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Gabriel: “Lance do Romero merece aplausos. Ele tem muita técnica”
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Alexandre Praetzel

Romero gerou discussão no Dérbi, após dominar uma bola e “segurá-la” na cabeça, no segundo tempo. O Corinthians vencia por 1 a 0 e dominava a partida. O lance foi interpretado como provocação pelos jogadores palmeirenses e muito aplaudido pela torcida corintiana. O paraguaio foi defendido por alguns companheiros, que justificaram como algo do futebol e que seria valorizado, se fosse feito por outros jogadores na Europa, por exemplo. O volante Gabriel deu sua opinião ao blog e cumprimentou Romero, além de exaltar o desempenho do Corinthians nos clássicos contra o Palmeiras. Confira.

Lance do Romero foi para aplausos ou puxão de orelhas?

Para aplausos. Quem perde, vai chorar. Quem ganha, vai sair feliz e dando risada do lance. Faz parte, é futebol. Antigamente, acontecia com maior frequência e hoje em dia, muito se fala que o futebol está chato, o futebol moderno é isso, aquilo. Um lance desses é para ser aplaudido. De muita técnica, personalidade. Ele dominou, a bola ficou na cabeça, “petecou” um pouco e já pôs no chão e foi jogar. Tocou, passou, foi em direção ao gol. No lance não foi, não dava para ir em direção ao gol, mas se pudesse ele iria. Lance de aplausos, na minha opinião.

Romero é subestimado pela maioria?

Ele é muito bom jogador. Eu acho ele muito técnico. Taticamente, muito bom. Ele nos ajuda muito. E, assim. Ele já vem mostrando uma qualidade técnica grande já. Não só por esse lance. Tem até um lance contra o São Paulo, que ele dominou uma bola difícil. Pôs a bola no chão e foi jogar. Ele é o artilheiro da nossa Arena. Então, acho que sim. As pessoas o confundem um pouco pela maneira como ele joga, de muita raça, ele dá carrinho mas ele tem uma qualidade técnica muito grande, que nos ajuda muito também, não só na parte defensiva, porque ele é mais um ponta e atacante e quando precisa, ele nos ajuda muito lá na frente, fazendo gols e jogadas como essa.

O Corinthians encaixa muito bem contra o Palmeiras e o adversário não encaixa contra o Corinthians?

Ah, a gente estuda muito o adversário. E nos últimos sete jogos, são seis vitórias e uma derrota, apenas. Então, eu acredito que nossa equipe se prepara muito bem para esse jogo, não só para enfrentar o Palmeiras, para os outros jogos também. Então, não sei se o jogo encaixa ou não. Nossa equipe procura estudar o adversário antes do jogo para poder fazer o que for melhor, para vencer as partidas. A comissão técnica nos passa muitas coisas boas para a gente. Chega tudo mastigado para a gente fazer o melhor dentro de campo. Muito legal pelos últimos sete jogos contra eles, ter ganhado seis.

Corinthians merece ter jogadores convocados para a Copa do Mundo?

Sim, eu acho que temos uma das melhores equipes do Brasil. Rodriguinho vem vivendo um momento maravilhoso na carreira. Não sei se é o melhor momento, mas está brigando para ser. Fagner é um cara que já foi convocado algumas vezes e correspondeu bem. O Tite já conhece bem o trabalho dele, o Cássio, a mesma coisa. Acredito que podem pintar dois, três nomes. Vamos ver e torcer para que os companheiros sejam lembrados. Uma Copa do Mundo é o sonho de todo o jogador e a gente vai torcer bastante.

No Brasileiro, o Corinthians tem dez pontos em 15 disputados e ocupa as primeiras colocações. Volta a jogar, no próximo domingo, contra o Sport, em Recife.

Na Libertadores da América, o time enfrenta o Deportivo Lara, nesta quinta-feira, em Cabudare, na Venezuela.


O domingo é do Santos de Vanderlei e Gabriel. SP segue devendo eficiência
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Alexandre Praetzel

Acompanhei São Paulo e Santos, atrás da meta direita, no Morumbi. Um primeiro tempo bem melhor do São Paulo, com o meio-campo mais ativo e bons deslocamentos dos jogadores. Militão e Reinaldo apoiaram bastante e o tricolor não abriu o placar porque havia Vanderlei do outro lado. E Vanderlei tem sido o melhor nome santista, desde o ano passado. O Santos tem uma defesa firme, mas poderia ter saído atrás no placar, se não fosse Vanderlei.

É aí que entra Diego Souza. Escalado como centroavante, de maneira equivocada para mim, Diego está longe do 9 finalizador. Tem atuado estático, facilitando a marcação adversária. Não apareceu muito no primeiro tempo e foi quase nulo no segundo. Poderia ter saído antes. No Santos, foi o 9 que definiu a partida. Gabriel ficou muito isolado na primeira etapa, mas foi letal quando teve a chance, em quatro toques da equipe, começando por Lucas Veríssimo, passando por Daniel Guedes, Eduardo Sasha, até chegar a Gabriel, com um domínio rápido e um chute forte no canto direito de Sidão. Tudo o que o Santos tentou, uma escapada e uma bola. Conseguiu.

O São Paulo se enervou e partiu para o tudo ou nada. Valdívia, Trellez e Brenner em campo e Nene aberto na ponta esquerda. O Santos se trancou em frente à area e só sofreu numa tabela de Petros e Nene, para defesa de Vanderlei e intervenção salvadora de Lucas Veríssimo. Ah, teve um chute de Bruno Alves, exigindo boa defesa de Vanderlei, ainda quando o placar estava fechado. Um zagueiro arrematando, porque os meias demoram para chutar. Isso foi claro. O São Paulo demorou para concluir e o Santos agradeceu, rebatendo todas as bolas ofensivas. Ficou um ataque tricolor diante de uma muralha santista. Não basta encher o time de atacantes, se não aparece ninguém para articular. E isso foi visível no São Paulo.

No resumo dos 95 minutos, o São Paulo foi muito melhor nos 46 iniciais, mas se perdeu nos outros 49, pela eficiência do Santos. O resultado mais justo seria o empate, mas isso não serve para o torcedor, só para quem analisa e compete. Pressão em cima de Dorival e tranquilidade para Jair. As duas equipes sabem que precisam melhorar. Só que o Santos fecha o domingo com 14 pontos em 24 disputados, segunda melhor campanha do Paulista. O São Paulo com dez em 21. Isso ninguém discute. O domingo foi santista.


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