Palmeiras da Libertadores precisa aparecer no Brasileiro
Alexandre Praetzel
O Palmeiras passou tranquilo pela fase de grupos da Libertadores da América. Quando houve o sorteio, em dezembro de 2017, a chave palmeirense era considerada uma das mais difíceis da primeira fase, com o temido Boca Juniors, o bom time do Junior e o tradicional Alianza Lima, com várias presenças no torneio. Em 18 pontos, o Palmeiras fez 16, com aproveitamento de 88,9% e a melhor campanha da primeira fase. Isso deixa o Palmeiras com a certeza de decidir o mata-mata no Allianz Parque, caso vá ultrapassando as disputas, a partir das oitavas-de-final.
O futebol apresentado na Libertadores não foi de encher os olhos, mas mostrou um time bastante competitivo e com rodagem maior do elenco, batendo os três adversários fora de casa. O Palmeiras foi excelente contra o Boca, em Buenos Aires, e Alianza, em Lima. Nos jogos em São Paulo, ganhou na eficiência e na força.
Agora, por que esse desempenho da Libertadores não é visto no Brasileiro? O Palmeiras é quinto colocado com oito pontos em 15. Fez uma ótima atuação na vitória sobre o Atlético-PR e venceu o Inter, sem jogar bem. Empatou com Botafogo e Chapecoense e perdeu para o Corinthians, na sua pior performance neste início de Série A. E a derrota para o rival deixou dúvidas de novo sobre a atitude dentro de campo.
Para um clube que tem um elenco com boas opções em qualidade e quantidade, o Palmeiras deve ser cobrado para jogar mais no principal torneio nacional. Claro que o campeonato é longo e há espaço para reações. O Palmeiras pode conquistar Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro? Pode, mas parece que o foco dos atletas é a Libertadores. A diretoria gere e apresenta alternativas para a comissão técnica. Resta saber se Roger Machado conseguirá dar atenção devida para três competições simultâneas, deixando o grupo mobilizado. Serão mais sete partidas, até a parada para a Copa do Mundo.