Corinthians sobra. Palmeiras para o gasto. São Paulo confuso
Alexandre Praetzel
Segunda rodada do Brasileiro e jogos fracos, tecnicamente, com exceção de Paraná e Corinthians.
Trabalhei na partida e vi Fábio Carille poupar Ralf, Maycon e Clayson, escalando Gabriel, Jadson e Matheus Vital. O Corinthians foi pressionado no início, por um Paraná ávido em voltar à Série A e comemorando o fato de receber um grande adversário no seu estádio, novamente. No entanto, quando o Corinthians conseguiu colocar a bola no chão, fez o primeiro gol com Rodriguinho e ampliou em seguida em bonita jogada de Sidcley, talvez o melhor em campo. Dois a zero em dois minutos. Isso minou a confiança do Paraná e deixou o Corinthians à vontade. Na segunda etapa, o Paraná não mudou sua postura e deu espaços para o contra-ataque. O Corinthians chegou aos 4 a 0, em dois lances de Clayson, fazendo um gol e dando o passe para Gabriel. Carille pode mudar algumas peças e o modo de atuar não se modifica. O Corinthians é o time mais tático do Brasil e larga com duas vitórias, algo que não fez em 2017, quando sobrou no primeiro turno. Alerta ligado para os adversários.
No Pacaembu, o Palmeiras não fez um bom jogo, mas conseguiu a vitória de 1 a 0 sobre o Inter. Foi um confronto parelho até nas chances desperdiçadas. O Inter teve um impedimento mal marcado, num gol anulado de Leandro Damião. Roger Machado manteve Lucas Lima, com desempenho razoável mais uma vez. Edu Dracena voltou e deu mais segurança para Antonio Carlos, seu companheiro de zaga. Em alguns momentos, o Palmeiras parece abatido e lento, dentro de campo. A perda do Paulista não pode mais servir como justificativa. O Brasileiro é longo e o time pode jogar mais. Isso tem sido unanimidade entre os palmeirenses. O resultado foi melhor que a atuação e quatro pontos em seis disputados, são interessantes sobre Botafogo e Inter. Quarta-feira, será uma pedreira diante do Boca Juniors, pela Libertadores.
Em Fortaleza, o São Paulo foi confuso contra o Ceará. Diego Aguirre gosta do rodízio e testou outra formação. O São Paulo criou pouco e não teve nem força, nem velocidade, para conseguir alguma chance de gol. Everton foi discreto na sua estreia. Na volta do intervalo, Aguirre passou para o esquema com três zagueiros, com Valdívia e Nene, sem centroavante. O São Paulo até chutou duas bolas a gol, mas se mostrou descompactado e devagar na recomposição. O limitado Ceará teve a melhor oportunidade, com Felipe Azevedo batendo para defesa de Sidão. Aguirre precisa de tempo para ajustar a equipe e definir seu esquema de jogo. O São Paulo sofre com a lentidão e não aproveita contra-ataques. Em pontos, são quatro conquistados, mas as atuações não empolgaram. Agora, terá tempo para treinar, fora da Copa do Brasil.