirigentes são-paulinos. Hoje, é apenas mais um, num momento onde todos precisam aparecer.


A noite de Ricardo Gomes e Cueva
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Alexandre Praetzel

O São Paulo goleou o Corinthians por 4 a 0, no Morumbi e garantiu sua permanência na primeira divisão do Brasileiro. O resultado demonstrou a ampla superioridade tricolor em campo. Ricardo Gomes escalou o time com três atacantes diante de um adversário que tinha quatro jogadores no meio-campo, mas perdia todas as divididas.

O treinador são-paulino foi muito bem. Em nenhum momento, a equipe foi ameaçada pelo Corinthians. Dominou o jogo com Cueva solto em campo e determinando todo o ritmo da partida. O peruano foi o grande destaque e desequilibrou perante corintianos entregues e batidos com facilidade. Se tivesse mais dez minutos de jogo, o São Paulo devolveria a goleada de 6 a 1, em 2015.

Foi a noite de Ricardo Gomes. Criticado pela maioria da torcida, pegou um São Paulo desmanchado e lutando para não cair. Claro que muita coisa precisa ser corrigida, mas Ricardo sempre foi o menos culpado. Tem capacidade técnica e tática, apesar da sua limitação física, algo que não deve importar às pessoas. Ricardo merecia um grande resultado e mais respeito por parte de todos. Conseguiu.


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