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Willian prevê ano bom para o Palmeiras em 2018. Atacante elogia Lucas Lima
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Alexandre Praetzel

O ano de 2017 não foi bom para o Palmeiras. Quatro competições disputadas e nenhum título conquistado, com bom grupo de jogadores. Agora, um atleta foi bem, do ponto de vista individual: Willian. O atacante chegou do Cruzeiro e marcou 17 gols em 52 jogos. Um custo-benefício interessante para Willian, hoje, brigando por vaga com Borja e Keno, entre os titulares. O blog entrevistou Willian sobre a projeção para 2018, a chegada de Lucas Lima e 2017  passado em branco. Confira a seguir.

Como você avalia o ano do Palmeiras?

Acho que, por tudo que foi criado, até mais da parte do torcedor, imprensa, foi criada uma expectativa muito grande pelo grupo que se montou, não só pelo investimento de valores, mas sim pela qualidade dos atletas que estão aqui hoje. Infelizmente, não conseguimos esses nossos objetivos que eram os títulos, mas eu tenho certeza que foi um ano de aprendizado. Infelizmente, pecamos em alguns momentos das partidas, em jogos decisivos que nos trouxeram a desclassificação, mas a gente está se doando para terminar o ano honrando a camisa do Palmeiras para a gente conseguir esse segundo lugar que é importante para o clube, financeiramente, e uma colocação que nos dá segurança para o ano que vem na Libertadores. O importante é que esse grupo deve se manter numa porcentagem grande dos atletas e, tenho certeza que, com a chegada do Roger, temos tudo para ter um ano brilhante, já mais cascudos com essas competições para que possamos erguer essas taças aí, claro que com muito respeito, humildade, mas confiando no grupo que a gente tem.

Você acha que o Roger tem o estilo parecido com o Palmeiras de jogo mais jogado, com a bola no chão e acadêmico?

Acho que ele tem uma porcentagem grande no que o Grêmio está jogando hoje. O Grêmio é um time que todo mundo elogia muito. Tenho certeza que ele não chegou aqui à toa. Chegou pelo seu grande trabalho, pelos seus méritos e vai encontrar um grupo muito competitivo. Nós temos tudo para conseguirmos nossos objetivos juntos. Realmente, fortalecer essa família aí, para no final do ano a gente estar coroando um ano vitorioso, diferente de 2017.

Você acha que Lucas Lima é um jogador fundamental, um grande reforço do tamanho do Palmeiras?

Não tenha dúvida. Um jogador de nível de seleção. O Palmeiras estará muito bem servido. Um jogador diferenciado. A gente vai ganhar muito com a chegada dele, a qualidade que ele tem. Um jogador que serviu à Seleção algumas vezes. A gente vai ficar muito feliz e espero que ele possa dar muitas alegrias também para os nossos torcedores.

Willian está com 31 anos e tem contrato até dezembro de 2019. O Palmeiras pode ser vice-campeão brasileiro neste fim de semana. Basta vencer o Atlético-PR, em Curitiba. A segunda colocação vale um prêmio de R$ 11 milhões.


Palmeiras precisa de paz e futebol. Caso Felipe Melo é mais um tumulto
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Alexandre Praetzel

O episódio da saída de Felipe Melo, na véspera de uma partida do Campeonato Brasileiro, apenas demonstra o ambiente tenso do Palmeiras, desde que o ano começou. E isso passa pela diretoria. O Palmeiras abriu o ano como campeão brasileiro e projeção de grandes resultados com boas contratações. Mas nunca teve paz, até agora.

Vejamos. Eduardo Baptista chegou com a convicção de Alexandre Mattos, respaldado pelo presidente Maurício Galiotte. Passou quatro meses sob bombardeio da torcida e repleto de desconfiança. Quando ganhava, o adversário era fraco. Nas derrotas, o treinador não sabia nada. E o incêndio começou. O Palmeiras caiu para a Ponte Preta no Paulista e Eduardo caiu, logo após a derrota para o Wilsterman-BOL, na Libertadores.

Cuca veio como Salvador da Pátria, sim. Explosões de alegria e quase a unanimidade do torcedor. Outros reforços desembarcaram com ele, mas nunca o Palmeiras teve um time. Estamos no final de julho. Borja foi desvalorizado, Felipe Melo não serve, o Brasileiro não dá mais. E o Palmeiras foi eliminado da Copa do Brasil.

É bom olhar para dentro do vestiário. Cuca é bom treinador, mas o “treinadorismo” nunca deu muito certo em gestões amadoras do nosso futebol. E aí, a cobrança se direciona para quem manda. Com Paulo Nobre, havia comando e blindagem até excessiva, mas tudo em prol das vitórias dentro de campo. Agora, o Palmeiras vive sob ebulição e aumentou a pressão para o jogo contra o Barcelona de Guayaquil, dia 09 de agosto, pela Libertadores. Cuca puxou toda a responsabilidade para si, com os dirigentes ao lado. Se ganhar, tudo bem. Se for eliminado, pode cair todo mundo. A tônica será essa.

O Palmeiras precisa de paz e futebol. Mas ainda não encontrou.


Projeções para 2017. Feliz Ano Novo.
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Alexandre Praetzel

Não sou vidente, astrólogo ou sensitivo, mas gosto de dar meus palpites e fazer minhas projeções no futebol brasileiro. Por isso, dedico este post à entrada de 2017. Vamos lá.

Palmeiras – permanência dos principais jogadores, dinheiro em caixa, maior patrocínio do Brasil, chegada de bons reforços. Favorito para ganhar mais um grande título no ano. Se a soberba não surgir e a política não atrapalhar, Eduardo Baptista poderá trabalhar com calma e respaldo do novo presidente. O desafio será administrar um grupo recheado de jogadores sedentos por atuações e mais conquistas. Cuca não teve facilidades, apesar do título brasileiro.

Santos – gosto do time santista. Tem técnica e bons nomes. Dorival Jr. vai para dois anos e meio de contrato com confiança do grupo e da diretoria. A tendência é não perder ninguém, mas precisa de melhores opções no elenco e mais apoio da torcida contra o deserto da Vila Belmiro e as fracas arrecadações. Grande adversário do Palmeiras, acredito.

Corinthians – a nota oficial de fim de ano da diretoria pediu compreensão da torcida para um 2017 difícil. Ora, se o comando pede paciência, quem sou eu para esperar grandes resultados. Fábio Carille quer ser tratado como técnico e terá o desafio de extrair o máximo de um grupo limitado, sem projeções de grandes reforços. A falta de dinheiro, a crise política e a indefinição sobre o estádio conspiram contra o ambiente do CT. Um ponto de interrogação.

São Paulo – Rogério Ceni será a grande atração. Vai ocupar todos os espaços na mídia tricolor. Apesar da idolatria, também será cobrado por trabalho e resultados. É preparado, mas terá que convencer os jogadores de que pode levar o time novamente a uma grande conquista. Em abril, haverá eleição para presidente e até lá, os nobres conselheiros podem atrapalhar bastante o começo da trajetória. Sem dinheiro, Wellington Nem, Cícero e Neílton acrescentam, mas o time precisa ter alma, algo ausente nos últimos três anos.

Flamengo – clube organizado, torcida gigante e manutenção de um trabalho sério a médio e longo prazo. Chegou a hora de dar frutos em campo. Tem boa equipe e deve contratar, segundo a diretoria. Zé Ricardo virou o ano e será cobrado com mais rigor, certamente. O absurdo é não ter um estádio próprio e isso sempre atrapalha.

Grêmio – Renato Portaluppi ganhou um contrato de trabalho maior. Chegou como bombeiro e arrebatou a quinta Copa do Brasil tricolor. Para quem não precisa estudar como técnico, terá a boa oportunidade de prosseguir com um grupo consistente e sem perdas de atletas. Deve levar o Gauchão com folga.

Atlético-MG – Roger Machado deixou sim um pequeno legado no Grêmio e tem tudo para fazer um bom trabalho no Galo. O clube já se reforçou no setor defensivo e deve buscar mais alguns nomes. Quem tem Robinho, Fred e Lucas Pratto, sempre terá chances de título. Fica a dúvida se os três permanecerão em BH.

Registro também o Botafogo, com Jair Ventura renovado e reforços de qualidade.

O Atlético-PR fez bom mercado e trouxe nomes como Grafite e Fellipe Gedoz.

Cruzeiro tem a experiência de Mano Menezes para ajudar.

Fluminense pretende apostar mais na base com a volta de Abel Braga.

Vasco é uma incógnita, dependendo da formação do time.

Bahia promete time de Série A, aumentando investimentos.

Uma menção honrosa à Chapecoense, com o desafio de montar um grupo inteiro em 40 dias. Terá a maior torcida do Brasil, inclusive a minha.

Agradeço a atenção de todos que passaram por aqui e desejo um Feliz 2017 com muita paz, saúde e felicidades.


Guarani sonha com volta à Série A com muito trabalho e confiança em 2017
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Alexandre Praetzel

O Guarani conseguiu o acesso à Série B, em 2017. Agora, o clube busca uma reestruturação financeira, com possibilidades de ter um elenco forte para o ano que vem. O blog conversou com o coordenador de futebol, Marcus Vinicius, sobre os planos do Bugre. Acompanhem.

Situação financeira do Guarani

“Situação financeira é muito difícil. O Guarani só conseguiu fazer esse campeonato da Série C de uma forma legal, graças à ajuda de um investidor, que na verdade é quem interviu na questão do leilão do Brinco de Ouro, estádio do Guarani. Então, graças também ao trabalho da diretoria e dos conselheiros, o Guarani conseguiu manter seus salários em dia, seus fornecedores em dia, premiações, tudo o que foi combinado, foi pago, nesses seis meses. Tudo com muito sacrifício, com bastante dificuldade. A questão financeira não foi superada não. O Guarani precisa continuar trabalhando com os pés no chão, contando com a ajuda de investidores, sócios-torcedores e demais fontes de renda para que consiga se manter e recuperar a sua credibilidade, que é o mais importante. Uma das maiores dificuldades na hora de contratar jogadores, era justamente por isso. Há seis meses atrás, a fama do Guarani era de clube que não pagava. Hoje, tem a fama de um clube que paga seus compromissos. Provavelmente, isso nos facilite na sequência”.

Trabalhar com poucos recursos em divisões inferiores

“É preciso usar criatividade e ter muito conhecimento de mercado, boas fontes. Nosso diretor executivo, Rodrigo Pastana, é uma pessoa extremamente capacitada e conhecedor do futebol, principalmente do futebol paulista. Junto com o treinador Marcelo Chamusca e sua equipe, a gente teve bastante criatividade em buscar alternativas, atletas com perfil que a gente pensava e dentro do nosso orçamento. Então, é preciso muito conhecimento e muita paciência para se formar um elenco em divisões inferiores com poucos recursos. Graças a Deus, a gente conseguiu”.

Time e grupo mais fortes em 2017

“Sim, é possível. Até porquê, Série B tem outro orçamento. O clube já tem cota de TV, deve ter um aumento considerável de sócios, patrocínios, tudo ajuda. Você sabe que é uma mudança de patamar de uma Série C para a Série B, querendo ou não, embora ainda não seja o que a gente imagina para o futuro do Guarani, mas já é um grande passo. Com certeza, com essa melhora no orçamento, já é possível sim você ter um grupo mais qualificado”.

Guarani voltará a ser grande pelas diferenças financeiras atuais

“Sim, eu acredito que o Guarani pode recuperar seu espaço. Claro que isso demanda tempo, muita fé, confiança e muito trabalho. Mas o Guarani, pela história, camisa, torcida e patrimônio que tem, eu tenho certeza que pode sim se recuperar. O primeiro passo foi dado que era o time voltar a disputar uma competição de nível, porque o Guarani não é um clube de Série C, muito pelo contrário, está muito longe disso. Voltando à Série B é o primeiro passo para voltar a ser grande, sonhar com Série A. Tem que ter cautela, dar um passo de cada vez, mas eu acredito sim porque tem muita história, muita força e outros grandes da história do futebol brasileiro já chegaram na Série C com ameaça até de fechar as portas, com muitas dificuldades. Fluminense, Vitória e Bahia. Você vê que hoje são clubes recuperados e que estão aí brigando na elite do futebol. O Bahia não está na Série A, mas está brigando para subir e estava na Série A, há dois anos atrás. Então, é possível sim porque a camisa do Guarani é tão grande, tão forte quanto destes clubes que citei e tem uma história muito bonita. Voltará a ser grande sim. Não tenho dúvida disso”.

Base voltou a ser forte pela falta de investimentos

“A base do Guarani sempre foi muito forte, historicamente. Necessita se reajustar, se readequar e principalmente, receber um aporte financeiro para se modernizar em todos os sentidos, físico e humano. O Guarani consegue revelar jogadores ao natural e tem sido assim. A gente teve alguns jogadores aproveitados nesse elenco que subiu. Têm alguns nomes que estão se destacando na base e certamente terão oportunidades em breve. Então, o Guarani pela história acaba revelando mesmo com condições mais precárias de trabalho. Ainda sim, eu acredito que com um investimento e uma atenção um pouco maior, será possível a base ser forte, embora não tenha deixado de ser forte”.

O Guarani disputa as semifinais da Série C contra o ABC-RN. No primeiro confronto, perdeu por 4 a 0, em Natal. Neste domingo, precisa vencer por cinco gols de diferença no segundo jogo, em Campinas, para chegar à decisão diante de Boa Esporte ou Juventude. Em 2017, além da Série B, o Guarani estará na A2 do Paulista.


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