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Arquivo : Alberto Valentim

Felipe Melo defende Valentim e não vê ano fracassado no Palmeiras
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Alexandre Praetzel

Felipe Melo foi trazido como grande reforço para a temporada de 2017. Era para ser o líder do time no vestiário e uma espécie de xerife, dentro de campo. Depois de muitas polêmicas, perdeu espaço após detonar o técnico Cuca, em áudio vazado na internet. Treinou separado e quase deixou o Palmeiras, em um acordo judicial. Mas ficou, voltou a treinar e retornou ao time, ainda com Cuca como treinador. Cuca saiu e Alberto Valentim assumiu a equipe. Felipe Melo foi escalado como titular nas duas últimas partidas e parece que recuperou sua importância perante diretoria e torcida. O blog conversou sobre o futuro no Palmeiras, com contrato e investimentos feito no elenco, além do trabalho de Valentim. Leiam abaixo.

Você quer permanecer no Palmeiras?

Tenho mais dois anos de contrato aqui e da minha boca, vocês nunca escutaram falar de uma possível saída. A minha ideia foi sempre continuar no Palmeiras. Eu vim para cá, minha família aprendeu a gostar do Palmeiras, tenho aprendido a cada dia, amar mais o Palmeiras, o torcedor palmeirense. Não é fácil você chegar num clube como esse, com uma torcida tão apaixonada e que cobra tanto e em pouco tempo, você conquistar essa torcida. Então, o mínimo que eu tenho o que fazer é continuar aqui e ser campeão com eles.

O ano foi um fracasso pela falta de títulos e grandes investimentos?

Mas essa é uma responsabilidade que nós colocamos nas nossas costas, desnecessária. Você pega clubes europeus, que gastam milhares, milhares de euros e não ganham. Por quê? Porque existem outros grandes clubes também. Corinthians é um grande clube, Santos, Grêmio, então a gente tem que entender que são 11 contra 11, quando a gente entra em campo. Não são 50 milhões contra 20 ou dez milhões. Você pega o Leicester, que foi campeão na temporada retrasada na Inglaterra. Você vai dizer que o Manchester City e o Chelsea deram vexame? Não, classificaram para a Champions League. Nós classificamos para a Libertadores e o importante é a gente entender nossos erros e não cometê-los no futuro próximo.

O novo treinador tem que ser um profissional com experiência e história ou Valentim aguenta o Palmeiras?

Olha só. O Neymar, maior ídolo brasileiro da atualidade, foi colocado para jogar com 16, 17 anos. Se não colocassem para jogar, de repente não viraria o Neymar. Ah, está muito jovem e tal. Colocou e o cara rendeu. O Guardiola assumiu o Barcelona quando era jovem e foi campeão no Barcelona. Acho que tem que dar tempo ao tempo. O Alberto é um treinador que eu tenho muito respeito e admiração. Acho que é um cara que tem as ideias muito claras, daquilo que ele gosta. Acho que tem sim, dar uma moral para ele porque o grupo gosta dele. É um cara amigo dos jogadores, não é estrela e isso é muito importante. Gosta de vencer, quer vencer e é muito inteligente.

Valentim tem o apoio dos líderes do elenco, mas a tendência é que não seja efetivado como técnico, em 2018. Felipe Melo disputou 31 jogos e marcou dois gols. Tem contrato até o final de 2019.


Dracena elogia Valentim e pede paciência para resultados em 2018
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras terminará 2017 sem títulos, após conquistar o Campeonato Brasileiro, em 2016. A pressão aumentou porque o clube gastou mais de R$ 100 milhões em contratações. O time caiu nas semifinais do Paulista, nas oitavas da Libertadores da América, quartas-de-final da Copa do Brasil e vai encerrar a Série A entre os quatro primeiros colocados, provavelmente. Os jogadores foram cobrados por uniformizados, antes da partida contra o Flamengo, pelos maus resultados diante de Corinthians e Vitória. A resposta veio dentro de campo com a vitória de 2 a 0. O blog conversou com Edu Dracena sobre esse momento do Verdão. Confira a seguir.

É justo cobrar o Palmeiras pelos investimentos feitos, sem títulos em campo?

É difícil você falar em números porque o futebol não é uma ciência exata que você tem quantos milhões e será campeão. É lógico que tem alguns times que investiram pouco e podem estar mais na nossa frente, mas eu acho que o planejamento não é para agora. Lógico que a gente queria resultado imediato, mas o resultado pode vir a longo prazo, ano que vem, a gente manter o mesmo time para brigar pela Libertadores, Paulista. Então, a gente tem que ter tranquilidade, principalmente, para a gente que está no futebol há muito tempo, saber assimilar da melhor forma possível. Graças a Deus, atingi um nível na minha vida que, nem quando estou bem, vou achar que eu sou o melhor do mundo e nem quando estou mal, sou o pior do mundo. Então, eu sei o quanto posso render, o quanto eu sou importante para a equipe e continuar trabalhando sempre como eu sempre fiz em todas as equipes onde eu passei e procurando jogar e ajudar da melhor maneira possível.

A entrevista coletiva com os líderes do grupo ao lado do Valentim foi um apoio público para a permanência dele como técnico ou não teve nada a ver?

Não, não teve nada a ver. Foi realmente uma coincidência. O Alberto teve a ideia e conversou com a gente na vinda de Salvador para São Paulo. A gente achou que era uma maneira interessante de estar ali, não para mostrar que a gente está junto, como fizemos em campo contra o Flamengo, cada um se doando pelo outro para que o Palmeiras possa vencer. É isso que a gente quis demonstrar porque o grupo do Palmeiras é muito bom. Não tem cara que é sacana, que está ali nos atrapalhando. Pelo contrário, a gente vê no dia a dia que cada um está procurando de uma forma ou outra, jogar e ajudar o Palmeiras nos jogos.

O técnico do Palmeiras precisa ter história e currículo para aguentar o cargo?

Eu acho que não. O cara quando é bom, é lógico que quando você está num clube grande, a paciência é bem menor que você tem num clube pequeno. Mas se você acredita no projeto, no seu treinador, eu acho que tem que ir até o final. Não sei se o Alberto vai ficar ou não. Eu acho que ele está mostrando que tem condições. Não cabe a mim analisar. A gente já viu vários treinadores renomados, que não deram certo em outras equipes e nem por isso eles são criticados. Haja visto, o Cuca retornou e aí? O que aconteceu? Acho que a gente tem que dar tempo ao tempo. Infelizmente, o imediatismo é muito grande, principalmente, quando você fala de Palmeiras. Tem que ter paciência, tranquilidade e no momento de dificuldade, parar, analisar e tomar a atitude correta, sem fazer tempestade em copo d’água para que não venha atrapalhar num futuro próximo.

Alberto Valentim está confirmado no cargo até o final do ano. É provável que o Palmeiras contrate um novo treinador. O Palmeiras é terceiro colocado no Brasileiro com 57 pontos, 11 atrás do Corinthians. O time pega o Sport, quinta-feira, no Allianz Parque.


Valentim nega mágoa com Palmeiras e ainda acredita em vaga para o Red Bull
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Alexandre Praetzel

Alberto Valentim vai reencontrar o Palmeiras, após três anos como auxiliar fixo da comissão técnica. O ex-jogador fez bons trabalhos no clube e sempre foi bem, quando assumiu o cargo de técnico como interino. Aos 41 anos, Alberto deixou o Verdão e aceitou o desafio de comandar o Red Bull Brasil, no seu primeiro trabalho como treinador principal. Em entrevista exclusiva ao blog, Alberto negou um acordo para assumir o Palmeiras com a saída de Cuca, projetou um confronto diferente contra seu ex-time e admitiu que a campanha do Red Bull está aquém do esperado. Leia abaixo.

Trabalho no Red Bull

“Estou vendo por dois lados. Estou gostando muito da forma que estamos trabalhando, jogadores se entregando, nos conhecendo mais, comprando a idéia do trabalho. Grupo muito profissional, querendo um bom campeonato. Por outro lado, não estamos conseguindo ganhar os pontos necessários. A campanha não está conforme nós pensamos, do que a gente imaginava, pela pré-temporada que fizemos e por aquilo que a gente tem jogado. Lembro que deixamos escapar duas vitórias contra Santo André e São Bento”.

Modelo de jogo

“Eu joguei num 4-3-3 e num 4-3-2-1, muito pelas características dos jogadores que eu tenho aqui. Tenho bom relacionamento com todos os atletas e sempre tive no Palmeiras, no Atlético-PR. Eu acho isso muito legal, acho isso bacana. Só consigo trabalhar deste jeito”.

Projeção no Paulista

“Nosso primeiro objetivo é classificar o time. Lógico que hoje existe um risco de rebaixamento. Queremos classificar o time e depois tem o mata-mata, que já surpreendeu muita gente em outras vezes. Não vejo o fato de dois jogos serem mais difíceis. Para mim, é igual. Acredito que com 15 a 17 pontos, a equipe consiga a vaga. São seis jogos e a gente precisa vencer quatro jogos. Vai depender muito das duas próximas rodadas”.

É um jogo diferente contra o Palmeiras, para você?

“Tenho um carinho muito grande pelo Palmeiras. Deixei muitos amigos como jogadores, funcionários, de comissão técnica. As pessoas na ruas sempre tiveram carinho por mim, quando saí. Será um prazer muito grande reencontrar as pessoas. Palmeiras e Atlético-PR, eu tenho um carinho muito grande e especial”.

Existia um acordo para assumir o Palmeiras, com a saída do Cuca?

“Não existiu isso. Não é verdade. Nunca foi conversado isso”.

Deixastes o Palmeiras porque achastes que serias o técnico?

“Já tinha decidido que 2016 seria meu último ano como auxiliar. Já vinha amadurecendo. Já tinha recebido a proposta do Red Bull. Tive uma conversa com a diretoria, muito transparente, que eu não queria ser mais auxiliar, a partir de janeiro de 2017. Sou muito realista. Existiam três nomes apontados na imprensa e eu estava entre eles, antes do Roger assumir o Atlético-MG. Entendo o clube. O Eduardo está um pouco na frente em relação a equipes que já comandou. Não teve problema nenhum. Não tive frustração, nem mágoa, foi um processo normal, tranquilo”.

Importância de um Executivo

“Executivos como Thiago Scuro e Alexandre Mattos, com a qualidade que eles têm, são primordias para qualquer clube. São muito importantes para treinadores, jogadores. Dão um suporte enorme. Aqui no Red Bull, nos dão tudo aquilo que podem dar. Thiago e Mattos são ótimos profissionais e fazem isso muito bem”.

O Red Bull é 14º colocado na classificação geral com cinco pontos. Os dois últimos são rebaixados para a Série A2. No grupo B, o time é o terceiro colocado, dois pontos atrás do Linense. Os dois primeiros se classificam para as quartas-de-final, faltando seis partidas.

 

 


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