Blog do Praetzel

Arquivo : Vila Belmiro

Santos pagou para jogar contra o São Caetano. Onde isso vai parar?
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Alexandre Praetzel

Gosto muito do Santos e desde que me conheço por gente, sempre acompanhei os jogos do time. A história do grande esquadrão da “Era Pelé” é inesquecível. Agora, o Santos não pode viver só do passado, em relação à torcida. Tenho sido um árduo crítico da Vila Belmiro. O antigo alçapão faz parte da vida do santista, mas o estádio perdeu seu valor. Não adianta brigar com a realidade.

Enquanto o Santos tem jogado para uma média de cinco mil pessoas, com arredações pífias para o custo-futebol, os rivais faturam muito mais. Nesta quarta-feira, mesmo com o apelo de jogadores e comissão técnica, o Santos teve um público de 4.165 pessoas para R$ 92.490,00, contra o São Caetano. Ticket médio de R$ 22,20. O Santos pagou para jogar. A média de gastos para abrir a Vila Belmiro fica em torno de R$ 100 mil a R$ 110 mil. Contra o Bragantino, dia 22 de janeiro, as despesas ficaram em R$ 109.999,26. Triste. Ainda não entendo como há alguém que defenda isto. O Santos ficará para trás. O romantismo acabou há tempos.

Leiam o que escreveu o ex-diretor de futebol e membro do Comitê de Gestão do ex-presidente Luís Álvaro Ribeiro, Pedro Nunes Conceição, numa conversa via twitter, com o meu colega Ademir Quintino, sobre a pequena presença de público.

“Fica a dúvida: o torcedor vem abandonando o Santos ou sendo abandonado? A política vem destruindo o clube faz anos. O clube precisa virar empresa e ser vendido. Modelo com conselheiros não se sustenta mais. Fica a impressão de que estamos morrendo em doses homeopáticas…quero estar errado!”, afirmou o ex-dirigente. Palavras de um santista que esteve lá dentro e sabe das dificuldades financeiras, mesmo que o Santos tenha revelado inúmeros atletas e faturado com muitos deles.

É preciso um planejamento a médio prazo para resgatar a torcida e investir no marketing. Hoje, nem gerente de marketing existe na atual diretoria. O pensamento tem que ser grande, mas a grande torcida do Santos também precisa ajudar.


Santos precisa do Pacaembu. E vice-versa
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Alexandre Praetzel

Neste domingo, acordei cedo e me dirigi ao Pacaembu para ver Santos e Bahia. No trajeto do meu bairro até o estádio, milhares de santistas chegando em famílias, grupos de amigos e muita tranquilidade. A bela manhã de sol se refletiu no estádio com ótimo público e vitória santista por 3 a 0.

Quando o locutor anunciou o público de 32.869 pagantes com 35.769 no total e renda de R$ 1.282.430,00, torcedores aplaudiram. E isso aconteceu porque os santistas querem um local maior para ver seu time do coração. A Vila Belmiro é histórica e teve sua importância, mas ficou defasada, perto das novas arenas.

Só para efeito de comparação, no último clássico entre Santos e São Paulo na Vila, houve 10.520 pessoas para R$ 423.000,00. Palmeiras e Corinthians se enfrentaram no Allianz Parque para 39.091 pagantes e R$ 2.800.000,00 de bilheteria. A diferença é abissal. A curto prazo, o Santos ainda pode concorrer, mas a médio e longo prazo ficará para tràs, numa espécie de Série B financeira, perto dos rivais.

O Santos necessita de um estádio maior, com mais conforto e capacidade para também aumentar suas receitas. Dirigentes e conselheiros precisam fugir do discurso provinciano e pensar o Santos grande, como sempre foi. A conversa de que o time é mais forte na Vila, também é passado. Em 2017, perdeu para Ferroviária, São Paulo, Cruzeiro e Sport.

Então, é hora do Santos ter uma casa melhor. Acho que o Santos precisa do Pacaembu e vice-versa. Claro que o poder municipal pode ajudar, num acordo bom para ambas as partes. E isso já passou do tempo, na minha opinião.

Adoro o Santos. Nasci em Porto Alegre e sempre vi esse clube histórico concorrer de igual para igual na questão técnica. Agora, se não mudar o pensamento profissional e empresarial, vai perder muito espaço, cada vez mais.


Clássico na Vila mostrou os dois melhores do Brasil. Palmeiras foi letal
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Alexandre Praetzel

Santos e Palmeiras fizeram o jogaço esperado neste domingo, na Vila Belmiro. Um primeiro tempo com muito equilíbrio, dois times atacando bastante e meio-campos criativos, além de ótimas defesas de Fernando Prass e Vladimir. A bola do jogo ficou para Vítor Bueno, perdendo oportunidade incrível quase na risca do gol. Faltaram os gols, porque no resto houve de tudo, com as duas equipes mostrando que hoje podem dominar o futebol brasileiro, sim. O fato de ter virado 0 a 0 não significa que não possa ter sido um grande confronto. E vimos muita qualidade dentro de campo.

Na segunda etapa, Eduardo Baptista sacou Guerra e colocou Egídio, levando Zé Roberto para o meio-campo. A mudança não surtiu efeito e trouxe o Santos para cima. O domínio foi total, até o gol de Ricardo Oliveira, abrindo o placar, depois de Prass ter feito uma defesa espetacular em cabeceio de Lucas Veríssimo.

Atrás no jogo, Eduardo lançou Róger Guedes e William e teve muita felicidade. Róger participou do gol de Jean, igualando a partida e William virou para o Verdão, silenciando o estádio. Um resultado maiúsculo, contra um grande adversário e torcida local. Virada de um elenco maduro, que não se desesperou com o domínio santista. O Palmeiras chegou aos 21 pontos e assumiu a melhor campanha do Paulista.

Fernando Prass foi o nome do clássico. O Santos foi melhor, mas o Palmeiras foi mais letal, botando a bola para dentro e saindo vitorioso. Jogaço. Para mim, com os dois melhores times do Brasil, respeitando todas as opiniões.


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