Treinos abertos devem se repetir. Torcedores merecem ter um “dia”
Alexandre Praetzel
As festas dos torcedores de Corinthians e Palmeiras nos treinos abertos, podem determinar uma ideia de marketing e promoção dos clubes. A presença maciça de muitos que não podem ou não conseguem comprar ingressos, traz uma mensagem interessante. Por que não marcar o “Dia do torcedor”, uma confraternização com comissões técnicas e jogadores? Quem sabe, um sábado por mês, na véspera de uma partida importante ou de um clássico. Podem movimentar as lojas oficiais e angariar novos sócios, além da possibilidade de outras promoções. Óbvio que pensando sempre pelo lado positivo. Se o time estiver numa sequência de derrotas ou em crise técnica, isso dificulta um pouco, claro.
Vimos momentos emocionantes nos dois estádios, com torcedores tremulando bandeiras e iluminando os ambientes com sinalizadores. Tudo na paz e convivência. E sobre isso, uma questão curiosa. Por que nos treinos, bandeiras e sinalizadores são permitidos e nos jogos, não? Ainda mais com torcida única, nos confrontos de maior rivalidade? A incoerência das autoridades preocupa porque parece um jogo de empurra e uma proibição para não aumentar a fiscalização e o trabalho. Só pode ser isso.
Lembrando que o São Paulo também havia feito a mesma coisa no Morumbi, dia 26 de agosto de 2017, antes de enfrentar o Palmeiras, no Allianz Parque. Na ocasião, o evento também foi emocionante, apesar da má fase do tricolor.
É algo que pode virar rotina. E aproxima mais os atletas da galera. Hoje, eles comandam o futebol, mas vivem enclausurados, cheios de assessores e parecem “robôs” na maioria das entrevistas. É uma oportunidade também para eles verem o que representam para os apaixonados por seus times. Quem não se comprometer, depois de atitudes tão fortes de apoios, é porque não merece vestir a mesma camisa.