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Clássico na Vila mostrou os dois melhores do Brasil. Palmeiras foi letal
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Alexandre Praetzel

Santos e Palmeiras fizeram o jogaço esperado neste domingo, na Vila Belmiro. Um primeiro tempo com muito equilíbrio, dois times atacando bastante e meio-campos criativos, além de ótimas defesas de Fernando Prass e Vladimir. A bola do jogo ficou para Vítor Bueno, perdendo oportunidade incrível quase na risca do gol. Faltaram os gols, porque no resto houve de tudo, com as duas equipes mostrando que hoje podem dominar o futebol brasileiro, sim. O fato de ter virado 0 a 0 não significa que não possa ter sido um grande confronto. E vimos muita qualidade dentro de campo.

Na segunda etapa, Eduardo Baptista sacou Guerra e colocou Egídio, levando Zé Roberto para o meio-campo. A mudança não surtiu efeito e trouxe o Santos para cima. O domínio foi total, até o gol de Ricardo Oliveira, abrindo o placar, depois de Prass ter feito uma defesa espetacular em cabeceio de Lucas Veríssimo.

Atrás no jogo, Eduardo lançou Róger Guedes e William e teve muita felicidade. Róger participou do gol de Jean, igualando a partida e William virou para o Verdão, silenciando o estádio. Um resultado maiúsculo, contra um grande adversário e torcida local. Virada de um elenco maduro, que não se desesperou com o domínio santista. O Palmeiras chegou aos 21 pontos e assumiu a melhor campanha do Paulista.

Fernando Prass foi o nome do clássico. O Santos foi melhor, mas o Palmeiras foi mais letal, botando a bola para dentro e saindo vitorioso. Jogaço. Para mim, com os dois melhores times do Brasil, respeitando todas as opiniões.


Jean aponta Corinthians favorito e diz que clássico pode marcar carreiras
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras venceu os três clássicos diante do Corinthians, em 2016, e chega na Arena do rival, cotado como o time a ser batido pelos adversários. Nesta quarta-feira, haverá novo Dérby e o jogo é encarado de maneira diferente por todos os participantes. O blog entrevistou o lateral/volante Jean, tricampeão brasileiro e titular do Verdão. Jean joga o favoritismo para o Corinthians e admite que o confronto pode marcar muitas carreiras, sendo exemplo para várias gerações. Leia abaixo.

Clássico contra o Corinthians

“É sempre diferente. É algo único. Criou-se uma frase: Clássico não se joga, clássico se vence. Por se tratar de Palmeiras e Corinthians, é algo bem especial, que vai ficar marcado. É um jogo que se grava para depois, mais para a frente, estar mostrando para os seus filhos, netos, bisnetos, quem sabe. É para contar e falar que um dia você participou, foi protagonista de um clássico com esta grandeza”.

Favoritismo na partida

“Não, pelo sentido que vai ser no estádio do Corinthians, torcida pesa bastante. Pelo Corinthians conhecer muito o gramado, por mais que a gente tenha jogado lá, eles estão muito mais adaptados do que a gente e tiveram um dia a mais de descanso, diante desse calendário apertado. Isso vale, isso pesa muito. Então, eu acho que eles são os favoritos por causa desses quesitos que eu citei. A gente tem um quesito que pesa bastante a nosso favor, se você colocar no papel, jogadores, o Palmeiras é o favorito por causa desses jogadores, mas eu acho que o favoritismo é do Corinthians, com certeza, devido a essas situações que eu citei”.

É possível superar a lesão do Moisés, com as opções de elenco?

“Eu acho que sim. O Palmeiras se preparou bastante para ter um elenco bem recheado de grandes jogadores, que foram campeões onde passaram. Com certeza, quem estiver jogando pode suprir qualquer ausência que tiver no clube. Então, nós ficamos muito abalados. Eu, particularmente, senti muito, principalmente da forma que eu vi o Moisés saindo de campo, chorando, gritando ali de dor. Ali, nós já percebemos que seria algo mais sério, mas depois a gente pôde pensar um pouquinho melhor e ver que o Moisés vai ficar a temporada inteira fora. Vai ser complicado, mas têm grandes jogadores também que podem suprir a ausência dele. Ele é um jogador único, tem suas qualidades. Tem algo que é único, que é dele. Esse ano, ele colocou a Dez, né. Ele ganhou de presente o número dez, que é um peso muito grande, mas com certeza, têm grandes jogadores que podem substituí-lo”.

Início de trabalho de Eduardo Baptista

“Eu acho que a tranquilidade dele, a convicção que ele tem no trabalho dele, eu acho que isso é muito importante. Você entrar em campo com aquela segurança que o treinador te passa devido à condição técnica, tática, que ele te passa. Ele diz para a gente: Acredita nisso que vai dar certo, acreditem naquilo que vai dar certo. E começou a dar certo, por mais que no começo não estava dando certo, devido aos resultados que não estavam vindo, mas já passou o momento. A gente fica muito feliz porque está se concretizando o que ele sempre disse, desde o começo, quando ele chegou, para a gente acreditar no trabalho dele, porque isso que ia fazer diferença. Não era o trabalho, e sim acreditar que o trabalho ia dar certo e começou a dar certo. Agora, não para mais. A gente não pode mais dar passos para trás. A gente tem que estar sempre crescendo e não podemos mais fazer jogos ruins, como a gente fez no começo do campeonato”.

Expectativa pela estréia de Borja

“A gente também fica ansioso em ver um grande jogador atuar. Não só ele, mas também a gente estava ansioso para ver o Guerra jogar. E realmente, ele é o que parecia ser. Realmente, ele é o melhor jogador da América. Ele tem todas as qualidades que um dos melhores têm. Que possa estar passando, acrescentando, para o nosso clube, o Palmeiras, essas condições que eles têm. O Borja também é um jogador fantástico, um jogador de muita força, que faz gols, dentro da área dificilmente tem alguém igual a ele. Realmente, se sobressai. Provou isso na Libertadores. Então, a gente está ansioso também para ver o Borja estrear”.

Aos 30 anos, Jean disputou 59 jogos pelo Palmeiras, com nove gols marcados. É o batedor de pênaltis da equipe. Ele está confirmado como titular para o clássico desta quarta-feira.


Palmeiras nunca foi tão favorito como hoje contra o São Paulo
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras enfrenta o São Paulo como líder do Brasileiro com 43 pontos, 15 à frente do tricolor. Uma vantagem que não será perdida para o rival, até o final do ano.

Há muito tempo que não havia uma diferença tão grande entre as duas equipes. Talvez, com exceção do goleiro Jaílson, nas demais posições todos os jogadores do Palmeiras seriam titulares no São Paulo. Alguns reservas do verdão, também.

Este abismo momentâneo passa por resultados de campo, mas principalmente, por planejamento e gestão. Enquanto o Palmeiras tem time e grupo consolidados, o São Paulo sofre para completar o elenco, além de conviver com problemas políticos e externos, diariamente.

A frase “não tem favorito em clássico” não se confirma para hoje. O Palmeiras nunca foi tão favorito como nesta quarta-feira. Claro que pode perder. Afinal, estamos falando de futebol, mas a tendência é de vitória.

Ah, o São Paulo venceu no primeiro turno por 1 a 0, no Morumbi. Só que na ocasião, tinha mais time e tranquilidade, coisas distantes da atualidade. Veremos.