R. de Andrade diz que “seria legal pegar a Ponte” e já estuda reforços
Alexandre Praetzel
O Corinthians pode ser Campeão Paulista, sem apresentar um futebol brilhante, mas simples e eficiente. A vitória de 2 a 0 sobre o São Paulo, deixou o time próximo de mais uma decisão estadual. O blog conversou com o presidente Roberto de Andrade, sobre a possibilidade de mais uma conquista, no último ano de gestão, um possível confronto com a Ponte Preta, 40 anos depois, e a projeção para o Campeonato Brasileiro, competição em que acredita que o time precisa contratar dois ou três reforços para fortalecer o elenco. Leia abaixo.
Como o Sr. define o time do Corinthians hoje?
''Eu não tenho uma definição própria. Eu vou muito atrás do que vocês falam. Vocês dizem que é a quarta força e eu acredito que é a quarta força. Então, vamos aguardar. Estamos aí, trabalhando, brigando, somos a quarta força''.
O Sr. acha que o time está pronto para ser campeão ou ainda é cedo para falar isso?
''É muito cedo. Foi apenas o primeiro jogo contra o São Paulo, tem o jogo de volta, São Paulo é um grande time. Como nós ganhamos no Morumbi, o São Paulo pode muito bem ganhar no nosso estádio. Então, pés no chão, vamos trabalhar. Acredito que demos um passo importante, mas vamos aguardar o segundo jogo''.
Inter será mais difícil que o São Paulo, nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil?
''Não sei fazer uma análise. Acho que os dois jogos serão difíceis, tanto Inter, quanto São Paulo no domingo. Eu acho que se o Corinthians repetir as últimas duas atuações, vai ser difícil tirar o Corinthians das duas competições. Vamos aguardar''.
O Sr. ficará satisfeito se o Corinthians for campeão com o futebol atual, apresentado pela equipe?
''Lógico. O título é o objetivo de qualquer clube e o nosso não é diferente. Acho que é um clube que vem num crescente, a cada jogo, os atletas estão se dedicando bastante, trabalhando muito. Eu acho que nós estamos no caminho certo''.
A final será Corinthians e Ponte Preta pelas vantagens dos primeiros jogos?
''É um bom caminho, mas no futebol já vimos de tudo. Então, é bom sempre ficar com os pés no chão, aguardando. As vitórias de Corinthians e Ponte Preta foram muito boas, mas em se tratando do Palmeiras, que é um grande time, pode fazer três gols também. Tudo pode''.
Seria legal enfrentar a Ponte Preta, 40 anos depois da histórica decisão de 1977?
''77 foi o título mais importante que eu vi. Estava no estádio, com 17 anos. Nunca tinha visto o Corinthians ser campeão. Mexeu com todos os corintianos e até hoje é o título mais importante para mim. Pelo simbolismo, seria legal porque estaríamos comemorando os 40 anos do título, seria muito legal. Mas enfrentar a Ponte seria muito difícil, jogar em Campinas é super complicado, não é brincadeira. Tem o lado positivo para a Ponte também. Esperar 40 anos para uma grande revanche, nunca foi campeã paulista. Seria uma festa legal''.
Qual a projeção que o Sr. faz para o Campeonato Brasileiro?
''Acredito eu, a nossa ideia é trazer mais dois ou três jogadores, para deixar o elenco mais forte. Acabando o Paulista, a gente vai se dedicar nisso também, para deixar o time mais forte no Brasileiro. O Brasileiro sempre é difícil. Esse ano, a gente está vendo aí quatro, cinco, meia dúzia de clubes, e queremos estar dentro desse grupo, que tem chance de conquistar o título. Então, nós vamos nos preparar para isso''.
O seu vice-presidente André Olíveira divulgou vídeos onde afirma que está de olho em todo mundo e que sabe quem se aproveitou do clube. O que o Sr. acha sobre isso?
''Acho que você tem que perguntar para ele, porque eu também não sei. Eu li a matéria, me encontrei com ele no jogo, mas não perguntei a ele e nem sei o que ele quis dizer. Conheço o André. A gente sabe que ele gosta de provocar os adversários. Estamos num ano político, não podemos esquecer isso no Corinthians. Então, deve ser mais um fato relacionado à política''.
Roberto de Andrade termina seu mandato, em fevereiro de 2018. O Corinthians foi campeão brasileiro em 2015, mas viveu um 2016 complicado. Em 2017, Roberto escapou de um processo de impeachment no Conselho Deliberativo, em fevereiro.