Blog do Praetzel

Arquivo : TJD

Palmeiras tem todo o direito de protestar, como todos os clubes. Simples
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras divulgou imagens que mostram o diretor de arbitragem da Federação Paulista, Dionísio Roberto Domingos, conversando com o auxiliar Anderson Coelho, durante a confusão pela marcação do pênalti na final do Estadual. Na posição do Clube, Dionísio não poderia estar ali, algo respaldado pelo presidente do TJD-SP, Antonio Olim. O Palmeiras protocolou um pedido de anulação da partida, alegando interferência externa. Se vai conseguir ou não, isso é decisão do TJD. O Corinthians já tem a taça no armário e a faixa no peito. Foi bicampeão.

Agora, o Palmeiras, assim como qualquer clube, tem o direito de protestar, se achar que está sendo prejudicado. Qualquer dirigente ou presidente pode fazer o mesmo. Não consigo entender porque tanta resistência à atitude palmeirense. Coisas como “Deixa para lá”, “Vai perder o foco” e “se preocupa com o resto do ano” são tão sem noção, que parece que todos os palmeirenses deveriam ficar em silêncio. O que não pode é haver interferência externa em NENHUM jogo de futebol do Brasil, porque isso não é permitido. Simples. Urge o VAR e a divulgação dos áudios dos árbitros, quando houver necessidade.

Isso deveria valer para todo mundo. O que aconteceu foi uma lambança. Eu estava no estádio e durante OITO eternos minutos, vimos um grande circo. E isso tem que acabar. Não pode se repetir. E podia ser uma final entre Bragantino e Ponte Preta. Santos e Mirassol. Portuguesa e São Bento.

Lembro de outros protestos de times brasileiros. Em 1989, o Coritiba entrou na Justiça Comum e não compareceu num jogo contra o Santos, pelo Brasileiro. Foi rebaixado sumariamente para a segunda divisão.

O Inter foi à Fifa contra o Vitória, solicitando perda de pontos do time baiano pela utilização do zagueiro Victor Ramos. Perdeu e disputou a Série B, em 2017.

O Atlético-PR bateu o pé e rompeu com federação e a emissora que transmite o Estadual. Foi campeão, domingo passado.

Citei apenas três casos que eu me lembro. Outros devem existir.

E como ficarão os árbitros do clássico? Dionísio Roberto Domingos deveria ser um exemplo, mas pode ter jogado todo mundo na vala comum.


Palmeiras contesta TJD-SP sobre pedido de adiamentos de julgamentos
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Alexandre Praetzel

Publiquei ontem no blog que o TJD prejudicou o Palmeiras, com o julgamento de Jaílson, Dudu e Felipe Melo, sendo realizado 23 dias após o clássico diante do Corinthians. Não entendi por que tanta demora, se a partida ocorreu na primeira fase e o resultado saiu durante o mata-mata. Jaílson foi punido com três jogos de suspensão, um já cumprido.

Nesta terça-feira, o assessor de imprensa da Federação Paulista de Futebol, Lucas Reis, procurou o blog para colocar a versão do Tribunal. Lucas enviou a cronologia dos fatos, até o dia 19 de março. Segundo o órgão, foram os advogados do Palmeiras que pediram o adiamento do processo. Leiam abaixo.

24/02 – Acontece o clássico entre Corinthians e Palmeiras;

27/02 – TJD-SP, após avaliação, convoca atletas para esclarecimento no dia 05 de março;

28/02 – Palmeiras solicita adiamento para o dia 12 de março, já que jogaria contra o São Caetano, dia 05;

28/02 – TJD-SP solicita, então, que os jogadores sejam ouvidos no dia 06 de março, terça-feira, dia seguinte ao jogo;

28/02 – Palmeiras reforça o adiamento para o dia 12 de março, justificando que 06 de março era dia da reapresentação do elenco e início de preparação para o clássico contra o São Paulo, dia 08 de março;

12/03 – Alexandre Mattos e atletas do Palmeiras são ouvidos pelo TJD-SP;

12/03 – Procurador avalia os depoimentos e apresenta denúncia;

19/03 – Julgamento acontece no TJD-SP.

O blog pediu à assessoria do Palmeiras, a posição do Departamento Jurídico do clube. Os advogados do Verdão contestam a versão do Tribunal.

“O departamento jurídico do Palmeiras contesta afirmação do TJD e informa que compareceu em duas ocasiões ao julgamento do goleiro Jaílson, que havia sido marcado pelo TJD e acabou sendo adiado minutos antes de seu início nas duas vezes, por decisão do próprio órgão. Era interesse do Palmeiras que o goleiro Jaílson fosse julgado o mais rápido possível pelo lance “de campo” e seguisse o trâmite normal para a deliberação sobre as declarações dos atletas. A justificativa dada pelo TJD para o cancelamento dos julgamentos foi de que o órgão preferia fazer as duas análises conjuntamente”.


TJD prejudicou o Palmeiras, com julgamento 23 dias depois do Dérbi
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras foi muito prejudicado pelos auditores do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo. A expulsão de Jaílson foi julgada 23 dias depois do clássico contra o Corinthians. Num campeonato com 18 datas e menos de quatro meses de disputa, os julgamentos não podem demorar tanto assim.

O fato de Jaílson ser punido por três partidas(uma já cumprida), está presente nos critérios relativos aos artigos em que ele foi denunciado. Tudo dentro do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Agora, esperar três semanas para julgar, durante fases decisivas do campeonato, é um prejuízo absurdo a qualquer equipe. Desta vez, o escolhido foi o Palmeiras. As penas devem ser determinadas imediatamente aos fatos. Não é possível ficar à mercê da agenda dos nobres auditores.

Agora, Jaílson desfalcará o time no jogo de volta contra o Novorizontino e no primeiro confronto das semifinais. Não que Fernando Prass ou Weverton não possam substituí-lo, o problema é a demora para anunciar tal punição. Se o julgamento fosse feito numa data mais próxima à realização da partida, haveria muito mais Justiça, sem dúvida.

Fica a sugestão para o Tribunal não interferir tanto na competição. O resto é pura má vontade.


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