Blog do Praetzel

Arquivo : esquema de jogo

Loss, Pedrinho não pode sair. E Kazim não pode entrar
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Alexandre Praetzel

O Corinthians perdeu o terceiro jogo em quatro disputados sob o comando de Osmar Loss. O técnico, efetivado pelo presidente Andrés Sanchez, resolveu escalar o time com três meias e apenas um atacante de lado, na derrota para o Flamengo. Contra o América-MG, o Corinthians venceu com sofrimento e não foi bem, com a mesma formação.

Claramente, o Corinthians melhorou com Roger na frente, no lugar de Jadson, machucado. Com uma referência, o Corinthians atacou mais o Flamengo e teve alguém para tabelar com Pedrinho e segurar a bola na frente. Antes, o Corinthians ficou muito recuado e assistiu o Flamengo jogar.

Loss pode adotar um estilo próprio. Não precisa querer repetir Fábio Carille, até porque isso será muito difícil. Não fique preso ao trabalho vitorioso do antecessor. Pode ter luz própria e fazer o simples.

O simples é manter Pedrinho em campo. Deixe o menino jogar. Foi o único a tentar alguma jogada diferente e puxar o Corinthians para o ataque. É melhor deixá-lo se exaurir do que substituí-lo. Num lance, Pedrinho pode decidir. Já deu mostras de que é diferenciado.

Contrário senso, não aposte em Kazim. O centroavante estava fora dos planos, recentemente. Lançá-lo, pareceu pensamento mágico, de que ele poderia supreender. Não. A novidade seria a entrada de Matheus Matias, jovem e com bons treinamentos. Não deu para entender a opção de Loss.

Ah, e ele gostou do desempenho do time. Carille não hesitava em apontar as falhas e erros, depois dos jogos. É preciso saber por que ganha e por que perde. Loss tem tempo para aprender isso. Mas o Corinthians terá que esperar.

 


Títulos não acomodaram o Corinthians. Disciplina tática é mantida
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Alexandre Praetzel

Trabalhei em Corinthians e São Paulo, no Pacaembu. Jogo bom na quarta rodada do Campeonato Paulista, num ano que começou com apenas 13 dias de treinos. O Corinthians saiu ganhando com um minuto de partida, numa jogada bem trabalhada e com facilidade para envolver o São Paulo. Juninho Capixaba, que chegou há poucos dias, teve participação importante no lance.

É isso que eu gostaria de destacar. O Corinthians negociou Guilherme Arana e Jô, baixas técnicas consideráveis, mas não perdeu sua disciplina tática. Juninho Capixaba ainda está se entrosando defensivamente e Kazim nunca chegará ao nível de Jô, mas trava as subidas dos zagueiros e ajuda na recomposição do time. O Corinthians levou o gol de empate numa jogada com mérito do São Paulo. Depois, fez o segundo gol em cabeceio de Balbuena, sozinho na área adversária, em lance repetido de outros jogos.

Com a vantagem, o Corinthians deu a bola para o São Paulo no segundo tempo e se recolheu. O tricolor teve duas chances nas costas de Juninho, mas em nenhum momento pareceu que conseguiria o empate. O Corinthians sabe jogar em vantagem, esperando o erro adversário. Já venceu assim em várias oportunidades. E compete os 90 minutos.

Romero é um faz-tudo, mesmo que não tenha qualquer brilhantismo técnico. Corre, marca, faz um dois com Fágner e ainda confere seus golszinhos. Virou um nome importantíssimo no esquema de Carille. Claro que muita gente torce o nariz para o jeito corintiano de jogar, mas é inegável que a equipe tem um estilo difícil de ser enfrentado. Ter posse de bola e rodar a bola, não significa muita coisa contra o Corinthians. As linhas e os posicionamentos defensivos são competentes e todo mundo trabalha. É preciso ter um driblador para romper a parede e criar algum aborrecimento aos corintianos. É verdade que o Corinthians perdeu para a Ponte Preta, no primeiro confronto da temporada, mas foi muito melhor e ainda desperdiçou um pênalti. O placar não refletiu os desempenhos.

Acho difícil o Corinthians ser bicampeão brasileiro, por exemplo, pelo equilíbrio do nosso futebol. Na Libertadores da América, existem adversários melhores, tecnicamente. Agora, em termos táticos, a postura segue a mesma de 2017. Com zero de acomodação, mesmo após duas conquistas importantes. Isso não é fácil de administrar. Mérito para a comissão técnica, liderada por Fábio Carille.

Certamente, continuará sendo uma parada dura para derrotá-los. Vamos conferir.


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