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Arquivo : futebol chinês

Jucilei quer ficar no SP, mas acha muito difícil ser emprestado novamente
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Alexandre Praetzel

Jucilei voltará ao time titular do São Paulo, neste domingo, contra o Avaí, depois de ter ficado na reserva diante do Cruzeiro, na última rodada, no Morumbi. O volante tem contrato de empréstimo com o tricolor até o dia 31 de dezembro e não sabe se irá permanecer no clube.

“Já houve a primeira conversa com o Nick(Nick Arcuri, empresário de Jucilei). Todos sabem disso que o Nick se reuniu com a diretoria, mas não tem nada decidido. A nossa intenção é ficar no São Paulo, mas isso não depende só de mim, do Nick ou do São Paulo. Depende também do Shandong Luneng(China), o quanto que eles vão pedir, o valor que eles vão estipular. A respeito de um novo empréstimo, acho muito difícil, pelo fato de terem me emprestado um ano e eu não renovei lá e eu só tenho mais um ano e meio de contrato. Se eles emprestarem mais um ano, só faltarão seis meses. Então, eu acho muito difícil. No mínimo, eles irão querer recuperar um pouco do dinheiro que eles investiram na época que me compraram. Então, eu acho que essa questão de mais um ano de empréstimo aqui, acho muito difícil”, ressaltou Jucilei ao blog.

Jucilei chegou ao São Paulo, em janeiro. Já disputou 34 jogos e marcou um gol. No Shandong Luneng-CHI, fez 54 partidas, com três gols, de 2015 a 2016.

O clube chinês pagou 8,5 milhões de euros por Jucilei, na negociação com o Al Jazira dos Emirados Árabes. Jucilei está com 29 anos.


Empresário brasileiro revela bastidores de Jadson, Luxa e Felipão na China
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Alexandre Praetzel

O mercado chinês segue tirando os melhores jogadores das principais ligas do mundo. Na última janela de transferências, o Shanghai Shenhua tirou Carlitos Tevez do Boca Juniors e pagará a ele cerca de US$ 40 milhões anuais (cerca de R$ 136 milhões) por temporada, segundo informações da imprensa chinesa. O blog entrevistou o empresário gaúcho, Eduardo Ponticelli, radicado há dez anos na China. Ponticelli trabalha com importações no país asiático, mas também lida com o futebol no local. Ele falou sobre os planos e próximos passos da liga chinesa, jogadores brasileiros e a tentativa dos chineses em montar um grande time no Brasil. Leia abaixo.

Futebol na China

“O fenômeno do futebol na China se dá por alguns motivos. O primeiro é a vontade pessoal do presidente chinês em ver o esporte crescer. Ele visualiza que o futebol é um esporte popular e que chama a atenção das pessoas. O que é uma verdade, tu crias uma rivalidade entre os clubes, cria aquela vontade de ir para o estádio, ver o time dele com grandes jogadores, reúne amigos e também movimenta a economia do país, de uma certa forma – venda de camisas, marketing. Na China, o futebol era o quinto ou sexto esporte mais popular. Hoje, já é o quarto, mas tende a subir ainda mais. O outro motivo é completamente político. Eles levam os grandes jogadores para China para atrair a mídia para o país de uma forma positiva. Por exemplo, dizendo que um clube pagou 60 milhões pelo Oscar e que um time de lá quer ser campeão da Ásia e jogar o Mundial de Clubes. Eles têm um plano de tornar o futebol chinês o maior do mundo. Chegam ao delírio de dizer que existirá um modo chinês de se jogar futebol como já existiu o brasileiro e agora existe o alemão”.

Futuro do futebol chinês

“Na China, tudo é planejamento. Se amanhã a Fifa chegar e dizer: “precisamos fazer a Copa do Mundo aqui”, não tenha dúvidas de que a China é capaz disso. O país tem os melhores estádios e os melhores centros de treinamentos. Eles nunca se candidataram para receber a Copa porque estão esperando montar uma seleção capaz de fazer frente as melhores equipes do mundo. O país já fez tudo no esporte. Já recebeu Olimpíadas, X Games, Copa do Mundo de natação, Masters de tênis. O que você pensar ela já fez”.

Jogador brasileiro na China

“O jogador brasileiro se adapta em qualquer circunstância e visualiza sempre o dinheiro. Então ele vai para a China, se tiver que passar um ano lá, num ambiente que não é tão bom, o jogador vai pelo dinheiro e pela possibilidade da independência financeira, enquanto os jogadores europeus e argentinos não dão tão certo porque não se adaptam bem. Ele só entra em campo no domingo, mas o resto da semana é totalmente diferente”.

Jadson

“Ele e o Luís Fabiano faziam parte de um projeto do Tianjin Quanjian para subir para a primeira divisão. Para os chineses, jogador que joga na segunda divisão não pode jogar na primeira. Até pouco tempo, eles diziam que para jogar na primeira o cara não ia aguentar correr porque corria menos na segunda. Uma coisa tosca. Pelo que fiquei sabendo, já estava acertado com o Corinthians, quando saiu da China. Além disso, o Canavarro entrou no lugar do Luxemburgo e optou por tirar a maioria dos jogadores contratados pelo brasileiro”.

Luís Fabiano

“Foi um pedido do Vanderlei Luxemburgo. Tinha só um ano de contrato. Foi um dinheiro muito bem investido na minha opinião. Foi goleador da segunda divisão. Fez sua independência financeira. Agora, ele pode jogar onde quiser. Até mesmo de graça”.

Vanderlei Luxemburgo

“Ele enfrentou problemas culturais lá na China. Por exemplo, levou 15 profissionais do staff dele para a comissão técnica. O médico do Flamengo foi para lá, mas os caras não estavam acostumados. Isso causou estranheza. E isso começou a causar problemas para ele. Até porque todo mundo sabe que o Vanderlei não é uma pessoa fácil de lidar. Na verdade, os chineses fizeram um complô. As pessoas do segundo escalão derrubaram ele”.

Felipão

“Ele tem uma seleção de jogadores na mão. O time dele é hexacampeão na China. No entanto, ele teve um problema de relacionamento no clube. Vez e outra, surge um ranço, estilo Celso Roth no Felipão. Ele implicou com o Elkeson e tirou o jogador do time. O Felipão chegou a ser demitido do clube, que ia assinar com o Marcelo Lippi, mas aí veio a seleção chinesa e levou o italiano. Então por isso que o Felipão ainda está lá”.

Jadson já retornou ao Brasil, mas ainda não definiu seu futuro. Luís Fabiano aguarda pela sua liberação do Tianjin Quanjian para voltar ao futebol brasileiro. Dos novos negócios, Marinho é a principal novidade, desembarcando em solo chinês.

Assim como já é na Europa, o futebol chinês deve chegar ao Brasil nos próximos anos. Segundo Ponticelli, os planos dos empresários chineses são de comprar um clube por aqui. Times já são especulados no interior de São Paulo e também no Rio Grande do Sul. O objetivo é criar a melhor equipe do país. Além disso, os times e agentes FIFA licenciados na China têm um aplicativo para o acerto de transações. Para que uma proposta seja autorizada o agente tem que ter uma autorização assinada pelo jogador e enviar uma foto com o mesmo.

*colaborou João Praetzel.

 


Janela chinesa deixa futebol brasileiro na expectativa
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Alexandre Praetzel

A janela chinesa de contratações foi aberta neste início janeiro. E isso deixa muita gente na expectativa no futebol brasileiro. Em 2016, Renato Augusto, Ralf, Gil, Luís Fabiano, Jadson e Geuvânio foram os alvos principais. Na Europa, Ramirez partiu do Chelsea por uma fortuna. Agora, já vimos o brasileiro Oscar e o argentino Tevez serem anunciados por verdadeiras fábulas de dinheiro e Diego Costa pode ser o próximo.

Aqui no nosso território, dirigentes e empresários já admitem as possibilidades de negociações. O blog apurou que Jean do Palmeiras, Fágner e Rodriguinho do Corinthians e Lucas Lima do Santos, receberam sondagens e podem se transferir.

Para os staffs dos atletas, os valores oferecidos não merecem nem discussão. A dúvida sobre o esquecimento para a Seleção Brasileira foi desfeita com as constantes convocações de Renato Augusto, Gil e Paulinho. Quem estiver jogando bem, pode ser lembrado por Tite.

Os chineses são agressivos e pagam as multas rescisórias sem pestanejar. Acertam com o atleta e pronto. Ah, não pagam comissões a empresários. Isso fica a cargo dos jogadores.

O ano já começa com as apostas de quem deixará o Brasil. Como alento, dois bons nomes estão voltando. O argentino Montillo retornou para assinar com o Botafogo e Luís Fabiano deve acertar com um time da Série A.


Geuvânio sonha com seleção e diz que olhos estão voltados para a China
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Alexandre Praetzel

Geuvânio está feliz na China. O ex-atacante do Santos está chegando ao final da sua primeira temporada em solo chinês e se mostra totalmente adaptado. Com mais dois anos de contrato com o Tianjin, Geuvânio prevê evolução e crescimento do futebol no país, a médio prazo. De férias no Brasil, Geuvânio conversou com o blog com exclusividade. Leia abaixo.

Vida na China

“A vida na China está muito boa. Muito feliz, realizado, adaptado no futebol, lá. Conseguimos o objetivo que era subir para a primeira divisão. Estou muito feliz”.

Não fica escondido na China

“Muitos disseram que eu ia para a China ficar desatualizado, desaparecido. Isso não está acontecendo. Muitos jogadores que estão servindo à seleção hoje, estão na primeira divisão e estão jogando bem, estão convencendo. Então, tenho certeza que os olhos também estão voltados para a China e tenho certeza que se eu continuar fazendo um bom trabalho, vou ter uma oportunidade na seleção brasileira”.

Estilo de jogo do futebol chinês

“Futebol mais pegado. Mais bola aérea, mais contato. Não tem tanta qualidade de passe como no Brasil e Europa. É um futebol que está evoluindo a cada dia, mais disputado. A primeira divisão vai aumentar o nível, com certeza. É um futebol disputado com qualidade também. Estão vindo muitos jogadores da Europa, de grandes clubes para servir à China”.

Luxemburgo e Canavarro

“A filosofia de trabalho é diferente. O Luxemburgo montou o time, a gente estava tendo uma sequência boa, mas surgiram alguns resultados negativos, que acabaram resultando na queda dele. O Cannavaro chegou e conseguiu também recuperar o brilho dos jogadores chineses, que estavam precisando, e com a sequência do começo a gente conseguiu o objetivo”.

Luís Fabiano fica ou sai

“Realmente, eu não sei como está a situação dele. Vou torcer para ele continuar porque é uma boa peça para nós. No nosso time, é uma peça fundamental lá na frente porque resolve nosso problema do gol”.

Pensa num mercado maior ou retorno ao Brasil

“No momento, estou feliz na China, no meu clube. O presidente e o treinador gostam muito do meu futebol e meu trabalho. No momento, estou muito feliz na China, cumprindo meus objetivos lá, subindo para a primeira divisão, ser campeão. Quero continuar lá, trabalhando, fazendo meu melhor para conseguir títulos no meu time”.

Saudades do Santos

“Sempre né. Saudades sempre tenho, um respeito, um carinho, um amor muito enorme pelo Santos. Sempre estou torcendo pelos companheiros que estão lá”.

Quem será campeão brasileiro

“Sempre eu torço pelo Santos. Sei que a dificuldade em dois jogos é difícil né. Creio que na quinta-feira, possa diminuir os pontos de diferença. Vou torcer para o Santos. Sei que o Palmeiras está bem encaminhado, com um time bom. O Santos está na briga ainda”.

Geuvânio está com 24 anos. O Tianjin subiu para a primeira divisão chinesa e conquistou o título da segunda divisão. Além dele, Luís Fabiano e Jadson são os outros brasileiros da equipe.


Luxemburgo faz autocrítica, espera propostas e admite boicote na China
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Alexandre Praetzel

Vanderlei Luxemburgo está de volta ao futebol brasileiro. Após uma passagem frustrada pela China, o técnico espera por propostas para retornar ao trabalho. Em entrevista exclusiva ao blog, Luxemburgo fez uma autocrítica sobre suas últimas participações em clubes brasileiros. Acompanhem abaixo.

Passagem pelo futebol chinês

“Financeiramente não pode dizer que não, mas profissionalmente, foi muito confusa, boicotaram, como passou com o Mano, como passou com o Cuca, muito difícil. Felipão está no melhor clube da China e com o melhor dirigente, que é um cara milionário e que não interfere em nada. Muito difícil lá. E para mim foi uma experiência, assim, das coisas que aconteceram na minha carreira, talvez tenha sido a pior coisa que me aconteceu, de relacionamento com pessoas, de envolvimento e de coisas erradas que aconteceram. Então, financeiramente foi bom, mas o resto não foi não”.

Propostas no Brasil

“Ninguém me procurou. Só sondagem, através de amigos, algumas outras coisas, mas ninguém me procurou e dizer que voltei a dar entrevistas, voltei a participar , que eu não estou aposentado que nem as pessoas estavam falando, muito pelo contrário, tenho muita coisa para fazer no futebol e preparado para ver o que vai acontecer para frente”.

Momento do futebol brasileiro

“A estrutura ainda é muito deficiente né e deixando muito para dentro do jogo de futebol. Não está dentro do jogo de futebol, está muito fora, pela estrutura do que pelo próprio jogo de futebol. A Seleção Brasileira contratou o melhor técnico do Brasil, atualmente, que é o Tite. Bem convocado, bem preparado para dirigir a Seleção Brasileira. É um alento muito bom, um homem inteligente com personalidade, sabe o que quer. Então, acho que foi muito bom isso aí. É o momento de melhorar ainda mais e pegar este momento para voltarmos a crescer, mas é preciso que não só cresça dentro do campo de futebol. É preciso que cresça também em outros setores”.

Palmeiras ou Flamengo campeão brasileiro  

“Não esquece do Atlético-MG não. O Atlético é forte. Jogando no Independência é forte. Acho que os três são os candidatos, mas coloco o Palmeiras um pouco na frente”.

Copa do Brasil

“Copa é copa. O Grêmio que estava morto aí, de repente já é um copeiro, que está acostumado. O Cruzeiro pode reverter a situação. Então, são clubes que são copeiros. Os que estão chegando são copeiros”.

Onde vai trabalhar em 2017

“Ah, cara, eu não sei. Sinceramente, não teve nenhum convite forte, a não ser sondagem de um amigo, que é fulano, aquele negócio de futebol, um conhecido do outro e tal, mas diretamente não. Então, não sei. Estou pronto para voltar para o futebol aqui no Brasil e preparado, até brinquei no programa do Neto que estava apontado para o céu, tirando onda. Estou totalmente preparado e querendo realmente recuperar um espaço aí. Fazendo uma auto-crítica, minhas últimas atuações não foram boas, até pelas minhas escolhas, até por um pouco de prepotência minha, de eu achar que poderia resolver todos os problemas com a minha capacidade profissional. Não é isso. Tem algumas outras situações que aconteceram nos últimos anos que precisam ser revistas por mim também. Isso já analisei. Mudou muito o jogador, o dirigente, o contato com a imprensa, assessorias, tudo mudou e eu tenho que me ajeitar a este novo momento do futebol”.

O Cruzeiro foi o último time treinado por Vanderlei Luxemburgo no Brasil, em 2015.


Mano Menezes quer análise mais profunda sobre técnicos no Brasil
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Alexandre Praetzel

Mano Menezes conversou com o blog, na sua passagem por São Paulo, na última semana. De volta ao Cruzeiro, após passagem pelo futebol chinês, comandando o Shandong Luneng, Mano quer uma análise mais verdadeira sobre os trabalhos dos treinadores no Brasil. Acompanhem abaixo.

Avaliação dos técnicos no Brasil

“Eu penso e defendo há bastante tempo que nós devemos aprofundar a análise no futebol porque análise rasa não nos leva a lugar nenhum. Primeiro que engana, porque pode passar qualquer trabalho por bom e às vezes o trabalho é bom e um gol muda tudo. Então temos que ter mais profundidade na análise. A questão não está nos técnicos brasileiros ou não brasileiros. Você viu que nós tivemos aí a chegada no Brasil de técnicos estrangeiros e não conseguiram realizar bom trabalho. Então, o problema do nosso futebol é estrutural, é mais profundo e aí sim quando nós fizermos uma análise correta, nós podemos melhorar o jogo, aquele produto final que nós estamos oferecendo para o torcedor”.

Executivo no vestiário ao invés de um amador

“Claro que existe diferença. O diretor executivo, ele se preparou para exercer o cargo profissionalmente. Lógico que as questões políticas dos clubes, das diretrizes, a maneira como o futebol vai ser conduzido, isso cabe ao clube decidir, mas cabe aos profissionais executarem esta política escolhida pelo clube. Profissionais sempre executam melhor porque se prepararam melhor”.

Passagem pelo futebol chinês

“Vale a pena. Financeiramente, a diferença é absurda e a gente não pode ficar rasgando dinheiro. O dinheiro não aceita desaforo né. A gente tem que cuidar do futuro da gente. Então, em função disso, eu aceitei a proposta de ir para o futebol chinês. As dificuldades de condução de trabalho são as dificuldades de comunicação, bastante grande. A gente conseguiu fazer uma boa Champions asiática. Muito boa. O clube nunca havia chegado entre os oito melhores da Ásia, mas na parte do campeonato nacional, a gente não conseguiu ir tão bem. Mas eu acho que valeu a pena sim, vale como aprendizado e a questão financeira já me referi”.

O Cruzeiro está na parte de baixo da classificação no Brasileiro e tem boas possibilidades de passar às quartas-de-final da Copa do Brasil, ao vencer o Botafogo por 5 a 2, na primeira partida das oitavas, no Rio de Janeiro.


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