Blog do Praetzel

Arquivo : Copa do Mundo

Croatas seriam amarelados por gol, no Brasil. Cartões foram ridículos aqui
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Alexandre Praetzel

Uma semana depois do final da Copa do Mundo, tivemos a retomada do Campeonato Brasileiro. E com atitudes chatíssimas dos árbitros, nas comemorações dos gols. Aqui no Brasil, há uma mobilização das autoridades para deixar o futebol cada vez mais chato.

Por exemplo, vimos festas dos jogadores no Mundial, após os gols. Celebrações de atletas do banco de reservas, técnicos correndo e caindo na área técnica(Tite), referências a personagens e jogos de vídeo-game, além da grande comemoração dos croatas, atropelando um fotógrafo e vibrando e pedindo desculpas, logo depois. Tudo isso administrado pela arbitragem. Na festa do futebol, festa nos gols, sem ofender ninguém. Ponto final. Imaginem os croatas comemorando aquele gol, no Brasil? Cinco seriam amarelados. Seria um absurdo.

Nosso futebol interno precisa copiar as coisas boas. Os cartões amarelos para Lucas Lima, contra o Santos, e Moisés e Luan, no confronto entre Palmeiras e Atlético-MG, foram lamentáveis. Os três, em nenhum momento, provocaram, atacaram ou ofenderam alguém. Vibraram e fizeram gestos e atitudes normais, de quem está extravasando. Foi uma vergonha. Isso só torna o ambiente mais duro e pesado, tirando a alegria de todos. Uma pena.

Tenho 47 anos e me lembro de grandes comemorações.

Juari, atacante do Santos na década de 70, corria em direção à bandeirinha de escanteio e dava voltas em torno dela.

Russo, volante corintiano, mandava beijinhos para a torcida.

Reinaldo, atacante do Galo, levantava o braço direito, assim como o Dr. Sócrates do Corinthians.

Pelé, com seus socos históricos no ar.

Nas mais recentes, Viola e sua criatividade, acompanhado de alguns companheiros.

Paulo Nunes, homenageando figuras da TV. Tudo muito legal. Para descontrair, brincar e marcar posição. E sem atrapalhar o jogo.

Mas aqui, estamos andando para trás. Da torcida única, à falta de bandeiras e proibição de festividades. É mais fácil proibir, e não educar. Dentro e fora de campo. Gol da Bélgica.


França, a campeã coletiva. Minha Seleção tem 4 franceses e 2 croatas
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Alexandre Praetzel

A França é campeã do Mundo pela segunda vez. Teve seis vitórias e um empate, na campanha vitoriosa. Fez dois jogos muito bons contra a Argentina, na vitória por 4 a 3, e na final, derrotando a Croácia por 4 a 2. Um time muito mais forte no coletivo, mas com bons jogadores do ponto de vista individual. Deschamps apostou numa forma bem definida de atuar e funcionou. Utilizou poucos nomes e bancou a escalação de Giroud, sem nenhum gol marcado, mas importante na parte tática, segundo o treinador.

Aliás, Deschamps nunca foi unanimidade na França, mas entra para o triunvirato dos campeões do Mundo como jogador e técnico, juntando-se a Zagallo e Beckembauer.

Lloris é um bom goleiro, mas errou feio na decisão. Fez uma boa Copa. Pavard se firmou, com a confiança do treinador. Hernandéz fez boa Copa. A dupla de zaga com Varane e Umtiti é qualificada.

Kanté marca e joga e foi o melhor primeiro volante do Mundial. Pogba brilhou na decisão  e Matuidi carregou o “piano”.

Griezmann fez grande final e cresceu no mata-mata. Giroud virou importante pela parte tática, mesmo com o jejum de gols. Mbappé foi decisivo e brilhou aos 19 anos. Pode ser o craque da Copa.

Aproveito para escolher minha Seleção da Copa de 2018.

Courtois – o belga pegou muito e foi um dos responsáveis por levar o time ao terceiro lugar.

Meunier – bom lateral belga. Apoiou com qualidade e marcou com eficiência.

Maguire – o inglês foi forte no jogo aéreo e na marcação. Merece crédito.

Umtiti – o francês foi bem em todos os jogos. E ainda fez gol na bola aérea.

Strinic – o lateral croata foi muito regular, durante todo o Mundial. Sabe jogar bola.

Kanté – marca, joga e dá ritmo ao time francês. Gigante.

Modric – grande meia croata. Uma Copa muito eficiente. É craque.

Griezmann – cresceu muito a partir das oitavas. O melhor da final.

Hazard – grande Copa do belga. Joga muito e superou os adversários na maioria das vezes.

Kane – uma ótima primeira fase. Depois, caiu bastante, mas não dá para tirar o mérito de quem fez seis gols e termina como goleador. Tem mais uma Copa pela frente.

Mbappé – decisivo nos principais confrontos e campeão do Mundo, aos 19 anos. Tem muito mais pela frente. O craque da Copa.

Técnico – Didier Deschamps

Ponto positivo – VAR

 


Croácia “atropelou” o planejamento e está na final. Exceção à regra?
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Alexandre Praetzel

A Croácia está na final da Copa do Mundo e chegou ao Mundial sem projeto nenhum. Apostou num técnico novo na última rodada da eliminatória, como interino, ganhou da Ucrânia e foi para os dois jogos da repescagem, eliminando a Grécia. O treinador Zlatko Dalic era um desconhecido e tinha trabalhado em equipes de menor expressão, com maior tempo de trabalho no Al Ain dos Emirados Árabes, onde ficou quase três anos.

Óbvio que projetos, planejamentos e estratégias são importantes, mas não significam títulos e vitórias. A Alemanha mudou tudo de 2002 a 2014, para ser campeã. Deu certo. Em 2018, caiu na primeira fase. O mesmo se repetiu com a Espanha e com a própria França, em anos anteriores.

A Croácia pode ser uma exceção à regra, mas confirma que uma boa campanha também se deve a uma série de fatores. Primeiro, o encaixe e a empatia do técnico com os convocados. Segundo, um bom time comprometido para comandar. Terceiro, um pouco de sorte. A Croácia foi à final, passando por três prorrogações e duas decisões em pênaltis. Isso gera e dá confiança extrema de que algo grande possa acontecer.

Mesmo que seja vice-campeã, a Croácia já é vitoriosa. Entrou para a história com um país de quatro milhões de habitantes, superando grandes potências e incomodando desde 1998, quando foi a terceira colocada. Esteve em cinco das últimas seis Copas, se ausentando apenas em 2010. Mérito gigante de uma geração qualificada com jogadores muito bons.

Vamos para a decisão. Aposto na vitória da França por 1 a 0 ou 2 a 1. Acredito que é mais equipe e está mais equilibrada, além de menos desgastada.

Agora, se a Croácia ganhar a Copa, o atropelamento no planejamento croata será sempre lembrado como algo que determina que o futebol não é uma ciência exata e pode ser definido por uma conspiração de fatores e, principalmente, pelo momento de um grupo, num curto prazo de 40 dias. Realmente, o futebol é fantástico.


Sem o VAR, Brasileirão será um lamento diário. CBF não aprendeu a lição
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Alexandre Praetzel

A Série A do Brasileiro recomeça na próxima semana e será terrível não termos o VAR para auxiliar na arbitragem. O sistema foi eficientíssimo na Copa do Mundo e fará muita falta. O Mundial está chegando ao fim e tivemos poucas discussões sobre arbitragem, com raríssimas exceções. Nos confrontos de mata-mata, o VAR praticamente não foi utilizado.  Os próprios atletas se policiaram em algumas atitudes e mudaram o comportamento, dentro de campo.

Agora, as segundas-feiras voltarão com tudo no tema, debatendo erros graves que irão acontecer. A cada um, vamos lembrar do VAR e falaremos, “pô, se tivesse o VAR, isso estaria resolvido”. A Fifa bancou os custos e o projeto veio para ficar.

Aqui no Brasil, a milionária CBF, preocupada apenas com a Seleção Brasileira, quis entregar as despesas de R$ 35 mil por jogo, para os clubes. Óbvio que a ideia não seria aprovada pela maioria. Como Chapecoense e América-MG vão bancar a conta, com orçamentos bem menores que os grandes clubes? A entidade lavou as mãos, como sempre.

No amistoso entre Corinthians e Cruzeiro, o Corinthians teve um pênalti muito mal marcado em cima de Roger. O mundo viu que o centroavante não foi tocado pelo goleiro Fábio. O árbitro não quis conversa e marcou. Com o VAR, seriam gastos 30 segundos para a correção do lance. E veremos erros parecidos nas próximas rodadas do Brasileirão. Tudo porquê quem manda no futebol, não quer assumir os gastos. Só no Brasil.

E os árbitros se sentirão muito pressionados, para variar. O Brasil precisa acabar com o bordão infeliz que acompanha nosso atraso: “Aqui é assim mesmo”, como forma de aceitar muita coisa errada. Inclusive, no futebol.

Vida longa ao VAR, menos no Brasil. Uma pena.


“Menino” Neymar foi mal na Copa. O resto é bajulação
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Alexandre Praetzel

Brasil eliminado da Copa do Mundo e vamos aos debates sobre as causas do tropeço ou fracasso, para alguns. Entre algumas escolhas equivocadas de Tite e desempenhos abaixo da média de alguns jogadores, é impossível não falar sobre Neymar. Eu sempre fui um dos que achou que era possível disputar o título sem Neymar. Sem aquela dependência natural, pela qualidade dele. E acredito que o Brasil estava bem treinado coletivamente, para conseguir jogar sem sua principal estrela, se fosse necessário.

Contra a Béglica, o Brasil perdeu na bola e Neymar foi mal. E foi mal em toda a Copa, por tudo que se esperava dele, do ponto de vista individual. Antes do começo do torneio, a projeção era de crescimento físico, a partir da terceira partida, após a lesão no quinto metatarso do pé direito. Neymar fez uma primeira fase de razoável para boa, mas sem grande destaque. Na vitória sobre o México, teve boa atuação, sem protagonismo.

Agora, na derrota para a Bélgica, ficou longe do esperado. Num confronto decisivo, o que se espera do craque é que ele assuma o jogo. Que resolva nos momentos mais complicados. E Neymar ficou distante disso. Se atrapalhou em vários lances, simulou um pênalti, não foi para os dribles e saiu com bola e tudo pela linha de fundo. Deu um bom passe para Coutinho finalizar e chutou para ótima defesa de Courtois, no final do jogo. Sofreu uma pressão absolutamente normal em cima de quem tem status para aguentar. Neymar é o melhor jogador brasileiro no futebol atual e era cotado para ser o craque da Copa e possível melhor do mundo, para encostar em Messi e Cristiano Ronaldo. Sucumbiu.

Edu Gaspar, diretor-executivo da CBF, disse que não é fácil “ser Neymar”, pelas críticas que recebe. Uma declaração bajulatória. Neymar disputou sua segunda Copa, enfrenta os principais nomes do futebol, tem tudo a sua disposição e tem dificuldades para isso? Ora, está com 26 anos e não é mais um menino. Deveria assumir a responsabilidade de liderar a seleção, mas não é capaz disso. Falta personalidade e mais senso crítico. Seu futebol regrediu, claramente. Está na hora de alguém próximo a ele ou da comissão técnica, mostrar que o futebol tem que ser tratado com mais foco, disciplina e concentração. Neymar tem muita bola, mas parece que só isso não vai melhorá-lo. E os “parças” e puxa-sacos de plantão, precisam ajudá-lo, absorvendo as críticas construtivas e buscando crescimento diário, num todo.

O resto é pura bajulação. O blog dá nota 4,5 pelo seu desempenho na Copa. Por tudo que era esperado e por tudo que ele representa.


Eu manteria Tite em mais um ciclo. Quem foi bem e mal na Seleção
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Alexandre Praetzel

Mais uma Copa terminou para o Brasil e as projeções seguirão para mais um ciclo. A derrota por 2 a 1 para a Bélgica foi dura, mas longe de ser injusta. Os belgas jogaram bem na sua proposta e foram eficientes. Courtois segurou atrás e Hazard e De Bruyne deram o ritmo na frente. Tecnicamente, a Bélgica mostrou toda sua qualidade e ainda ajustou o sistema defensivo. Claro que o Brasil teve mais domínio territorial e criou algumas oportunidades, mas muito mais na imposição física e pequenas vitórias pessoais. Em linhas gerais, o resultado foi correto.

Agora, passarão alguns dias, onde a derrota da Seleção Brasileira será amplamente debatida, nas suas causas e consequências. Lembrando que nas três Copas anteriores, em 2006, 2010 e 2014, o Brasil foi eliminado e os técnicos não resistiram, sendo demitidos imediatamente.

Desta vez, acredito que não haverá a mesma coisa. Tite tem condições e possibilidades para mais quatro anos à frente da equipe. O trabalho não foi ruim. Classificou o Brasil para a Copa, num momento delicado de pontuação nas eliminatórias e ambiente com os jogadores. Rapidamente, recuperou a auto-estima do grupo e garantiu o time com antecedência no Mundial. Seu trabalho tem números bons em 26 jogos, com 20 vitórias, quatro empates e apenas duas derrotas. Marcou 55 gols e levou oito gols. Particularmente, defendo a continuidade da comissão técnica. Está na hora da CBF ter uma mentalidade de um trabalho a médio e longo prazo. A geração do Brasil é interessante e novos jogadores estão surgindo. Caberá ao treinador, apresentar novas ideias e revelar métodos de trabalhos diferentes. Óbvio que a cobrança vai aumentar.

Acho que também, ao final de uma Copa, os jogadores devem ser avaliados pelos desempenhos. O blog fez a sua cotação.

Quem foi bem – Thiago Silva(última Copa), Miranda(última Copa), Casemiro(segue), Douglas Costa(segue), Phillippe Coutinho(segue), Filipe Luís(última Copa).

Razoáveis – Alisson(segue), Fagner(última Copa), Firmino(segue), Renato Augusto(se Tite ficar, tem chances de seguir).

Quem foi abaixo do esperado – Marcelo(segue), Neymar(segue),  Paulinho(última Copa), Willian(segue).

Quem foi mal – Gabriel Jesus(segue), Danilo(segue), Fernandinho(última Copa).

Marquinhos jogou muito pouco e tem mais uma ou duas Copas. Ederson tem mais ciclos e Cássio, vai depender do treinador. Fred é jovem e pode ser aproveitado. Geromel se despediu e Taison é uma incógnita.

Para fechar, uma nota para Tite, pelas escolhas e escalações, durante a Copa: Nota 5. 


Palpites para as quartas da Copa. Jogo duro para o Brasil
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Alexandre Praetzel

As quartas-de-final da Copa do Mundo começam nesta sexta-feira. Seis seleções européias contra duas sul-americanas. Nas projeções do blog, nas oitavas-de-final, houve o acerto do número de times de cada continente. Agora, vamos a uma nova etapa, com outra avaliação.

França X Uruguai – a França finalmente fez um bom jogo contra a Argentina. Passou com autoridade e superou um momento de pressão, quando tomou a virada para 2 a 1, no início do segundo tempo. Mbappé teve espaços e resolveu. É um time equilibrado nos três setores. Pega um Uruguai fortíssimo na defesa e consistente na parte tática. Se Cavani jogar, o Uruguai diminui a desvantagem técnica. De qualquer maneira, será um duelo muito interessante. Fico com a França.

Brasil X Bélgica – tendência de jogo equilibrado. O bom ataque belga terá a boa defesa do Brasil, pela frente. Se a Bélgica for espaçada novamente, o Brasil deve vencer. Por isso, fica a curiosidade de como será a postura belga. Neymar e Coutinho de um lado. Hazard, De Bruyne e Lukaku, do outro. O Brasil é favorito por todo o histórico, mas sabe que vai enfrentar uma equipe com bons jogadores em todos os setores. Aposto em empate no tempo normal e vaga brasileira nos pênaltis.

Suécia X Inglaterra – a força física dos suecos contra a técnica maior dos ingleses. Sem favoritos. A Suécia é muito organizada defensivamente, forte na bola aérea e contra-ataques. A Inglaterra tirou o trauma de não avançar nos últimos mundiais e ganhou confiança. Harry Kane, como goleador do torneio, merece respeito. O time é bom. Vou de Inglaterra.

Rússia X Croácia – os donos da casa não são mais o “patinho feio” da Copa. O futebol pode ser feio, mas o comprometimento e disciplina tática, são exemplares. Depois de ter “segurado” a Espanha, a Rússia pode repetir a dose contra a Croácia. É menos time e vai enfrentar uma equipe mais agressiva que a Espanha, na criação de jogadas ofensivas, sem a maçante troca de passes inúteis. Ainda assim, o fator torcida pode ajudar. Do outro lado, o quarteto com Modric, Rakitic, Mandzukic e Rebic, pode levar a Croácia a sua segunda semifinal de Copa. Rússia nos pênaltis.


Neymar deve ser avaliado pela bola. O resto tem muito de inveja
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Alexandre Praetzel

Neymar, como sempre, é o centro das atenções na Seleção Brasileira. Foi assim, em 2014, e agora, em 2018. Obviamente, porque é o melhor jogador do elenco e capaz de levar o Brasil à conquista da Copa do Mundo. Foi regular contra a Suiça, bem diante da Costa Rica e muito bem na vitória sobre a Sérvia. Cresceu na terceira rodada, como previam alguns treinadores e preparadores físicos.

No confronto perante o México, foi um dos destaques, sem dúvida. Dei nota 8 para ele. Chamou o jogo, se movimentou, abriu espaços e marcou um gol. Foi alvo dos mexicanos, mas não foi caçado, como alguns interpretaram e até xingaram Layún, que pisou em Neymar. Neste lance, Neymar exagerou no rolamento e reação no gramado, mas ele foi pisado. O tamanho da dor, só Neymar sentiu. A espetacularização do lance foi consequência de uma provocação e também do jogo, em si. Não foi simulação. Já vimos inúmeros jogadores fazerem o mesmo. Está no DNA do sul-americano. Na Europa, parece ofensa, pela cultura de anos. O correto ali era o cartão vermelho para Layún e a sequência da partida.

Neymar jogou bola. Não fez gestos provocativos, nem firulas ou dribles “desnecessários”. Foi para cima dos marcadores e serviu os companheiros.

Eu acho irritante, quando ele esquece a bola para diminuir e irritar os adversários, com lances abusados, quando está ganhando de goleada. Isso realmente pode ser encarado como desrespeito. No mais, não vi nada de errado dentro de campo, até aqui.

O que deixa torcedores e adeptos das redes sociais irritados, são as constantes reclamações que ele posta, com um exército de “amigos” e alguns baba-ovos, como se o mundo estivesse contra ele. Caras como ele, com a repercussão que causam, são amados ou odiados, e precisam saber conviver com a pressão, como profissionais que são. Acho que ele seria idolatrado no Brasil, se fosse mais transparente nas suas atitudes. O resto, ele resolve na bola, porque o talento é inesgotável.

Eu o avalio pelo desempenho. E, no momento, ele está jogando bem e pode ser destaque da Copa, faltando três partidas. A fixação em ser melhor do mundo pode atrapalhá-lo, mas que ele tem condições para isso, não há dúvidas.

Fora de campo, nada me interessa. Sobre cabelos, roupas, carros e dinheiro, isso é problema dele. E isso causa inveja de muito ser humano. Vamos separar as coisas.


Willian “estreou”, Neymar comandou e Thiago Silva liderou a defesa
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Alexandre Praetzel

O quarto jogo do Brasil na Copa do Mundo foi o mais o consistente, contra um adversário chato como o México. Confirmando a promessa, o professor Osório colocou o time em cima do Brasil, nos primeiros 20 minutos. Forçou a marcação na saída de bola e abriu Vela sobre Fagner, centralizando as jogadas pela ponta. Teve alguns cruzamentos e chegadas mais complicadas para o Brasil. Depois, o Brasil se acertou um pouco, ganhou o meio-campo e atormentou o México com duas oportunidades claras de gols. O empate foi correto na primeira etapa.

No segundo tempo, Osório sacou Rafa Márquez e colocou Layún. O México deu espaços e foi para o jogo de risco, sabendo da qualidade do Brasil. Neymar manteve a qualidade com a bola, o Brasil comandou o meio-campo e o setor defensivo foi muito seguro. Não demorou para o gol brasileiro sair, com Neymar atraindo a marcação para a entrada da área, pelo meio, e abrindo uma avenida no lado esquerdo. Willian(o melhor emcampo) foi assistido e cruzou para o próprio Neymar concluir. Com a vantagem, a partida ficou do jeito que o Brasil gosta. O México tentou algumas vezes, mas Alison fez apenas uma defesa fácil, num chute de Vela. A ofensividade mexicana não surtiu efeito e deixou o Brasil tranquilo para contra-atacar. Firmino entrou e fechou a conta, depois de outra boa jogada de Neymar. Vitória merecida pelo desempenho superior, na maior parte do confronto. O favoritismo foi confirmado.

O blog avaliou as atuações brasileiras. Confira.

Alison – uma defesa fácil e uma saída ruim. Nota 6. 

Fagner – teve dificuldades com Vela e Lozano no primeiro tempo. Melhorou no segundo. Nota 5,5.

Thiago Silva – outra ótima atuação. Ganhou todas as disputas. Nota 8.

Miranda – um pouco abaixo que o companheiro, mas também foi bem. Nota 7. 

Filipe Luís – pelo seu lado, o México não conseguiu muita coisa. Levou um amarelo. Nota 6. 

Casemiro – a eficiência de sempre, mas menos ajudado por Paulinho e Coutinho. Por isso, levou o segundo amarelo. Nota 6. 

Paulinho – discreto. Poderia ter aparecido mais, defensiva e ofensivamente. Nota 5,5.

Coutinho – abaixo dos bons jogos da primeira fase, mas sempre uma preocupação mexicana. Nota 6. 

Willian – “estreou” no Mundial. Assistente e finalizador. O melhor. Nota 8,5.

Gabriel Jesus – joga mais para o time. Brigou pela bola e ajudou na recomposição. Nota 5,5.

Neymar – muito bem. Sua melhor atuação em Copas. Um gol e grande movimentação. Nota 8.

Fernandinho – entrou para fechar o meio-campo e deu início à jogada do segundo gol. Nota 6.

Firmino – poucos minutos em campo e um gol. Nota 7. 

Tite – time está longe de ser brilhante, mas também não leva sustos. Consistência e eficiência. Nota 7. 

O Brasil está nas quartas-de-final e parece que tudo conspira para o hexa. No entanto, ainda falta um grande teste. Se der a lógica, teremos a França, nas semifinais, como uma final antecipada. É o que eu acho. Vamos aguardar.

 


Brasil passa bem pelo México. 90% a 10%
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Alexandre Praetzel

O Brasil vai passar bem pelo México. Acredito que o time brasileiro é mais consistente no aspecto coletivo e tem melhores jogadores. Apesar de não ter feito uma primeira fase brilhante, o Brasil não sofreu em nenhuma partida. Foi médio contra a Suiça, bem sobre a Costa Rica(segundo tempo) e eficiente diante da Sérvia. Sete pontos em nove disputados. Tite conseguiu montar um padrão tático, sem a dependência de Neymar. Thiago Silva, Casemiro e Coutinho estão jogando muito bem. O conjunto é bom e Neymar vai subir de produção, com a ajuda dos companheiros. Já houve melhora, claramente.

O México caiu num grupo complicado e foi muito bem na vitória sobre a Alemanha, médio contra a Coréia do Sul e muito mal na derrota para a Suécia. Parece que a equipe de Juan Carlos Osório não consegue manter o mesmo ritmo, durante os 90 minutos.

Osório disse que o mundo poderá ver o México jogar de igual para igual com o Brasil. Se essa postura for adotada, o trabalho do Brasil será facilitado. Ochoa é bom goleiro e Vela e Lozano são diferentes da maioria, mas ainda assim, são inferiores aos brasileiros. Se o México eliminar o Brasil, será uma grande surpresa da Copa. Pesa também o fato do México não conseguir passar das oitavas-de-final. Isso virou um tabu para os próprios mexicanos. Eles sabem que o Brasil é favorito.

O blog avaliou nome por nome, contando o desempenho na Copa, até o momento.

Alison  X  Ochoa

Fagner  X  Álvarez

Thiago Silva  X  Salcedo

Miranda  X  Ayala

Filipe Luís  X  Galhardo

Casemiro  X  Guardado

Paulinho  X  Herrera

Coutinho  X  Vela

Willian  X  Layún

Neymar  X  Lozano

Gabriel Jesus  X  Chicharito Hernandez

Tite  X  Osório

7×5 Brasil, na avaliação do blog. Palpite de Brasil 3×0 México.