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Alemanha repete campeões das últimas Copas. E segue a maldição dos técnicos
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Alexandre Praetzel

A Alemanha está eliminada da Copa do Mundo, na primeira fase. Desde que o Mundial passou a ter grupos de quatro equipes, é a primeira vez que os alemães não se classificam. A Alemanha repetiu a França de 2002, a Itália de 2010 e a Espanha de 2014. Todos foram campeões e não passaram para as oitavas-de-final. Um vexame histórico, sem dúvida.

O fato também nos transporta para outra maldição. Um treinador campeão do mundo, não consegue repetir o feito. Com exceção do italiano Vitório Pozzo, em 34 e 38, ninguém mais conseguiu ser bicampeão. Beckembauer foi campeão como jogador e técnico, em 74 e 90. Desta vez, aconteceu com Joakim Löw.

O cara parecia desnorteado, desde a derrota para o México. Tomou decisões estranhas e sempre viu o time sob pressão. Mudou a equipe em três oportunidades. O modelo de toque de bola consistente foi mantido, mas ficou bastante previsível, sendo exposto aos contra-ataques adversários. Ganhou da Suécia com um a menos, num grande lance de Kross e dependeu bastante dele. Outras individualidades ficaram muito abaixo, como Özil, Muller, Boateng e Khedira, longe das boas atuações anteriores.

Löw renovou contrato até 2022, mas não dá para descartar uma demissão, apesar da frieza e pragmatismo alemão. Pode ser o fim de um ciclo de 12 anos, como ocorreu com outros profissionais do mesmo nível. As atitudes e desempenhos, deixarão sequelas.

E mais uma surpresa mantém o Futebol como um esporte inacreditável. E outras virão por aí.

 


Palpite para as oitavas. Dez europeus, 4 sul-americanos e Brasil X Alemanha
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Alexandre Praetzel

A segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo terminou e podemos tirar algumas conclusões e fazer projeções para as oitavas-de-final.

Neste domingo, houve o primeiro vexame, com a eliminação da Polônia, após duas partidas e duas derrotas. Levou 3 a 0 da Colômbia, fora o baile. Foi cabeça-de-chave e fez uma eliminatória européia muito boa, mas não foi nem perto de um time, no Mundial. Lewandovski passou em branco e não conseguiu jogar.

Como decepção, tem a Argentina. Ainda segue viva, mesmo depois de ser triturada pela Croácia e entrar em crise. Messi fez 31 anos e ganhou bolo de aniversário. Isso virou notícia como algo animador, para ver se ele resolve jogar futebol, como líder dos companheiros. Alguns jornalistas “hermanos” informam que Sampaoli não vai inventar na escalação. Lembrando que a Nigéria joga pelo empate e pela vaga, também. A conferir.

Brasil e Alemanha são seleções favoritas que podem render bem mais. O mata-mata é outra coisa e essas equipes podem deslanchar, ainda que possam se enfrentar, imediatamente.

A semana de definição dos classificados, promete, a partir desta segunda-feira. O blog definiu o seu cenário para os confrontos da próxima fase. O primeiro colocado é o primeiro citado.

Grupo A – Rússia e Uruguai

Grupo B – Espanha e Portugal

Grupo C – França e Dinamarca

Grupo D – Croácia e Argentina

Grupo E – Brasil e Suiça

Grupo F – México e Alemanha

Grupo G – Inglaterra e Bélgica

Grupo H – Colômbia e Japão

Assim, as oitavas-de-final ficarão desta maneira, na projeção do blog.

Rússia X Portugal

Espanha X Uruguai

França X Argentina

Croácia X Dinamarca

Brasil X Alemanha

México X Suiça

Inglaterra X Japão

Colômbia X Bélgica

Dez europeus, quatro sul-americanos, um asiático e um da América do Norte. Certeza de grandes jogos, sem dúvida.


Kroos. Gol de Copa de um grande jogador. Renasce a Alemanha
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Alexandre Praetzel

Toni Kroos. Jogador campeão do Mundo pela Alemanha e Real Madrid. Já ganhou ligas nacionais e a Champions League. Para mim, o melhor da Copa de 2014, no Brasil. Ele foi o personagem principal do drama alemão contra a Suécia. Errou um passe no círculo central, ocasionando o contra-ataque sueco e originando o gol de Toivonen. A pressão aumentou ainda mais e só a vitória permitia a sobrevivência no torneio. O resultado veio de virada, com um chutaço em efeito numa cobrança de falta, nos acréscimos. Kroos deu um toque, Reus ajeitou e Kroos disparou.

Golaço. Gol de Copa. Para renascer a Alemanha, moribunda com dez homens em campo(Boateng foi expulso) e quase sem forças para uma reação.

Kroos é um senhor meio-campo. Recolocou a Alemanha na disputa, porque um empate daria a chance de México e Suécia fazerem o “jogo da amizade”, na última rodada, com um novo empate, classificando os dois. Agora não. A Alemanha precisa vencer a Coréia do Sul e pode até terminar em primeiro lugar, dependendo do placar na outra partida.

A Alemanha defende o título mundial, mas parece um pouco desequilibrada. A frieza e ótima troca de passes, continuam. Mas alguns nomes estão mal.

Thomas Muller errou tudo até agora. Özil foi sacado, depois de uma atuação horrorosa na derrota para o México. Hummels(se machucou) e Khedira pareceram estar longe da melhor forma na estreia. A Alemanha tem bola e um jogo coletivo forte, mas chegou muito auto-confiante. Agora, com o choque de realidade, pode voltar a ser aquele adversário temeroso para todos, inclusive, para o Brasil.

Veremos na definição das chaves.


Osório superou Low. Ochoa, um monstro! México foi demais sobre a Alemanha
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Alexandre Praetzel

O México fez história e, mais do que isso, com organização e futebol, diante da forte Alemanha. A seleção do colombiano Juan Carlos Osório jogou muito bem, dentro da sua proposta, e conseguiu segurar os campeões do mundo, ganhando por 1 a 0. E se ainda houvesse mais calma e qualidade, o placar seria maior pelo desespero alemão, no segundo tempo.

Na primeira etapa, o México surpreendeu e ficou em cima da Alemanha, todo o tempo. Marcou forte, neutralizou as jogadas pelos lados e abriu um buraco no meio, encontrando espaços para os contra-ataques. Mesmo com a recomposição alemã, conseguiu chegar sempre com perigo à meta de Neuer. O gol até demorou a sair, mas veio com Lozano, aos 35 minutos. Vantagem justa pelo aproveitamento mexicano. Atrás, Ochoa tranquilizava a equipe, com suas defesas.

Na volta do intervalo, a Alemanha veio para o tudo ou nada e se desorganizou. Low encheu o time de atacantes e ficou exposto. Osório retrancou o México, mas não deixou de agredir a Alemanha. O México teve três oportunidades claras para fechar a conta, mas desperdiçou por falta de tranquilidade e técnica, também. O jogo ficou defesa X ataque. Eram 21 jogadores no campo mexicano, mas aí apareceu Ochoa. Com quatro Copas no currículo, ele assumiu a bronca e parou os alemães. Um goleiro, assim como Neuer, que agarra as bolas, sem soltá-las ou rebatê-las.

Uma vitória histórica do México sobre uma Alemanha qualificada, mas sem a frieza de anos anteriores. Joachim Low pareceu pressionado e tomou atitudes que bagunçaram seu esquema de jogo. Claro que ainda faltam duas partidas, mas a Alemanha já fica na berlinda contra a Suécia. Será que correrá riscos de ser eliminada na primeira fase? A equipe não foi bem.

Já o México pode, finalmente, terminar em primeiro. Só depende dele. Uma grata surpresa.

 


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