Blog do Praetzel

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Corinthians tem time mesmo para ser sétimo lugar no Brasileiro
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Alexandre Praetzel

O Corinthians está na 7ª posição do Campeonato Brasileiro com 41 pontos, após a derrota para o Fluminense. Acredito que seja a colocação correta pelo time que permaneceu no CT Joaquim Grava. Nenhum clube no mundo aguenta perder 20 jogadores em nível de titularidade e elenco, num intervalo de oito meses. Façam a mesma coisa em grandes europeus e as chances de títulos e bons resultados serão obras do acaso.

Claro que ainda existe a Copa do Brasil, onde nem sempre a melhor equipe levanta a taça. Agora, da foto oficial do Brasileiro de 2015, só restaram Cássio, Fágner, Elias e Uendel, na formação principal. Elias já foi embora em agosto. As reposições ficaram bem abaixo e diminuíram a qualidade corintiana. Nomes que eram coadjuvantes em outros lugares, chegaram para o protagonismo no Corinthians e sentiram o peso e a responsabilidade.

Então, as cobranças devem recair sobre a diretoria, que adotou o discurso de uma vaga para a Libertadores da América, no mínimo. Algo distante da realidade para quem também troca de técnico depois de 17 partidas e segue na busca por um novo comandante no mercado. Só com pensamento mágico para dar certo.


O aroma é verde. Palmeiras passa bem por sequência difícil
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Alexandre Praetzel

Após 26 partidas, o cheiro do título é verde. A vitória de 2 a 0 sobre o Corinthians foi maiúscula, quebrando uma série de 32 partidas sem derrota do rival, dentro da sua casa. Claro que ainda falta muita coisa, mas o Palmeiras mostra maturidade e soma pontos, mesmo quando não joga bem.

No clássico, o Palmeiras foi melhor e cirúrgico. Fez 1 a 0 com Moisés, aproveitando erro do zagueiro Vilson, merecendo a vantagem parcial no primeiro tempo.

Na segunda etapa, o Verdão teve outras chances para aumentar o placar e liquidou a fatura com o colombiano Mina deslocando Cássio, logo depois da expulsão do lateral Léo Príncipe. Onze contra 11, o Palmeiras também era superior. Se não fosse o goleiro corintiano, o escore seria maior. Jaílson fez apenas uma defesa.

Moisés e Tchê Tchê foram os destaques. Líder com 51 pontos e dez à frente do Corinthians. Vantagem real, pela diferença de qualidade e elenco das duas equipes.

O Palmeiras passou por uma sequência difícil contra Grêmio, Flamengo e Corinthians. Permaneceu em primeiro e abriu quatro pontos do rubro-negro carioca. Melhor impossível e favorito, sim.

“Verde que te quero ver” é o lema do Brasileirão no momento.


Corinthians tem que pagar dívida ao Cruzeiro para escalar Marciel
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Alexandre Praetzel

O Cruzeiro devolveu o volante Marciel para o Corinthians. O detalhe é que o Corinthians precisa pagar R$ 1 milhão aos mineiros para reutilizar o jogador.

A dívida é relativa a contratação de Lucca. O atacante tinha direitos econômicos vinculados a Criciúma e Cruzeiro. Quando Lucca acertou com o clube paulista, o Cruzeiro aguardou o pagamento. Como a quantia não foi paga até hoje, o Cruzeiro só libera a documentação de Marciel, se receber o dinheiro.

Marciel é cria da Base corintiana e estava emprestado ao Cruzeiro numa troca direta por Williams, até dezembro deste ano. Como não estava sendo aproveitado por Mano Menezes, Cristóvão pediu sua reintegração.

Se a grana não cair na conta, o Cruzeiro não vai ceder. Assim, Marciel ficará apenas treinando no CT Joaquim Grava.

 


Cristóvão merece paz no Corinthians
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Alexandre Praetzel

Cristóvão Borges paga o preço de substituir Tite, no comando do Corinthians. Desde que chegou, as comparações são difíceis para o treinador. Mesmo assim, ainda mantém o time na 4ª colocação do Brasileiro e com chances de seguir na Copa do Brasil.

Qual treinador suporta as saídas de titulares importantes em meio a um campeonato? E sem as reposições devidas? As críticas dos torcedores são normais, mas exageradas. Cristóvão foi gênio na vitória sobre o Sport ao sacar um volante e lançar um atacante, vencendo por 3 a 0. Contra o Santos, foi crucificado porque tentou uma formação defensiva, quando dominava a partida com vitória parcial por 1 a 0. Se não tivesse perdido, seria parabenizado. Não deu certo, não serve para o Corinthians. Não pode ser assim.

A cultura resultadista do Brasil só atrapalha e torna a pressão insuportável no dia-a-dia dos profissionais. Quem sabe não esperamos o final da temporada para sermos definitivos? Se o Corinthians ganhar um título, será um acaso pelas dificuldades do ano e decisões da diretoria. E isso nenhum treinador poderia garantir. Afinal, dez jogadores deixaram o Corinthians de janeiro ao final de agosto. Até os grandes europeus sentiriam.


Diretor do Criciúma diz que Gustavo é aposta no Corinthians
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Alexandre Praetzel

Gustavo, novo reforço do Corinthians, poderá fazer sua estréia pelo time, nesta quinta-feira, contra o Sport. Aos 22 anos, o centroavante chegou com fama de goleador, após chamar a atenção na Série B do Brasileiro.

O diretor de futebol do Criciúma, Paulo Pelaipe, acha que Gustavo pode dar certo em São Paulo. “Ele é muito bom na bola aérea, mas precisa melhorar pelo chão. Foi emprestado a um clube português, retornou e aproveitou as oportunidades, marcando sete gols no Estadual e mantendo o bom desempenho na Série B. Em março, seria emprestado ao Cruzeiro de Porto Alegre, mas o titular se machucou, ele entrou e não saiu mais. Tem potencial. Em resumo, é uma aposta do Corinthians”, afirmou Pelaipe, em conversa com o blog.

Gustavo começou no Taboão da Serra e foi destaque na Copa São Paulo de futebol júnior, em 2014, antes de chegar ao Criciúma.

No dia 19 de agosto, Gustavo se recusou a viajar com a delegação do Criciúma para Recife, onde o time enfrentou o Náutico, porque já negociava com o Corinthians. Na ocasião, Gustavo foi muito criticado internamente por dirigentes e comissão técnica.

O Corinthians adquiriu 35% dos 70% dos direitos econômicos do atacante. O Criciúma ficou com a metade. Gustavo assinou contrato por quatro temporadas.

 


Cristóvão acredita em título brasileiro e despreza críticas e rótulos
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Alexandre Praetzel

Em entrevista exclusiva ao blog, o técnico do Corinthians, Cristóvão Borges, falou sobre o seu trabalho, críticas da torcida e a pressão por bons resultados, mesmo com a saída de alguns jogadores. Leia os trechos abaixo.

Momento do time

“Corinthians era um time afirmado até o ano passado. Desde o início de 2016, foi um trabalho de reconstrução e estou dando continuidade, com algumas dificuldades e saída de jogadores. Isso requer tempo. Vejo a equipe com potencial para mais com o crescimento de alguns atletas que ainda estão se adaptando. Acredito que ainda faremos um campeonato muito bom”.

Críticas da torcida

“Eu vejo muita gente mais incomodada do que eu. Sei o que está acontecendo, mas estou muito concentrado no meu trabalho. Estou contente e acho que tem muita coisa boa para acontecer. No começo, houve um certo exagero, mas acho também que hoje está havendo mais compreensão por parte de todo mundo. Começaram a bater um pouco forte e doído no início, mas ficou um pouco cansativo isso e tomaram consciência por causa da saída de alguns jogadores”.

Saídas de atletas

“Não fui pego de surpresa. Trabalhamos juntos com a diretoria. Em outros momentos, o clube necessitou de parceiros e investidores. Com isso, eles participam dos direitos econômicos dos jogadores. Quando chegam os momentos de grandes negociações, o clube não pode sozinho falar e por isso essas coisas acontecem. Meu desejo e  da diretoria era de que os jogadores não saíssem, mas não houve alternativas”.

Rótulo de não aguentar pressão 

“Existe uma necessidade muito grande de se rotular. Trabalhei um ano no Vasco. No Fluminense, Flamengo, vim aqui para trabalhar no Corinthians, depois do Tite, com um trabalho vitorioso no clube mais vencedor na história recente do futebol brasileiro. Isso responde. Não cabe. É inadequado. Eu sozinho para responder tudo isso, não cabe. Não tem como. Com o passar do tempo, as coisas acontecendo no futebol, de tanto falar certas asneiras, elas viram verdade. Mas daqui a pouco também toma-se outra consciência, aí notam-se outras coisas. Não perco meu tempo com isso. Eu trabalho”.

Cristóvão Borges tem contrato até dezembro de 2017.