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Arquivo : Abel Braga

Abel Braga: “Não gosto de pegar trabalho no meio. É uma filosofia”
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Alexandre Praetzel

Abel Braga só voltará a trabalhar em janeiro de 2019. Ele fez essa revelação a mim, hoje pela manhã, quando perguntei se ele poderia assumir algum clube, principalmente, o Palmeiras. Confira a resposta.

“Alexandre, tudo bem? Você sabe que eu não gosto de falar, se fui ou não procurado. O que importa é que agora, eu não posso…não posso não, poder eu poderia, mas não. Deixei o Fluminense por um motivo muito pessoal. Vou dar esses cinco meses para minha família. Começar um novo trabalho novo aí, vamos ver onde vai ser, em janeiro. Então, é deixar tudo em novembro, mais ou menos acertado. Esse é meu pensamento cara. Então, vieram já outros convites. Eu não gosto de pegar do meio. Gosto de criar estratégia, mesmo objetivos, meu caminho, meu e dos meus jogadores, né. Porque sempre fica alguma coisa do que sai. Cada um tem sua filosofia. Então, não acho legal, sabe? É de estranhar, porque o Roger é um cara sensacional, muito bom treinador e não ter continuado o trabalho. É um pouco duro, ainda mais que eu fiz uma amizade muito boa com ele, durante a Copa, naquele programa da Fox. É pena. É assim cara. Tiveram três chances lá, a bola não entra, é complicado. Estoura sempre no mesmo lado. Abraço”.

Abel treinou o Fluminense, desde a temporada passada, e deixou o clube, neste ano.


Novo técnico tem que romper a “zona de conforto” dos jogadores palmeirenses
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras demitiu o terceiro técnico em um ano e meio. Roger Machado caiu, após a derrota para o Fluminense. Antes, Eduardo Baptista e Cuca, sucumbiram com os desempenhos ruins do time. Ainda houve a saída de Alberto Valentim, depois de dez partidas, na reta final de 2018. Então, são quatro profissionais que não deram certo.

É curioso. O Palmeiras oferece toda estrutura física e financeira, tem um bom elenco, mas as coisas não andam. O time começa o ano como favorito e não emplaca. Será que só os treinadores são responsáveis?

Acho que os jogadores têm grande parcela de culpa. Me parecem acomodados, na sua grande maioria, surfando na onda da gestão. Contratos longos, salários e premiação em dia, mas pouco resultado e atitude em campo. Estão na chamada “zona de conforto”. A impressão é de que os boleiros pensam que vão ganhar a hora que quiserem. Isso já acabou há muito tempo. Se não competirem, correrem e mostrarem vontade e gana, ficarão pelo caminho.

Um exemplo claro. O Palmeiras vencia o Ceará por 2 a 0, antes da Copa. Levou o empate do lanterna do Brasileiro e os atletas saíram dizendo que foi um bom resultado, mesmo assim. Um conformismo irritante, sem cobranças. Roger ainda disse que o time estava próximo do ideal, mesmo perdendo para o Flu. Ninguém pode mais fugir da realidade. Hoje, o futebol está em todos os lugares e todo mundo vê o que acontece no campo. A diretoria é muito culpada, com pouco posicionamento e um vestiário anestesiado.

Acredito que o novo técnico tenha que ser alguém com esse perfil. Forte na cobrança, atitude e ambiente. Quem vier, terá que romper com os mimos aos jogadores. Quem joga em clube grande, tem que focar nos títulos, sempre. O novo treinador precisa escalar quem busca algo mais e quem entende o tamanho do Palmeiras.

Hoje, está muito fácil para quem chuta a bola. Costumo dizer que o futebol está nos “pés” dos boleiros. Eles determinam muita coisa. Fazem uma boa jogada e tudo bem. Não, não pode ser esse simplismo. Quem assumir o Palmeiras, terá que “atacar” isso. Do contrário, empatar com o Ceará, será sempre bom.


Abel Braga. Desafio no Palmeiras ou segurança no Inter
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Alexandre Praetzel

Palmeiras e Inter estão atrás de treinadores no mercado. Os interinos Alberto Valentim e Odair Hellmann não serão efetivados. Abel Braga é cobiçado pelos dois clubes. O técnico admitiu um contato do Palmeiras, após a vitória do Fluminense sobre a Ponte Preta e está sempre nos planos do Inter, com o passado vitorioso e identificação com o clube, ainda mais com os atuais dirigentes Marcelo Medeiros e Roberto Mello, chefes do departamento de futebol colorado em 2014, último ano de Abel no Inter.

Claro que Abel ainda vai conversar com o presidente do Flu, Pedro Abad, a respeito da temporada de 2018. Ele tem mais um ano de contrato, mas não pretende ser coadjuvante nos campeonatos que irá disputar. Se o Flu não puder aumentar o investimento no futebol, é bem provável que Abel peça para sair. Com Palmeiras e Inter como opções, vejo a situação da seguinte forma, caso Abel fique livre no mercado.

No Palmeiras, Abel terá o desafio de trabalhar num time grande de São Paulo, pela primeira vez. Aos 65 anos, pode não representar muita coisa, mas muitos profissionais de comissão técnica acreditam que é preciso passar pelo mercado paulista para ser reconhecido definitivamente no futebol brasileiro. O Palmeiras tem uma base montada, estrutura e dinheiro para gastar com reforços. E estará na Libertadores da América, novamente.

No Inter, Abel estará seguro. Reencontrará amigos e poderá comandar a equipe com tranquilidade pela sétima vez, mesmo com a cobrança por resultados. Esteve no Beira-Rio em 1988, 91, 95, 2006, 2007 e 2014. Ganhou Gaúcho, Libertadores e Mundial e foi vice-campeão brasileiro. Em dezembro de 2014, esperava renovar contrato, mas viu o presidente eleito Vitório Píffero desistir de mantê-lo. Não escondeu a frustração com o amigo de longa data. Agora, tem a chance de voltar.

Abel tem lastro e experiência para segurar e conduzir elencos compostos por jogadores mais cascudos. Costuma ser um “paizão” nas dificuldades e tem bom conhecimento tático. Está com tudo para decidir onde trabalhar. Aposto na vinda para o Palmeiras porque será uma novidade na carreira. Vamos aguardar sua decisão.


Abel reclama de falta de ética no interesse do Palmeiras por Richarlison
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Alexandre Praetzel

Abel Braga não está nada satisfeito com a maneira que o Palmeiras abordou o atacante Richarlison do Fluminense. Em rápido contato com o blog, o técnico tricolor definiu a situação assim, com a ausência do atleta do confronto com o próprio Palmeiras, neste sábado, em São Paulo.

“A ética no futebol brasileiro não existe, respeito muito menos. Transparência não existe na conduta de quem comanda”, disparou, bastante irritado com o assunto.

Abel pretende se manifestar a fundo, depois da partida. O Fluminense tem 50% dos direitos econômicos de Richarlison. Pagou R$ 10 milhões ao América-MG, em 2016.


Abel Braga quer Flu forte e vibrante e aponta o Fla como modelo financeiro
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Alexandre Praetzel

Abel Braga voltou ao Fluminense para um novo compromisso de dois anos, na gestão do presidente eleito, Pedro Abad. O técnico campeão brasileiro pelo Flu, em 2012, quer um grupo comprometido, com vibração e entrega, para brigar por títulos, em 2017. Em rápida conversa com o blog, antes de uma reunião com a diretoria, Abel fez a projeção para o ano que vem e apontou o Flamengo como referência de recuperação financeira. Leia abaixo.

Projeção para 2017

“De otimismo, confiança. Obviamente, se nós todos do clube, atletas, comissão, direção, funcionários, pensarmos em unidade, tudo ficará mais fácil. Não havendo curvas assim no futebol, as coisas tendem a correr dentro de uma forma bem razoável. Existem bons jogadores, não existe grande time. Fluminense sempre esteve brigando por G4 e quando chegou a encostar no G6, ficou nove jogos sem vencer. Isso precisa ser estudado. Ficou claro que é uma equipe sem brilho, vibração, alma. Muito estranho. Liguei para o Levir (Culpi) e conversei muito com ele para me ajudar nesta investigação. Não justifica. Clube centenário, com um CT que parece uma vila maravilhosa, um prédio fantástico. Quem entra aqui tem que saber que estará de corpo e alma”.

Gustavo Scarpa

“Acredito que ficará conosco. Foi feita uma prorrogação de contrato para aumentar o valor da multa. É um jogador importante. Esse aspecto será discutido. Não existe essa possibilidade agora. Mas o mercado é complicado. Abre a janela na Europa e complica”.

Reforços

“Ainda estamos discutindo, mas já estamos pensando em dois ou três nomes”.

Situação financeira

“Está na mesma situação que estava o Flamengo. Peter Siensem tentou fazer o clube andar com as próprias pernas, depois da saída da Unimed. Está se estruturando para bons anos pela frente. Quer caminhar com o que tem, investindo em estrutura e categorias de base. Isso é muito bom. O grande exemplo é o Flamengo, co-irmão. Tudo zerado. Aqui no Fluminense, está tudo em dia. Pelo menos, o Fluminense vai ter uma equipe forte, comprometida, sem dúvida”.

Fluminense X Inter

“Ainda bem que não estarei no Brasil. Claro que é um jogo importante, mas difícil para mim. Por tudo que o Inter representou. É difícil. Não tenho muito o que falar. O Inter ser rebaixado, é duro, mas fazer o quê? Futebol é assim. Difícil”.

Abel voltou ao futebol, após um período de descanso, depois de retornar do Al-Jazhera dos Emirados Árabes. O técnico sempre deixou claro que pretende começar um novo trabalho, ao invés de assumir um time no meio de uma temporada. O Fluminense encerra sua participação no Brasileiro, domingo, contra o Inter. Doze atletas já foram liberados para as férias.

 

 


Abel Braga não descarta futebol paulista em 2017 e diz que Inter não cai
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Alexandre Praetzel

Abel Braga pretende voltar ao trabalho, em 2017. Em entrevista exclusiva ao blog, o técnico falou sobre seus planos, o momento de interromper um trabalho e a situação delicada do Inter, time que ele treinou seis vezes e tem grande identificação. Acompanhem abaixo.

Trabalhar no futebol paulista em 2017

“Não sei. Voltando né, passou aquele problema da rescisão do contrato que eu tive lá nos Emirados. Pronto, agora estou totalmente habilitado. Aconteceram muitas coisas aqui no futebol brasileiro, houve chances, mas eu penso assim, você quando começa um trabalho, você tenta montar uma equipe de jogadores dentro das características que você vai usar como estratégia, sistema de jogo. Aí não deu certo com um treinador, não deu certo com o segundo, será que vai dar certo com o terceiro? Não acho legal, sabe, ficar pegando no meio. Nos últimos 14 anos, o único clube que eu peguei no meio, que me esperou três meses, foi o Fluminense, em 2011. Vieram os resultados, entramos na Libertadores e no ano seguinte ganhamos o Carioca, ganhamos o Brasileiro. Depois no Inter, começando também do início, né, poxa, campeão gaúcho, botamos na Libertadores, ficamos em terceiro lugar no Brasileiro. Então, você vai vendo, acho que o meu raciocínio é certo né. Eu não tenho, não quero ser protagonista, não sou, nunca fui, protagonista é jogador. Então, não me acho milagreiro, não me acho nada disso. Prefiro pegar no início, né, até no momento de ser cobrado, ser cobrado de forma mais justa”.

Momento de interromper um trabalho ou dispensar um treinador

“Existe. não tenha dúvida. Existe, porque isso tudo é muito complexo, mas é claro também que você treinador tem que se adaptar à filosofia do clube, algum tipo de projeto que foi criado, isso tudo tem que ter possibilidade de acontecer. Então, existe porque existem momentos que a coisa não vai bem, isso também tem que ter consciência disso. Eu tenho um negócio comigo assim porque quando você é contratado, tudo é mil maravilhas. Pô, o diretor é gente boa, o cara é correto, o presidente é simpático, o cara gosta do treinador e da conversa com o treinador. Depois, quando as coisas não tiverem acontecendo, tem aquele problema, o cara não quer te mandar embora porque tem a multa rescisória. Eu não tenho multa. Eu não trabalho com multa porque da mesma maneira que o clube tem essa liberdade de mandar embora na hora que quiser, eu também tenho a opção e a possibilidade de sair no momento que eu achar adequado ou propício”.

Inter ameaçado de rebaixamento 

“Nós estamos falando ainda num momento muito duro, muito difícil, mas está delicado, mas não vai cair. Não vai cair porque o Celso é bom, a equipe é boa, está readquirindo a confiança e o torcedor vai abraçar. O que eu já vi no jogo contra o Santos, fiquei maravilhado, os caras levantaram mesmo, abraçaram os jogadores e isso vai ser um grande diferencial”.

Abel Braga treinou o Inter em 2014, quando classificou o time para a Libertadores da América. Não permaneceu por decisão do presidente eleito Vitório Píffero. Agora, aguarda propostas para 2017. No futebol paulista, treinou apenas a Ponte Preta, em 2003.

 


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