Grêmio é favorito contra o Barcelona. Luan sobra entre os semifinalistas
Alexandre Praetzel
O Grêmio é favorito para passar pelo Barcelona de Guaiaquil, nas semifinais da Libertadores da América. Digo isso pelo grupo de jogadores que o Grêmio montou, talvez o melhor dos últimos dez anos, quando disputou a decisão em 2007, perdendo para o Boca Juniors-ARG.
É verdade que o time teve queda de produção, desde que Luan se machucou e ficou ausente por mais de 30 dias. Priorizou a Libertadores em vários momentos e perdeu a grande chance de disputar o título brasileiro em igualdade com o Corinthians, com uma equipe superior. Agora chegou a hora da verdade para o tricolor. Renato Portaluppi foi campeão da Copa do Brasil no ano passado, mas não conseguiu levar o Grêmio ao bicampeonato, parando no Cruzeiro, nas semifinais da atual temporada. Armou um time com um futebol vistoso e competente, até a metade do ano. Aí, parece que as ideias estagnaram. Pedro Rocha foi negociado com o Spartak da Rússia e o Renato demorou para encontrar um substituto ideal. Apostou em Fernandinho e a configuração tática ficou mais próxima da anterior.
Com Luan recuperado, parece que os próprios companheiros também retomaram a empolgação e os bons desempenhos. O Grêmio poderia jogar o melhor futebol do Brasil, mas foi ao Equador sem essa condição porque sofreu com o calendário nacional. Ainda assim, é superior ao Barcelona. Em 180 minutos, tem bola e time para eliminar os equatorianos, mesmo que o adversário tenha passado por Palmeiras e Santos, decidindo fora de casa.
Marcelo Grohe; Edilson, Geromel, Kannemann e Cortez; Michel, Arthur, Ramiro e Luan; Fernandinho e Barrios é a formação gremista. Todos os titulares presentes e um banco reforçado com Cícero, jogador acostumado a grandes confrontos e vice-campeão com Renato, no Fluminense, em 2008.
Renato foi o maior jogador da história do Grêmio. Ganhou a Libertadores e o Mundial em 1983 e foi vice-campeão da América, em 1984. Amadureceu como treinador e afastou um pouco a fama de boleirão. Mas ainda é contestado e sabe que um título continental pode transformá-lo em grande nome durante muitos anos. Parece que esse é o momento.